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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

5 dicas de investimento para a aposentadoria


Segundo especialista, é necessário criar uma carteira de investimentos variada para obter bons resultados no futuro


Com a Reforma da Previdência, que estabeleceu novas regras para a aposentaria, os brasileiros vêm buscando cada vez mais alternativas que lhes proporcione uma vida confortável na terceira idade. Perto ou longe de se aposentar, as opções para rentabilizar o dinheiro são muitas. Para te ajudar a montar uma carteira de investimentos que atenda às suas expectativas futuras, o professor de finanças do ISAE Escola de Negócios (www.isaebrasil.com.br), Pedro Salanek, listou cinco dicas para quem está ingressando agora no mercado de investimentos.


1 – Planejamento

Para ter geração de renda no futuro, é preciso se planejar no presente. Para começar, o especialista indica pensar em quanto de renda você quer ter durante a aposentadoria para, a partir disso, buscar aplicações financeiras que rentabilizem seu dinheiro. “É preciso alinhar o momento que você ganha com o momento que você gasta”, aponta Salanek. “Como você sempre vai estar consumindo, uma parte da sua renda precisa ser direcionada para o consumo no presente e uma parte para o consumo no futuro, que é a famosa poupança, ou seja, uma reserva para compor a aposentadoria”, detalha ele.

Neste caso, o perfil e as necessidades de cada pessoa vão apontar o percentual de dinheiro que será poupado: se você conseguir economizar 50% do seu salário, ótimo. Caso suas condições atuais te permitam poupar apenas de 10% ao mês, também está tudo bem, o importante é buscar alternativas de investimento que estejam alinhadas às suas necessidades.


2 – Variar os investimentos

Talvez você já tenha ouvido o ditado: “a gente nunca deve colocar todos os ovos na mesma cesta”. É exatamente sobre isso que se baseia a elaboração da carteira de investimentos. O professor de finanças aconselha a não acreditar em apenas um tipo de investimento, mas sim buscar compor um cenário ideal de rentabilização, mesclando investimentos de baixo, médio e alto risco. “Na hora de elaborar o planejamento financeiro, é preciso analisar todas as características de risco envolvidas”, comenta. “Como estamos falando em aposentadoria, a tendência é que a maior parte deste capital seja direcionado para os investimentos de baixo e médio risco e uma pequena parcela aos de alto risco”, completa o especialista.


3 – Não ter medo

Quando o brasileiro fala em guardar dinheiro, ele pensa muito mais na segurança de ter esse dinheiro reservado do que no ganho em si. Isso explica porque vemos muitas pessoas deixando o dinheiro apenas na poupança, uma aplicação que proporciona bastante segurança, entretanto baixíssima rentabilidade. Para o especialista, o que deve ser considerado é o quanto você consegue guardar relacionado a sua expectativa de quanto quer ter no futuro. “É necessário que as pessoas pensem qual o seu apetite ao risco, quem topa correr mais riscos mostra que é um investidor mais preocupado com rentabilidade”, aponta.


4 – Aplicações de baixo e médio risco

O tesouro direto é uma alternativa bastante conhecida e recomendada, pois traz percentuais interessantes a médio e longo prazo, com rentabilidade superior à poupança e baixo índice de risco. Além disso, é um investimento fácil de ser feito, pois não requer alto nível de conhecimento em finanças. “O Tesouro Direito é uma ótima opção para quem ainda tem medo de arriscar, mas quer começar a investir”, diz Salanek. “Lembrando que aplicações em imóveis a longo prazo também podem ser interessantes”, complementa.


5 – Aplicações de alto risco

O mercado de ações, por exemplo, é uma alternativa de alto risco interessante para quem quer começar a investir agora, com cotas mensais baixas, e gerar um bom retorno no futuro. “Lembrando que para investir nesse mercado é preciso estar bem assessorado, já que além dos investimentos contínuos é preciso ter um conhecimento prévio para avaliar o momento que você deve sair de uma aplicação e migrar para outra”, aconselha o professor.

Neste caso, ter ou não esse conhecimento é uma das características que devem ser avaliadas na hora de montar a carteira de investimentos. “Um fato interessante é que o mercado de risco moderado e agressivo vem ganhando cada vez mais adeptos. Dois indicadores mostram isso de forma muito clara: o alto número de brasileiros que investem em bolsas de valores e a pontuação da Bovespa, que ultrapassou os 100 mil pontos”, completa Salanek.



