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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Aumenta o número de mortes por doenças cardiovasculares no primeiro semestre de 2021

Nível elevado de colesterol é uma das principais causas de agravamento dessas comorbidades. Controle precoce das gorduras saturadas no sangue é fundamental para minimizar riscos à saúde


As doenças cardiovasculares (DCV) são líderes de mortalidade no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país. São cerca de mil óbitos por dia, números que podem estar sendo agravados em função da pandemia da Covid-19, mostrando ser este um assunto de absoluta relevância.

O receio da contaminação também tem feito pacientes portadores de doenças cardiovasculares, e de outras doenças agudas, que necessitam de acompanhamento médico, negligenciarem a rotina de saúde, deixando de ir ao médico.

A SBC vem acompanhando a situação devido à redução no número de atendimentos cardiológicos de urgência no país durante a pandemia. Dados divulgados pela Arpen-Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil) mostram que houve aumento de quase 7% no número de óbitos por doenças cardiovasculares nos primeiros seis meses de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. Foram mais de 140 mil mortes registradas contra mais de 150 mil no mesmo período deste ano.

O colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores para doenças cardiovasculares e pode ser uma das causas que podem levar ao infarto e ao acidente vascular cerebral (AVC). No próximo dia 8 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e a SBC faz o alerta para a importância do controle dos níveis de gorduras saturadas no sangue.    

“Controlar as taxas de gordura no sangue é fundamental para reduzir os riscos que levam às doenças do coração e que, na maioria das vezes, agem de maneira silenciosa. Precisamos divulgar sobre este assunto para que as pessoas aprendam a cuidar da própria saúde e atinjam suas metas de colesterol. É importante que todas as pessoas tenham seus níveis de colesterol verificados, de acordo com orientações médicas”, afirma o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, José Francisco Kerr Saraiva.

Uma pesquisa feita pela SBC, em 2017, mostrava que 67% das pessoas desconheciam os valores dos níveis de colesterol do próprio organismo. Por isso, a entidade reforça a importância de ter as taxas de gordura no sangue controladas para diminuir os riscos que levam a doenças cardiovasculares.

Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), a pandemia fez as pessoas negligenciarem os cuidados com a saúde, como a realização de exames, inclusive de colesterol. O estudo mostra que houve queda de 28,5% na quantidade de exames de dosagem de colesterol HDL realizada em 2020, quando comparada com o ano de 2019. Mas aponta uma retomada por parte da população com os cuidados com a saúde nos cinco primeiros meses de 2021, quando foi registrado um aumento de 16,8% nesse tipo de exame, quando comparado com igual período do ano passado. Mas, ainda assim, abaixo 18,3% do que foi registrado de janeiro a maio de 2019, quando não havia a presença do novo coronavírus.

O mesmo acontece com a dosagem de colesterol LDL. Em 2020, a queda registrada na quantidade de exames realizados no SUS foi 26,9% em relação a 2019. Já nos primeiros cinco meses deste ano, o aumento foi 15,5% na quantidade deste exame no SUS em comparação ao mesmo período de 2020, mas 17,7% menor do que o realizado de janeiro a maio do ano anterior.

Com os exames de dosagem de colesterol total o cenário foi o mesmo. Os números do ano passado de realização desse exame foram 31% menores do que os de 2019, ano sem pandemia. Já de janeiro a maio de 2021, o aumento na quantidade desse exame foi de 14,1% em relação a igual período de 2020. Porém, 21,3% inferior ao volume desses testes ante aos cinco primeiros meses de 2019.

“A recomendação é que um paciente com riscos maiores, como insuficiência cardíaca, infarto, usa stent, tem arritmia, hipertensão em estágios 2 e 3, seja visto semestralmente por seu médico. Os que fazem check up, como o exame de controle de colesterol, não devem ficar mais de um ano sem realizá-lo”, orienta Saraiva.

ATIVIDADE FÍSICA É FUNDAMENTAL

A mensagem do diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC é que a população continue se cuidando, mesmo na pandemia, e não deixe de realizar atividade física, com segurança.

Em todo o mundo, um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes (com idade entre 11 e 17 anos) não praticam atividade física suficiente. Alguns grupos populacionais têm menos oportunidades de terem uma vida mais ativa, entre eles meninas, mulheres, pessoas idosas, com menos recursos financeiros, com deficiências e doenças crônicas, populações marginalizadas e povos indígenas.

Por conta da pandemia do novo coronavírus e a recomendação para se ficar em casa, favorecendo o distanciamento social e, assim, evitar aumento dos casos, é fundamental que as pessoas mantenham – ou criem – uma rotina fisicamente ativa. O sedentarismo é prejudicial para o sistema imune e para a saúde do coração.

“As evidências são claras. O sedentarismo tem impacto negativo sobre a saúde, portanto, apesar de não sair de casa, é fundamental que todos realizem atividade física no ambiente domiciliar. Deve-se buscar que as atividades físicas sejam integradas ao cotidiano e que sejam prazerosas. Tais medidas são essenciais e de grande contribuição para a saúde física e mental, auxiliando na prevenção ao colesterol elevado, à Covid-19 e suas consequências”, alerta Saraiva.

As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para indivíduos saudáveis e assintomáticos são de, no mínimo, 150 minutos de atividade física por semana para adultos e 300 minutos de atividade física por semana para crianças e adolescentes. Esse tempo deve ser acumulado durante os dias da semana, podendo ser dividido de acordo com sua rotina.

O diretor esclarece, e reitera, que a prática de atividade física compreende qualquer atividade motora que resulte em um gasto energético acima dos níveis de repouso, ao passo que a prática sistematizada, devidamente elaborada e prescrita considerando variáveis de treinamento visando objetivos específicos é denominada exercício físico. Assim, enfatiza-se que ambas as atitudes são de fundamental importância para esse período de isolamento social.

COLESTEROL BOM E COLESTEROL RUIM

Produzido no organismo, o colesterol é uma gordura com a função de manter as células em funcionamento para produção de hormônios e da bile, metabolização de vitaminas, entre outras funções.

