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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Doenças do coração matam mais que violência, trânsito e outras enfermidades


De olhos atentos para o check-up cardíaco: prevenção ainda é a melhor forma para evitar uma parada cardíaca


Você sabe qual é a principal causa de óbitos no Brasil? A resposta não é o câncer ou a violência, nem acidentes de trânsito e sequer a AIDS. O principal motivo que leva os brasileiros à morte são as doenças do coração e da circulação do sangue como o infarto, o AVC, arritmias, pericardite, doença arterial coronariana e cardiomiopatias.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), acontecem cerca de 720 paradas cardíacas diariamente no país. O que significa uma média anual de 300 mil casos, sendo que cerca de 100 mil, ou 30% deste total, são fatais.  Já mundialmente falando, a estimativa é de 17,5 milhões mortes por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Especialistas alegam que são os maus hábitos do dia a dia os catalisadores desse quadro. Colesterol alto, sedentarismo, obesidade e hipertensão são alguns fatores de risco para a saúde do sistema cardiovascular.  De certa forma, a presença de comorbidades como hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus e os maus hábitos como tabagismo, sedentarismo, a obesidade, aumentam o risco de um evento cardiovascular, como arritmias, insuficiência cardíaca e o mais trágico que são o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral. Importante ressaltar que com o passar dos anos, principalmente, em mulheres, o risco da fibrilação atrial que é uma arritmia que pode causar o acidente vascular cerebral, aumenta significativamente", explica a cardiologista, especialista em arritmias cardíacas, Karina Cindy.

Karina recomenda que as pessoas que tenham fatores de risco, fiquem atentas e façam acompanhamento regular com seu cardiologista. Aquelas pessoas que não apresentam fatores de risco, a realização de check-up anuais pode revelar possíveis doenças que estejam na fase inicial. A importância de prestarem atenção a possíveis sinais, como falta de ar em repouso ou cansaço excessivo durante o esforço físico, palpitações, dores ou queimações no peito, inchaço nas pernas e formigamento no braço esquerdo são indicadores de possíveis doenças no coração. “É muito relevante procurar um médico ao sentir qualquer um desses sintomas e manter os exames em dia porque é mais simples prevenir as doenças cardíacas do que tratá-las. Se você já teve um infarto ou arritmias cardíacas, o tratamento evita que possa ter complicações futuras”, explica.

Para o conhecimento dos leigos, a prevenção não é tão complicada e dolorida quanto se imagina. Um simples exame de sangue já detecta alterações nos níveis de colesterol, glicemia e tireoide, que estão relacionadas aos fatores de risco. Já o eletrocardiograma oferta mais informações e pode identificar possíveis doenças nas artérias coronárias ou arritmias cardíacas. A partir disso, os médicos podem averiguar e designar exames mais complexos.

Além da realização dos exames e acompanhamento regular com seu médico, o ideal mesmo é ter bons hábitos e cuidar da saúde para levar uma vida mais saudável. Redução do sal na comida, alimentação balanceada, cortar alimentos processados, praticar esportes periodicamente, dormir bem e não fumar, são alguns cuidados importantes. “Todas essas práticas melhoram o condicionamento do corpo, reduzem o colesterol ruim e permitem que o coração possa funcionar de uma forma eficaz”, conclui a cardiologista, Karina Cindy.



7 em cada 10 denúncias recebidas pelo Simesp envolvem organizações sociais


É por meio das denúncias que o Simesp consegue atuar em defesa da categoria, seja pela da Justiça ou negociando diretamente com as OSs e administração pública


O montante de 68,5% das denúncias recebidas pelo Simesp, no período de maio de 2017 a maio deste ano, envolve problemas com organizações sociais (OSs). Os motivos são os mais diversos, como atrasos dos pagamentos e do 13º, demissões de médicos CLT para contratação de pessoa jurídica (PJ), falta de aplicação do reajuste conforme estabelecido em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), falta de condições para atendimento devido à sobrecarga de trabalho, falta de insumos ou até mesmo demissões em massa devido à troca de gestão de organizações sociais.   

