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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Ritmo de expansão de lojas online no Brasil foi superior a 22% nos últimos 12 meses; pequenas empresas detêm 52% dos e-commerce

 Em 2021, comércio online chega a 1,59 milhão de sites, número que representa 6% do varejo brasileiro, de acordo com dados levantados por pesquisa do PayPal e da BigDataCorp.

 

Após um ano e meio de pandemia, a expansão do e-commerce no Brasil teve números expressivos em 2021, totalizando quase 1,59 milhão de lojas online, 22,05% a mais do que em 2020, quando o comércio digital saltou 40%. A variação indica que, na média, no último ano, 789 novas lojas online foram criadas por dia no Brasil. O ritmo de crescimento do e-commerce no País desde 2015 chega a uma taxa anualizada de 23,69%.

A expansão é um indicador do grande esforço que os lojistas têm feito para alcançar os consumidores, especialmente quando se fala de pequenos e médios empreendedores, como revela a 7ª edição da pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, parceria do PayPal Brasil e da BigDataCorp. Mesmo com um volume relevante de lojas, ainda há espaço para o crescimento do segmento no País, uma vez que apenas 6,19% do varejo brasileiro faz vendas online.

Reflexo direto dos efeitos da pandemia sobre a economia e da necessidade de digitalização das empresas, o comércio eletrônico por negócios com volume financeiro menor segue em alta. Em 2020, os e-commerce com faturamento de até R$ 250 mil ao ano correspondiam a 48,06%. Hoje, representam 52,73% do total.

Pode-se dizer ainda que a presença online do consumidor fez algumas lojas deixarem de ser consideradas pequenas quando olhamos o número de acessos. O volume de lojas consideradas de médio porte, que recebe entre 10 mil e 500 mil visitantes por mês, teve um crescimento importante de participação, de 2,5% em 2020 para 9,92% do total em 2021.

Além da expansão acelerada, o e-commerce no Brasil segue amadurecendo: 60,37% já adotam meios eletrônicos de pagamento (carteiras virtuais), o que representa um aumento de 4,6 pontos percentuais em relação aos achados de 2020. Vale dizer que, em sete anos de pesquisa, houve uma inversão da proporção dos métodos de pagamento: em 2015, 60% não aceitavam carteiras virtuais.

Além disso, a pesquisa mostrou que mais de 80% do e-commerce usa algum tipo de plataforma para vender, em detrimento de sites desenvolvidos sob encomenda.

Outro dado relevante é a desconcentração geográfica no comércio eletrônico no último ano. O estado de São Paulo, que historicamente representava cerca 60% das lojas online, hoje abriga 51,8%, o que nos mostra que parte do crescimento do comércio veio de outros estados do Brasil. Destaque para Minas Gerais, que passou de 6,20% do volume total de lojas em 2020 para 7,24% em 2021; e para o Paraná, que foi de 5,84% para 7,01% no mesmo período.

A série “Perfil do E-Commerce Brasileiro” é uma parceria entre BigDataCorp. e PayPal Brasil e, desde 2015, monitora os movimentos e tendências do setor. Confira, a seguir, os principais destaques do estudo deste ano.

 

Descobertas e novos recortes:  

  • No universo dos 20 principais marketplaces do Brasil, 372 mil empresas únicas estão vendendo em algum dos sites. Desses, 44,80% têm presença no marketplace e em site próprio.
  • Aplicativos de everyday spending (aplicativos de gastos diários, como supermercados, restaurantes, farmácias, mobilidade urbana, entre outros) contam com 611.800 empresas únicas nas plataformas. Desse volume, 70% são restaurantes/alimentação; 12,68%, mercado/supermercado; 4,67%, farmácias; e 12,41%, outros tipos de comércio.
  • De todos os estabelecimentos do Brasil mapeados, 12% dos restaurantes, 8% dos mercados/supermercados e 11% das farmácias estão em algum aplicativo de delivery.
  • 83,43% dos pequenos sites de e-commerce no Brasil recebem até 10 mil visitas mensais; no extremo oposto, 6,62% são grandes sites, com mais de meio milhão de visitas mensais. Os 9,92% restantes estão na faixa intermediária: recebem entre 10 mil e meio milhão de visitas por mês e representam o maior crescimento de share em 2021.
  • 79,44% oferecem até dez produtos em seus sites; 9,94% oferecem de 11 a 100 produtos; enquanto 10,72% apresentam mais de uma centena de produtos.
  • São Paulo segue sendo o estado que concentra a maioria dos e-commerce no Brasil: 51,8% deles. Contudo, houve queda de 7 pontos percentuais nesse número em relação a 2020 (de 58,95% para 51,80%). Em segundo lugar está Minas Gerais, com 7,24%, seguido pelo Paraná, com 7,1%.
  • Mais de 65% das ofertas de produtos nos e-commerce brasileiros custam menos de R$ 100; 15,91% delas situam-se entre R$ 100,01 e R$ 500; em seguida vem a faixa dos produtos acima de R$ 1 mil, com participação de 12,15%. Vale notar que a faixa de preços com a menor participação, 6,36%, é a das ofertas entre R$ 500,01 e R$ 1 mil.
  • As mídias sociais já são adotadas por cerca de 69% das lojas online.
  • O YouTube cresceu em importância na estratégia de divulgação do e-commerce brasileiro: 45,82% das lojas online utilizam a mídia social, que aumentou sua participação em cinco pontos percentuais em relação a 2020. A plataforma fica atrás apenas do Facebook, usado por 53,96% dos comércios eletrônicos do País. Na sequência vêm Twitter, com 31,10% de participação; Instagram, com 27,84%; e Pinterest, com 5,43%.
  • Entre as soluções adotadas pelas lojas online, a mais popular é a das plataformas fechadas (68,1%), que têm conquistado participação gradual e constante desde o início da série histórica. Em seguida, as lojas sem plataforma são o formato preferido por quase 18,27% dos e-commerce. Plataformas abertas respondem por apenas 12,92% do total de e-commerce.
  • A adesão ao SSL (Secure Sockets Layer), uma camada de segurança que criptografa os dados transacionados entre consumidor e loja online, voltou a crescer e hoje se encontra em 92,39% dos e-commerce, um recorde desde o início da pesquisa.  Em 2020, o número era de 88,43%.
  • 83,51% dos e-commerce no País já são responsivos, ou seja, estão preparados para serem acessados em qualquer tela, inclusive a do celular. Este é mais um recorde desta edição da pesquisa. Em 2016, apenas 16% dos sites eram responsivos, número que chegou a 82% em 2020.

