Pesquisar no Blog

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

CHEGAREMOS AO BIDÊ

Há quem acredite que o que pensa e faz é o padrão de pensar e fazer do mundo. Ao que não se encaixa no seu arquétipo, reage com estranheza ou desdém. São mentalidades primárias, limitadas aos costumes. O padrão nos limita a um cercadinho cheio de podes e não podes, ou de licenças e interditos. O ambiente vário é sempre mais valioso. A variedade cultural oferece opções e convida a experiências.


Atualmente, a maior parte dos cientistas sociais considera politicamente incorreto dizer que uma cultura é superior a outra. Podem-se reconhecer diferenças, não superioridades. Discrepo. Inadequado, é ignorar estágios culturais diversos e crer-se situado no topo do possível. Aliás, diversas culturas recebem ou mesmo buscam saberes novos para acrescentá-los aos seus ou até para substituí-los.


Há muitos modos de se entender uma sociedade. Observam-se costumes, tabus, rituais, comportamentos públicos e privados. O tratamento dispensado a crianças permite leituras, do mesmo modo que o relacionamento com a comida, o uso de adornos corporais ou os hábitos de higiene. Reflitamos sobre nós, sobre um costume generalizado nosso, mas que não me parece tão adequado assim.


Já contamos algumas gerações cultivando o salutar hábito de limpar a bunda após defecar. No início era o mato: ia-se ao mato, acocorava-se, evacuava-se e com mato se limpava. A bananeira foi uma evolução, a folha macia fez sucesso. O milho trouxe o sabugo. Limpar-se com sabugo predominou no tempo das latrinas, as casinhas no fundo do quintal, armadas sobre um buraco na terra, uma fossa.


Nesses cubículos, também ditos privadas, havia um assento de tábuas com um buraco ao centro, uma escavação no solo abaixo, um estoque de sabugos. As pessoas faziam o seu cocô, que se ia amontoando, fermentando e alimentando vermes. As galinhas comiam essa sopa vermicular, as pessoas comiam as galinhas. Domingo era dia de galinha. Ainda há latrinas, galinhas e domingos por aí.


Nos locais de trânsito, como restaurantes e hotéis de beira de estrada, e mesmo em ambientes urbanos, sofisticou-se o uso do sabugo. Amarrado a um barbante, ficava dentro de uma lata d'água. Era usado, sacudido na água e posto de molho para o próximo. Um sabugo de repetição. Porcos comiam o estrume. Após engordados, os porcos tornavam-se refeição. Foi assim até a chegada do papel de embrulho.


Trata-se de um papel pardo, espesso, usado para empacotar mercadorias nas vendas. Papel de embrulho e banheiro dentro de casa são da mesma época. O papel não descia pelo encanamento, então, havia um cesto para recepcioná-lo, onde ficava exposto, selado. Formigas e baratas gostavam disso, passeavam por ali e passeavam por outros lugares: pia, mesa, despensa, cama, toalha, roupa; até maquiagem.


Também teve sua importância, e ainda um pouco se o usa, o papel de jornal, posto à disposição em bares e restaurantes que ficaram no tempo. Mas importa dizer que vencemos o papel higiênico áspero e estamos na época do macio e hidrossolúvel. Contudo, mesmo ambientes sofisticados mantêm um cestinho para o papel. O papel hidrossolúvel, feito para ser jogado no vasoo, para ser levado com a descarga.


Pelos hábitos atuais, as pessoas usam o banheiro e, após aliviarem-se, tomam um pedaço de papel, esfregam o que sobrou para lá e para cá e saem faceiras. A menina vai, faz seu cocô, passa papel, põe a calcinha cravada e vai por aí. Isso esquenta, sua: um caldo de cultura para bactérias, fungos etc. Corrimento. O rapaz, nádegas grudadas, cueca suada; o cocô ali, não lavado, só esfregado. Fedor.


A maioria brasileira está nesse estágio, segura de que faz o mais apurado da civilização. Durante a Copa de Futebol, estrangeiros estranharam o cesto. Já é tempo. Merecemos ser apresentados à ducha higiênica ou ao bidê, baratinhos, nas boas casas do ramo. No futuro, quando a antropologia estudar nossos modos e costumes, dirá que evoluímos do sabugo, chegamos ao papel, mas faltou água e sabão.

 



Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


Saúde mental de professores durante pandemia gera preocupação

Pesquisas apontam aumento de ansiedade e outros transtornos entre educadores; especialistas sugerem soluções para amenizar o problema


Um levantamento feito pelo Instituto Ipsos em 16 países e divulgado em junho, aponta que os brasileiros são os que mais sofrem com a ansiedade provocada pela pandemia de Covid-19. Nada menos que 40% da população apresentam algum quadro de ansiedade. E, para os professores, que precisam lidar com suas próprias questões emocionais e também com as dos alunos, essa realidade pode ser ainda mais dura.

Uma outra pesquisa, conduzida pela Nova Escola e divulgada em agosto, revela que, durante a pandemia, 72% dos professores sentiram sua saúde mental ser afetada em algum grau.  Dos professores ouvidos em estudo da International School, com o apoio do Educational Development Centre, 91,7% dizem ter procurado auxílio psicológico para conseguir lidar melhor com a nova rotina. Como, então, ajudar esses profissionais a atravessarem um momento tão incerto?

De acordo com Vanessa Zanoncini, supervisora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, a resposta está no apoio e no acolhimento dos educadores. “É importante que as escolas e secretarias de Educação trabalhem com a ansiedade, estejam próximos dos educadores e das famílias. Eles precisam saber que não estão sozinhos neste trabalho árduo de tentar levar a Educação aos estudantes de formas nunca antes experimentadas. É necessário um movimento de toda a comunidade para aproximar, valorizar, respeitar e acalmar esses profissionais”, enfatiza. Proporcionar espaços - ainda que não sejam físicos - de troca de experiências tem sido uma estratégia do Sistema de Ensino Aprende Brasil, que está presente em mais de 200 municípios de todo o país, contribuindo para o desenvolvimento da Educação Básica na rede pública municipal de ensino.

