Pesquisar no Blog

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Usa ou gostaria de usar lentes de contatos?


Oftalmologista pode indicar se é melhor
usar lente de contato ou óculos
Freepik


 Fique atento a 15 questões importantes sobre o assunto


As lentes de contato são aliadas na correção de erros de refração e na qualidade de vida. Ao mesmo tempo, é um assunto que gera muitas dúvidas. Como saber qual a melhor lente para o seu problema? Como higienizá-las? Com as férias logo aí, qual os cuidados durante a prática de esportes ou brincadeiras na piscina? E, principalmente: há contraindicações quanto ao seu uso?

De acordo com a Dra. Liane Sanz Iglesias, diretora médica da Visclin Oftalmologia, empresa do Grupo Opty, as lentes de contato podem ser utilizadas em qualquer idade. Porém, cabe ao oftalmologista avaliar a necessidade de uso para cada paciente. Atualmente quase todos os graus podem ser corrigidos. “Ao indicar uma lente de contato, levamos em consideração o grau do paciente a ser corrigido e a frequência de uso que se pretende utilizá-las.  A indicação deve ocorrer somente após realizado o protocolo de teste de lente de contato para identificar se, clinicamente, a córnea (onde a lente se apoia) não apresenta contraindicação”, explica a especialista em Refrativa e Catarata sobre o que o médico leva em consideração ao recomendar as lentes de contato. A seguir, a oftalmologista da Visclin desmistifica as principais dúvidas sobre lentes de contatos.

  1. Quais os tipos de lentes de contato disponíveis no mercado atualmente?
Hoje em dia, temos uma grade refracional extremamente ampla e, dependendo do erro refracional, como graus muito altos de astigmatismo, indicamos lentes rígidas ou gelatinosas. As lentes podem ser rígidas, gelatinosas descartáveis (mensais, quinzenais, diária), gelatinosas anuais, gelatinosas terapêuticas e estéticas, ou lentes híbridas. As lentes descartáveis devem ser opção para a maioria dos pacientes que se adequem ao grau existente, pois são mais seguras quanto à esterilização.

  1. Como deve ser feita a adaptação para o uso das lentes de contato?
Para adaptação de lentes o paciente necessita buscar um oftalmologista. Inicialmente, será verificado se ele é candidato ao uso. A pessoa deve realizar um teste no consultório do oftalmologista, junto a um contatólogo, para ver qual o melhor tipo de lente para o seu caso. No início, as lentes devem ser utilizadas com acompanhamento e de forma progressiva, aumentando as horas de uso gradativamente.

  1. Como deve ser feita a higienização da lente de contato? E do estojo das lentes? Com que frequência deve-se limpá-lo?
Independentemente se o modelo for rígido ou gelatinoso, é preciso ter uma solução de limpeza específica e um estojo para armazená-lo. Antes de tudo, lave suas mãos com um sabonete bactericida e seque-as bem.
Para as lentes rígidas, friccione tanto a parte de cima quanto a de baixo com movimentos circulares por cerca de trinta segundos. Enxágue-a com a solução e repita o processo na outra lente. Encha o estojo, já higienizado, com a solução de limpeza e guarde as lentes. Esse processo deve ser realizado todos os dias ao retirá-las e/ou antes de dormir.
A limpeza das lentes gelatinosas é semelhante à das rígidas. A diferença está no produto (que precisa ser específico para ela) e no processo de limpeza, que deve ser menos intenso, pois o material é fino e delicado. O ideal é que se friccione, com muito cuidado, por vinte segundos em ambos os lados.

  1. Pode-se usar soro fisiológico para higienizar as lentes?
O soro fisiológico é ineficaz para a higienização de lentes de contato porque não possui agentes de limpeza adequados para lubrificar e desinfetar o material. O ideal é utilizar apenas produtos específicos para limpar as lentes.