  

Citações

“A presença do pequeno empreendedor no comércio online segue forte em 2021. Indicação disso é que mais da metade dos e-commerce não tem sequer um único funcionário, mais de 55% do total. Ou seja, estamos falando de empreendedores que desempenham todos os papéis em suas empresas. Nesse contexto, o amplo uso de plataformas prontas para montagem de e-commerce, que supera 80% dos casos, contribui para ampliar e democratizar o acesso a tecnologias e ajuda os microempresários a viabilizarem sua presença online”. Thoran Rodrigues, CEO e fundador da BigDataCorp.

“O que percebemos nesta edição da pesquisa Perfil do E-commerce Brasileiro é que, no segundo ano de pandemia, houve uma emancipação dos pequenos negócios para médios, dado muito significativo considerando o ritmo de aceleração do comércio eletrônico. À medida que o consumidor se familiarizou com as compras online, houve um crescimento substancial do e-commerce, e um volume expressivo de novas lojas surgiram. Em um recorte inédito, conseguimos enxergar ainda muito espaço para crescer dentro de aplicativos de compras de rotina, que chamamos de everyday spending. Isso porque, de todos os estabelecimentos que se encaixam na categoria, apenas 2,10% usam plataformas de vendas por delivery para ampliar seus negócios. O meio digital apresenta muitas oportunidades para empresas que queiram ampliar sua gama de clientes e criar oportunidades de negócios, e continua sendo a alternativa viável para muitos empreendedores neste cenário desafiador”.  Felipe Facchini, Head de Vendas do PayPal Brasil

 

(*) Os valores citados são preços médios dos sites, ou seja, a média do preço de todos os produtos vendidos em uma dada loja virtual.

 

Metodologia

  • A série “Perfil do E-Commerce Brasileiro” usa o processo de captura de dados da internet da BigDataCorp., que prevê o processamento de mais de 10 petabytes semanalmente, extraídos de visitas a mais de 32 milhões de sites brasileiros, dos quais são obtidos informações estruturadas e seus links. Os dados apresentados foram colhidos entre julho de 2020 e julho de 2021.

Detran.SP dá 15 dicas para uma pedalada mais segura e diminuir o número de acidentes

Proposta de guia de proteção é reduzir ainda mais as fatalidades de trânsito no Estado envolvendo ciclistas. Entre os meses de junho de 2020 e junho de 2021, houve uma diminuição de 15,6%.

 

As bicicletas estão por todas as partes. O meio de transporte, mais sustentável e econômico, é utilizado como forma de locomoção para o trabalho, serviços de entrega, atividades físicas e passeios. Porém, é preciso estar atento para que as viagens terminem da melhor maneira possível.

 

De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, a maior redução nas fatalidades de trânsito no Estado envolveu ciclistas comparando os meses de junho de 2020 e junho de 2021, com 32 casos (2020) e 27 (2021), menos 15,6%.

 

“Dicas para um transporte mais seguro de bicicletas são fundamentais para que tenhamos dados cada vez menores de acidentes envolvendo ciclistas no Estado. O respeito é essencial é deve ser mútuo entre os condutores, sempre com cautela e atenção às leis de trânsito”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

Para garantir uma pedalada mais segura, o Detran.SP conversou com Willian Cruz, idealizador do projeto Vá de Bike (www.vadebike.org) que listou 15 dicas essenciais para pedalar com mais segurança nas ruas.

Os ciclistas Carla de Moraes e Willian Cruz, do Vá de Bike


 

 

1 - Escolha bem sua rota

 

“O melhor caminho para a bicicleta raramente é o mesmo do carro ou do ônibus. Busque sempre ciclovias, trajetos calmos e desvie das subidas”

 

 

2 – Pedale sempre na mão correta

 

“Evite andar na contramão, pois você surpreende os motoristas e reduz muito o tempo de reação dos condutores. Pedalando no mesmo sentido, você diminui as chances de uma colisão e até mesmo o tamanho do impacto caso ela ocorra”

 

 

3 - Fique longe das portas

 

“Alguém pode abrir a porta de um carro por exemplo sem te ver e te jogar na frente de um outro veículo que esteja em movimento na rua. Por isso, passe longe delas!”