A pediatra e professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Ana Escobar, aponta uma série de alterações nos padrões de interação social que ajudam a agravar os quadros de estresse, ansiedade e depressão. “Somos seres sociais, aprendemos a ler no olho do outro um sentimento. Então é completamente diferente ter uma interação presencial, em que a olhamos o outro e vemos detalhes do rosto, do cabelo, das expressões corporais. Essa é uma situação de realidade palpável”, destaca. 

Para ela, neste momento em que o contato humano precisa se limitar às interações por meio de telas, as relações tornam-se muito menos acolhedoras do que tradicionalmente seriam. “Não ter as interações presenciais deixa nossas relações muito mais duras. Com os laços presenciais, aprendemos a experimentar os sentimentos de compaixão, compreensão, solidariedade, afeto e carinho. A presença real é essencial para nossa existência. Quando interagimos com uma tela, as outras pessoas deixam de nos conferir existência”, diz Ana. Ela explica que o excesso de telas impede o desenvolvimento de vínculos autênticos, o que, por sua vez, contribui para uma sensação constante de solidão.

A pediatra revela que o ser humano pode atuar em quatro frentes para reduzir os impactos da ansiedade na vida cotidiana: a primeira delas é física e diz respeito a questões como visitas regulares ao médico, alimentação correta, exercícios físicos e respeito às horas de sono diárias. A segunda é emocional. “Viva melhor seu tempo presente. Escolha uma atividade que te dê prazer, arrume um momento para você mesmo, valorize os pequenos prazeres do dia”, aconselha a médica. A terceira tem a ver com a organização do tempo. Planejar as atividades que é possível realizar ao longo do dia, não acumular tarefas e realizar essas atividades com calma. Por fim, o ser humano é um ser social, de modo que é fundamental exercitar a sociabilidade, mesmo em tempos de pandemia. “É essencial fortalecer os laços sociais com os amigos e a família seja por vídeo, seja criando microbolhas em que as pessoas possam se encontrar”, recomenda.

 



Sistema de Ensino Aprende Brasil

http://sistemaaprendebrasil.com.br/


Um dilema de muitos: saber quando o luto termina

Na semana em que comemoramos o Dia de Finados, nos deparamos com este tema que remete a melancolia e suscita lembranças que causam dor e muita saudade. Saudade de pessoas queridas que se foram e a dor por reviver na memória essa perda emocional. Mas você sabe quando o luto termina? Antes de tentarmos esclarecer essa dúvida, precisamos definir o luto e suas fases. Identificar qual importância ele tem em nossa vida e quais os benefícios podemos ter se aprendermos a construir internamente esse processo, de forma a minimizar a dor e equilibrar as emoções e os sentimentos.

O luto é uma experiência emocional profunda e individual que se define pela capacidade de lidar com as perdas. É o estado de recolhimento. E esse estado passa por algumas etapas, das quais naturalmente o ser humano vivencia conforme sua individualidade. Alguns com mais ou menos intensidade. Ou seja, a intensidade está ligada a estrutura emocional de cada um. O mais importante é não pular etapas. Se cada uma delas for bem elaborada o indivíduo poderá alcançar um equilíbrio emocional consciente, apesar de toda dor envolvida.

A primeira fase do luto é a negação, onde as pessoas negam a situação para combater as emoções que estão experimentando por causa de sua perda. A raiva é a segunda etapa, que ocorre quando os efeitos da negação começam a se desgastar. A raiva envolve uma efusão de emoções da pessoa que sofre, que pode sentir-se irritada com a pessoa que a deixou ou com o que possa ter perdido. Em seguida, temos a fase de negociação. Esta negociação, onde a pessoa de luto pode experimentar pensamentos do tipo “se apenas…”. Na quarta fase do luto temos a depressão, que surge quando as pessoas têm de enfrentar os aspectos práticos da sua perda. E por fim, temos a fase da aceitação, onde após externar sentimentos e angústias, inveja pelos vivos e sadios, raiva pelos que não são obrigados a enfrentar a morte, lamento pela perda iminente de pessoas e de lugares queridos, a tendência é que o paciente aceite sua condição e comece a elaborar estratégias pessoais de adaptação dentro de sua nova realidade. Mas resistir e pular etapas pode fazer com que o sofrimento seja prolongado e gere, assim, traumas emocionais. Por esse motivo, é importante vivenciar o luto, entregar-se à dor e chorar. Respeitando, claro, o tempo de cada um.

Mas quando falamos em luto, é normal que se faça associações equivocadas em relação a atmosfera que envolve esse tema. Fato é que não sabemos lidar com a morte e temos um compromisso cultural com a nossa própria felicidade e com a felicidade do outro. Agimos, instintivamente, na direção da eliminação da dor da perda de alguém ou da rápida recuperação de um amigo enlutado. E não estamos preparados para tratar disto. O que precisa ficar claro é que o luto não é doença, assim como a tristeza não é depressão. É um equívoco acreditar que existe um tempo cronológico para essa tristeza ou essa dor terminar. Somos seres individuais e cada um irá agir de uma maneira. O luto não se define por seu tempo de duração, mas sim pelo processo de elaboração sobre a morte. E desta forma podemos classificar o luto como prolongado ou complicado. A maneira como compreendemos o momento do luto pode ser crucial. Temos um tempo interno que se chama Kairós, ele sim irá designar o tempo correto em que essa dor será amenizada. Diferente do tempo Chronos, o tempo que mede os dias e as horas. 