  1. É verdade que não podemos usar água corrente para limpar as lentes?
Sim, água corrente NUNCA deve ser uma opção, pois pode contaminar as lentes.    

  1. Lentes de contato podem causar infecções? Comente.
Sim, podem ocorrer problemas de infecção causados pelo uso de lentes de contato. No entanto, na literatura médica, esses incidentes não são tão frequentes. Para evitar qualquer tipo de infecção ocular, o usuário deve estar atento às recomendações do oftalmologista com relação ao uso, limpeza e manutenção das lentes de contato.

  1. Quais os cuidados para quem usa lentes de contato e pratica esportes, inclusive aquáticos?
Com orientação do médico oftalmologista e escolhendo as lentes de contato mais adequadas para a sua necessidade e o esporte que se pratica, é possível usar as lentes seja debaixo d’água ou fora dela, em movimento ou parado. Em caso de esportes em água ou fora dela, uma boa dica é sempre usar lentes de descarte diário, que são mais baratas e não têm problema se cair, perder ou estragar. A vantagem de usar as lentes de contato para praticar esportes é que o campo visual não fica limitado. Também não existem riscos de levar uma bolada no rosto, por exemplo, e o óculos quebrar, podendo ferir a pessoa. Outro benefício é a praticidade e, principalmente, poder enxergar, afinal, todos tiramos os óculos, quando vamos correr ou mergulhar.
A exposição das lentes de contato à água pode aumentar o risco de infecção no olho, o que, em casos extremos, poderia levar à perda da visão, então, se as lentes entrarem em contato com a água enquanto estiver na piscina, descarte-as e substitua por um novo par.

  1. Pode-se dormir com a lente de contato?
Ao dormir com as lentes de contato, o paciente castiga a córnea, pois diminui a chegada do oxigênio por meio da lágrima – a bomba lacrimal não funciona quando não piscamos, permanecendo somente os movimentos oculares involuntários.

  1. Pode-se aplicar maquiagem usando a lente de contato?
Sim, use lentes de contato e maquiagem da seguinte forma:
  • Mãos sempre limpas: é preciso sempre lavar as mãos antes de manusear maquiagem e lente de contato.
  • Faça a higiene adequada do rosto antes de colocar as lentes e iniciar a maquiagem.
  • Atenção para as pálpebras e os cílios. Evite também demaquilantes oleosos que podem ficar depositados na borda da pálpebra, danificando as lentes.
  • Coloque e remova as lentes antes de iniciar e retirar a maquiagem, para reduzir o risco de sujar as lentes e também evitar a presença de partículas de maquiagem na córnea.
  • Use máscara para cílios resistente e não à prova d’água, que são mais difíceis de serem removidas e, normalmente, necessitam de produtos oleosos para sua retirada.
  • Priorize o uso de produtos sem perfume e hipoalergênicos.

  1. Lentes de contato não devem ser utilizadas em viagens de avião?
As lentes de contato já absorvem certa quantidade da umidade das lágrimas e, associado à alta pressão e ao ar seco dentro da cabine de um avião, pode ocorrer uma desidratação dos olhos, fazendo com que as lentes pareçam menos confortáveis que o habitual. Leve seus óculos e o estojo das lentes de contato, para tirar as lentes de contato no caso de o desconforto aumentar. Retire as lentes de contato se quiser dormir durante a viagem.

  1. Óculos de grau são melhores que lentes de contato para corrigir a visão?
Os óculos não são melhores para corrigir a visão. Ao contrário dos óculos, as lentes de contato não embaçam e não comprometem o campo de visão periférico do usuário, porque são colocadas diretamente sobre os olhos, proporcionando uma visão de qualidade.

  1. Eventualmente vemos na internet casos de pessoas com diversas lentes “perdidas” no olho. Lentes de contato podem se perder dentro do olho?
As lentes não podem se perder dentro do olho. A conjuntiva (parte interior das pálpebras e anterior do olho) é revestida por uma membrana transparente, formando uma dobra que impede o deslocamento da lente de contato por dentro dessa região.