Para se ter uma ideia, das 130 denúncias recebidas no período, 89 relatam algum dos problemas elencados acima. Isso significa que aproximadamente sete em cada dez denúncias são de médicos com vínculo a organizações sociais (OSs). Segundo levantamento feito pelo Simesp, são cerca de 16 OSs em ao menos 12 cidades do estado, incluindo a capital (veja tabela abaixo). As denúncias recebidas contra a administração direta (prefeituras e estado) ficaram em segundo lugar no ranking, com 19%. Já o setor privado chegou a 7%, instituições filantrópicas a 4% e consórcios a apenas 1%.

Em Guarulhos, por exemplo, os profissionais concursados denunciaram que foram assediados a abrir mão dos vínculos com a prefeitura para serem contratados como PJ pelo Instituto Gerir, OS que assumiu a gestão do Hospital Municipal de Urgência (HMU), do Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HMCA) e da Policlínica Paraventi, em maio do ano passado. Na ocasião, o presidente do Sindicato, Eder Gatti, questionou tal postura da administração ao secretário municipal de Saúde, Sérgio Iglesias, que negou o fato durante uma reunião no final daquele mesmo mês.


São Paulo 

Na capital paulista, o atraso no pagamento dos médicos que trabalham com vínculo a OSs já estava se tornando recorrente todo final de ano, quando a prefeitura deixava de fazer o repasse das verbas. Contudo, em 2017, com o anúncio do corte de 25% do orçamento na Secretaria Municipal da Saúde (SMS), sendo que 7,2% seria da verba destinada às OSs, esse problema foi antecipado.

Na época, os médicos que trabalhavam para a OS Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) tiveram seus salários de maio atrasados em períodos que variaram de sete a 16 dias. Só no dia 22 de junho foi confirmado que os vencimentos foram pagos. O não pagamento ocorreu devido à falta de repasse da prefeitura, pois o convênio com a OS é de R$ 15 milhões, mas o valor pago correspondia a pouco mais de R$ 7 milhões apenas.

O atraso atingiu cerca de 340 profissionais das Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) Ermelino Matarazzo, Itaquera, Jabaquara, Pirituba, Tatuapé e Vila Nhocuné; além de médicos dos prontos-socorros Ermelino Matarazzo, Pirituba e Saboya.

“Se não há recursos é porque a gestão municipal não está fazendo o financiamento adequado das unidades. A SPDM é uma intermediária, o que não tira sua obrigação de pagar corretamente os profissionais contratados. A organização social precisa pagar os vencimentos atrasados e a prefeitura precisa arcar com sua responsabilidade com a saúde pública municipal”, disse Eder Gatti, presidente do Simesp, na ocasião.

A partir daí, as coisas só pioraram. Em setembro de 2017, o então secretário de Saúde, Wilson Pollara, anunciou em debate realizado pelo Simesp que iria reestruturar a saúde municipal e que haveria apenas “adequação de alguns serviços”, sem fechamento de unidades. Somente em março deste ano, a prefeitura assumiu o fechamento de 108 AMAs, nesse período as denúncias de sobrecargas nos serviços e filas de espera de mais 6h em prontos-socorros só aumentaram.

O Simesp denunciou os problemas ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e ao Ministério Público Estadual, que fiscalizou as unidades e constatou que a população estava sofrendo com a desassistência, já que não foram inclusos na rede serviços que prestassem atendimento equivalente ao das AMAs. A pressão do MP fez Pollara voltar atrás e, no dia 3 de maio deste ano, ele se comprometeu em reverter os efeitos da “reestruturação”. Contudo, mesmo após a promessa, as denúncias não cessaram, os médicos que trabalhavam na prefeitura com vínculo empregatício às OSs continuavam sendo demitidos e outros ainda estavam sendo assediados para voltar a atender como PJ.


Interior

Os problemas que envolvem as organizações sociais não estão restritos à capital e à região metropolitana do estado. Em Ourinhos, por exemplo, cidade que fica a 376 km da capital, os médicos que atuam no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e eram contratados pela Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) não tiveram reajuste salarial de 9,62% conforme a Convenção Coletiva de Trabalho de 2016, e a OS Santa Casa de Assis, que assumiu os contratos dos profissionais em outubro de 2017, também não arcou com a dívida a dívida trabalhista. O Simesp entrou com uma ação na Justiça e o processo está em andamento. 


