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terça-feira, 18 de junho de 2019

Para 57% dos brasileiros, consumo moderado da maconha não é moralmente aceitável, mostra pesquisa Ipsos


Cinco em cada dez entrevistados do Brasil (47%) acreditam que ninguém deveria ter acesso à droga. No mundo, o índice é de 37%


O consumo da maconha de forma moderada não possui grande aceitação no Brasil, aponta a pesquisa global “Global Views on Vices 2019” da Ipsos. Seis em cada dez brasileiros (57%) não acreditam que o uso moderado da maconha seja moralmente aceitável. O índice é bem próximo do registrado no mundo (51%). Por outro lado, 24% dos brasileiros dizem que a atitude é moralmente aceitável, um índice um pouco acima do global (22%).

O levantamento, que avalia a aceitação do consumo de 15 itens, mostra que metade dos brasileiros (47%) acredita que ninguém deveria ter acesso à droga. Globalmente, o índice é um pouco menor, de 37%. Para 66% dos entrevistados do Brasil, a maconha é viciante, enquanto 13% acreditam que não é. No mundo, 63% concordam com o potencial viciante da droga e 17% não concordam.

“A percepção de que há uma tendência global de maior tolerância com relação a comportamentos mais liberais não se verifica na pesquisa. Muitas das atividades potencialmente viciantes ainda são vistas com grande desconfiança pela população. O Brasil, na maioria dos casos, acompanha a média tendencialmente mais conservadora. Isso ajuda a explicar dois movimentos sociais que se verificam claramente na atualidade: resgate político de movimentos conservadores e extremismo de opiniões”, afirma Marcos Calliari, CEO da Ipsos.
Sobre o uso recreativo da maconha, seis em cada dez brasileiros (57%) acreditam que não deveria ser legalizado. O resultado é bem próximo do global: 54%. Além disso, 66% dos entrevistados no Brasil não provariam a maconha caso o uso fosse liberado. No mundo, 61% não provariam.

“De maneira geral, o brasileiro apresenta mais restrições morais às atividades pesquisadas, como uso de maconha, pornografia e jogos de videogame violentos. Em um país cuja percepção estereotípica é permissiva, esse dado é bastante relevante. Há uma tendência de julgamentos morais alta que, muitas vezes, impede debates posteriores, como por exemplo a saudabilidade ou interesse público”, ressalta Calliari.


Na medicina

Apesar de a maconha não ser vista com bons olhos, pouco mais da metade dos brasileiros (56%) enxergam seu valor medicinal. No mundo, 55% dos entrevistados possuem a mesma visão.

Cinco em cada dez brasileiros (54%) acreditam que o uso da maconha deveria ser legal no país para uso médico. Entretanto, 26% não concordam. No mundo, os resultados são bem parecidos: 57% concordam e 24% discordam. Chile e Estados Unidos são os países que mais concordam que a maconha para fins medicinais deveria ser liberada. Por outro lado, Turquia e Rússia registram os maiores índices de discordância, com 58% e 57%, respectivamente.

Globalmente, 41% dos entrevistados estariam dispostos a pedir para o médico a prescrição da maconha caso o uso fosse legalizado. No Brasil, o índice é o mesmo. O Peru é o país com o maior percentual nessa questão, com 70%.


Próximos 10 anos

A pesquisa também mostra que metade dos brasileiros (48%) acredita que a maconha para uso médico será legal em 10 anos. Globalmente, o índice é de 55%. O Canadá e a África do Sul são os países que mais acreditam nessa afirmação. Novamente, Rússia (54%) e Turquia (51%) são os países com maior índice de contrariedade.

Já para o uso recreativo da maconha, 79% dos entrevistados no Canadá acreditam que a prática será legal em 10 anos. África do Sul e Estados Unidos também registraram altos índices nessa questão, com 74% e 71%, respectivamente. No Brasil, 29% acreditam nessa possibilidade e globalmente, 33%.

Metade dos entrevistados globalmente (47%) e no Brasil (49%) acreditam que o uso de drogas será maior do que o registrado atualmente.