  1. Lentes de contato coloridas podem prejudicar a visão? Elas possuem grau de correção?
As lentes coloridas não prejudicam a visão. Como qualquer outra lente de contato, as coloridas também possuem grau de correção visual. Para isso, elas precisam ser adaptadas e indicadas pelo oftalmologista. Entretanto, a grade refracional pode ser restrita de acordo com a cor escolhida.

  1. Lentes de contato podem causar desconforto durante a gravidez?
Na gravidez, pode haver um desequilíbrio ocular que altera as composições da lágrima, diminuindo a quantidade de água por um aumento de gordura. Isso pode desencadear, nas grávidas, uma intolerância a lentes de contato, que podem provocar a sensação da crise de olho seco e vista embaçada.
        
  1. Os usuários de lentes de contato devem manter um par de óculos reserva?
É aconselhável que os usuários de lentes de contato, principalmente os que dependem da correção visual, tenham um par de óculos reserva. Casos de aquisição de conjuntivite, por exemplo, fazem com que o usuário substitua, temporariamente, as lentes de contato por óculos.




Grupo Opty


Carnaval vem aí: entenda os riscos de não se prevenir sexualmente



Todos os dias, mais de 1 milhão de pessoas entre 15 e 49 anos contraem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso equivale a mais de 376 milhões de novos casos anuais de doenças como clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis.

“São doenças transmitidas pela relação sexual sem proteção. Com o carnaval se aproximando, época em que muitos caem na folia e abusam do álcool, nunca é demais reforçar a importância do uso de preservativo”, alerta a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra, especialista em endocrinologia ginecológica e reprodução humana pela Santa Casa, e especialista em reprodução assistida pela FEBRASGO.

Para que você entenda o risco de não se prevenir, a Dra. Karina lista as DSTs e os danos causados à saúde:

HIV
É a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causadora da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.

Sífilis
Infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Surge 20 a 30 dias após o contato sexual, como uma úlcera genital indolor. A úlcera desaparece após alguns dias, mas, se não tratada a doença, pode evoluir para estágios mais avançados, podendo levar à morte.

Gonorreia
Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. O quadro clínico é variado na mulher, podendo ser “silenciosa” (assintomática), até causar quadro grave de cervicite (inflamação da cerviz, cérvix ou cérvice, que é a parte mais estreita do colo uterino).

Tricomoníase
É causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher, causa corrimento esverdeado, abundante e fétido. Não há sintomas em homens.

Clamídia
Bactéria que pode causar desde um discreto corrimento até Doença Inflamatória Pélvica, que se caracteriza por febre e intensa dor pélvica. Se não tratada, pode evoluir para sepse e morte.

Condiloma acuminado
É causada pelo Human Papiloma Vírus (HPV), que está relacionada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis. Na vulva e no pênis, se caracteriza por pequenas verrugas.

Herpes simples
Infecção viral que se manifesta através do surgimento de pequenas bolhas muito doloridas ao redor da boca ou dos lábios genitais, que estouram e formam lesões crostosas.

Cancro mole
Causada pela bactéria Haemophilus ducrey. O quadro clínico se caracteriza pelo aparecimento de lesões dolorosas na região genital. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.

Mycoplasma genitalium
É uma bactéria de transmissão sexual que causa doença semelhante à clamídia e à gonorreia, mas com uma secreção mais transparente.

Hepatite B e hepatite C
São transmitidas, principalmente, pelo contato com sangue contaminado, mas também por relação sexual. A transmissão sexual da hepatite C é pouco frequente, com menos de 3% em parceiros estáveis, mas ocorre em pessoas com múltiplos parceiros, sem uso de preservativo. Além disso, a coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – é um importante facilitador dessa transmissão.