Você sabe o que é uma carteira de investimentos? Aprenda o que é e como ter a sua



Bruno Sayão, CEO da IOUU, explica o que é e traz dicas para investidores iniciantes criarem uma carteira diversificada de investimentos


Muito se fala nos dias de hoje a respeito de ter uma boa carteira de investimentos. De iniciantes a profissionais, todos buscam investir seu dinheiro, cada um à sua maneira. Alguns optam por uma carteira mais arrojada, enquanto outros optam por algo mais moderado.

Com isso, surgiram diversas formas de aplicar o dinheiro, inclusive algumas 100% online. Mas, ainda que haja uma grande variedade de opções, a grande dúvida está em “o que é uma carteira de investimentos?”.

Por conta disso, Bruno Sayão, CEO da IOUU, fintech de Peer to Peer lending que conecta investidores a empresários que necessitam de crédito, mostra o que é e o que é necessário se fazer para criar uma carteira. Além disso, ensina o que implica em suas aplicações, assim como a melhor maneira de fazê-las.



AFINAL, O QUE É UMA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS?

Imagine que você tem R$100,00, distribuídos igualmente em dez notas de R$10,00. Seu objetivo, como o de muitos, é fazer esse dinheiro crescer, se transformar em uma quantia maior. Para isso, você decide aplicar tal valor. Porém, seria a melhor alternativa colocar os R$100,00 em apenas uma aplicação?

Como muitos fatores incidem sobre um investimento, a resposta é não. “A melhor estratégia é dividir esse montante em pequenas quantias, cada uma aplicada em um fundo. Dessa forma, seu risco fica menor, visto que um empecilho não poderá acabar com todo seu dinheiro”, explica Bruno.

Pois bem, sabendo disso, você começa a dividir seu dinheiro. R$20,00 são alocados no investimento X, R$30,00 no Y, e assim por diante. Ao fim do dia, você tem cinco investimentos diferentes, cada um com um risco e uma quantia exclusivos. Essa é, basicamente, a carteira de investimentos.


O PERFIL DO INVESTIDOR

O perfil do investidor é de grande importância, visto que é ele que ditará quais aplicações são ideais. Isso acontece porque existem pessoas que poupam para a viagem ao fim do ano, enquanto outras investem para uma aposentadoria saudável. São perfis diferentes, que permitem opções diferentes.

“No primeiro caso, se faz necessário buscar por lucros mais altos, o que gera maior risco. No segundo, é possível apostar em um menor risco, visto que não há pressa para tirar o dinheiro”, comenta.

Sabendo disso, é importante que você entenda, antes de aplicar, quais são seus desejos e necessidades. São esses fatores que determinarão seu perfil de aplicação e, assim, montarão a carteira de investimentos ideal para você.


COMO MONTAR UMA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS?

Depois de determinar o seu perfil, está na hora de montar sua carteira de investimentos. Mas, afinal, como se faz isso? Por onde você deve começar? Quais são as melhores aplicações?

De início, você deverá analisar seu perfil junto às opções disponíveis no mercado. Há, hoje, uma infinidade de alternativas, sendo cada uma mais indicada a um perfil específico.

Assim, o investidor precisa ter em mente que é preciso variar sua carteira, independente da forma como quiser investir. Você pode ter um perfil mais arriscado, mas não adianta aplicar tudo em alto risco. Da mesma, forma, não é benéfico ser 100% conservador.

“Sabendo disso, pense bem em como variar sua carteira, de modo a aproveitar os benefícios de ambos os lados. É justamente essa variedade de aplicações que fará com que seu objetivo seja alcançado no fim do processo”, fala Sayão.

Para saber ao certo como montar sua carteira de investimentos, é indicado pedir o auxílio de um corretor. Há diversas opções no mercado e uma infinidade de variáveis a se considerar. Assim, é sempre bom ter o suporte de alguém que vive o assunto no dia a dia.


PEER TO PEER LENDING É UMA OPÇÃO PARA A CARTEIRA

Quando começar a pesquisar sobre formas de investir, diversas opções aparecerão a você. As mais comuns são as aplicações em ações de empresas, no Tesouro Direto, CDB e CDI, e até na poupança.

Ainda assim, é preciso entender que há muito mais alternativas do que somente essas. Algumas, inclusive, fogem do setor financeiro, tais como o investimento em imóveis e outros bens materiais. Dessa forma, é preciso que você analise novas possibilidades, e até as sugira ao seu corretor.