Existem dois tipos de colesterol presentes na corrente sanguínea. O LDL, conhecido como “ruim”, e o HDL, que protege o coração de doenças e, por isso, é considerado “bom”. Um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol ruim é o consumo excessivo de gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultraprocessados, como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete. Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo próprio organismo, no fígado. Os demais, 30%, vêm da dieta e, por isso, é tão importante manter uma alimentação equilibrada, alerta a SBC.

Um dos mitos mais ultrapassados é acreditar que o colesterol é problema apenas de quem sofre de obesidade. Pessoas magras também podem apresentar descontrole nos níveis de gordura no sangue e estar no grupo de risco de infarto e AVC.

É importante que as pessoas saibam que o colesterol elevado, geralmente, não dá sinais e nem apresenta qualquer sintoma. Por isso, é essencial realizar os exames periódicos e acompanhamento médico, além de adotar hábitos que incluem a alimentação saudável e adequada, e a prática de atividades físicas regularmente.

O diagnóstico para o risco cardiovascular é feito pelo médico, que avalia além dos valores de colesterol e frações, à genética, a história familiar e todos os fatores de risco associados para fechar o diagnóstico e definir a conduta.

NÚMEROS DE MORTES

As doenças cardiovasculares são um problema de saúde pública mundial. São mais de 18 milhões de óbitos no mundo decorrentes dessas doenças prevalentes. No Brasil, as doenças cardiovasculares representam as principais causas de mortes. Estima-se que até 2040 haverá aumento de até 250% desses eventos no país. A cada dois minutos uma pessoa sofre um acidente vascular cerebral ou um infarto agudo do miocárdio.

Apesar das doenças do coração manifestarem-se, em sua grande maioria, na vida adulta, é na infância que o processo de aterosclerose - doença degenerativa que se caracteriza principalmente pelo depósito de gordura (colesterol LDL) e de outras substâncias nas camadas internas das artérias do coração, do cérebro, da aorta, obstruindo a passagem do sangue em porcentagens variáveis – tem seu início. A doença cardiovascular aterosclerótica é responsável pela metade da morbidade e mortalidade em todo o mundo. O controle do colesterol elevado associado a uma alimentação saudável, à prática de atividades físicas regularmente e a redução do estresse tendem a reduzir em 80% desses óbitos.

Ainda segundo os dados da Arpen-Brasil, as mortes por infarto, que haviam reduzido em 3,82% de janeiro a junho de 2020 em relação a igual período de 2019, voltaram a subir este ano, registrando aumento de 3,14% nestes primeiros seis meses.

Os óbitos por AVC registraram uma leve queda em 2021. No primeiro semestre de 2020 foram 50.370 mortes, em igual período este ano foram registrados 50.284 óbitos, configurando uma queda de 0,17%.

Já as mortes por doenças cardiovasculares inespecíficas – morte súbita, parada cardiorrespiratória, choque cardiogênico, entre outros – registraram aumento de quase 19% quando comparadas ao período de janeiro a junho do ano passado. Foram mais de 52 mil óbitos nos primeiros seis meses deste ano, enquanto no mesmo período de 2020, foram quase 44 mil.

Assim como no ano passado, houve aumento das mortes por DCV em domicílio, que registraram aumento de 11,74%. Foram mais de 42 mil óbitos nos primeiros seis meses de 2021, ante quase 38 mil mortes no mesmo período do ano passado.

Esse dado ratifica o que a SBC já amplamente vem divulgando acerca da preocupação com a diminuição de atendimentos nos hospitais e emergências em todo o país. Segundo a entidade, é possível atrelar essa elevação no número de mortes à algumas questões observadas ao longo da pandemia: acesso limitado a hospitais em locais onde houve sobrecarga do sistema de saúde, redução da procura por cuidados médicos devido ao distanciamento social ou por preocupação de contrair Covid-19, e isolamento que prejudica a detecção de sintomas gerados por patologias cardiovasculares.

 

 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Agosto dourado lembra a importância do aleitamento materno

O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os 2 anos de idade, sendo o único alimento até os seis primeiros meses de vida do recém-nascido


Esta semana foi anunciada a abertura oficial da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2021, sendo que o objetivo do "Agosto Dourado" é incentivar a amamentação, o que vem dando certo. Os dados do Ministério da Saúde comprovam isso, pois os índices nacionais do aleitamento materno aumentaram: entre crianças menores de 6 meses foi de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2020 e para crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. Ele previne que a criança tenha doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta. "Basicamente, temos dois principais benefícios na amamentação: em relação com o ganho de peso, crescimento e toda a parte nutricional, além de resguardar o bebê de alergias respiratórias, anemias, protege todo campo imunológico, pois o leite da mãe carrega anticorpos que defendem as crianças de doenças infecciosas, principalmente nos primeiros dias’’, explica o especialista Rodrigo Moreira Felgueira, Coordenador médico da UTI pediátrica do HSANP.

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. Ele previne que a criança tenha doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta. "Basicamente, temos dois principais benefícios na amamentação: em relação com o ganho de peso, crescimento e toda a parte nutricional, além de resguardar o bebê de alergias respiratórias, anemias, protege todo campo imunológico, pois o leite da mãe carrega anticorpos que defendem as crianças de doenças infecciosas, principalmente nos primeiros dias’’, explica o especialista Rodrigo Moreira Felgueira, Coordenador médico da UTI pediátrica do HSANP.

No Brasil, o mês do Aleitamento Materno foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017, que determina que, no decorrer de agosto, serão intensificadas ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno, tais como realização de palestras e eventos; divulgação nas diversas mídias; reuniões com a comunidade; ações de divulgação em espaços públicos; e iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada. "A amamentação deve ser exclusiva até o sexto mês de vida, e, após introdução alimentar, oriento que a criança continue no processo de amamentação pelo menos até os dois anos. É importante lembrar que, após o primeiro ano, a tendência é reduzir as mamadas e isso é natural. Vale ressaltar que mães com Covid-19 também devem continuar amamentando, pois não é possível transmitir o vírus ", salienta.