Falar do luto é importante, já que, psicologicamente, não poder manifestar sua dor é uma agressão e pode alimentar outras dores e somatizar a angústia. Falar é o que vai ajudar a elaborar e a sair do luto mais rápido. É um recurso muito positivo e muito saudável. Falar e ouvir sua dor. E aqui, entra uma outra questão importante em todo esse processo: como é difícil aguentar ouvir a dor do outro e como não estamos preparamos ou não preparamos nossos filhos para essa atitude diante do sofrimento alheio. Nem sempre estamos preparados emocionalmente para esse ato empático.

Importante entendermos que não existe dor maior ou menor. Existe dor e cada um vive essa dor conforme sua própria bagagem de vida. Não existe fim do luto, existe fim do processo de sua elaboração. É exatamente o momento em que o enlutado começa a fazer planos sem a pessoa que morreu ou sem aquilo que perdeu ou teve fim (como um relacionamento amoroso, por exemplo). É quando o indivíduo se permite ser feliz sem culpas. Onde a maior constatação que temos é exatamente a de que essa elaboração leva o tempo interno que cada um necessita. A tolerância à frustração, a capacidade de adaptação e a resiliência são características muito humanas que podem facilitar o aceite dessa nova realidade. Sabemos que a vida não é um contínuo estático, vivemos em uma constante mudança e o ser humano, nesta perspectiva, pode ser capaz de seguir em frente nas situações mais adversas. O importante não é cair, mas voltar a se levantar. 

Portanto, superar o luto é fundamental. É igualmente importante que a perda não seja reprimida. Do contrário, pode se manifestar posteriormente como algum outro sintoma. O luto não é considerado uma condição patológica. E é comum que haja mudanças temporárias no estilo de vida, na diminuição do interesse pelo convívio social e pelas atividades do cotidiano. Além do surgimento de sentimentos como entorpecimento (estado de choque), perturbação, crises de choro e dor profunda. E também culpa, lembranças de momentos em que a pessoa poderia ter agido de maneira diferente, desespero, hostilidade, raiva e falta de interesse no mundo. Sensações e emoções normais que surgem neste período. Trabalhar a elaboração da perda é fundamental para o fortalecimento do paciente em sua dura tarefa de encontrar ferramentas para enfrentar as frustrações e dores causadas pela morte. Enfim, se esta elaboração está difícil, se sente que não está dando conta de toda essa dor, busque ajuda de um profissional de saúde mental para conseguir desenvolver uma visão mais realista do processo do luto. Certamente, poderá conseguirá eliminar o desespero e dar lugar a uma maior serenidade - através do enfrentamento consciente da saudade.

 

 


Dra. Andréa Ladislau - Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.


O poder das cores na imagem pessoal

Cor é alegria, é vibração, é vida e é comunicação. Por meio dela traduzimos nossas emoções e se usada corretamente pode nos trazer confiança, prazer e sofisticação!

 

Ampliar possibilidades, se conhecer melhor, sentir-se bem e radiante, se gostar mais e gastar melhor, dentro das suas necessidades, com algo que realmente irá te enaltecer é possível com o estudo da sua coloração pessoal. 

A cor é o elemento que causa maior impacto no visual de uma pessoa, ela tem a função de exercer uma grande influência na nossa imagem podendo afetar a percepção que os outros têm de você. Ao mesmo tempo que ela traduz aspectos positivos, pode ocorrer ao contrario se usada erroneamente, por isso uma consultoria em análise de coloração pessoal é fundamental. 

E como funciona? Tendo como referência as quatro estações do ano – primavera, verão, outono e inverno a análise indica qual estação a pessoa pertence, baseado em estudos da cor de pele, olhos e cabelos. 

A analista de coloração pessoal Bia Salles, da Bia Salles Color, formada pelo método Domine, faz a consultoria tanto presencial como à distância. Na consultoria à distância ela faz o estudo do tom e subtom da pele, através de fotos, para conseguir descobrir qual a cartela de cores ideal para a pessoa, chamado de método sazonal. 

Já na análise presencial consegue aplicar o método sazonal expandido, por 

exemplo, se  no estudo online descobriu que a pessoa  é  VERÃO,  no presencial ainda consegue analisar se é verão suave, verão claro ou se é um verão puro mesmo, como  no  estudo  online.  

Bia Salles ressalta a importância em descobrir a sua cor: “fazer o estudo da coloração pessoal ajuda na praticidade para comprar novas roupas, maquiagens e acessórios, o armário fica mais enxuto, pois a cliente passa a comprar apenas aquilo que sabe que fica bem para ela, e, não mais por impulso, só porque a peça é bonita na loja”. 

Além disso, a análise ajuda você a valorizar seus pontos positivos, a fazer compras mais assertivas, ampliar as combinações dos looks do seu guarda-roupa e acaba fazendo muito mais economia. “A análise de coloração pessoal muda nas pessoas a autoestima, a autoconfiança, o autoconhecimento ao saber as cores que lhe caem bem, e também passam a ser mais conscientes na hora do consumo. Descobrir quais são suas melhores cores e aprender a usá-las no dia a dia é realmente algo transformador, afirma Bia Salles.

 

 

Bia Salles – Consultora de análise de coloração pessoal, formada pelo método DOMINE. Também é advogada, professora de Direito e engenheira civil.


Cinco dicas para melhorar a qualidade da imagem em lives e reuniões online

Coordenador do curso de Fotografia da Panamericana explica alguns cuidados para que as cenas fiquem mais harmoniosas e favoreçam a pessoa que se expõe


As lives e as reuniões online ganharam popularidade durante a pandemia por conta da necessidade de se utilizar novas ferramentas para o trabalho a distância. Apesar da facilidade e da praticidade na hora de reunir pessoas, as soluções em vídeo trouxeram uma nova preocupação: a qualidade da imagem reproduzida nos vídeos. “Assim como as fotos, a imagem em vídeo requer alguns cuidados para que a imagem fique e menos amadora”, revela Elcio Ohnuma, coordenador do curso de Fotografia da Panamericana Escola de Arte e Design.