"Uma boa alternativa é investir em Peer-to-Peer Lending. O P2P, como é conhecido, nada mais é do que o investimento em projetos de empresas de pequeno e médio porte. A aplicação começa em R$500,00, o que a torna acessível a mais pessoas que alguns outros produtos. Além disso, sua rentabilidade é alta, não possui taxas e pode ser feita de maneira 100% online", apresenta Bruno. 

Ter uma carteira de investimentos é vital para seu futuro. Além de prepará-lo para períodos ruins, ela também o possibilita um crescimento financeiro saudável ao longo dos anos. Para isso, deve-se pensar nas vantagens e riscos de todos os investimentos, além de se basear em seu perfil e suas necessidades. Por fim, confira se sua carteira está bem variada, e não há nada pesando na balança.



Confira nove dicas do Porto Seguro Auto para proteger você e seu veículo durante o período de chuvas intensas


Mesmo tendo direito à cobertura do seguro, o proprietário do veículo precisa saber como agir em casos de enchente para evitar dores de cabeça futuras


O mês de janeiro é tradicionalmente um período de chuvas de verão intensas. Em 2002 não tem sido diferente e, além dos já ocorridos, mais temporais são aguardados para o mês. Com eles os perigos para os motoristas: baixa visibilidade, pista escorregadia, buracos ocultos e, principalmente, pontos de alagamento ou enchentes.

Como as consequências são sérias, é preciso máxima atenção. "Nessas situações é válido seguir alguns procedimentos que podem evitar acidentes e danos ao veículo", diz Claudio Cardoso, gerente dos Centros Automotivos Porto Seguro.

Segundo Jaime Soares, diretor do Porto Seguro Auto, “em caso de enchente é fundamental que o motorista, primeiro, garanta sua integridade física e, em seguida, acione ajuda, entrando em contato com a Porto Seguro – seja por meio do aplicativo ou WhatsApp ou com ajuda de seu Corretor, que pode intermediar o atendimento”.

O Porto Seguro Auto listou nove dicas importantes para você, que utiliza automóvel, e pode enfrentar ocasiões típicas do período chuvoso. Confira:   
                 
  1. Durante a chuva, acenda o farol baixo. Além de melhorar a visão, os veículos ao redor também podem se beneficiar das luzes do seu carro;
     
  2. Fique atento aos limpadores de para-brisas. Eles devem estar em perfeito estado. Riscos de borracha no vidro e o som emitido pela peça são indícios de que está na hora de mudar a peça;
     
  3. Para desembaçar os vidros e melhorar a visibilidade, ligue o ventilador interno, o desembaçador ou o ar-condicionado;
     
  4. A manutenção dos freios deve estar em dia. Isso inclui discos, pastilhas de freio, etc. em boas condições. Por isso, se atente a ruídos ou dificuldade ao frear, pois são indícios da necessidade de manutenção;
     
  5. Nunca ligue o pisca-alerta quando estiver em movimento. Essa atitude pode passar a impressão de que o seu veículo está parado, causando confusão no trânsito e até possíveis colisões;
     
  6. Em casos de enchente, se o motor “morrer”, jamais dê a partida. Mantenha-o desligado e acione o socorro para que possa remover o seu veículo a um centro automotivo;
     
  7. Evite entrar com o veículo em um ponto de alagamento. Caso não seja possível driblar a situação, o ideal é que o volume de água no local não passe da metade da altura da roda do carro;
     
  8. Se a enchente começar a atingir a roda do automóvel a ponto de estar acima da metade, abandone-o imediatamente e busque um lugar seguro para ficar. Lembre-se: em situações extremas, garantir a sua integridade física é mais importante do que poupar um bem material;
     
  9. Após o enfretamento de uma enchente, procure fazer um check-up do seu veículo o mais rápido possível. Além corrigir possíveis danos no carro, a medida ajuda a certificar a segurança do condutor.




Porto Seguro

O mundo em tensão: as relações entre Estados Unidos e Irã após a morte de Qasem Soleimani



Ao contrário do que algumas notícias e muitos memes tem tentado transparecer, um conflito de proporções globais não parece plausível nesse momento. Dessa forma, responde-se a uma das perguntas mais frequentes a respeito das recentes tensões entre EUA e Irã: se haverá ou não uma Terceira Guerra Mundial, o que não ocorrerá – pelo menos por hora. 