Os benefícios da amamentação para as lactantes

O especialista explica que para as mães, a amamentação é uma grande aliada na recuperação dos hormônios e do corpo no pós-gestação, além de ser anticoncepcional e trazer menores incidências de depressão pós-parto, auxiliando também na questão emocional. "É importante salientar que a produção do leite materno guarda grande relação com os hábitos alimentares e a saúde mental das mães, a ingestão de alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras é essencial, bem como um ambiente propício à tranquilidade e boa qualidade de sono. A comparação da qualidade do leite de cada mãe é algo que deve ser desencorajado , pois pode aumentar ansiedade e depressão materna", enfatiza Rodrigo.



HSANP - Hospital referência na Zona Norte da Grande São Paulo


O que você precisa saber sobre as vacinas contra a covid-19

Vacinação é a forma mais eficaz de combater a doença causada pelo novo coronavírus


O Brasil aplicou sua primeira dose de vacina contra a covid-19 no dia 17 de janeiro deste ano. A enfermeira Mônica Calazans recebeu a dose da Coronavac, imunizante desenvolvido em parceria entre o Instituto Butantan (brasileiro) e a empresa chinesa Sinovac. Na época, o Brasil registrava quase 210.000 mil vidas perdidas pela doença causada pelo novo coronavírus.

Após seis meses do início da vacinação, mais de 37 milhões de pessoas estão totalmente imunizadas - ou seja, já receberam as duas doses necessárias ou a vacina de dose única. Esse número representa apenas 17,73% da população do país. A porcentagem de pessoas vacinadas com a primeira dose é de 45,09%. Até este mês de julho, mais de 550 mil pessoas morreram vítimas da covid-19.

A vacinação é essencial para combater a disseminação do vírus - que segue em alta no Brasil -, além das medidas de segurança, como distanciamento social, uso de máscaras e higiene constante das mãos. O diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), professor e imunologista Jan Carlo Delorenzi, comentou informações importantes sobre a vacinação contra a covid-19. "Atualmente, o Brasil conta com quatro vacinas, são elas: Coronavac, do Instituto Butantan em parceria com a Sinovac; Astrazeneca, imunizante que no nosso país é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Pfizer, do laboratório BioNtech; e a Janssen, do grupo Johnson & Johnson, aplicada em dose única. Com exceção desta última, as demais são todas aplicadas em duas doses. Mesmo com as diferenças de doses e fabricantes, todas têm o mesmo objetivo: proteger a população e erradicar a disseminação do coronavírus.

De acordo com Delorenzi, todo o processo de desenvolvimento de um medicamento é baseado em três pilares fundamentais, sendo eles: segurança, eficácia e qualidade. "Se os três pilares não forem atendidos, não há avanço no desenvolvimento e a consequente liberação do produto".

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável por garantir que todos os estudos referentes aos três pilares foram realizados. "Uma vez que haja liberação da ANVISA, podemos ficar tranquilos com relação à segurança, à eficácia e à qualidade de um produto", explica o diretor.

Ainda segundo o imunologista, como as vacinas são novas e estão sendo implantadas agora, alguns efeitos não observados nos estudos clínicos de desenvolvimento podem aparecer, por isso há uma intensa monitorização de todos os casos indesejáveis que aparecem e a ANVISA pode recomendar a suspensão do uso de alguma vacina de forma total ou para alguns grupos específicos. "Ainda assim, todas as vacinas disponíveis para a covid-19 são seguras e eficazes, mesmo que possam apresentar diferenças quanto à eficácia", afirma.

A vacinação é um método de prevenção de doenças. Como explica o professor, uma vez em nosso organismo, o sistema imunológico enxerga esse antígeno como estranho e dispara um processo de reação que levará à ativação de células produtoras de anticorpos.

"No caso específico da covid-19, a vacinação em massa levará à incapacidade do vírus de se disseminar na população porque não encontrará ninguém susceptível à sua entrada. Como o vírus só se replica no interior de células, ou seja, fora de nosso corpo o vírus é incapaz de produzir cópias de si mesmo, ele acabará extinto na população porque não produzirá novas cópias virais capazes de infectar outras pessoas".

Contudo, as pessoas vacinadas podem contrair o vírus, mas isso não é motivo para não tomar a vacina. Delorenzi ressalta que isso acontece porque o motivo primário da criação das vacinas foi a redução de casos graves. "O primeiro objetivo da vacinação não foi necessariamente evitar a transmissão da doença (embora as vacinas façam isso efetivamente), mas sim de reduzir o número de óbitos".

Com um percentual tão baixo de pessoas vacinadas, o vírus continua circulando facilmente, por isso é importante manter as medidas de segurança, como o distanciamento social, uso de álcool em gel e de máscaras. "Sem essas medidas, e no ritmo em que a vacinação acontece no Brasil, demorará muito para que a disseminação viral seja interrompida", relata Delorenzi.

Muitas pessoas pensam que, após contrair o vírus da covid-19, não é necessário tomar a vacina, mas isso não é verdade. De acordo com o Governo do Estado de São Paulo, as pessoas que já se contaminaram com o coronavírus precisam receber o imunizante, assim como toda a população apta a tomar a vacina.

Essa dúvida existe porque as pessoas contaminadas geram resposta imune após a infecção, mas não é algo protetor e duradouro. Ainda de acordo com a publicação do Governo de SP, é recomendado o adiamento da vacinação nas pessoas com sintomas respiratórios até a recuperação clínica total, pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo do exame, mesmo nos casos de pacientes assintomáticos.

A campanha de vacinação contra o coronavírus está acontecendo em todo o país, o calendário varia de município para município. Por isso é importante ficar de olho na agenda da sua cidade e acompanhar as notícias no site da sua prefeitura para saber quando será a aplicação da vacina na sua faixa etária.

Apesar de no Brasil a vacinação acontecer de forma mais lenta, já é possível perceber seus efeitos positivos. Em Botucatu, a vacinação em massa foi responsável por reduzir os casos de covid-19 em 71%. A internação e os óbitos entre os idosos também vêm diminuindo no país.