Segundo ele, é possível produzir vídeos com imagens belas e agradáveis com ideias simples e sem recursos que demandem grandes investimentos. Ohnuma preparou cinco dicas para isso – que também funcionam perfeitamente para as fotos:

1 – Cuide da iluminação do ambiente

Para o coordenador, a luz natural é sempre interessante. Entretanto, é preciso prestar a atenção se ela é suficiente ou se é necessário acrescentar um recurso extra. “Lembre-se de que, ao longo do dia, a luz vai diminuindo e você pode ficar no escuro sem perceber”, avisa o Ohnuma. Para caprichar na iluminação, é possível utilizar a ring light, um tipo de anel de luz acoplado ao celular, disponível em diversos tamanhos e conexões – das mais simples até as mais elaboradas, equipados com tripé. “Estes anéis iluminam muito bem sem deixar sombras”, explica ele.

Pra quem não quer investir, basta uma luminária ou um abajur posicionado para uma parede branca, proporcionando um retorno de luz rebatida. “Isso evita que a iluminação seja feita diretamente no rosto, resultando no efeito chapado”.



2 – Dê atenção ao enquadramento

Você já ouviu falar na regra dos terços? Trata-se de um tipo de composição na qual elementos importantes de uma fotografia são colocados ao longo de uma grade de 3 × 3 (um jogo da velha), que divide igualmente a imagem em nove partes. Ou seja, o foco de interesse deve estar na interseção das linhas que dividem o quadro em terços, que são distribuídos de cima para baixo da esquerda para a direita. Basta dividir o retângulo do fotograma em três partes iguais na vertical e horizontal.

“Quando trabalhamos nestes cantos – ou terços - eles atraem mais a atenção”, esclarece Ohnuma, explicando que é por isso que nem sempre a melhor composição seja colocar-se bem ao centro do quadro.  Segundo ele, o ideal é jogar a composição no terço direito ou no esquerdo, garantindo uma imagem mais atraente. “Um bom exemplo são os repórteres de TV, que normalmente são posicionados levemente à esquerda ou à direita”, diz ele. Ele lembra ainda que, para acertar na regra, observe o fundo para se certificar de que não há nenhum objeto que chame a atenção atrás de você.

O coordenador da Panamericana indica também dois bons livros para quem deseja aprender mais sobre enquadramento. São eles Sintaxe da linguagem visual, de Donis A. Dondis, e Arte & Percepção Visual, de Rudolf Arnheim.



3 – Harmonize fundo e roupa


Não há uma regra, mas sabe-se que o xadrez e as listras são estampas que podem atrapalhar na captação das imagens; logo, recomenda-se evitá-las. “O importante é que você se sinta bem na hora de gravar ou de tirar uma selfie”, afirma Ohnuma. Aposte nas cores opostas para obter destaque: um fundo frio evidencia uma roupa de cor quente. E as roupas neutras são ideais para quem não deseja chama a atenção.



4 – Posicione adequadamente o celular


Os celulares possuem câmeras angulares, por isso a imagem fica distorcida ao ser posicionada de baixo para cima. “Você pode ficar com um uma papada enorme, uma bochecha desproporcional ou evidenciar partes do corpo que não são interessantes, como as narinas”, avisa o coordenador. De cima para baixo, a câmera mostra mais a testa e os olhos e, por isso, a imagem fica melhor. Em lives e reuniões online, ideal é posicionar o celular paralelo ao rosto, para evitar as distorções e obter um efeito mais harmônico.


A câmera angular do celular também desfavorece quem fica próximo aos cantos, dando a impressão de uns quilinhos a mais. Por isso, Ohnuma recomenda posicionar-se ao centro, para evitar as distorções.



5 – Crie um cenário com profundidade

Ao ficar perto da parede, a imagem fica com o efeito “chapado”; logo, o recomendável é trabalhar a profundidade do ambiente, mas sempre considerando a luz. “Por exemplo, em uma sala, você pode estar próximo a uma mesa e, ao fundo ter quadros ou estruturas que tragam profundidade”. Ele conta que é interessante, ao fazer uma live, manter as luzes de led iluminando o fundo e o cenário atrás, deixando a cena mais descolada e confortável. “O efeito fica belo e ainda traz um ar moderno”, finaliza Ohnuma.



Panamericana

Aos 50 ( e poucos)

Vivo naquele tempo no qual sabemos que, salvo raríssimas exceções, já tenho mais passado que futuro. Uma consequência dessa constatação é a vontade de desacelerar tudo, apreciar quadro a quadro cada coisa que aparece na minha frente, cada cheiro, som, gosto. É fato que o tempo no qual vivemos dá poucas chances para isso e, por isso, vivo no intenso dilema de produzir muito ou entregar-me aos prazeres inúteis. Entre o ócio e o negócio. Vou equilibrando-me entre os segundos rápidos e as horas lentas, entre os dias cheios e os meses largos, entre as decisões necessárias e as procrastinações prazerosas. E, ao pensar sobre essa dialética do existir/viver, vou percebendo como o tempo, esse algoz sem rosto, é nosso interlocutor mais presente, nosso mais caro fiel depositário do passado, nosso confidente dos mais loucos desejos de futuro.