Para compreender a animosidade entre os Estados Unidos e a República Islâmica do Irã deve-se voltar à década de 1950, quando não havia no país do Oriente Médio qualquer sentimento antiamericano. Àquele momento, a autoridade máxima iraniana era o Xá – nome que se dá aos monarcas persas – Reza Khan. Em 1951, o nacionalista Mohammed Mossadeq é eleito primeiro ministro, no primeiro pleito democrático do país. Dois anos depois, num golpe orquestrado por Reino Unido e EUA, Mossadeq é deposto e, posteriormente, preso. É então que o poder retorna à monarquia, em especial ao Xá Mohammad Reza Pahlavi.

Desde a queda de Mossadeq e ascensão de Reza Pahlavi, seguem-se quase três décadas de franca amizade entre Irã e EUA, tendo o presidente americano Jimmy Carter declarado sentimentos de grande companheirismo e gratidão à Pahlavi em 1978. A proximidade entre os países aos poucos começa a ser malvista pela população iraniana, temerosa de que acordos comerciais e petrolíferos prejudiciais ao país pudessem ser celebrados. A revolta contra a monarquia atinge seu ápice em 1979, ano da Revolução Iraniana. 

Depois de semanas de protestos, greves, paralisações e enfrentamentos, Reza Pahlavi foge do país e abre caminho para o retorno do líder religioso Ruhollah Musavi Khomeini, o aiatolá Khomeini, ferrenho crítico da monarquia e dos EUA, que estava fora do Irã desde 1964. Por conta desse desencadeamento de situações, frequentemente se divide o estudo da Revolução Iraniana em duas fases, sendo a primeira a deposição do Xá e a segunda a ascensão dos Aiatolás. 
Seja como for, é em 1979 que o Irã deixa de ser uma monarquia e torna-se uma república teocrática, aquela em que as ações do governo seguem os preceitos de uma religião. Também em 1979 a embaixada americana em Teerã foi cercada e posteriormente invadida, enredo do filme Argo, de 2013. Desde 1980, quando funcionários da embaixada americana em Teerã permaneciam sequestrados, Irã e EUA congelaram suas relações diplomáticas. Isso significa que ambos os países não possuem um canal aberto de comunicações e diálogo, o que certamente agrava qualquer tensão entre ambos.

A estratégia estadunidense tem sido, desde a Revolução Iraniana, o uso de embargos econômicos, o que elevou o sentimento antiamericano na população do país do Oriente Médio. Tais embargos ganharam maior abrangência em governos como o de Bill Clinton, que proibiu investimentos americanos no Irã, reduziu as trocas comerciais e proibiu a participação de empresas dos EUA no setor petrolífero persa. Novas sanções ao Irã vieram no governo de George H. W. Bush que, tal qual Barack Obama, via com muita preocupação o programa nuclear iraniano. 

Por fim, chega-se ao governo Donald Trump, no qual rompeu-se o acordo nuclear celebrado em 2015 entre Irã – de um lado – e Rússia, China, Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido – de outro. O acordo, que previa a retirada das sanções econômicas em troca da parada do programa nuclear, foi unilateralmente rasgado por Trump, o que impactou diretamente a economia iraniana e aumentou a inquietação entre os dois países.

Em setembro de 2019, uma refinaria de petróleo na Arábia Saudita foi alvo de um ataque de cerca de 20 drones e vários mísseis, supostamente de origem iraniana, o que deixou ainda mais instável a geopolítica do Oriente Médio. Deve-se destacar que, ao contrário do Irã, a Arábia Saudita é grande aliada dos EUA, e sauditas e iranianos possuem uma tensa e nada amigável relação. 

Assim, chegamos a janeiro de 2020, quando um ataque americano ao Iraque mata o popular general iraniano Qasem Soleimani, Major-Geral, comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, além de uma figura proeminente no país e o cérebro por trás das estratégias militares iranianas. De um lado, o Major-Geral auxiliou o presidente sírio Bashar al-Assad a lutar contra os rebeldes contrários ao seu governo, e, de outro, lutou contra o Estado Islâmico no Iraque. 

Muitos têm questionado as razões por trás desse ataque a Soleimani. A princípio, pode-se enxergar uma retaliação ao ataque à refinaria saudita. Da mesma forma, pode-se apontar que o ataque pode ser uma tentativa de Trump de se afirmar ao eleitorado interno, logo após o desgaste sofrido pela aprovação de seu impeachment na câmara dos deputados em dezembro – por mais que o impeachment definitivo possivelmente não prospere. Por fim, dentre várias razões para o ataque, pode-se apontar também as ações passadas do general que, segundo o Pentágono, “possui sangue americano nas mãos”. 