Outros vícios

O estudo também mostra outros vícios e como é a aceitação de cada um deles. O consumo de videogames violentos não é moralmente aceito por 46% dos entrevistados no mundo. No Brasil, o índice é de 41%.

“Outro fator interessante é que muitas das atividades condenadas moralmente pelos brasileiros, apresentam prevalência de suas práticas particularmente altas no país, como por exemplo uso de redes sociais e consumo de pornografia. Assim, há a suspeita de que nem sempre os brasileiros se comportam do modo como eles desejam ser percebidos, caracterizando uma dose de ‘hipocrisia social’”, diz Calliari.

Entre as questões que não são bem vistas no mundo estão: pornografia (43%), cigarros (42%), jogos de cassino (42%), apostas online em jogos de azar (41%).

Por outro lado, outros produtos e serviços têm o consumo com moderação aceito, como chocolate (79%), salgadinhos de pacote (69%), redes sociais (65%), vinho (62%) e cerveja (61%).

“Pela pesquisa, fica clara a dificuldade em evoluir com discussões de temas que são moralmente condenáveis, segundo a população. Projetos relacionados à liberação da maconha e casinos precisariam de argumentos e novas informações para uma alteração da percepção pública, em um ambiente particularmente desfavorável para o diálogo”, completa Calliari.

A pesquisa online foi realizada com 18,6 mil entrevistados em 29 países, incluindo o Brasil, entre 26 de novembro e 7 de dezembro de 2018. A margem de erro é de 3,1 p.p.




Ipsos
Ipsos Brasil - New, Fresh & Digital https://youtu.be/AWD_nwkXrpM;
Ipsos Brasil - Diferenciais https://youtu.be/gSWOO5KunKI e
Ipsos Brasil - Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s.

NIELSEN CRIA PERFIS INÉDITOS DE HÁBITOS DE CONSUMO PARA ACOMPANHAR OS NOVOS PARADIGMAS DO CONSUMIDOR BRASILEIRO


Com cinco novos perfis, varejistas podem adaptar e personalizar suas estratégias de marketing com maior precisão e eficiência


A quarta revolução industrial, conceito desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial, prevê uma nova fase que “transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos”. De acordo com o estudo “Estilos de Vida 2019” da Nielsen, essa transformação já chegou aos hábitos de consumo dos brasileiros.

A população do Brasil está mais negociadora (55% dos entrevistados vai direto à loja para efetuar a compra), mais conectada (64% tem um smartphone), mais saudável (57% reduziu o consumo de gordura e 56% diminuiu a ingestão de sal), mais prática (64% escolhe as marcas pelo baixo preço) e mais sustentável (42,4% está mudando seus hábitos de consumo para reduzir o impacto no meio ambiente).

Assim, faz-se necessário entender o consumidor além de seus dados demográficos, combinando nível socioeconômico, gênero e idade com seu estilo de vida, hábitos e atitudes. Tanta complexidade e multiplicidade de valores e escolhas compeliu a Nielsen a criar cinco novos perfis para o consumidor brasileiro.


Consciente Pragmático

O “sabe tudo”, é aquele que segue fielmente seus hábitos e preferências. Esse perfil é predominante em indivíduos com mais de 46 anos de idade, das classes C2, D e E, e equilibradamente dividido entre homens (55%) e mulheres (45%). É geralmente o chefe do lar e, como busca uma vida estável, preocupa-se com o aumento do custo de vida e com os serviços públicos. Os meios de comunicação que mais utiliza são a TV aberta e o rádio e, mesmo que goste de ficar em casa com a família e assistir televisão em seu tempo livre, acredita que a maioria das propagandas são mentirosas. No mercado, tem um comportamento mais prático e tradicional, então faz suas compras sozinho, durante a semana e em lojas convencionais, além de adquirir sempre os mesmos produtos e marcas, mesmo que não estejam em promoção. 