 

Hannah Arendt, minha autora favorita, afirma que "todo fato tem causas, mas nem toda causa tem consequência". De tantas coisas que ela disse e que me impressionam, essa frase sempre me põe em um alerta inexplicável. Isso porque sou professor de História e, ao longo das linhas de tempo que traço nos quadros verdes, há sempre uma certeza sobre o "isso ocorreu e então...". Mas somente os fatos cristalizados na História é que são capazes de iluminar os seus passados. O fato, em si, não anuncia nada e não é o encaixe de nada que o antecede. Ou, não necessariamente. Somos o evento e suas contingências. Apesar de nosso desejo de maktub. Apesar de nossa vontade de vislumbre, de dizer: "não te falei?".

 

….

Uma das coisas mais constrangedoras dos tempos atuais é a busca por eufemismos para esconder a idade das pessoas. O pior de todos, sem dúvida, é o que ouvimos nas farmácias e nos aeroportos: “as pessoas da melhor idade”. Como se fosse uma escolha ou um prêmio. Como se abrisse um corredor de jovens com os rostos corados e olhos úmidos aplaudindo as pessoas com suas idades ótimas, excelentes. Desde que, em tempos imemoriais, descobrimos que morreríamos inevitavelmente, cada dia que passa não nos leva para um lugar melhor, porque não pode haver “melhor” quando não há uma opção. O stalinismo já devia ter nos ensinado isso há muito tempo.

 

 …..

Aos 50, lembramos de mais coisas do que deveríamos para viver no tempo presente. Um tempo de notícias muito rápidas e fluidas. Mas nossas lembranças são insistentes! No início do ano, uma menina, angustiada, ao lado da coleguinha, perguntou-me: "professor, Tancredo morreu em 1984 ou 1985?” E lá veio tudo o que aconteceu naquele fatídico domingo, 21 de abril de 1985, dez e tanto da noite, quando o secretário de imprensa (Antônio Britto) iniciou a nota dizendo: "Lamento informar...". Mas aí a menina já estava longe. A “angústia" que ela desejava debelar era menos intensa. A história não era para ela, nem dela. E fiquei eu, ali, catando os restos dessa lembrança pelo corredor, antes que os demais alunos, desajeitados, pisassem sobre o olhar de dor do secretário de imprensa..

 

….

Lendo Clément Rosset, reflito sobre o paradoxo de crer sem crer, viver sem uma eira nem beira racional, amar para ter certeza, sabendo da evanescência do amar. Aos 50, acreditamos - infantilmente - estarmos só uma pouco além da metade da vida. Mas - batam na madeira - nada impede que seja o último dia. Não há nada real que garanta esta conta, por mais que acreditemos nela. E então adiamos projetos para os 60. Viver tranqüilo, ok, depois dos 70. Mas, chegaremos lá? Não importa. Mesmo que não exista nada certo além do minuto agora. Só que não é nada fácil encarar essa evidência. Como lembra Clément: "se a incerteza é cruel, é que a necessidade de certeza é premente e a aparentemente inextirpável na maioria dos homens".

 



Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.


Pós-Covid: estudo prevê que as consequências na saúde mental durem mais que a própria pandemia


Futurologista conta como o coronavírus deve impactar o setor da saúde e como a tecnologia pode ajudar


Com o fim da pandemia, surgirá uma nova maneira de viver e o mundo, com certeza, será muito diferente. Tendo em vista antecipar algumas mudanças que moldarão essa nova realidade, a Allianz Partners, líder em assistência 24 horas e seguro viagem, produziu, em parceria com o Futurologista Ray Hammond, o relatório "Life after COVID-19".

Na área da saúde, a tecnologia digital será padrão, incluindo a telemedicina e incentivando a rápida adoção de tecnologias vestíveis, que são dispositivos inteligentes utilizados como um acessório (relógios, pulseiras ou até mesmo óculos de realidade virtual).


Após a Covid-19, as sociedades estarão mais sábias e muito mais preparadas para lidar com qualquer novo risco à saúde. A opinião pública exigirá mais gastos com hospitais e clínicas especializadas por parte dos governos, e os países estarão mais atentos aos suprimentos médicos para garantir acesso rápido a medicamentos e equipamentos.


Médicos e pacientes continuarão, na medida do possível, a realizar consultas de rotina remotas e online, pois a entrega digital de serviços e informações médicas tem o potencial de aliviar as imensas filas dos sistemas de saúde. Durante a pandemia, além de permitir consultas e apoio aos pacientes, a telemedicina também ajudou a impedir a propagação do vírus, reduzindo o número de pessoas que precisavam sair de casa.


Com a chegada do surto e o isolamento social, o número de pacientes que relataram problemas de saúde mental, como tristeza, aumento da ansiedade e depressão, cresceu drasticamente. Prevê-se que as consequências do impacto no equilíbrio das funções mentais durem mais que a própria pandemia. Além disso, é muito provável que os profissionais continuem a usar as consultas por vídeo em sua combinação de métodos de tratamento no futuro, o que permite um melhor acompanhamento a longo prazo.


O relatório completo está disponível para leitura aqui: http://www.allianz-partners.com/en_US/press-and-media/reports/life-after-covid.html




Ray Hammond - tem quase 40 anos de experiência escrevendo e falando sobre as tendências que moldarão o futuro. Ele foi premiado com a Medalha de Ouro das Nações Unidas em Serviços para Futurologia em 2010. O longo histórico de previsão precisa de Hammond é único na Europa e ele agora vive no futuro que descreveu há quase 40 anos. O futurologista oferece discursos, palestras e workshops para empresas, governos e universidades em todo o mundo. Ele ministrou palestras na Oxford-Martin School da Universidade de Oxford, na CASS Business School e na Lund University. Hammond também é membro eleito da Royal Society of Arts (FRSA).

 

Allianz Partners


Como lidar com pessoas do grupo de risco durante as festas de fim de ano?

Flora Victoria, mestre em psicologia positiva, ressalta a importância da comunicação sincera para uma boa reaproximação

 

Em tempos de pandemia, o distanciamento social se tornou comum para a maioria das famílias do mundo. Filhos, que já não moram mais com os pais passaram a evitar visitas por medidas de segurança e o mesmo se deu com avós que moram em cidades distantes e outros casos.