 

  

4- Seja um veículo

 

“O ciclista deve andar na lateral da via, mas evite pedalar colado na calçada. Se os carros passarem na mesma faixa, estarão muito próximos e podem derrubar quem estiver na bike. E preciso ter um espaço de fuga para essas situações. Mas não segure o trânsito. Ao perceber que há uma fila de veículos atrás de você, dê passagem e depois continue” 

 

 

5 - Proteja os pedestres

 

“A bicicleta é um veículo e deve circular nas vias. Ao usar a calçada, desça da bike. E quando se deparar com pessoas atravessando a rua, freie e pare, mesmo quando não houver semáforo”

 

 

6- Não fure o sinal

 

“Não passe no sinal vermelho. Você põe em risco a si mesmo e aos pedestres”

 

 

7 – Iluminação é essencial

 

“Ter luzes na bicicleta é a garantia que os motoristas vão te ver à distância. Utilize luzes brancas na frente e vermelhas atrás (sempre piscando)”

 

 

8 – Equipamentos de segurança são aliados

 

“Capacete e luvas não são obrigatórios, mas te protegem em caso de queda. E os óculos impedem que o vento traga poeira para os seus olhos”

 

 

9 - Sinalize sempre

 

“Os motoristas precisam saber com antecipação o que você vai fazer. Por isso, faça sempre uma sinalização ao mudar de faixa ou fazer uma manobra que requer o movimento”

 

 

10 – Educação é fundamental

 

“Peça e dê passagem. Não deixe de agradecer. Um ciclista simpático e cordial é tratado melhor pelos motoristas”

 

 

11 – Dê preferência para ciclovias

 

“As ciclovias e ciclofaixas isolam as bicicletas dos demais veículos. Por isso, são mais seguras. Em locais que não possuem a estrutura, prefira utilizar vias com menos movimento”

 

 

12 – Fique fora do corredor de ônibus

 

“Ao andar de bicicleta em uma faixa exclusiva para ônibus, você interfere no trânsito pois em determinadas situações eles não podem de ultrapassar”

 

 

13 - Saídas à direita

 

“Em saídas livres ou esquinas, tenha atenção redobrada: um motorista pode virar na sua frente. Analise os carros ao redor e sinalize se necessário”

 

 

14 - Antecipe os movimentos

 

“Avalie posicionamentos e sinalizações dos motoristas para antecipar o que eles farão e assim se prevenir de um movimento mais brusco no trânsito”

 

 

15 - Seja previsível

 

“Não faça ziguezagues, não entre em uma avenida sem olhar e sinalize sempre antes de desviar de um carro parado, mesmo que o motorista mais próximo esteja bem mais para trás”.

 

Lidar com a saúde mental ainda é um tabu para as lideranças.

Como conduzir?


A pandemia alavancou um alerta maior às empresas sobre a saúde mental e o bem-estar, não só no Brasil, mas em diferentes países. O mundo todo está sofrendo esse impacto e, doenças como depressão, ansiedade e outros transtornos são preocupações crescentes, também para as empresas. Como líder da área de Benefícios de uma empresa global, tenho observado o comportamento das corporações nesse sentido e como estão lidando com esse tema tão importante.

Depressão e ansiedade são assuntos sérios. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é considerado o País mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de 1/3 do número total de incapacidade nas Américas. Mesmo com dados tão alarmantes, muitas pessoas não procuram ajuda ou não encontram assistência médica adequada. 

Uma das reflexões que considero essenciais para esse tema é estrutural, ou seja, lidar com a saúde mental ainda é um tabu para as lideranças, começando pela presidência e pela diretoria das empresas e chegando aos gestores e líderes. A cultura, o ambiente, a exigência de alta performance constante e regular, e o foco incessante nos resultados - com a leitura de que eles só são conquistados com uma carga horária que extrapola os limites da normalidade - são fatores que influenciam diretamente na saúde física e mental dos colaboradores, tornando ineficazes quaisquer políticas de apoio psicológico ou outras iniciativas nesse sentido.

Vale lembrar que o indivíduo é um ser único e recebe toda a carga emocional do ambiente e das circunstâncias em que vive, como um verdadeiro bioma. Portanto, um ambiente de trabalho tóxico aumenta a incidência de transtornos de saúde mental e diminui a produtividade. Não é à toa que a procura por terapias, coachs, meditação e outras ferramentas que contribuam para um melhor entendimento do comportamento humano através da neurociência vêm aumentando. A saúde mental se tornou o tema central na maioria das empresas, mas ainda é tratado apenas como consequência da pandemia por grande parte dos empregadores.

Será que as empresas estão realmente preparadas para mudar os perfis de gestores e alcançar a produtividade máxima dos colaboradores oferecendo um ambiente de trabalho sadio? Outra área a ser observada é a cultura de trabalho: é preciso saber se ela também está contribuindo para os altos níveis de estresse e ansiedade.