HTLV (Vírus Linfotrópico T humano)
Há dois subtipos: HTLV-1, que pode causar um quadro raro de leucemia e de doenças neurológicas, e o HTLV-2, com quadro clínico ainda não estabelecido.

“A maneira mais eficaz de evitar uma DST é utilizar a camisinha, tanto a feminina quanto a masculina, seja no sexo anal, vaginal e oral”, reforça Karina Tafner.

Carnaval aumenta casos de conjuntivite


 Aglomerações, mau uso e compartilhamento de maquiagem são as principais causas. Saiba como proteger seus olhos.


Todo ano o carnaval aumenta o número de consultas nos serviços de oftalmologia. De acordo com o oftalmologista do Leôncio Queiroz Neto, a conjuntivite, inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera (parte branca do olho) e a face interna da pálpebra é a doença ocular mais comum neste período. As principais causas são as aglomerações, o mau uso e o compartilhamento de maquiagem. 

Agravantes na folia

O oftalmologista ressalta que os tipos de conjuntivite mais comuns durante o carnaval são os virais e os bacterianos. Neste período, comenta, a queda da imunidade decorrente das noites mal dormidas e alimentação irregular aumenta a predisposição à viral. Já as aglomerações e o aumento de bactérias no ar por causa do calor que cria um ambiente perfeito para que se proliferem, contribuem com o aparecimento da bacteriana.

Queiroz Neto afirma que tanto a conjuntivite viral quanto a bacteriana são altamente contagiosas. Podem ser transmitidas por um simples aperto de mão e até pelo compartilhamento de objetos. É por isso que no carnaval os principais veículos de transmissão são as aglomerações e o compartilhamento de maquiagem. O especialista lembra que a maquiagem também pode causar a conjuntivite alérgica em quem já tem predisposição à alergia ou conjuntivite tóxica quando os cosméticos penetram no olho.


Como prevenir

As principais dicas do médico para curtir o carnaval e manter a saúde ocular são:

·         Lavar as mãos com frequência.
·         Não coçar os olhos.
·         Nas aglomerações, higienizar as mão com álcool
·         Não compartilhar colírio ou maquiagem.
·         Dar preferência às  toalhas descartáveis.
·         Usar compressa de água fria e filtrada sobre os olhos ao primeiro desconforto. Não desaparecendo o sintoma consultar um oftalmologista.
·         Descansar durante o dia para manter a boa imunidade.
·         Beber bastante água e consumir alimentos ricos em ômega 3 para manter o filme lacrimal que protege a superfície do olho.
·         Lavar o olho abundantemente caso penetre maquiagem ou qualquer outro corpo estranho como confete, serpentina ou espuma de carnaval.

Sintomas e tratamento

Os sintomas dependem do tipo de conjuntivite, mas todas causam ardência, vermelhidão, coceira, sensação de areia nos olhos, inchaço nas pálpebras e fotofobia ou aversão a luz. O especialista afirma que a diferença está na secreção purulenta na bacteriana e aquosa na viral, alérgica ou tóxica. O tratamento depende da gravidade e varia de acordo com o tipo. Embora em 80% dos casos a conjuntivite não cause queda visual, Queiroz Neto adverte que o tratamento inadequado pode provocar queda visual e resistência à medicação. "Por exemplo, quando a maquiagem adentra no olho e o desconforto permanece após lavar com bastante água, pode ser sinal de alguma lesão na córnea" afirma. Por isso, os colírios só devem ser usados com acompanhamento médico.
Risco das lentes coloridas

No carnaval também é comum brasileiros começarem a usar lentes de contato coloridas sem prescrição médica. Um levantamento realizado por Queiroz Neto mostra que uma em cada quatro adaptações de lente de contato são feitas sem supervisão médica.  O problema é que o uso de lente é contraindicado para 15% dos brasileiros. Usar lente de contato não é brincadeira. A má adaptação pode causar sequelas permanentes na visão, conclui. 


Posts mais acessados