A internet se tornou uma aliada para aqueles que sentem saudades de seus entes queridos e amigos que não se encontram há meses. Mas, é possível que com a diminuição dos casos de covid-19, as reuniões voltem a acontecer. Será que as relações e hábitos antigos continuarão os mesmos ou haverá impactos significativos nas relações interpessoais? Para responder estas e outras perguntas, a mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia, Flora Victória comenta sobre o tema.

“Sem dúvida, há uma mudança de comportamento. É comum vermos pessoas se cumprimentarem com as mãos ou até mesmo a distância, sem a presença do toque como antigamente. Até em nosso lar muitas vezes temos estas ações sem ao menos perceber. É natural para a situação atual em que vivemos”, explica Flora.

E o cenário deve ser est durante as festas de final de ano. Muitos ainda estão estranhando, principalmente os brasileiros, acostumados a recepções calorosas com beijos e abraços. Esse tipo de cumprimento tem gerado a sensação de distanciamento. “Mudanças de paradigmas sempre geram certa resistência, estávamos num momento cercado por medos e pensamentos negativos em razão da impossibilidade de convivência e agora estamos nos readaptando, mas tampouco é a situação que vivíamos pré-pandemia”, comenta a mestre em psicologia positiva.

Um dos aspectos muito importante desta volta gradual da socialização é a volta da convivência com os idosos. Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram constatadas 36.247 mortes por covid-19 de pessoas com mais de 60 anos. Para muitos idosos, o sentimento de se enquadrar no chamado grupo de risco causou prejuízos e perdas mentais significativos. Outro agravante foi o sentimento de solidão, que pode levar à depressão.

“É muito importante que, quando os encontros presenciais voltarem a acontecer, familiares tenham atenção redobrada com os idosos, mas carinho, atenção são fundamentais para estimular sentimentos de felicidade e sensações positivas. A mente é muito poderosa e controla todo o restante do nosso corpo. É uma reação em cadeia. Se uma pessoa se sente feliz, logo a saúde se torna ainda mais forte, ao passo que o sentimento de tristeza está relacionado de forma direta a problemas cardíacos e respiratórios”, ressalta Flora.


E quando as pessoas de grupo de risco não querem se aproximar das outras?

Em datas comemorativas, como o Natal e o Ano Novo, que estão se aproximando, as pessoas tendem a trocar laços afetivos como abraços e beijos. Mesmo com a redução gradual no número de contaminados, muitos dos que pertencem ao grupo de risco ainda não se sentem à vontade para participar destas festividades e tendem a se isolar por medo ou insegurança de contrair a doença.

Nestes casos, importante optar pelo caminho de uma conversa tranquila, relembrar lembranças felizes que passaram juntos e arrancar boas risadas - estes são os segundos passos para que a mente gere a vontade de querer estar perto e reviver estes momentos. Mas, vale lembrar que é importante que os mais velhos se sintam livres para tomar a decisão que acreditarem ser a mais adequada, caso estejam inseguros.

A paciência também é outro fator que estará presente na hora das reaproximações. É muito importante que a família se sinta confortável para que os encontros e afetos aconteçam, mas depois de meses longe das pessoas queridas, o estranhamento tende a acontecer por questões naturais e mecânicas pré-definidas pelo cérebro.

“As relações interpessoais vão variar de acordo com cada pessoa. O ser humano é único, logo, os pensamentos também são. Alguns terão reações agradáveis e receptivas, outros nem tanto, e isto é totalmente normal. Tudo é questão de reciprocidade em compreender e respeitar o espaço do outro. O maior segredo para uma boa reaproximação com nossos parentes e amigos é mentalizar pensamentos bons. Automaticamente, liberamos endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina, que são, na verdade, a composição química dos hormônios da felicidade plena – que é tudo o que esperamos para as festas de final de ano”, finaliza Flora Victoria.  


Quer superar o fim de um relacionamento amoroso? A psicóloga Amanda Fitas dá 5 dicas para virar essa página

Acompanhar a vida da pessoa, por exemplo, pode atrapalhar esse processo de superação

 

Terminar um relacionamento amoroso nunca é fácil. Momentos bons e ruins ficam, muitas vezes acompanhados de mágoas e ressentimentos. Mas para quem precisa virar a página e superar isso, a psicóloga Amanda Fitas, especialista em relacionamentos e com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, elencou 5 dicas para seguir a vida e esquecer o seu( sua) ex. 

 

1-Não fique acompanhando a vida da pessoa

Não fique acompanhando páginas de redes sociais ou fazendo questão de estar no mesmo lugar que esse alguém. Por vezes, isso pode fazer com que você veja algo que não queira e atrapalhar todo o seu processo de superação. Lembre-se de que: quem sofre com tudo isso é você. Então, é necessário abrir mão de algumas coisas para alcançar a sua paz. 

 

2-Não fique competindo mentalmente com a pessoa

Não fique se inferiorizando, nem medindo forças ou tentando mostrar que está melhor/por cima. Deixe a comparação de lado, pois é possível que os dois fiquem bem e felizes após um rompimento, não é preciso só um.

 

3-Não ache que essa pessoa possui dívidas abertas de reparação com você

Não fique aguardando um pedido de desculpas, que ela se redima e reconheça o quanto você era incrível ou algo do tipo, pois isso poderá te travar e você ficará esperando por algo que, possivelmente, nem venha a acontecer. 

 

4-Não fique criando histórias na sua cabeça

Não crie ilusão de que seria tudo perfeito e nem perca tempo imaginando como teria sido se vocês tivessem continuados juntos. Se tudo fosse realmente perfeito, como às vezes ficamos imaginando, com certeza o relacionamento não chegaria ao fim. Ficar pensando muito no passado ou no futuro te impedirá de viver o que realmente importa no momento: o presente. 