CPI das OSs

O número de denúncias se tornou tão amplo que não é à toa que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) instaurou, no começo de fevereiro, uma CPI para “apurar denúncias de irregularidades nos contratos celebrados com organizações sociais, pelas prefeituras e pelo governo do estado de São Paulo”.

Os problemas investigados pela Alesp vão além das questões de irregularidades trabalhistas, como denunciadas ao Simesp. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) apontou 23 irregularidades nos contratos, como a contratação de empresas de parentes de dirigentes das OSs sem a realização de um processo de seleção e o pagamento de despesas sem qualquer relação com o serviço prestado.

O Simesp é contra a terceirização dos serviços públicos, tanto para gestão quanto para provimento de recursos humanos. “Defendemos que o SUS seja 100% público, com valorização dos profissionais e contratados por meio de concurso. Não com contratos de emergência e com baixíssimos salários como o que está sendo praticado no estado de São Paulo”, defende o presidente do Simesp. 


A razão dos gestores de risco estarem repentinamente interessados em portfólios de propriedades


Os gestores de risco possuem nos seus arsenais uma nova arma: o imobiliário


A utilização da estratégia das propriedades como ferramenta da gestão de riscos é uma tendência relativamente recente e uma que esperamos que cresça significativamente à medida que cada vez mais empresas conhecem as novas estratégias de espaço de trabalho que lhes são disponibilizadas.

Estamos no início de uma revolução do espaço de trabalho, graças à digitalização e à crescente conectividade. A IWG, a empresa-mãe das empresas de espaços de trabalho como a Regus e a Spaces, inquiriu recentemente mais de 18 000 líderes de negócios do mundo inteiro para obter as informações mais abrangentes relativamente ao ponto em que nos situamos na revolução do espaço de trabalho flexível. Os resultados foram surpreendentes:

·         89% afirmaram que o trabalho flexível ajuda os líderes de negócios a desenvolver as respetivas empresas.
·         87% afirmaram que o trabalho flexível ajuda as empresas a manterem-se competitivas.
·         89% afirmaram que o trabalho flexível permite aos líderes de negócios otimizar os custos.

Talvez mais interessante ainda para os gestores de risco, quase três quartos (73%) dos inquiridos afirmaram que o trabalho flexível os ajudou a mitigar os riscos. De que modo? Talvez outros resultados possam fornecer algumas informações:

  • 91% afirmaram que o espaço de trabalho flexível permite aos colaboradores da sua empresa ser mais produtivos enquanto viajam.
  • 80% afirmaram que o facto de os colaboradores da empresa terem a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar os ajudou a recrutar e a reter os principais talentos.
  • 78% afirmaram que um número crescente de empresas está a optar por espaços de escritório flexíveis para satisfazer a exigência dos colaboradores relativamente a locais onde "basta aparecer para trabalhar".
  • 72% afirmaram que fornecerem acesso a uma enorme rede de espaços de trabalho flexível os ajuda a atrair mais talentos.

Esta revolução significa que as empresas estudam cada vez mais sobre o modo como o trabalho flexível as pode ajudar a fazer crescer o negócio. Nesse sentido, estão a descobrir como isso as pode ajudar a gerir os diferentes tipos de risco.

Em primeiro lugar, o risco financeiro. Estima-se que em 2030, 30% do imobiliário das empresas seja flexível. Por que razão as empresas utilizam o espaço de trabalho flexível? Um das principais razões é o custo. As empresas podem poupar custos significativos em imobiliário que subcontratem, por vezes até 50% ou mais. Obviamente, a redução de arrendamentos a longo prazo, dos gastos de capital e dos custos gerais permitem um aumento financeiro que ajuda em termos de risco financeiro.