Equilibrista

O “negociante”, aquele que busca fazer escolhas inteligentes para conseguir consumir tudo o que quer. Esse perfil é predominantemente feminino (67%), das classes C1 e C2 e mais jovem (26 a 45 anos). Responsável pelas compras da casa, esse perfil foi bastante impactado pela crise, então preocupa-se bastante com o aumento do custo de vida e com a educação. Mesmo com o orçamento apertado, gosta de sair com os amigos e socializar. Em casa, se diverte assistindo TV e adora interagir nas redes sociais. Propagandas de rua e na internet costumam chamar a sua atenção e, na hora de comprar, gosta de olhar com atenção todos os folhetos e catálogos que recebe, além de não pensar duas vezes antes de mudar de loja para aproveitar uma boa promoção. Costuma comprar mais que o previsto e paga tudo com o cartão de crédito, mas não faz compras online. A realização profissional é o seu principal objetivo de vida.


Consciente Sonhador

O “tranquilão”, aquele que busca levar uma vida tranquila, na qual possa cuidar de si e do mundo. Predominantemente feminino (72%), esse perfil está mais presente nas classes C2, D e E. É responsável pelas compras de casa e, embora não tenha sido impactado pela crise, se preocupa com o custo de vida e a economia, mas principalmente com o meio ambiente. Esse perfil vai três vezes mais ao hortifruti que os outros, e à feira pelo menos uma vez por mês. Ele reduziu o consumo do que julga fazer mal (no caso desse grupo, especificamente cafeína, lactose e glúten), compra produtos orgânicos e faz exercícios físicos. No mercado, leva uma lista de compras e se atém à ela, além de consumir 20% menos que os demais e pagar as compras em dinheiro 90% das vezes. Além de mudar seus hábitos de consumo por causa do meio ambiente, ele está disposto a pagar mais caros por marcas sustentáveis, e tenta viver um dia de cada vez, desenvolvendo a sua espiritualidade.


Conectado

O “sempre online”, é aquele que se diverte, se comunica e passa a maior parte do seu tempo na internet. Demograficamente, esse é o mais jovem dos perfis, cuja maioria dos entrevistados possui até 25 anos de idade, está inserida nas classes B2 e C1 e sem predominância de gênero (homens e mulheres com 50%). Apesar de estar sempre online, não deixa de ir a festas, eventos culturais e de estar com os amigos. Gosta de imaginar o futuro com crescimento profissional e uma família, mas sem perder as oportunidades e vivências do presente. Consciente, pensa muito no coletivo, e suas maiores preocupações incluem o meio ambiente, o preconceito e a intolerância. Tem o mundo na palma da mão e fazem tudo pelo smartphone: comunicação, conveniência, redes sociais, jogos, filmes e música. Seis em cada dez entrevistados fazem compras online todo mês. Por acompanhar seis dos nove principais meios de comunicação, propagandas perdem a relevância em todos os canais que utiliza. Esse perfil valoriza ações que criem experiência e exclusividade com produto/marca, como degustação, amostra grátis, cupons e desconto nos aplicativos.


Aspiracional

O “pra frentex”, que busca aliar seu bem-estar próprio ao coletivo. Esse perfil tem predominância nas classes A, B1 e B2, com idade entre 26 e 45 anos e maioria feminina (64%). Suas maiores preocupações são com meio ambiente, educação, corrupção e preconceito. Seu objetivo de vida é contribuir positivamente para a sociedade e viajar, sem abrir mão de ter uma boa carreira profissional - por isso, busca cuidar de si e do mundo. Está mudando seus hábitos para ser mais saudável e proteger o meio ambiente. Esse perfil consome muita informação, o que o torna mais exigente: 33% compara preços no celular enquanto está fazendo compras, 70% vê produtos e preços no aplicativo/internet antes de ir à loja, 72% gosta de comprar e experimentar novos produtos, 55% vê atentamente as informações nutricionais, 67% está disposto a pagar mais por marcas que pensam no meio ambiente e 81% gasta mais com produtos que melhoram a saúde.