O que é difícil de responder nessa história toda é justamente a pergunta mais simples: e agora? Não se sabe ao certo, mas em meio às juras iranianas por vingança, bandeiras vermelhas – símbolo do sangue dos mártires e de vendeta – tem sido cada vez mais comuns nas ruas de Teerã. Se o ataque a Soleimani foi uma retaliação ou uma maneira para que Trump se reafirme a seus eleitores não se pode saber. Em alto nível de alerta está a aliada americana Arábia Saudita que, além de geograficamente próxima ao Irã, fornece petróleo aos EUA. Era de se esperar alguma resposta vinda do Irã, que veio em ataques a duas bases americanas no Iraque. Não se pode afirmar, no entanto, que os enfrentamentos acabaram ou que o relacionamento entre EUA e Irã volta ao status pré-ataque a Soleimani. A polarização não apenas continua existindo, como permanece elevado o receio de novos enfrentamentos. O que se pode afirmar com certeza é que as relações entre EUA e Irã nunca estiveram tão tensas, e que a estratégia americana para o Oriente Médio será duramente testada neste início de ano.





João Alfredo Lopes Nyegray - doutorando em estratégia, mestre em internacionalização. Advogado, formado em Relações Internacionais e especialista em Negócios Internacionais. Professor de Relações Internacionais, Comércio Exterior, Administração e Economia na Universidade Positivo.


Volta às aulas: aumento de quase 300% assusta pais na hora de comprar o material escolar



Ações simples podem ajudar a economizar; fintech dá dicas 


Para a maioria dos brasileiros, o ano começa com muitas contas. E para os pais, além da rematrícula da escola, uma das principais despesas está relacionada à compra do material escolar. Segundo pesquisa realizada pelo Procon-SP o preço do material em São Paulo pode variar 300% - eles analisaram os valores de 126 produtos em oito lojas. Por exemplo, o preço do estojo de giz de cera com 12 cores chegou a 266% - de R$ 1,50 para R$ 5,50. A maior diferença foi na borracha branca, com um aumento de 333% - ficou entre R$ 0,60 e R$ 2,60.
Pensando em ajudar os pais a se organizarem, a Simplic - primeira fintech a oferecer empréstimo 100% online a pessoas físicas - separou cinco dicas de como economizar na compra do material escolar do seu filho. Leia abaixo.

1 - Reaproveite materiais antigos
Antes de ir às compras, veja em casa se não “sobrou” alguns materiais do ano passado. Sempre tem aquele caderno que não usou inteiro, canetas e lápis que podem ser aproveitados. Também podem usar alguns materiais que não estragam tão rápido assim, como: tesoura, apontador, grampeador, régua, etc. Livros antigos também podem servir de doação para outros alunos

2 - Faça pesquisas 
Realizar pesquisas em sites de buscas é sempre uma ótima opção - você consegue comparar os valores e às vezes até fazer a compra online. Guardar panfletos de lojas também pode ajudar na análise dos preços, além de tê-los em mãos, o estabelecimento é obrigado a cumprir com os valores divulgados - segundo o Código de Defesa do Consumidor.

3 - Compre com antecedência
Faça compras um tempo antes do retorno às aulas. Normalmente, quando está próximo algumas papelarias e lojas costumam subir os preços do material escolar. Comprando com antecedência, você garante materiais até de primeira linha com um melhor custo-benefício. 

4 - Compras coletivas
Nessa época os pais estão com o mesmo propósito: economizar com a compra dos materiais - por isso, uma boa sugestão é se organizar com eles e ir até uma única papelaria juntos. Algumas lojas dão descontos para compras em grupo e grandes quantidades. 

5 - Financie a compra
Muitos pais não conseguem fazer as compras por conta de todos as dívidas do início do ano e com isso, procuram por outra alternativa para resolver essa situação. Uma opção são as fintechs, por exemplo, a Simplic. Ela oferece crédito rápido e seguro e 100% online. O processo é bem simples: o cliente faz a simulação de crédito no site pelo computador ou celular. O cadastro não leva nem 5 minutos e ele fica sabendo na mesma hora se está pré-aprovado e pode receber o dinheiro na conta em menos de 24 horas. 

sábado, 18 de janeiro de 2020

A CORRUPÇÃO EM VERTIGEM


            Para entender o caminho percorrido por um documentário mistificador até postular sua inscrição na disputa da estatueta dourada de Hollywood basta erguer a ponta de alguns tapetes elegantes e dar uma espiada. À exceção dos brasileiros que mantenham com a mentira e a falsidade uma relação de interesse político ou econômico todos sabem o quanto o Brasil foi roubado por aqueles que monopolizaram o poder nas últimas décadas. Graças à Operação Lava Jato, veio à tona a maior bandalheira institucionalizada da história universal.