Coronavac para o público idoso

O geriatra Rubens de Fraga Júnior, da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), garante que a Coronavac é eficaz em idosos. "A vacina foi 42% eficaz no cenário do mundo real de transmissão extensa de P.1, mas a proteção significativa não foi observada até a conclusão do regime de duas doses. Esses achados ressaltam a necessidade de manter intervenções não farmacêuticas quando a vacinação em massa com a Coronavac é usada como parte de uma resposta epidêmica", ressalta ele.

Em tempos de pandemia, o geriatra recomenda que é importante encorajar este público a permanecer ativo e manter ganhos de força, equilíbrio e flexibilidade, pois isso reduz o risco de queda, fortalece o sistema imunológico e melhora a qualidade de vida.

Fraga Júnior afirma que os idosos podem estar preocupados com sua segurança ao se prepararem para se exercitar em casa, no entanto, pesquisas demonstram que os riscos de exercícios em casa não são maiores do que em um ambiente ao ar livre.

O exercício é a chave para um envelhecimento saudável. É crucial continuar se exercitando para fortalecer o sistema imunológico e manter a forma. O National Physical Activity Guidelines recomenda a prática de 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana.

O geriatra da FEMPAR aconselha os idosos a:

- Sentar menos e mover mais. "Por exemplo, levantar-se durante cada comercial na TV e fazer uma tarefa ativa ou marchar no lugar. Se possível, dar um passeio ao ar livre é uma ótima maneira de se manter ativo e aproveitar os benefícios do ar fresco e do sol";

- Mova seu caminho. "Se os idosos estão muito ocupados para fazer exercícios, eles podem fazer as coisas e permanecer fisicamente ativos ao mesmo tempo. A atividade física não é uma tarefa árdua se você fizer atividades físicas de tarefas!";

- Pratique todos os quatro tipos de exercícios: exercícios para resistência, força, equilíbrio e flexibilidade;

- Para ficar seguro durante os exercícios: Ouça seu corpo, sempre aqueça antes do exercício e esfrie depois; esteja ciente de seu ambiente, certifique-se de estar ao alcance de um balcão, encosto de um sofá ou uma cadeira resistente que esteja encostada na parede, para o caso de você perder o equilíbrio e precisar se segurar em algo; beba água antes, durante e após o exercício, mesmo que não sinta sede; e use sapatos e roupas adequadas. Permaneça motivado!

Além disso, o profissional destaca que, embora nenhum alimento ou suplemento dietético possa prevenir ou curar a infecção por covid-19, dietas saudáveis são importantes para apoiar o sistema imunológico. Uma boa nutrição também pode reduzir a probabilidade de desenvolver outros problemas de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas, diabetes e alguns tipos de câncer.

Fraga Júnior ainda diz que, para manter o sistema imunológico forte durante a pandemia, é necessário não fumar; fazer uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos inteiros; se exercitar regularmente; manter um peso saudável; controlar o nível de estresse e a pressão arterial; consumir bebida alcóolica com moderação; dormir o suficiente; lavar as mãos com frequência; e tentar não tocar o rosto.

"A evolução desse vírus é desconhecida e o fim da pandemia pode se estender por vários anos e, portanto, restrições e distanciamento social podem permanecer por muito tempo. Isso pode afetar os níveis de atividade física e, como resultado, pode levar a um maior risco de quedas e incidência de deficiência em um futuro próximo em idosos. Por esse motivo, nos próximos meses e anos, haverá um aumento substancial no número de quedas em idosos como consequência de menos atividade física durante a pandemia de covid-19. Esse fato levará a um aumento de óbitos e incapacidades nessa população. É preciso ter cautela", finaliza ele.


Doenças respiratórias e o impacto no coração

 O risco de problemas cardíacos aumenta depois de infecções, como gripe e sinusite

 

Os dias mais frios, comuns desta época do ano, sempre trazem a preocupação com o aumento das doenças respiratórias, como gripes, resfriados, rinite alérgica, bronquite, pneumonia e, atualmente, covid-19.

 

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sydney (Austrália) e publicada no Internal Medicine Journal, revela que pacientes que tiveram infecções respiratórias têm 17 vezes mais chances de ter um ataque cardíaco, sendo menor quando está relacionado ao trato respiratório superior, como em casos de rinite e sinusite, o risco é de 13 vezes. 

O cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Junior confirma que as doenças respiratórias podem trazer sérias complicações cardiovasculares. “Com a alta incidência de doenças, como pneumonia, bronquite e gripe, o coração pode ter um impacto negativo em seu funcionamento”, informa o médico.

 

Pulmão e coração caminham juntos 

Para entendermos melhor essa relação, o Dr. Elcio Pires Junior explica que os sistemas respiratório e cardíaco estão diretamente conectados e, quando um dos dois apresenta falhas, pode comprometer o funcionamento do outro. 

“As doenças respiratórias favorecem a formação de coágulos sanguíneos, alterações no fluxo de sangue e de toxinas que podem danificar os vasos, podendo provocar até mesmo um quadro mais grave como o de infarto”, alerta o médico. 

Alguns outros estudos mostram que o frio de 0 a 5 graus em que o indivíduo enfrente durante 1 hora, já é capaz de causar microlesões em células do coração e ser ainda maior em pessoas com risco cardiovascular elevado, como nos hipertensos, diabéticos, e em que já sofreu um AVC ou infarto. “Pessoas com predisposição a problemas cardíacos e hipertensos devem redobrar a atenção à saúde nesta época do ano”, avisa o Dr. Elcio.  

Além disso, outros fatores de risco contribuem para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares nos períodos de frio, como obesidade, colesterol elevado e diabetes.

 

Atenção à dor de garganta

 

Até mesmo com uma simples dor de garganta pode surgir um quadro preocupante, quando não tratada de forma correta. 