 

5-Não se force a superar em um tempo recorde e nem deixe com que você fique por muito tempo nisso

Cada pessoa tem seu tempo de superação e está tudo bem. Se você forçar uma superação rápida, provavelmente não terá superado de verdade e se você passar muito tempo remoendo a separação, estará perdendo tempo e oportunidade de ser feliz.


Hipnoterapeuta explica efeitos do excesso de pornografia na quarentena

Estudos recentes mostraram que a pornografia pode ser a causa de diversas disfunções sexuais e o consumo exagerado deste conteúdo durante o confinamento na quarentena começa a mostrar seus efeitos com vários terapeutas sexuais afirmando que suas agendas estão mais disputadas do que antes.

A pornografia existe desde sempre, e é registrada ao longo da história, obviamente evoluindo a cada meio de comunicação que é inserido na nossa cultura. Temos como exemplo, centenas de afrescos e esculturas mais ousadas que foram encontradas em ruínas do Monte Vesúvio de Pompéia.

Mas a questão atual é que o uso da pornografia tem crescido de forma gigantesca com o advento da internet. O site Pornhub, maior referência na área, recebe 120 milhões de visitas diárias e essas estatísticas chegaram a ser quase 20% maiores no período de confinamento.

Mas, quais as repercussões neurológicas podem acontecer ao consumir todas essas pérolas cinematográficas nas quais um simples problema de encanamento ou entrega de pizza pode virar uma orgia?

O hipnoterapeuta Guilherme Alves é especialista em sexualidade afirma que o excesso de pornografia pode ser a causa de diversas disfunções, problemas emocionais e psicológicos. "Em excesso, a pornografia pode criar disfunções sexuais, especialmente quanto à incapacidade de alcançar a ereção ou o orgasmo com um parceiro da vida real. A qualidade de uma relação amorosa e o compromisso com o parceiro romântico também podem ficar comprometidos." afirma.

De forma mais técnica, o hipnoterapeuta explica que o cérebro está ligado para responder à estimulação sexual com picos de dopamina que é um neurotransmissor, mais frequentemente associado à antecipação de recompensas e que também age para programar suas memórias e informações no cérebro. Esta adaptação significa que quando o corpo necessita de algo que gere prazer, o cérebro se lembra de onde voltar para experimentar aquela sensação.

"Só que, ao invés de buscar um parceiro para satisfação sexual, os usuários muito acostumados com os vídeos, por instinto, vão correr pros telefones ou laptops pois sabem que lá existirá a recompensa. Além disso, recompensa e prazer que são muito fortes costumam gerar um grau de costume mais intenso no cérebro da mesma forma que uma droga age gerando vício" afirma.

De acordo com Guilherme, cenas pornográficas, assim como algumas drogas, são hiper-estimulantes que levam a níveis elevados de secreção de dopamina e isto pode danificar o sistema de recompensa do neurotransmissor e deixá-lo sem responder a fontes naturais de prazer. É por isso que os usuários começam a sentir dificuldade em conseguir excitação com um parceiro físico.

Queda na vacinação infantil preocupa em período de volta às aulas presenciais

Laboratório Hermes Pardini alerta para necessidade de cumprir calendário previsto para as crianças


A aproximação do fim do ano por si só já chamaria a atenção dos profissionais de saúde para a necessidade de colocar o calendário de vacinação em dia antes de pegar a estrada ou o avião nos feriados de novembro ou para as viagens de férias, Natal e Réveillon. Mas em um ano de pandemia, o período exige ainda mais cuidado. Isso porque o índice de vacinação, que já vinha registrando queda nos últimos anos, caiu ainda mais. De acordo com dados do PNI, o Programa Nacional de Imunizações, a meta anual é vacinar de 90 a 95% das crianças no Brasil. De janeiro a julho de 2020, no entanto, o índice não passou de 61%.

“O coronavírus fez com que as pessoas desviassem a atenção e esquecessem de outras doenças que circulam pelo país e podem ser facilmente evitadas através da vacinação. Embora seja normal que, por receio de sair de casa, isso tenha ficado um pouco de lado, é preciso atualizar o calendário. Principalmente porque estamos na flexibilização do isolamento social e as escolas começam a retomar as atividades in loco”, explica a Dra. Melissa Palmieri, coordenadora médica de vacinas do Grupo Pardini.

Para voltar gradualmente à rotina, a especialista alerta que algumas vacinas são fundamentais. Entre elas:

Rotavírus, que previne contra tipos de rotavírus, causadores de diarreia e desidratação especialmente em crianças.


Tríplice viral (SCR - Sarampo, Caxumba e Rubéola), indicada a partir de 1 ano de vida. Atualmente o Programa Nacional de Imunizações está recomendando uma dose extra entre 6 e 12 meses de idade devido à circulação do vírus em todo território nacional com risco de acometer os bebês com formas graves ou até mortes.


Vacinas combinadas como hexavalente e pentavalente, que protegem contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae b, hepatite B e poliomielite inativada.


Febre Amarela, para todos os brasileiros a partir de 9 meses de vida.