            Essa corrupção, nunca é demais lembrar, fraudou eleições em todo o país, corrompeu a representação popular e pôs a democracia efetivamente em vertigem. Roubando da nação, proporcionou sucessivos mandatos a criminosos em eleições federais, estaduais e municipais. A democracia brasileira apodreceu no pé. Muitas dessas frutas danificadas, bichadas, foram ao solo no pleito de 2018 sob ação da vassoura eleitoral. Claramente, porém, entre os que voltaram e os que chegaram ainda sobrou muito bandido com diploma. Mas nada disso põe a democracia em vertigem no documentário de dona Petra Costa. Quem o faz é o constitucionalíssimo impeachment de Dilma, supervisionado pelo presidente do STF, amigo da presidente cassada.

            Fato: para a banda podre, não há urgência nacional ou premência superior à envolvida na aprovação de leis que criem obstáculos à persecução penal nos crimes de corrupção ativa, passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. E haja tapete! E haja vertigem. Na dúvida, basta lembrar a coerência instrumental que une:
  • ·        os maus tratos do Congresso às Dez Medidas de Combate à Corrupção;
  • ·        as emendas ao Pacote Anticrime de Sérgio Moro;
  • ·        a inoportuna deliberação do Supremo, que praticamente inviabilizou a prisão após condenação em segunda instância e jogou no lixo seco a justiça de 2º grau;
  • ·        a lei de "abuso de autoridade";
  • ·        a criação do juízo de garantias;
  • ·        a decisão de retomar os processos cujas alegações finais não concederam à parte denunciada o direito de falar em último lugar (uma irrelevância cuja única serventia foi a de soltar os amigos);
  • ·        o empenho em impedir o acesso dos órgãos de persecução penal aos relatórios do COAF.
Bem menos do que isso credenciaria importantes autoridades da República a comendas da Ordem do Capeta por malefícios prestados à nação. A corrupção luta com todos os meios possíveis. Dona Petra Costa, por exemplo, pisa na ponta do tapete da Andrade Gutierrez para fazer seu documentário ao gosto de Hollywood.

É preciso entender, contudo, que a peça chega à disputa do Oscar na etapa final de descomunal mistificação, em conformidade com os usos e costumes da esquerda mundial, cuja solidariedade estratégica chega a ser comovente. Nesse ambiente, dito cultural, os prêmios e as medalhas são reais, carinhosos e generosos como costumam ser as ações entre amigos. 

Em agosto de 2019, o jornal italiano La Repubblica abriu manchete com algo do tipo "O mundo contra Bolsonaro". Uau! Matérias semelhantes se somavam no exterior, sempre em jornais de esquerda, como New York Times, Le Monde, El país, The Guardian, Neues Deutschland, entre outros.  Seus conteúdos põem foco negativo na política do governo brasileiro, que aplica o programa conservador e liberal democraticamente consagrado nas urnas. Esse programa rejeita aquilo que a esquerda mundial corteja e rotula como progressista: governos corruptos, ditadores, terroristas, antiocidentais e radicais islâmicos. Toda notícia contra o Brasil e seu governo publicada nesses veículos repercute na nossa imprensa como leitura "europeia e civilizada" da realidade nacional. Dê uma olhada no Google: uma nota em qualquer jornal esquerdista lá fora produz duas dúzias de notícias em grandes jornais brasileiros. Legítima jogada ensaiada.

A imprensa nacional não poderia, então, contestar as mistificações do documentário? É uma boa pergunta, com respostas assustadoras. A divisão política da sociedade brasileira tornou-se evidente ao senso comum. A longa e bem sucedida criação de animosidades entre segmentos sociais por obra do grupo político esquerdista hegemônico no Brasil até 2016 só é lembrada, no entanto, por quem tem neurônios, memória e juízo. Por isso, é oportuno sublinhar que as fingidas reclamações contra a divisão, atribuída ao surgimento de movimentos políticos conservadores e liberais, provêm de quem não se peja de fomentar esse sentimento em prejuízo do país, valendo-se de suas parcerias internacionais. As tribos de Los Angeles servem muito bem para isso, como se sabe.
            


Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


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