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terça-feira, 21 de julho de 2020

Mitos e verdades: frio e home office podem causar doenças urológicas?


Especialista explica quais hábitos
prejudicam a saúde do trato urinário 
Crédito: Depositphotos
 Entenda quais hábitos prejudicam a saúde do trato urinário


Doenças urológicas são um tanto comuns e, por isso, nem sempre recebem a atenção necessária. Se não tratadas, porém, podem evoluir para casos mais graves. E as queixas têm sido mais comuns nesse período de home office, quando os hábitos estão alterados. O urologista Mark Fernando Neumaier, do Hospital Marcelino Champagnat, esclarece mitos e verdades sobre as principais doenças:


O desejo de urinar se intensifica no frio – VERDADE

Para manter a temperatura corporal equilibrada no clima frio, os vasos sanguíneos periféricos se comprimem para diminuir a perda de calor. Isso reduz a perda de líquido através da pele e, consequentemente, aumenta a vontade de urinar.

Outro fator é o consumo de líquidos quentes, que, muitas vezes, contêm cafeína, componente que irrita a bexiga. No entanto, a vontade de urinar pode estar relacionada à cistite ou bexiga hiperativa, condição que, além do aumento da frequência de idas ao banheiro, pode causar vazamentos, urgência de urinar e nocturia (vontade de urinar durante o período de sono).


Mulheres costumam ter mais infecções urinárias que os homens - VERDADE

A uretra da mulher é muito mais curta que a do homem, o que favorece a entrada de bactérias na bexiga. Outros fatores também favorecem o desenvolvimento de cistites (infecções urinárias), como pouca ingestão de água, retenção da urina por muito tempo e candidíase vaginal. “É importante equilibrar o consumo de água diário e idas mais frequentes ao banheiro. Urinar logo após o ato sexual também auxilia na expulsão de eventuais bactérias”, completa.


Cistite não é uma doença grave – MITO

Dor ao urinar, aumento da frequência urinária, sensação de que a bexiga não esvaziou totalmente são os sintomas mais comuns da cistite e devem ser tratados com antibióticos e acompanhamento médico. Geralmente, em 50% dos casos, a cistite pode acabar espontaneamente, no entanto sempre há o risco da doença evoluir para uma pielonefrite. Isso acontece quando a infecção atinge os rins, causando febre, dor lombar e no corpo, perda do apetite e podendo provocar, até mesmo, uma sepse (inflamação que se espalha pelo corpo).

“Outro ponto importante é a incidência de cistites. Até duas infecções por ano, podemos considerar normal. Acima disso, merece uma avaliação médica mais minuciosa”, ressalta Neumaier.


Friagem causa cistite – MITO

As dicas das avós, de que as mulheres não devem se sentar em superfícies frias, ficar com os cabelos molhados ou sentir frio, para não desenvolver uma cistite, são mitos. “A mudança de temperatura pode causar vontade de urinar, como reflexo do corpo, mas não desencadear uma doença. Já a exposição ao frio, aliada a outros fatores, pode contribuir para baixar a imunidade, o que facilitaria o aparecimento de infecções”, explica o urologista.


Homens não devem ficar muito tempo sentados – VERDADE

A infecção urinária nos homens não é tão comum como nas mulheres porque a uretra é maior, dificultando que as bactérias cheguem à bexiga. No entanto, o home office tem feito com que as pessoas passem mais tempo sentadas em frente ao computador, condição que pressiona a próstata e favorece sua inflamação, conhecida como prostatite.

Os sintomas da prostatite podem variar muito, desde a vontade de urinar com maior frequência, sensação de não ter esvaziado totalmente a bexiga ou apresentar um quadro mais silencioso, como febre, dor lombar, ardência no final da micção, dor quando ejacula e dor na ponta do pênis.


Ingerir água também é uma forma de prevenção – VERDADE

O consumo adequado de água estimula o funcionamento do aparelho urinário e ajuda a prevenir inflamações na bexiga e o surgimento de pedras nos rins. Já bebidas com muito sódio, como refrigerantes e sucos com conservantes, favorecem a formação de cálculos.

“Outro alerta importante é estar atento a sinais como dor ao urinar, alteração na micção, sangue na urina e dor nas costas, sintomas que podem estar relacionados a doenças como câncer nos rins, na bexiga ou na próstata. Exames diagnósticos periódicos também ajudam a evitar o agravamento de doenças”, ressalta o urologista.





