Especialista traz
recomendações de como aproveitar melhor e de forma mais saudável o tempo com as
crianças
Já é verão e, junto com ele, as queridas férias!
Nesses dias, a criançada quer aproveitar ao máximo, mas, muitas vezes, o que
era para ser uma alegria se torna um pesadelo para os pais, que acabam se
perguntando: como planejar a rotina com os filhos? E o tempo que ficarão no
celular, videogame e jogos online? Pior: e os gastos? Como garantir diversão
sem gerar dívida no fim das férias? A professora de pedagogia da Unimetrocamp /
Wyden, Silvia Cristina Salomão, traz algumas recomendações e dicas simples, que
podem ajudar a tornar o período de férias mais prazeroso, organizado e menos
caótico, além de reduzir o período em contato com o celular e aparelhos
tecnológicos, bem como incentivar o aproveitamento de programas ao ar livre.
“Crianças pequenas devem se desenvolver
globalmente, ou seja, em todos os seus aspectos: físico, emocional, social,
sensorial e cognitivo. O uso do celular ou tablet limita esse desenvolvimento
com hiperestímulos visuais e auditivos, sem estimular os movimentos amplos do
corpo, a descoberta sensorial dos cheiros, sons, texturas e diferentes
interações com o meio ambiente e com as pessoas. E é justamente essa interação
que implica na aprendizagem de valores e construção saudável de si e percepção
do outro e do mundo”, explica Salomão.
1. Mantenha uma rotina flexível
É importante manter uma rotina na vida da criança,
para estabelecer organização e garantir segurança emocional. Mesmo durante as
férias, é essencial permanecer na rotina, ainda que com algumas mudanças, que
podem torná-la mais flexível, claro. As regras estabelecidas entre a família
devem continuar; já o horário de dormir e acordar pode ser um pouco mais
folgado, mas não retirado da vida dos filhos.
2. Seja o exemplo, usando menos a internet
As crianças já amam as telinhas eletrônicas e os
jogos online. Durante as férias, é muito comum o tempo na internet ser ainda
maior, muitas vezes, até estimulado pelos pais, que não têm tempo de ficar com
os filhos, ou que também navegam por longos períodos no mundo digital. Já se
sabe que o uso excessivo das mídias digitais pode causar danos físicos e
emocionais, especialmente em crianças, como ressecamento dos olhos, distúrbio
do sono, desatenção, comportamento obsessivo, sedentarismo, irritabilidade,
entre outros. Por isso, é essencial estabelecer limites para o uso, inclusive
dos próprios pais, que devem ser o maior exemplo para as crianças.
3. Busque atividades gratuitas, ao ar livre
As atividades de férias devem ser desenvolvidas com
experiências significativas para as crianças, o que não implica em grandes
investimentos financeiros. Passear em parques públicos, frequentar mostras
culturais, praças, feiras, clubes, ir à casa dos amigos e parentes, convidar
amigos para brincar e/ou mesmo dormir, ir a museus, fazer piquenique ao ar
livre (até mesmo no quintal de casa ou na área de lazer do prédio), brincar com
água e esguicho, preparar pequenos pratos culinários com familiares mais
velhos, construir brinquedos com sucatas, visitar bibliotecas públicas,
emprestar livros, experimentar diferentes aromas e sabores das frutas, andar de
bicicleta e fazer caminhadas pelo bairro são exemplos de atividades em que é
possível observar novidades no tempo e na natureza.
4. Permita-se redescobrir o mundo junto com seu
filho
Algumas atividades podem ser triviais para os
adultos, mas grandes descobertas para as crianças, como ir à praça, observar
pássaros e pequenos insetos no jardim. Resgatar brincadeiras da infância dos
pais e apresentá-las aos filhos desta “nova geração” pode ser uma experiência
incrível para ambos. Lembrando que, a partir dos 5-6 anos, as crianças
procuram jogos de exercícios e com regras, como os tradicionais esconde-esconde,
pular corda, pega-pega, queimada e outros. Já os menores de 5 anos se encantam
com as brincadeiras de faz-de-conta e atividades motoras, com regras simples,
como ‘ovo choco’ ou ‘lenço atrás’, brincadeiras com areia e parques com
balanços, escorregadores e outros.
5. Foque na qualidade do tempo, não na quantidade
Tudo bem se os pais não tiverem disponível a
quantidade de tempo que gostariam de passar com os filhos, afinal a qualidade
desse convívio é que realmente importa, para fortificar vínculos afetivos e
gerar segurança na vida infantil.
Centro Universitário UniMetrocamp | Wyden