Segundo o otorrinolaringologista da Clínica Dolci, em São Paulo, e professor da Santa Casa, Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, entre as várias consequências de uma dor de garganta mal curada pode-se destacar uma doença inflamatória, chamada de febre reumática, a qual, pode ser uma complicação de uma amigdalite bacteriana. “Esta é uma complicação que pode surgir é causada pela bactéria Streptococcus”, explica o especialista. 

Para evitar problemas cardiovasculares, faça seus exames regularmente, cuide da sua pressão arterial, seus níveis de glicose e colesterol, tenha uma boa alimentação e pratique atividade física, além é claro de agasalhar-se bem e procurar se manter aquecido no inverno. 

 

 

Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no

facebook.com/Dr-Elcio-Pires-Junior-Cirurgião-Cardíaco 

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Hospital Madre Theodora de Campinas


Dasa e Hospital do Rim validam uso de biópsia líquida na rotina para identificar risco de rejeição de rim transplantado

Pesquisa com 150 pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) analisa quantidade de DNA do doador no plasma do receptor (dd-cfDNA) para diagnosticar precocemente possível rejeição do órgão transplantado. Identificação precoce da rejeição possibilita adotar medidas para evitar perda do rim e necessidade de retransplante

 

A Doença Renal Crônica (DRC) é progressiva e reduz a capacidade do rim de remover os resíduos e o excesso de água do organismo. Pelo fato de não apresentar sintomas de forma precoce, o diagnóstico da DRC, na maior parte das vezes, ocorre já em um momento tardio e leva o paciente para a hemodiálise ou, em casos mais graves, para a necessidade do transplante.   

A estimativa é que 10% dos pacientes desenvolvam algum grau de rejeição do órgão transplantado em até 15 dias após a cirurgia. Com o objetivo de diagnosticar precocemente a rejeição ao rim recebido, a Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, e o Hospital do Rim e Hipertensão (HRim), conveniado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), se unem em protocolo que acompanha 150 pacientes com DRC para validar uso da biópsia líquida na rotina clínica de avaliação de risco de rejeição ao transplante renal.  

Para acelerar a detecção precoce da rejeição, que pode direcionar o tratamento, a pesquisa é uma avaliação de mundo real do AlloSeq, exame que indica a presença do DNA livre de células derivadas dos doadores (dd-cfDNA) no órgão transplantando.  A análise é feita no sangue do receptor para indicar a presença de DNA do doador no órgão transplantado. Quando há uma concentração de DNA do doador maior que a esperada é um indicativo que esteja havendo lesão do órgão doado.  

Ao identificar precocemente a rejeição, é possível orientar melhor o tratamento, indicando a necessidade de aumento de imunossupressão com o propósito de diminuir e até reverter a rejeição e perda do órgão. “Nós já sabemos que a técnica de biópsia líquida, na investigação de rejeição à transplante renal, de fato funciona. Estudos robustos confirmam sua eficácia e a técnica está em uso em centros de transplante renal dos Estados Unidos como padrão-ouro. Com esse protocolo, queremos validar a nossa capacidade de fazer o teste, dentro do prazo, com qualidade e confiança de dados, quando adotado em nossa rotina. É uma avaliação de mundo real deste teste em amostra da população brasileira”, destaca o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Dasa, José Eduardo Levi.  

 

Detecção, monitoramento e tratamento  

O estudo em realização pela Dasa e Hospital do Rim visa apresentar uma abordagem inovadora, que melhora a detecção, monitoramento e tratamento da lesão do enxerto (órgão transplantado), com foco em reduzir as taxas de rejeição e adotar as mais eficazes medidas terapêuticas necessárias no transplante renal. “Este novo teste, que oferecemos com exclusividade no Brasil, faz parte da nossa estratégia de individualização do cuidado através da medicina de precisão e terá um impacto positivo no SUS, pois 9 entre 10 transplantes renais ocorrem no sistema público de saúde”, afirma o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana.  

O teste é recurso inovador quando comparado com o modelo tradicional disponível hoje, que consiste em fazer dosagem de sódio e creatinina no sangue do receptor. “O exame atual é pouco efetivo. Ele detecta pelo órgão a liberação de enzima que é marcadora de atividade renal. Quando a creatinina sérica está aumentada no sangue, significa que o rim não está funcionando direito. Só que esse nível de alteração é dado tardiamente em comparação com o dd-cfDNA”, ressalta Levi.   

A creatinina plasmática é um biomarcador insensível, inespecífico e que não detecta de forma precoce a lesão do enxerto. Por sua vez, o dd-cfDNA mostrou ser um biomarcador útil para o monitoramento abrangente de lesão de aloenxerto (de um doador humano para outro, mas geneticamente diferente), que supera as limitações das abordagens tradicionais. Determinações seriadas de dd-cfDNA podem sugerir ou descartar rejeição aguda e crônica, bem como outras lesões do enxerto, precocemente, evitando biópsias desnecessárias. “O exame é o único não invasivo que consegue avaliar as condições do rim de pacientes que passaram pelo transplante, com maior acurácia, proporcionando um melhor desfecho clínico”, explica Campana. 

 José Eduardo Levi acrescenta que o dd-cfDNA funciona como um biomarcador com potencial de permitir uma vigilância próxima e econômica de receptores de transplante para diminuir o retransplante e a perda prematura do rim transplantado. 

O especialista conclui que o fato de o médico ou equipe de saúde informar ao paciente que ele está tendo um episódio de rejeição, não significa que seu novo rim não está funcionando ou que será completamente rejeitado. Alterar a quantidade do medicamento imunossupressor geralmente pode tratar esse problema. Por conta disso, é importante fazer o uso correto do medicamento imunossupressor, na quantidade e dosagem prescrita.  

 


Dasa

www.dasa.com.br

Saúde mental tem levado agentes penitenciários ao extremo, com série de suicídios

Presidente do sindicato dos agentes de escolta e vigilância penitenciária pontua que o desrespeito têm agravado danos à servidores do estado de São Paulo

 



‘’Na semana passada aconteceu mais um suicídio de um Agente Penitenciário. Infelizmente, todos os anos acontecem vários suicídios. É uma situação muito preocupante. A SAP e a administração pública têm o dever de cuidar da saúde mental desses trabalhadores que, segundo a organização internacional do trabalho, exercem a segunda profissão mais perigosa do mundo; essa triste situação é de responsabilidade do estado’’, conta Antônio Pereira, presidente do Sindespe, sindicato que responde pelos agentes de escolta e vigilância penitenciária.