As reuniões virtuais, consagradas pelo trabalho remoto, têm contribuído para diversos efeitos colaterais, como dores de cabeça ou nos olhos, sensação de esgotamento após as videochamadas e, em alguns casos, depressão e ansiedade. Um estudo com mais de 10 mil pessoas, realizado por especialistas das universidades de Stanford, nos Estados Unidos, e de Gotemburgo, na Suécia, constatou que as mulheres são as que mais sofrem com essa superexposição: uma entre sete mulheres se declarou muito ou extremamente cansada após as reuniões virtuais, enquanto apenas um entre 20 homens se declarou afetado por essa fadiga física e emocional. A chamada “fadiga do Zoom” tem gerado consequências nas dimensões física, social, emocional, visual e motivacional, em especial nas mulheres. Nelas, a carga mental é ainda pior, já que precisam conciliar o trabalho com as tarefas domésticas, cuidados com a família e com o medo de contágio pelo coronavírus.

A prevenção e a intervenção precoce são fundamentais, mas reduzir o estigma também é importante quando se fala sobre saúde mental ou se pede ajuda.  É necessário desenvolver e incorporar uma estratégia de apoio à saúde mental robusta, que promova a abertura em torno desse tema e ofereça suporte para o ativo mais valioso que uma empresa possui: seus funcionários. É preciso oferecer, diariamente, a oportunidade para os empregadores demonstrarem as medidas que estão tomando para garantir que esse tema esteja em alta nas agendas da diretoria e das lideranças, e como isso está inserido nos valores da empresa.

Muitas vezes, os empregadores têm programas de saúde mental em vigor, mas os funcionários não sabem para onde ir ou se sentem desconfortáveis ??ao perguntar. Então, focar na comunicação em torno do apoio à saúde mental é fundamental. Criar um ambiente de trabalho onde as pessoas se sintam confortáveis ??e confiantes para adotar uma abordagem proativa e buscar apoio faz parte de uma cultura aberta. Garantir que as pessoas saibam como acessar a ajuda também é vital.

O foco tem sido fornecer treinamento contínuo para gerentes e alta gestão, o que é visto como essencial, pois permitirá que eles identifiquem sinais de pessoas passando por estresse, transtornos de saúde mental ou apenas precisando falar, e ofereçam intervenções precoces para que os problemas não aumentem. Porém, precisa ser feito mais com relação ao treinamento de funcionários também. Incorporar o treinamento de gerentes, da alta gestão e dos funcionários às políticas da empresa não só aumentará a conscientização entre os funcionários, mas também permitirá que os colegas identifiquem os riscos, sinais e sintomas dentro de si mesmos, incentivando-os a adotar uma abordagem proativa e buscar uma intervenção precoce.

As opções para empregadores que procuram serviços para incluir em sua estratégia de bem-estar mental incluem a oferta de aconselhamento e primeiros socorros em saúde mental. Os Programas de Benefícios devem contemplar o acesso ao atendimento psicológico de forma ampla, seja ele presencial ou virtual, estando ao alcance de todos. Porém, é necessário considerar também as áreas que afetam a saúde mental e o bem-estar em geral, como a saúde financeira, a alimentação, o consumo de álcool e tanstornos do sono, para desenvolver programas que lidem com essas questões específicas.

Agora é a chance dos empregadores definirem como oferecerão maior flexibilidade para harmonizar o trabalho e a vida pessoal de seus funcionários, para que possam continuar trabalhando em um modelo híbrido ou voltar ao presencial. Certamente, essas mudanças também trarão um impacto e o amparo da empresa será mais do que necessário.

Já percorremos um longo caminho, mas é preciso fazer mais para garantir que a saúde mental e o bem-estar se tornem parte da cultura do dia a dia da empresa. O primeiro passo é que os empregadores entendam melhor seu pessoal, a cultura e o ambiente de trabalho.

Obviamente que, quando se trata de cuidar da saúde mental dos funcionários, sempre haverá uma discussão em torno dos custos. Mas, em vez de perguntar se os empregadores podem se dar ao luxo de implementar uma estratégia, a verdadeira questão deve ser: os empregadores podem se dar ao luxo de não fazê-lo?

A Organização Mundial da Saúde diz que, para cada US$ 1 investido em tratamento intensivo para transtornos mentais comuns, há um retorno de US$ 4 em melhoria da saúde e produtividade. Portanto, a questão não é se a empresa pode investir na saúde e no bem-estar dos funcionários, mas o que acontecerá se não investir?

 


Ana Carolina Conduta Losco - Vice Presidente de Benefícios. Howden Harmonia Corretora de Seguros.


Investimento imobiliário nos Estados Unidos: Dicas para quem quer começar o semestre com dolarização do patrimônio

Orlando é o principal destino dos investidores brasileiros, com boa rentabilização e rendimentos anuais de até 9%


O reaquecimento das atividades turísticas internacionais promove boas expectativas para realizar as projeções e investimentos nos Estados Unidos. Mesmo com restrições por conta da pandemia, segundo o site de viagens Kayak, a demanda por viagens aos EUA com embarque no México, bateu recordes nos últimos dois meses – foram quase 380% de aumento. O país é preferido entre os brasileiros para passar o período de pelo menos 15 dias impostos pelo governo norte-americano, para quem deseja visitar os Estados Unidos que more ou tenha pisado em algum dos 38 países proibidos por eles, devido a pandemia. 