 

Além disso, para quem pretende viajar no verão, é recomendado verificar, com antecedência, se a região do Brasil ou o país que visitará exige medidas extras de proteção e cuidado. “Certifique-se de que o local de destino não tem nenhuma doença de ocorrência usual ou algum surto epidêmico”, afirma a Dra. Melissa. Para quem tem dúvidas, vale procurar um médico de confiança ou ir a um serviço de vacinação público ou privado e pedir para que um profissional de saúde avalie a carteirinha. “Na maioria dos casos, é importante que a vacina seja realizada de 10 a 15 dias antes da viagem. É o tempo necessário para a produção de anticorpos”, acrescenta a médica do Pardini antes de destacar as principais vacinas recomendadas no período:


VACINA DE TÉTANO

Feriados e férias são o período em que as pessoas saem da zona de segurança, fazem atividades que não estão acostumadas, tentam algum esporte novo, exploram locais diferentes e, portanto, o risco de um acidente com ferimento em pele e exposição ao tétano fica muito elevado. "A vacina contra o tétano normalmente está em dia até a adolescência. Depois, as pessoas esquecem de fazer os reforços recomendados de 10 em 10 anos. Assim, passam férias e momentos de lazer sob um risco que poderia ser facilmente evitado", explica a doutora.


HEPATITE A

A vacina de hepatite A também é importante. Como o vírus é transmitido pela ingestão de água e alimentos contaminados, os casos da doença podem aumentar no verão. O vírus da hepatite A pode, ainda, se alojar no gelo. "Alguns especialistas relatam que nesta temperatura de congelamento o vírus já foi detectado até um mês depois da contaminação. Outros falam em meses. Portanto, aquela raspadinha na praia ou a caipirinha com gelo podem representar um perigo à saúde de quem não está imunizado,” afirma a especialista do Pardini.

FEBRE AMARELA

Atualmente todo o território nacional virou área de risco para a recomendação da vacina de febre amarela e o Certificado Internacional de Vacinação contra a doença é exigido na entrada de diversos países. Vale se informar sobre a necessidade da vacina com a embaixada do local de destino ou no site da Anvisa. A vacinação pode ser feita em postos de saúde ou serviços de imunização privados autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. "O viajante não pode esquecer que essa vacina deverá ser realizada em até 10 dias antes da viagem internacional", ressalta a médica.


FEBRE TIFOIDE

Você pode nunca ter ouvido falar dela, mas a doença infectocontagiosa é comum na América Latina, Oceania, África e sul da Ásia. "Trata-se da infecção por um dos tipos da bactéria salmonela e é transmitida por alimento e água contaminados”, explica a Dra. Melissa. Está mais presente em áreas com condições precárias de saneamento, higiene pessoal e ambiental. A vacina é recomendada para quem viaja a regiões onde a incidência é alta.


MENINGITE TIPOS ACWY e B

A vacinação contra a meningite é de extrema importância, não tanto pela incidência da doença, mas pela gravidade e alto índice de letalidade. “Sem o tratamento adequado, ela pode levar à morte em menos de 24 horas”, alerta. “Se você vai viajar para regiões afastadas, com pouca ou nenhuma estrutura de saúde, reservas naturais, vilarejos, ilhas, etc, não há porque correr risco. É melhor tomar a vacina antes”.


ZIKA, DENGUE E CHIKUNGUNYA

O período de chuva associado ao calor beneficia a proliferação do Aedes aegypti. O mosquito está presente em todo o país, mas existem cidades e regiões que são mais afetadas. Se for viajar para essas áreas, use repelente e reforce a aplicação ao amanhecer e ao entardecer, já que ele costuma picar nesses períodos. Vale destacar que a vacina contra a dengue só é feita em pessoas anteriormente infectadas, visando proteger das formas graves da doença. Ela está disponível nos serviços privados para o público entre 9 e 45 anos. São recomendadas 3 doses (0, 6 e 12 meses).

 

A mutação do coronavírus pode tê-lo tornado mais contagioso, diz estudo

Um estudo envolvendo mais de 5.000 pacientes com covid-19 em Houston, Estados Unidos, descobriu que o vírus que causa a doença está acumulando mutações genéticas, uma das quais pode tê-lo tornado mais contagioso. De acordo com o artigo publicado na revista especializada mBIO, essa mutação, chamada D614G, está localizada na proteína spike que abre nossas células para a entrada viral. É o maior estudo revisado por pares de sequências do genoma SARS-CoV-2 em uma região metropolitana dos EUA até o momento.

O artigo mostra que "o vírus está sofrendo mutação devido a uma combinação de tendência neutra - o que significa apenas mudanças genéticas aleatórias que não ajudam ou prejudicam o vírus - e da pressão de nosso sistema imunológico", disse Ilya Finkelstein, professor associado de biociências moleculares da Universidade do Texas, em Austin, e coautor do estudo, que foi realizado por cientistas do Hospital Metodista de Houston, UT Austin e outros lugares.

Durante a onda inicial da pandemia, 71% dos novos coronavírus identificados em pacientes em Houston tinham essa mutação. Quando a segunda onda do surto atingiu Houston durante o verão, essa variante saltou para 99,9% de prevalência. Isso reflete uma tendência observada em todo o mundo. Um estudo publicado em julho com base em mais de 28.000 sequências do genoma descobriu que variantes com a mutação D614G se tornaram a forma globalmente dominante do SARS-CoV-2 em cerca de um mês. SARS-CoV-2 é o coronavírus que causa COVID-19.

A boa notícia é que essa mutação é rara e não parece tornar a doença mais grave para pacientes infectados. De acordo com Finkelstein, o grupo não viu vírus que aprenderam a escapar das vacinas de primeira geração e formulações de anticorpos terapêuticos.

"O vírus continua a sofrer mutações enquanto se espalha pelo mundo", disse Finkelstein. "Os esforços de vigilância em tempo real, como nosso estudo, garantirão que vacinas globais e terapêuticas estejam sempre um passo à frente."

Os pesquisadores descobriram que o SARS-CoV-2 foi introduzido na área de Houston muitas vezes, independentemente, a partir de diversas regiões geográficas, com cepas de vírus da Europa, Ásia, América do Sul e outros lugares nos Estados Unidos. Houve ampla disseminação pela comunidade logo após os casos de covid-19 serem relatados em Houston.

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Posts mais acessados