O sindicato está em reunião com o departamento jurídico para acumular as informações necessárias para – se necessário – tomar as devidas providências por intermédio do Ministério Público. ‘’Nos últimos dias vários suicídios de agentes foram registrados no Brasil. Algo precisa ser feito. É necessário respaldo psicológico, afinal o baixo salário do agente não lhe permite pagar tal tratamento quando necessário. E, ainda, estamos recebendo diversas denúncias do CDP de Limeira, e de outras unidades do estado – como o polo escolta de Santana –, acerca de servidores tratados como presidiários, obrigados a entrar no trabalho com sacolas transparentes e com autorização por escrito para ir ao carro ou outro setor dentro da unidade. No polo de Santana, especialmente, a perseguição aos servidores virou profissão “carrasco’’. Este tipo tratamento contribui para a quantidade de servidores afastados por motivos de saúde, e outros que tiraram a própria vida’’, pontua Pereira.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Mesmo assim, parte dessas pessoas não possuem assistência médica adequada. A depressão é o mal do século XXI. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros.


Cinco meses após ultrapassar R$ 5,00, preço médio da gasolina está acima R$ 6,00, aponta Ticket Log

Litro do combustível avançou 24,7% na comparação com o fechamento de janeiro, quando estava na faixa de R$ 4,00


De acordo com o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o preço médio da gasolina avançou 2,28% em julho no País, na comparação com o fechamento do mês anterior. O novo aumento fez o valor médio por litro ultrapassar R$ 6,00. Na primeira quinzena de fevereiro, o valor de R$ 5,00 foi alcançado pela primeira vez. Cinco meses depois, o combustível foi comercializado à média de R$ 6,006, 24,7% acima do registrado no fechamento de janeiro.

“O cenário continua de alta também para o etanol, embora o preço médio esteja bem próximo do registrado no mês anterior. O combustível foi encontrado em julho a R$ 5,042, o litro no território nacional, alta de 0,2%”, destaca Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

A gasolina apresentou aumento nas cinco regiões brasileiras. No Nordeste, o maior deles, de 2,69% em relação ao fechamento de junho. Mas o combustível com preço médio mais alto foi encontrado no Centro-Oeste, a R$ 6,080. Na Região Sul, os postos registraram o combustível com menor valor médio por litro, a R$ 5,776. Já a menor alta foi registrada no Sudeste, de 1,53%.

No caso do etanol, três regiões apresentaram recuos – o maior deles no Sudeste, de 1,09%. O combustível foi encontrado pelo menor valor no Centro-Oeste, a R$ 4,655, e pelo preço médio mais caro no Nordeste, a R$ 5,269. Os postos nordestinos registraram a maior alta nacional, de 2,05% em relação ao fechamento de junho.

No recorte por estados, o Acre segue com a gasolina mais cara, a R$ 6,416, e o Rio Grande do Sul com o etanol de maior preço médio, a R$ 5,816. Em julho, o maior aumento de preço médio da gasolina foi registrado no Amazonas, onde o valor pago por litro do combustível avançou 7,50%. Também nos postos amazonenses, o etanol apresentou alta de 5,05%, taxa mais alta do território nacional.

Em Minas Gerais, o etanol registrou o recuo mais significativo em julho, de 1,85% em relação ao fechamento do mês anterior. Nenhum estado apresentou redução no preço médio da gasolina, encontrada no Amapá pelo menor valor, a R$ 5,488. São Paulo comercializou o etanol mais barato, a R$ 4,154.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.



 

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Edenred

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O impacto do digital no mercado bancário e as soluções inovadoras para pessoas jurídicas

A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente na mudança de hábitos dos consumidores digitais e as empresas tiveram que se adaptar à nova realidade para atender a uma demanda nova e promover jornadas de excelência aos seus clientes e com os bancos não foi diferente. Houve um impulsionamento e a adesão cada vez mais intensa aos bancos digitais.

O fortalecimento da tendência fez com que surgisse diversas opções no mercado e, nesse sentido, se destaca quem oferece as melhores oportunidades ao usuário, seja em relação às taxas free, facilidade de transação, acessibilidade, qualidade no atendimento ou serviços adicionais como cashback, dentre outros.

Uma dessas opções de banco digital voltado para pessoas jurídicas se mostrou uma solução para os empresários, com o intuito de conectar seus clientes e colaboradores a um método de pagamento inteligente, contribuindo para que tenham mais equilíbrio financeiro. De uma forma que as empresas se beneficiam tendo dinheiro em caixa para realizar as transações necessárias antes que a receita chegue ao banco, de forma automatizada.

A conta Escrow é um exemplo disso. Trata-se de uma conta garantia, digital, focada no universo das necessidades de pessoas jurídicas. Ela funciona como uma conta caução, permitindo que negócios sejam fechados com a garantia dos valores envolvidos estarem assegurados em um banco terceiro. Com as cláusulas do acordo comercial cumpridas, os valores são liberados para o empreendedor. É um mecanismo utilizado em transações que envolvem grandes quantias e, consequentemente, grandes riscos para as partes, objetivando por meio da criação desta conta, a mitigação destes riscos. Para os bancos digitais, essa oferta é um micro serviço financeiro com margens bem interessantes para a realização de negócios entre partes com menor risco.

Exemplos de empresas que utilizam esse tipo de transação são hospitais, nos quais os médicos realizam cirurgias e só recebem 60 dias depois. Com essa tendência digital, a instituição consegue pagar esse profissional pelo serviço realizado dentro de um prazo adequado. O médico pode antecipar os seus recebíveis sem burocracia bancária formal no momento que desejar, pois o pagador do médico seria o banco e o prazo estipulado é determinado por esta instituição. Da mesma forma, pode ocorrer com imobiliárias, em que o inquilino, ao fechar o negócio, terá acesso à sua própria conta e o dinheiro debitado vai para o administrador. Este, repassará os valores aos proprietários. Entre outros negócios.