Para quem é investidor, a retomada turística pode ser uma oportunidade de negócios. Com a alta do da moeda americana, dolarizar o patrimônio se tornou uma opção procurada pelos brasileiros, o principal foco? As casas de férias (Vacation Homes) em Orlando, uma das principais regiões turísticas dos Estados Unidos. 

Apesar de fazer parte da cultura americana, aqui no Brasil ainda existem muitas dúvidas sobre como fazer esse investimento e dolarizar o patrimônio. Por isso, Alexandre Fraga e Emily Porto, sócios da Fraga Company, especialista no mercado de imóveis em Orlando, explica por que investir em imóveis neste momento é uma excelente opção para ampliar o patrimônio ganhando em dólar e esclarece as principais dúvidas durante o processo. Confira!


Qual primeiro passo até a compra efetuada?

Uma boa estratégia é contratar uma empresa especializada neste tipo de negócio, e que poderá auxiliar em todos os processos de compra, financiamento e gestão do imóvel.  “A consultoria especializada está por dentro do mercado, tem experiência em todo o processo, entende as peculiaridades do investidor brasileiro e indica as melhores formas de transformar o imóvel em renda, justamente porque oferecem todo o suporte em um só lugar: da compra à rentabilização”, ressalta Fraga.


Qual é o valor de entrada para se fazer o investimento?

Para brasileiros, o sinal de entrada varia de 25% a 40%, dependendo das condições dos bancos e também do crédito do cliente. Por isso, é importante estar amparado por uma consultoria que possua profissionais em todas as áreas do investimento – desde a procura do imóvel, o crédito, documentações e até a decoração do espaço.


Quais os documentos necessários?

Os documentos iniciais são os passaportes, carta do contador, uma carta do banco e o imposto de renda dele, além de responder um formulário com algumas perguntas mais pessoais, sinalizando se o comprador já tem algum imóvel ou investimento nos Estados Unidos, por exemplo.


O financiamento é até 30 anos, mas a casa se paga em quanto tempo?

Tudo depende do valor do imóvel e da taxa de juros que ele consegue por ano. Na maioria dos casos, o comprador já consegue pagar o investimento realizado com a receita gerada ao longo do ano. Mas essa é uma conta que é necessária ser feita caso a caso.


E como a casa se paga e o investidor tem o retorno financeiro?

As vacation homes, as famosas casas de férias, são a fonte de retorno financeiro. Orlando recebe em média 80 milhões de visitantes por ano, que alugam casas durante todo o ano. Na Fraga Company, nós auxiliamos o investidor nos processos de compra e decoração, aluguel e administração das casas. “Somente na pandemia em que vivemos, tivemos um crescimento de 30% na procura por aluguéis de casas, mesmo nos momentos em que os parques da Disney ficaram fechados temporariamente”, explica Emily Porto.


É preciso ter visto especial para investor?

É necessário ter algum tipo de visto válido, como o de turista.  Por isso, contratar uma empresa especializada e referência é importante. Aqui na Fraga Company, por exemplo, já realizamos negócios com brasileiros que não visitaram o imóvel antes da compra e estão plenamente satisfeitos.


A compra é realizada em quanto tempo?

Se o cliente realmente está disposto a fazer o investimento e cumprir com todas as burocracias que são impostas no processo, é possível fechar em apenas 20 dias. Em alguns casos em que as etapas demoram mais, esse processo se prolonga em até 45 dias.


Quais os perigos de realizar uma compra sem apoio especializado?

Basicamente, se você não tem um profissional que te assessore em todas essas etapas, o investidor terá que fazer tudo sozinho, os próprios bancos não oferecem nenhum tipo de auxílio durante esse processo, que é bem diferente do Brasil. Além disso, com os entraves que podem ser causados, ela pode perder o investimento de 30 a 40% realizado no início do processo e todo o dinheiro investido na documentação e seguro.

 


Fraga Company


Dia Nacional da Saúde ganha importância ainda maior por conta da pandemia provocada pela Covid-19

O Dia Nacional da Saúde, comemorado em 05 de agosto, é uma homenagem ao médico e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz, por sua preocupação com a saúde pública, educação sanitária e, principalmente, no combate às doenças transmissíveis. Tema absolutamente atual.

Em 2021, a celebração ganha uma importância ainda maior por conta da pandemia provocada pela Covid-19, já que nunca se falou e precisou tanto de saúde em todo o planeta.

Ainda vivemos a pandemia do novo coronavírus, que gerou uma das maiores crises sanitárias e humanitárias da história. A data traz algumas reflexões, como a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) para o Brasil, dos nossos profissionais de saúde, dos cuidados com a nossa própria saúde e da responsabilidade da sociedade, pois assegurar o bem-estar e a assistência àqueles que têm a saúde ou a sobrevivência ameaçada é dever de todos - gestores públicos, sociedade civil organizada, setor privado e, claro, cada um de nós.