No dia a dia, os profissionais de marketing, donos de comércio e varejistas podem usar essas informações para traçar estratégias, corrigir rotas e oferecer uma experiência mais personalizada ao seu público. Ao se perguntarem “quem é o meu consumidor?” e identificar os perfis onde tem maior atuação, é possível analisar como escolhem as marcas e os canais de compra, quais são seus hábitos e quais mídias acompanham, entre outros itens. Com os novos perfis elaborados pela Nielsen, será possível responder perguntas como “o meu consumidor abandona minha categoria por falta de produtos saudáveis?”, “o shopper da minha bandeira tem alguma preferência por tipo de pagamento?” e “o que ele mais valoriza em uma loja?”, entre outras, o que tem incalculável valor de mercado.

O Brasil é, em sua maioria, equilibrista, com 27% da população classificada nessa categoria. Em seguida, temos os aspiracionais (22%) e os consciente pragmáticos (21%), enquanto os conectados e os consciente sonhadores estão empatados com 15%. Vale lembrar que cada consumidor possui uma combinação desses perfis, embora um deles sempre predomine.

A Nielsen ouviu mais de 21 mil pessoas em 8.240 lares pesquisados. O questionário contou com 100 questões, divididas em módulos de entendimento: tempo livre e hobbies; atitude, valores e metas; meios de comunicação; hábitos de compras (antes, durante e após), e preocupações com saudabilidade.




Nielsen

Boa Vista explica o que pode ou não na cobrança de dívidas ao consumidor


Alguns tipos de cobrança são proibidos pelo Código de Defesa do Consumidor, apesar do credor ter o direito de cobrar o consumidor em caso de dívidas vencidas


Receber um telefonema ou uma carta de cobrança de uma dívida não paga é algo comum caso o consumidor esteja devendo. Isso porque, mesmo não sendo agradável, o credor tem o direito de fazer a cobrança caso haja algum débito em aberto.

O consumidor deve saber, porém, que existem limites definidos pela lei para as cobranças. Pensando nessa necessidade, a Boa Vista explica o que pode e o que não pode ser feito na cobrança de um consumidor que possui uma inadimplência.

O que o credor pode fazer:

• Notificar o devedor para pagamento, por meio de envio de carta de aviso de débito da Boa Vista;

• Inscrever seu nome nos cadastros de inadimplentes, como o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito);

• Protestar o título em cartório de protesto;

• Ingressar com ação judicial; 

• Fazer ligações para o inadimplente, observados os dias e horários permitidos por lei, não interferindo em seu descanso e lazer; 

• Repassar a dívida (venda de dívidas ou cessão de crédito) para uma empresa terceira como os popularmente conhecidos escritórios de cobrança ou de gestão de carteiras em aberto.


O que o credor não pode fazer:

• Submeter o devedor a constrangimento (artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor);

• Fazer cobrança vexatória com constrangimento físico ou moral (isto é crime, artigo 71 do Código de Defesa do Consumidor);

• Fazer afirmações falsas, incorretas ou enganosas;

• Falar com parentes e vizinhos sobre a dívida;

• Segurar um documento pessoal ou um bem do inadimplente para forçá-lo ao pagamento da dívida (a não ser que o bem esteja vinculado a dívida, como um carro, por exemplo).


Dívida prescreve?

De acordo com Código de Defesa do Consumidor, o prazo para permanência da dívida no banco de dados é de cinco anos. Na prática, isso significa que, após esse período, o CPF do consumidor deixa de ser exibido no banco de dados do SCPC, mesmo se a dívida ainda não tiver sido quitada. Porém, a dívida continua existindo, e o credor ainda possui o direito de cobrá-la, podendo, inclusive, entrar com uma ação judicial contra o consumidor.

No portal Consumidor Positivo, é possível que o consumidor consulte o seu CPF gratuitamente para saber se existem dívidas no seu nome.

Para mais informações e dicas de Educação Financeira e Orçamento Doméstico acesse: www.consumidorpositivo.com.br.







Boa Vista
www.boavistascpc.com.br








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