Isso é uma maneira simples de desburocratizar o processo financeiro das empresas e suas relações com os empregados.

Saem ganhando o banco digital pela movimentação, a empresa por ficar em dia com seus pagamentos, sem juros excedentes, e o colaborador que vai receber na data correta pelo serviço prestado.

Diante deste cenário promissor do mercado, nosso trabalho consiste em customizar esse banco digital dentro do negócio do nosso parceiro/cliente, viabilizando novas soluções financeiras que nunca foram possíveis, sempre a possibilidade de aplicativo, pois acreditamos que a única forma de a empresa estar 24 horas com seu cliente é se ela estiver no seu smartphone.

 


Wagner Oliveira - especialista em desenvolvimento de aplicativos corporativos e na área financeira e sócio-diretor da Two-s.

 

Violência psicológica contra a mulher vira crime: saiba os detalhes da lei

Bolsonaro sancionou alteração no Código Penal; nova lei prevê prisão para quem ‘causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe’


O presidente Jair Bolsonaro sancionou, sem vetos, o projeto de lei que transforma a violência psicológica contra a mulher em crime. A decisão, que altera o Código Penal Brasileiro, foi publicada no "Diário Oficial da União" no dia 28 de julho.

A nova lei prevê reclusão de seis meses a dois anos e pagamento de multa para quem "causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação".

Para a advogada Ana Maria Colombo, especialista em direito penal e sócia do escritório Silveiro Advogados, a atenção dada ao tema pelo Estado merece ser reconhecida, tendo em vista que a promoção da efetiva igualdade de gênero exige que se combata a violência contra a mulher de forma ampla, em suas mais diversas formas.

"O combate à violência psicológica é um passo importante em dois aspectos. Além de ser uma violência por si só, que degrada e vulnera a saúde psicológica da mulher, esse tipo de violência, que não deixa marcas físicas, é muitas vezes o ponto de partida para agressões físicas e para o feminicídio. Então o combate a essa prática é, também, uma forma de prevenir a progressão da violência contra a mulher", afirma a especialista.

Ela faz, porém, uma ressalva: "Ao mesmo tempo em que se celebra a atenção dada pelo Estado Brasileiro ao tema, é importante lembrar que a criminalização de condutas não é solução para todos os males e precisa do acompanhamento de políticas públicas aptas a promover a urgente mudança cultural acerca de temas como desigualdade de gênero."

Nesse ponto a lei também é positiva. Além da criminalização da violência psicológica, a norma regulamentou o programa "Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica", do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que cria um protocolo seguro para mulheres vítimas de crimes domésticos denunciarem seus agressores. A partir de um sinal, marcado pelo desenho de um "x" na palma da mão, mulheres submetidas à violência podem buscar proteção junto a farmácias credenciadas, devidamente orientadas a acionar a polícia para prestar auxílio.



Outras mudanças

O projeto sancionado também inclui mais um fundamento da Lei Maria da Penha para o afastamento do agressor do local de convivência com a vítima: o risco contra a integridade psicológica da mulher.

A norma prevê, ainda, diferenciação da pena para o crime de lesão corporal simples praticado contra a mulher, passando a ser de prisão de um a quatro anos.



Silveiro Advogados

A transformação digital da saúde veio e não deve voltar atrás



Da agropecuária à prestação de serviço, seja qual for o setor da economia, os avanços tecnológicos já vinham impactando os mais diversos negócios nos últimos anos. A área da saúde não foge à regra. Porém, a pandemia do novo coronavírus expôs ainda mais o sistema de saúde a inovações que podem trazer melhorias para toda a cadeia: atendimento médico, medicina diagnóstica e procedimentos cirúrgicos. Mais do que otimizar os processos, essas soluções digitais podem ainda aliviar a sobrecarga nos hospitais, melhorar o acesso à saúde e reduzir desperdícios importantes de tempo e recursos. Fatores essenciais no momento atual, principalmente em países como o Brasil, em que apenas 25% da população tem plano de saúde, enquanto o SUS sofre falta de investimentos e demandas acima da capacidade de atendimento.

Engana-se quem pensa que inovações na saúde envolvem somente inteligência artificial, machine learning e robôs. Pelo contrário, a popularização de smartphones e o acesso à internet móvel romperam a barreira entre online e offline, tornando possível a criação de recursos que são mais acessíveis e práticos para os brasileiros de diferentes regiões do país. É o caso da telemedicina, que é uma tendência mundial e foi autorizada no Brasil pelo Ministério da Saúde em março do ano passado e vem auxiliando na Gestão de Saúde Populacional, que é responsável por promover o desenvolvimento e a disseminação de estratégias destinadas a melhorar a saúde da população.

A regulamentação do governo é um passo crucial para que o setor continue se desenvolvendo e investindo cada vez mais em soluções digitais, que além de salvar e ajudar pacientes, podem trazer mais qualidade de vida aos brasileiros. Em outros países, o recurso já é amplamente utilizado, principalmente para atendimento de medicina básica, que totaliza cerca de 80% a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo de sua vida. A telemedicina pode auxiliar no acesso aos cuidados primários, que segundo dados de uma pesquisa da Carolina do Norte, cerca de 60% dos problemas dos pacientes poderiam ter sido solucionados no modelo de atenção primária, o que teria gerado uma economia de três a sete vezes no custo total.

Diante da pandemia da Covid-19 no Brasil e no mundo, a aceitação e curva de utilização de novas tecnologias vem se acentuando, tanto para profissionais quanto pacientes. A telemedicina plena se destaca e vem sendo amplamente utilizada, já que à princípio demanda apenas o uso de um smartphone ou computador com acesso à internet. Este novo recurso tem sido muito usado na rede pública e privada de saúde para proporcionar atendimento médico à distância em casos de procedimentos eletivos das mais diversas especialidades, assim como para tirar dúvidas da população sobre o novo coronavírus, sem que precise sair de casa.