Nunca cuidados básicos foram tão fundamentais no momento em que vivemos: usar a máscara de modo correto, manter o distanciamento social, fazer a boa higienização das mãos, cuidar da alimentação e da saúde física e mental.

Ações de valorização dos profissionais da linha de frente e adoção de um modelo de atendimento humanizado são prioritários, como também reivindicar investimento contínuo em ciência e tecnologia; colaboração com os profissionais de saúde, fazendo a nossa parte na prevenção da Covid-19; mostrar para a sociedade o quanto é estratégico para um país ter um sistema de saúde forte, porque, por exemplo, não importa se você tem dinheiro ou não, as unidades de terapias intensivas (UTIs) podem ficar lotadas para todos. É importante entendermos que essa estrutura do sistema de saúde é que nos garante a prevenção das doenças. Espera-se que o investimento na área de vigilância e promoção da saúde seja uma das lições mais importantes desta pior crise sanitária da história do Brasil.

O mundo tenta voltar à normalidade, mas se desejarmos simplesmente voltar, perderemos a oportunidade única de mudar e repensar a vida, de não termos aprendido nada com a experiência difícil da quarentena, dos desafios do distanciamento social, da dor de tantos por tantas vidas perdidas, o desmascaramento das desigualdades sociais, a importância das ciências, a revelação da fragilidade humana e, paradoxalmente, o valor imprescindível de profissionais que cuidam da saúde de cada pessoa como única e da humanidade inteira.

 

Carmen Marcondes Ribas - médica pediatra e diretora geral da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).

 

 

 

 

 

 

 

Os 3 "M"de uma MEI de sucesso

Microempreendedor Individual (MEI) é um empresário que tem um pequeno negócio e o conduz sozinho. Essa “tipologia” empresarial foi criada pelo Governo Federal, com o propósito de enquadrar profissionais que exerciam suas atividades na informalidade.

O registro como Microempreendedor individual exige que a área de atuação do profissional esteja incluída na lista oficial da categoria, o empreendedor não participe como sócio ou titular em outra empresa e que tenha, no máximo, um empregado contratado, que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

É importante lembrar que o MEI não é a única forma de empreender individualmente: em alguns casos, esse regime se aplica melhor ao tipo de atividade desempenhada pelo profissional ou microempresário; e em outros casos, o MEI é apenas um primeiro passo mais realista, para que o empreendedor possa, posteriormente, migrar para outras tipologias empresariais.

Assim, o MEI pode partir de um profissional ou artesão, mas deve ser sempre considerado como o primeiro passo no surgimento de uma empresa. Até por razões de crescimento e de faturamento, os Microempreendedores individuais bem-sucedidos tendem a evoluir naturalmente para outras tipologias empresariais.

Sob um enfoque geral, há muitos fatores que determinam o sucesso empresarial. Contudo, no caso de negócios nascentes, dentre os quais se insere o MEI, três fatores são primordiais para determinar o futuro do empresário, a saber: o Mercado; a Metodologia; e o Marketing.

Cada um desses fatores deve ser, desde o dia “zero” do MEI, encarado de forma empresarial e não pessoal.

O Mercado diz respeito ao conhecimento do MEI a respeito dos mercados nos quais atua ou pretende atuar. Em outras palavras, o empreendedor necessita saber onde adquirir insumos pelos melhores preços, conhecer os níveis e as políticas de preço de empresas que atuam no mercado, e também determinar quais são as preferências do consumidor, isto é, os serviços e produtos mais demandados e valorizados pela clientela.

A Metodologia, por outro lado, diz respeito aos processos, ou seja, ao modo como o Microempreendedor individual trabalha. Toda empresa, a partir da padronização e escolha dos procedimentos e processos mais eficazes, é possível reduzir custos, melhorar preços de venda e margens, diversificar a produção e o atendimento e imprimir um ritmo de constante melhoria ao que é oferecido e aos próprios resultados do negócio.

Neste cenário, um MEI toma decisões tanto quanto outros empresários. A forma com que se cria uma metodologia para tomar melhores decisões é o que determina o nível de sucesso e retorno do negócio. Um MEI deve se cercar de ferramentas e métodos para criar um bom planejamento e tomar melhores decisões.

Finalmente, o MEI precisa criar estratégias de marketing para as suas atividades. Marketing, ao contrário do que muitos profissionais não especializados pensam, não envolve apenas “publicidade”.

Anunciar produtos e serviços é uma necessidade, mas o marketing é uma área vasta, que envolve decisões que estão muito além disso. Para criar uma estratégia de marketing eficiente, o MEI precisa ter acesso e monitorar diversos aspectos que cercam a sua atividade, como, por exemplo: o perfil do público que atende; os portfólios e listagens de fornecedores; os preços e práticas da concorrência; produtos similares e “sucedâneos”; as condições gerais de mercado para os segmentos em que atua; os acessos, visitas, consultas e outras relações com potenciais clientes; a qualidade dos produtos e serviços que vende; e o nível de satisfação dos clientes.

De fato, o empreendedor que abre uma MEI precisa ler, pesquisar e aplicar conhecimento em gestão, marketing e administração para transformar um pequeno negócio individual como autônomo numa microempresa capaz de fazer frente a concorrentes maiores.