A futura nova regulamentação IFRS 16, que irá colocar os ativos arrendados no balanço de uma empresa, acreditamos que servirá de estimulo para que cada vez mais empresas reconheçam esta vantagem e que tirem partido dos grandes benefícios dos espaços de trabalho flexíveis.

Em segundo lugar, e associado, encontra-se o risco estratégico. As empresas globais precisam de expandir e abarcarem novos territórios. Fazem-no para ficarem mais perto de clientes, colaboradores e fornecedores. Neste sentido, e para serem bem-sucedidas, muitas vezes é necessário compromisso, mas pode ser desafiante perceber o nível de compromisso que é exigido. Quer celebrar um arrendamento a longo prazo de um escritório apenas para perceber que a oportunidade não se materializou? E depois ver-se vinculado a esse escritório, com as despesas gerais associadas, enquanto identifica uma nova oportunidade noutro mercado? Uma vez mais, a estratégia de um espaço de trabalho flexível nega este risco. Um parceiro autenticamente global pode fornecer-lhe aquilo de que precisa, quando e onde precisar. O trabalho flexível não tem a ver apenas com a produtividade dos colaboradores a nível individual (embora esta seja uma vantagem-chave); trata-se também de garantir que as empresas de qualquer dimensão possuem a agilidade necessária para aproveitar uma oportunidade. Em complemento, os resultados do inquérito mostraram que 82% acreditam que o trabalho flexível permite às empresas criar uma presença em novos mercados.

Em terceiro lugar, os RH e a retenção de talentos. Num mundo conectado e extremamente competitivo, o sucesso das empresas pode ser determinado pelo talento. É óbvio que as expetativas e as exigências dos colaboradores estão a mudar e que, de facto, as exigências dos principais talentos também estão a mudar. Um estudo recente comprovou que 87% dos trabalhadores gostaria de ter como opção o trabalho flexível[1]. E com isso, não querem dizer trabalhar a partir de casa uma vez por semana. Querem sim dizer, ter a possibilidade de trabalhar em viagem, explorar novos escritórios e conciliar os seus compromissos profissionais com os pessoais. Se conseguir oferecer isto, o seu estatuto de empregador irá disparar.

A estratégia de um espaço de trabalho flexível oferece aos talentos uma pacote que sabem que lhes irá permitir ser mais produtivos, sem necessariamente comprometer o equilíbrio da sua vida profissional. Ajuda igualmente uma empresa a reter esses talentos, a todos os níveis da mesma. Este é um fator fundamental para garantir que as empresas globais e ambiciosas mantêm um dos seus principais diferenciadores: as pessoas.

Por último, as estratégias do espaço de trabalho flexível podem tranquilizar os gestores de risco pelo facto de haver um plano estabelecido para as situações imprevistas, as quais podem provocar o caos na continuidade da empresa, do ponto de vista físico e digital. Ter um fornecedor de um espaço de trabalho flexível como seu parceiro de contingência significa que não está preso a uma determinada localização e pode adotar uma estratégia de contingência numa localização em qualquer altura. O melhor de tudo é que pode testar a empresa quando e onde quiser porque os fornecedores de espaços de trabalho gostam mesmo de mostrar às pessoas os seus fantásticos espaços de trabalho. Isto também tem vantagens em termos de segurança da rede: se a sua rede estiver comprometida , pode utilizar, em alternativa, a rede do fornecedor do espaço de trabalho. Tal poderá ser fornecido por um parceiro de espaços de trabalho flexível ligado devidamente a uma rede.

A revolução do espaço de trabalho transformou o modo como os indivíduos encaram a vida do escritório. Os líderes de negócios reconhecem agora as vantagens estratégicas e financeiras específicas que a mesma proporcionará às empresas de qualquer dimensão. Um aspeto fulcral relativamente a isto é saber como isto as irá ajudar a mitigar as ameaças e a aproveitar as oportunidades. É por esta razão que os gestores de risco mais inteligentes estão muito atentos aos seus portfólios de propriedades.





Joe Sullivan -Diretor geral do Plano de Contingência da Regus, líder mundial como provedora de espaços flexíveis de trabalho





[1] Timewise, setembro de 2017


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