Apesar de parecer um contato impessoal à primeira vista, nas teleconsultas o médico profissional pode dar ainda mais atenção ao paciente por ter mais tempo disponível, diferente do que pode acontecer nos hospitais públicos durante um plantão em que há alta procura e o atendimento precisa ser mais ágil. Outra vantagem é melhorar o acesso à saúde em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, uma vez que a tecnologia elimina a distância.

Além das teleconsultas, a telemedicina pode ser usada também entre os próprios profissionais da saúde para discutir casos e prescrever tratamentos mais assertivos de acordo com cada paciente. Essa transformação digital na saúde é um modelo ganha-ganha, uma vez que também torna a prática da medicina mais fácil e ágil para os profissionais.

Por enquanto, no Brasil os atendimentos via telemedicina têm sido utilizados amplamente na Atenção Primária, por médicos da família e clínicos gerais, porém, já há uma adoção significativa de teleconsultas por praticamente todas as especialidades médicas e nas demandas por saúde mental e nutricional, por exemplo, muito ligadas a qualidade de vida e bem-estar do indivíduo. Portanto, a tendência para os próximos anos é que essa transformação digital ocupe todos os espaços disponíveis que hoje são analógicos e a telemedicina plena terá papel determinante nos sistemas de saúde.




Dr. Caio Soares - diretor médico da Teladoc Brasil, empresa pioneira e líder global em cuidados virtuais de saúde, e membro da ASAP.

 

EUA voltam a apertar o cerco contra imigrantes ilegais

Biden decide manter lei de Trump que já deteve 24 mil brasileiros em 2021

 

Um dos principais motivos que elegeram Joe Biden ao cargo político mais importante do mundo, estava em sua proposta de desfazer muitas medidas criadas por seu antecessor, Donald Trump, em especial as políticas imigratórias. De fato, desde que assumiu em janeiro desse ano, o presidente americano vem adotando diversas políticas pró-imigrantes, como o restabelecimento de determinados programas de asilo, suspenção temporária de deportações e fim das restrições a entrada na América de diversos países. Entretanto, a “lua de mel” de Biden com a comunidade de estrangeiros que pretende morar nos Estados Unidos parece estar chegando ao fim.

 

Motivados pelo discurso inclusivo do presidente, uma legião de pessoas, vindas principalmente da América Central, vem se aglomerando desde janeiro na fronteira dos EUA com o México. De acordo com o departamento de Alfândega e Proteção das Fronteiras (CBP), junho registrou 188.829 pessoas indocumentadas detidas na tentativa de ingressar em território americano.

 

Considerando apenas o primeiro semestre de 2021 o número de detenções na fronteira chegou a 1.119,204.

 

Entre os detentos nesse ano, estão cerca de 24 mil brasileiros que buscavam entrar ilegalmente nos EUA. Aproximadamente 1.500 deles já foram deportados ao Brasil, em sua maioria homens entre 20 e 40 anos de idade, que relataram ter sofrido maus-tratos enquanto aguardavam pela deportação nos centros de detenção do CBP.

 

“Muitos brasileiros ainda buscam entrar ilegalmente nos Estados Unidos em busca de uma vida melhor e com mais segurança. Além disso, nesse ano, muitos deles também tentaram ingressar na América para serem vacinados contra a covid-19. Infelizmente para esses brasileiros, as autoridades americanas nas fronteiras são bastante rígidas, e uma pessoa detida por eles está sujeita a permanecer nos centros de detenção do CBP enquanto aguardam o julgamento de seus processos de deportação. Certamente não é nem um pouco aconselhável buscar imigrar nos EUA dessa forma” – declarou Felipe Alexandre, advogado brasileiro/americano de imigração com experiência em processos de imigração e green cards.

 

A grande maioria das prisões ocorridas durante esse ano, foram tomadas com base na lei intitulada “Título 42”, criada durante a administração Trump para expulsar imediatamente quaisquer pessoas tentando entrar nos EUA sem autorização. Com o início do Governo Biden, havia a expectativa de que o Título 42 fosse revogado. Nesta semana, porém, a Casa Branca informou que vai manter a polêmica lei pelo menos até o final de 2021.

 

No primeiro trimestre, Biden chegou a afrouxar as regras do Título 42, impedindo a detenção e deportação de crianças desacompanhadas nos EUA. Entretanto, devido ao agravamento da crise sanitária e avanço da covid-19 na fronteira do país com o México, o atual mandatário americano decidiu ouvir as orientações do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), que alertou para os riscos de onda de contágio da variante Delta trazida ao país pelos imigrantes ilegais.

 

A decisão de manter o Título 42 foi recebida como uma “bomba” para diversas ONGs e organizações americanas pró-imigrantes, e criticada até mesmo por aliados democratas do governo. Os críticos alegam que continuar apreendendo pessoas na fronteira irá deteriorar ainda mais as condições sanitárias dos centros de detenção dos EUA, aumentando ainda mais a disseminação do vírus. Muitos consideram ainda que a manutenção do Título 42 seria uma decisão política para agradar o partido Republicano.

 

“O debate sobre o Título 42 deve se intensificar nas próximas semanas com pressões vindas de todos os lados. Como historicamente acontece com os presidentes americanos, desde os anos 80, a imigração é um tema central e que sempre divide opiniões. Sem dúvida esta crise na fronteira dos EUA tem sido o primeiro grande desafio do governo Biden, que vai precisar encontrar o equilíbrio entre ser a favor de uma política imigratória mais humana e ao mesmo tempo cuidar da segurança e da saúde do país” – acrescentou Felipe Alexandre, que também é proprietário da AG Immigration, escritório americano de advocacia imigratória.

 

 

 

Dr. Felipe Alexandre - advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG Immigration:  Ele é considerado há vários anos pelo "American Institute of Legal Counsel" como um dos 10 melhores advogados de imigração de NY e referência sobre vistos e green cards para os EUA.

 

 

AG Immigration

https://agimmigration.law/


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