Hospital Marcelino Champagnat


Síndrome de Burnout deve atingir diversos profissionais pós-pandemia

Divulgação

Cansaço, fadiga e estresse no trabalho podem ser mais sérios do que se imagina


A atual pandemia do novo coronavírus virou as relações e o modo de trabalho de cabeça para baixo. Em poucos dias, funcionários e empresas foram obrigados a se adaptar ao famoso home office ou teletrabalho. Dando fim ao happy hour entre amigos e colegas, o expediente se resumiu em horas em casa, na frente do computador, equilibrando as tarefas do serviço com os afazeres domésticos. Este é um cenário que muito preocupa os especialistas, pois tende a agravar cada vez mais a já existente e temida Síndrome de Burnout. 

Conhecida também como Síndrome do Esgotamento Social, a doença vem se expandindo cada vez mais em tempos de pandemia e isolamento, e se caracteriza por picos de estresses recorrentes, exaustão, sentimentos negativos em relação ao trabalho e esgotamento mental, gerados por amplas horas de afazeres e confinamento. Um déficit psicológico desencadeado por uma enorme tensão emocional crônica.

Nos últimos meses a Síndrome de Burnout vem ganhando força principalmente entre os trabalhadores de serviços essenciais, funcionários em home office e profissionais da saúde. Com horas sem fim nos hospitais e uma rotina em casa que não delimita o horário profissional, fica ainda mais difícil controlar o psicológico, principalmente com o agravante da pandemia. 

Segundo Rosely Cordon, pós-graduada em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino, nestes casos, as Práticas Integrativas e Complementares podem ser uma ótima saída para quem desenvolveu a síndrome. “Para o tratamento são indicados relaxamento mental e físico com respiração adequada, yoga, meditação, tai chi, dança, musicoterapia, acupuntura, eletropuntura, laserterapia sistemica, aromaterapia, ozonioterapia, homeopatia ou até mesmo massagem”, explica. 

Segundo a especialista, é necessário entender que esta não é uma doença qualquer, assim como a depressão e a ansiedade, que também podem ser desencadeadas com frequência nos tempos que vivemos. “Todas elas devem ser tratadas com um profissional qualificado e nestes casos, as Terapias Integrativas são praticadas com o objetivo de amenizar os sintomas e principalmente tratar as causas” comenta Cordon. 

Comprovado no tratamento de inúmeras doenças, as Terapias Integrativas podem ser um importante complemento ao uso das medicações, além de proporcionar um alívio dos sintomas. “Nos últimos meses, técnicas como herbologia chinesa, ayurveda, medicamentos dinamizados - homeopatia, probióticos e suplementos nutricionais, assim como intervenções não farmacológicas como yoga, taichi, meditação e práticas corporais já foram comprovadas como eficazes no tratamento da Síndrome de Burnout”, informa Cordon. 

Mediante um cenário econômico incerto, alta taxa de desemprego, aumento da competitividade e a busca por uma posição de destaque no ambiente profissional, tudo isso pode ocasionar um esgotamento psicológico e desencadear ansiedade, depressão e Síndrome de Burnout. “Ela é tão grave que será inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) a partir de 2022. Portanto é muito importante viver sem ilusões, viver a vida como ela é de acordo com a realidade, administrar o tempo gerenciando a vida pessoal e profissional com equilíbrio, para evitar o desenvolvimento dessa síndrome que nada mais é do que o resultado do estresse crônico no local de trabalho, que não foi gerenciado com sucesso”.

Porém, caso alguns sintomas de Burnout surgirem como cansaço excessivo, dor de cabeça frequente, insônia, negatividade constante, dores musculares, alteração nos batimentos cardíacos e dificuldade de concentração, procure um profissional e inicie o tratamento o quanto antes”, alerta Cordon. 






Rosely Cordon - Cirurgiã Dentista é pós-graduada em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, pesquisadora de conteúdo para Vitrine de Conhecimento "Contribuição das Medicinais Tradicionais, Complementares e Integrativas- MTCI no contexto da Pandemia de COVID- 19" e Mapas de Evidências Clinicas BVS MTCI Americas. Rede MTCI das Américas, Consórcio Academico Brasileiro de Saúde Integrativa, BIREME , 2020; lider da comissão técnica do “Projeto  e Portal Todos pela Odontologia”, e colaboradora do projeto “Sorrir Muda Tudo”. Canes Quality Treinamento Vivenciais( www.canesquality.com.br )
E-mail: rcordon@usp.br / WhatsApp: 11-97150-5609

Agosto dourado: é possível amamentar em tempos de Covid-19?

Dra.  Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista

No mês da amamentação, paira a dúvida: com o aumento de casos de Covid-19, é seguro ou não amamentar


Leite materno reforma o sistema imunológico do bebê e a amamentação traz inúmeros outros benefícios para a criança e a mãe. Mulheres sem sintomas de Covid-19 devem amamentar seus filhos normalmente, enquanto as sintomáticas ou com o coronavírus podem fazer a ordenha e pedir para o (a) cuidador (a) do bebê alimentá-lo com leite materno ou, ainda, recorrer a um banco de leite humano



Agosto Dourado é o termo utilizado para chamar a atenção para a importância da amamentação. Mas, com a pandemia por coronavírus, muitas mulheres ficam em dúvida: é seguro amamentar os bebês?

A Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, explica que o leite materno continua sendo o melhor alimento do mundo. “É o único alimento completo, que não precisa de absolutamente nada para sustentar o bebê de até seis meses de vida – nem de água”, diz ela.E, como ele é repleto de anticorpos, fundamentais para a saúde e a resistência do bebê a doenças, é fundamental que a criança o receba, como única fonte de alimento, até essa idade. “Não existem evidências da presença do coronavírus no leite materno. Então, as mães podem amamentar”, informa a médica.

Assim, é preciso seguir algumas recomendações:


 - Mães que não estão infectadas com o coronavírus – essas podem amamentar tranquilamente, sem restrições. “E devem manter-se em casa, é sempre bom lembrar, porque estão com imunidade mais baixa, assim como seus bebês”, diz a médica.


 - Mães infectadas com o coronavírus, com ou sem sintomas – essas devem isolar-se do bebê, deixando-o aos cuidados de outras pessoas. Elas podem fazer a ordenha (retirada do leite) para que ele seja servido à criança em mamadeira, pela pessoa que estiver cuidando do bebê. Caso sintam medo de contaminação, podem recorrer a um banco de leite humano, se desejarem, mantendo a alimentação da criança exclusivamente por leite humano.


A importância do aleitamento materno

Uma das maiores preocupações de Dra. Mariana Rosario, em seu consultório está relacionada à orientação sobre o preparo, durante toda a gestação, para que as gestantes adquiram a consciência da importância da amamentação exclusiva do bebê, até os seis meses de vida, e complementar, até os dois anos de idade. “A cada dia, percebo que as mães, principalmente as de alta renda, têm a tendência de desistir da amamentação com muita facilidade. Realmente, este pode não ser um processo fácil, porque há muitos bebês que demoram a pegar o peito, sendo um ato que demanda paciente e dedicação. Mas, a amamentação é tão importante que eu insisto para que as gestantes tentem o tempo que for necessário para que se crie esse vínculo entre mãe e filho e a amamentação aconteça”, diz a médica, que faz parte do corpo clínico do hospital Albert Einstein.

Existe muita informação disponível sobre os benefícios do aleitamento materno. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, entretanto, apenas 39% dos bebês brasileiros são amamentados com exclusividade até os cinco meses de vida.

Recentemente, uma pesquisa* divulgada no periódico The Lancet afirma que a amamentação está associada a uma redução de 13% na probabilidade de ocorrência do sobrepeso e/ou obesidade e também a uma queda de 35% na incidência do diabetes tipo 2. A mesma análise diz que o leite materno contribui para um aumento médio de três pontos no quociente de inteligência (QI). Outra evidência científica mostra que crianças amamentadas por um período superior a 12 meses em áreas urbanas do Brasil completaram um ano a mais de atividades educacionais em comparação com as amamentadas por menos de 12 meses. Ambas as conclusões indicam que o aleitamento contribui com o cumprimento do ODS 4 (Qualidade na educação). Esses e outros dados demonstram a importância do aleitamento na infância e os efeitos que esse ato gera ao longo da vida.


Por que, então, as mães não amamentam?

Existem vários motivos que impedem as mulheres de amamentarem seus filhos. Dor, medo, insegurança e até motivos estéticos podem surgir. Segundo a Dra. Mariana Rosario, amamentar realmente é difícil, mas pode se tornar mais fácil com preparação. Ela fornece detalhes:

 - Teoricamente, todas as mulheres produzem leite, desde a gestação. Após à saída da placenta, existe a saída do colostro, que dura de três a cinco dias e é um alimento fundamental para o bebê, porque traz anticorpos imprescindíveis para a proteção de seu organismo.

 - Depois desse período, realmente vem o que popularmente é chamado de ‘descida do leite’: as mamas ficam bem cheias e é possível que exista dor e, em alguns casos, até febre. Não é um momento para estresse, porque apenas com calma e paciência é que a mãe conseguirá amamentar. O estresse, inclusive, pode prejudicar a produção do leite.

- É comum que, nos primeiros dias, os bebês não peguem o peito – e as mães se desesperem. Isso é comum, mas eles estarão no hospital, acompanhados pela equipe médica, e nada de ruim acontecerá. É o melhor momento para que se tente amamentar, acompanhada pela equipe de enfermagem e com todo o apoio. Em casa, também não se deve desistir, porque o recém-nascido tem instinto de sobrevivência e precisa se alimentar. É hora de tentar alimentá-lo, primeiro com a mama, seguindo para fórmula apenas depois de tentar a amamentação, e com orientação do pediatra.