Mas isso não é necessariamente uma desvantagem para o MEI. O que o empreendedor não possui, ao menos em termos aparentes, em tamanho, possui em capacidade de decidir com velocidade. Afinal de contas, as decisões num MEI dependem apenas do próprio empreendedor.

A primeira decisão – a de criar e gerir o próprio negócio e ser dono do seu próprio capital laboral e intelectual – já foi tomada. Daqui para a frente, as decisões e dilemas serão mais numerosos e frequentes, mas não necessariamente mais difíceis.

Trabalhar o Marketing, ao contrário do que muitos pensam, pode custar bem pouco. O Microempreendedor individual pode utilizar as redes sociais para divulgar seus produtos ou serviços, ou para realizar pesquisa de mercado sobre produtos ou serviços que pretenda comercializar. 

 


Itacir Amauri Flores - jornalista e escritor, Bacharel em Ciências Militares e em Direito, pós-graduado em Direito Comercial, MBA em Segurança Privada e pós-graduando em Gestão de Cooperativas. Foi Presidente da Junta Comercial, Industrial e Serviços do Rio Grande do Sul e durante sua gestão implantou a Junta Digital gaúcha. Recentemente, publicou o livro “Do MEI ao milhão: técnicas e pílulas motivacionais que mostram como as coisas realmente são para quem decide empreender”, pela Literare Booksd International.   

 

 

A escola deve combater o cyberbullying e falar sobre cidadania digital nas salas de aula



Um adolescente de 16 anos cometeu suicídio, após ter sido alvo de homofobia na internet. A mãe, em um relato emocionante, afirmou: “Peço que vigiem, porque essa internet está doente”. Embora especialistas apontem que não é correto estabelecer uma única causa para um suicídio – que tem múltiplos fatores –, eles ponderam que comentários negativos nas redes sociais podem ser um gatilho.

As situações de agressão e sofrimento, decorrentes do cyberbullying nas redes sociais, compõem um fenômeno que demanda uma forte atenção de toda a sociedade: sobretudo de pais, responsáveis e educadores. Há anos defendo, firmemente, a importância da mediação para o uso das redes por crianças e adolescentes, além da capacitação desses jovens para uma exposição que apresenta riscos.

Explicando melhor... a escola e a família precisam ensinar os jovens a lidar com as oportunidades, os riscos e os desafios de estarem conectados. A pesquisa TIC Kids Online Brasil - 2019, do Cetic.br|NIC.br, mostra que quando desafiados a julgar as próprias habilidades na internet, 68% dos jovens brasileiros acreditam saber mais do que os pais; 72% afirmam conhecer muito sobre como usar a rede. No entanto, da teoria à prática, a mesma pesquisa aponta que 33% desses jovens não sabem verificar se uma informação encontrada na internet está correta." 
Esse dado é relevante, porque prova que o nativo digital precisa de orientação; da mediação de professores. E isso inclui orientação sobre o comportamento com relação às pessoas; o refletir sobre como os próprios comentários afetam e como somos afetados por opiniões postadas nas redes. O uso da tecnologia deve ser bem orientado! É aqui que entra a educação para o exercício responsável da cidadania digital.

Educar para a cidadania digital vai além da disseminação da compreensão de conceitos como pegadas digitais. O aluno tem que ser preparado para ver e compreender a relevância desse conhecimento. Esse aprendizado envolve disponibilizar insumos para um alcance pleno da cidadania – ou seja, uma aprendizagem significativa, relevante para o cotidiano do aluno e que o ensine a lidar com questões de saúde da mente frente a questões como o cyberbullying.

Defendo a disciplina de Educação Digital como ferramenta pedagógica para que as escolas possam combater a propagação do preconceito, de atos de intolerância e discursos de ódio on-line, sobretudo nas redes sociais. Com sequências didáticas apoiadas em casos reais, o conteúdo deve ter o objetivo de disseminar entre os alunos com idades entre 13 e 17 anos a noção de que a liberdade de expressão não deve ser confundida com manifestação irrestrita de opinião preconceituosa. Por meio de questões e dinâmicas que despertam empatia, os alunos devem ser convidados a refletir individualmente sobre o tema e debatê-lo em grupo. Assuntos correlatos como limites da privacidade, cyberbullying e assédio on-line são abordados.

Nessa disciplina de Educação Digital, as competências gerais que dialogam com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) podem ser conhecimento; autogestão; pensamento científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; e responsabilidade e cidadania.

Entre as competências e habilidades socioemocionais, destaque para empatia, pensamento crítico, colaboração, argumentação e autonomia. Os eixos estruturantes estão alinhados à investigação científica e mediação e intervenção sociocultural. Nos temas, detox de conteúdo (despadronizando a beleza) e relacionamentos: amizades on-line, tecnologia para estudo, estratégia de busca e avaliação de fontes – informações dentro da perspectiva da autogestão e das boas práticas.

Acredito que a educação digital é uma das formas mais eficientes para combater o uso equivocado das redes sociais e de aplicativos como WhatsApp. Capacitar o aluno para reconhecer quando se está diante de uma fake news, por exemplo, é muito importante. Entretanto, o mais significativo é ter senso crítico e empatia diante de qualquer informação disponível. Combater o bullying – no ambiente físico ou virtual – é construir uma sociedade mais conectada com os valores humanos.




Claudio Sassaki -Graduado em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Educação pela Stanford University e cofundador da Geekie, empresa que desenvolveu a primeira plataforma de educação baseada em dados no Brasil. O especialista tem atuado com estudantes e educadores no desenvolvimento de iniciativas inovadoras que potencializam a aprendizagem. A Geekie já impactou mais de 12 milhões de estudantes de 5 mil escolas brasileiras. Entre os reconhecimentos conquistados, Sassaki recebeu os títulos de Empreendedor do Ano (Ernst & Young), Empreendedor Social (Fundação Schwab) e Innovation Fellow (Wired Magazine). Teve oportunidade de contribuir, como palestrante, com o Fórum Econômico Mundial; a Conferência Global de Educação, de Harvard; SXSWEdu; Citizen Education; e TEDx. Vive em São Paulo com a esposa e quatro filhos.


66% dos MEIs não recolheram o Documento de Arrecadação do Simples Nacional, segundo a Receita Federal

Cerca de 12,5 milhões de Microempreendedores Individuais não pagaram os impostos obrigatórios

 

Em maio de 2021, cerca de 12,5 milhões de empresários registrados na categoria de Microempreendedor Individual não recolheram o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que deve ser pago todos os meses. Segundo dados divulgados pela Receita Federal, estes profissionais foram responsáveis pelo maior índice de calotes nos pagamentos de impostos ao governo.

De acordo com João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade “O microempreendedor precisa entender que empresas de pequeno porte também exigem custos. Quando você não cumpre com o seu dever de pagar impostos, você corre o risco de receber multas altas, que podem variar de 0,33% a 20% ao dia, a partir da data prevista para recolhimento”.

Quem não realiza o pagamento das contribuições obrigatórias em dia pode perder os benefícios da Previdência Social, além de ser registrado na dívida ativa da União, fazendo com que o CNPJ da empresa seja negativado.

De acordo com a Receita Federal, houve uma alta de 6,97% na taxa de calotes no mês de abril, sendo o maior registro desde o mesmo período de 2020, quando mais de 63% dos MEIs não pagaram impostos.

“Mesmo que o atual cenário tenha impactado os microempreendedores, é possível regularizar a empresa para evitar o acúmulo de dívidas. Caso a sua receita não permita que você pague os impostos, é possível realizar um parcelamento”, explica o CEO. Atualmente, o faturamento anual desta categoria é de até R$ 81 mil. Os tributos mensais obrigatórios ao governo estão entre R$ 56 e R$ 61, dependendo do segmento de atuação.

 


Express CTB

www.expressctb.com.br

 

 

 

 

Dia dos Pais e finanças: 8 em cada 10 já conversaram sobre educação financeira com os filhos

 Segundo pesquisa realizada pela Acordo Certo, exceto para compra de alimentos, a maioria dos pais afirmam não comprar ou gastar mais do que o planejado com o filho


Celebrado anualmente no segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais é mais uma daquelas datas especiais entre os brasileiros. Mas afinal, o que podemos aprender com os pais quando o assunto são finanças? Uma pesquisa realizada pela Acordo Certo,  plataforma  de renegociação de dívidas com foco no bem-estar financeiro do consumidor, ouviu cerca de 300 pais e identificou que 8 em cada 10 já conversaram com os filhos sobre economias e métodos para guardar dinheiro. 

Os dados ainda revelam que a maioria dos pais já conversaram sobre finanças e educação financeira com os filhos, respectivamente sobre assuntos relacionados à economia e como guardar dinheiro (83%), a importância do trabalho para conseguir renda (82%) e a própria situação financeira (79%). 

“Quando pensamos em educação financeira, é comum não lembrarmos de ensinamentos sobre o assunto na escola ou durante a nossa formação até a vida adulta. Essa é uma ferramenta muito importante e a pesquisa revela o cuidado dos pais em passar isso para os filhos. Ao não ceder a todas às suas vontades, ao saber dizer não na hora de uma compra não planejada e, mais do que isso, explicar o motivo pela negativa da compra, o valor do trabalho e renda e todos os conceitos primordiais que são a base da educação financeira”, explica Bruna Allemann, Especialista em Educação Financeira da Acordo Certo.

Outro ponto importante destacado na pesquisa é o rotineiro processo de sair de casa com os filhos e instruí-los sobre a situação financeira. De acordo com a pesquisa, 80% dos pais já avisaram seus filhos antes mesmo de sair de casa que não poderiam comprar nada pois estavam sem dinheiro. Ainda assim, a maioria relata que já deixou de comprar algo que precisava para adquirir algo que o filho pediu (54%) ou comprou produtos de marcas apenas a pedido deles (29%). 

Diante do desafio que são os gastos familiares, as compras de mercado são, sem dúvida, o ponto mais dificultoso para os pais. De acordo com a pesquisa, 43% já levaram o filho ao supermercado e acabaram gastando mais do que o projetado por conta dos pedidos deles. Ainda assim, exceto para compra de alimentos, a maioria dos pais afirmam não comprar ou gastar mais do que o planejado com o filho. 

 


Acordo Certo


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