- Dependendo do jeito que o bebê pega o peito, pode causar rachadura. Por isso, é fundamental seguir as orientações da equipe de enfermagem e do obstetra, que têm muita experiência e podem orientar a mãe. Também existem pomadas específicas para tratamento, que devem ser usadas apenas após o nascimento do bebê.

 - Existem bicos de silicone e outros utensílios para ajudar as mães na amamentação. É o estímulo do sugar do bebê, entretanto, que fará com que o leite desça e que a produção seja contínua. Por isso, não se deve desistir – mas, também não se pode deixar a criança mamar quando o peito estiver machucado, porque a situação pode piorar. Por isso, quando houver qualquer problema, deve-se procurar pela orientação médica.

- Muitas mães ainda têm medo do efeito que a amamentação poderia causar, esteticamente falando, em suas mamas. Existe o mito de que a sucção da criança deixaria as mamas flácidas e caídas e uma pequena parcela delas opta pelas fórmulas para evitar esse efeito. Esse é um erro de interpretação: as mulheres que já têm as mamas flácidas realmente terão o problema acentuado. Porém, as que não as têm não sofrerão do problema.

- Algumas mulheres temem que, após a licença-maternidade, seja muito difícil para o bebê ficar sem o leite materno e ele sofra. Porém, é melhor ele ser amamentado pelo maior tempo possível, com exclusividade, do que não ter nenhum período disponível desse alimento, tão precioso. Então, analisando friamente, mesmo que a mulher não consiga seis meses de licença, é preferível amamentar o bebê com exclusividade por quatro meses do que em nenhum momento.


Antes do nascimento...

 - Durante a gestação, também é possível preparar as mamas para a amamentação. Uma de minhas dicas é esfoliar, durante o banho, o bico do peito, com uma bucha vegetal comum, para que o bico vá se formando.

 - Outra dica é tomar sol no peito, sem roupa, pela manhã, diariamente (até às 10h), para que a pele fique mais forte. O mamilo pode ser estimulado com a mão, para que vá se formando. Mas, antes do parto, nunca se deve usar pomadas emolientes.

 - A mãe também deve, durante a gestação, preparar-se psicologicamente para a amamentação. Trata-se de um ato de amor e muitas mulheres relatam o bem-estar imenso que sentem ao amamentar, porque o vínculo que é criado entre a mãe e o bebê é ímpar, insubstituível. Portanto, se houver o preparo, sem medo, tudo dará certo.

É importante lembrar que a amamentação também faz bem para a mãe, porque o aleitamento permite que o útero volte ao tamanho normal rapidamente, previne a anemia materna, já que reduz o sangramento, e ainda previne o risco de câncer de mama e de ovário, além de ajudar na manutenção do peso corporal.






Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.


Tumores Palpebrais: entenda suas causas e tratamento


 Dr. André Borba realizando procedimento cirúrgico 
Clínica Dr. André Borba
 Lesões podem ser benignas ou malignas e atingem jovens e adultos


Existe uma série de tumores que pode afetar a região das pálpebras. Segundo André Borba, oftalmologista e especialista em cirurgia ocular pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, as lesões palpebrais incluem uma variedade de patologias que na maioria dos casos traz preocupação estética, mas quando graves podem ser localmente destrutivas e altamente perigosas. “As pálpebras são consideradas a região mais comum para ocorrência de tumores na região dos olhos. As causas são inúmeras, mas o fator genético e a radiação solar ao longo da vida são os principais fatores de risco”, afirma o especialista.

Os tumores palpebrais podem ser diagnosticados precocemente e são divididos em benignos e malignos. As lesões benignas mais comuns são conhecidas como papilomas, tumores vasculares, queratose seborreica, nevus e cistos. “Geralmente elas afetam pacientes jovens atingindo mais as pálpebras superiores e não interferem no crescimento natural dos cílios”, explica Borba.

Já os tumores palpebrais malignos geralmente acometem pacientes com mais de 40 anos de idade, a maioria com pele clara e com história de exposição solar ao longo da vida. “Infelizmente a frequência de tumores malignos vem aumentando. Eles atingem as pálpebras inferiores e o canto medial. Os tipos mais comuns são o carcinoma basocelular, seguido pelo carcinoma escamoso e posteriormente pelo melanoma, carcinoma sebáceo e o linfoma”, complementa.
Os tumores palpebrais malignos podem, algumas vezes, aparecer clinicamente como benignos. Portanto, todas as lesões palpebrais ficam sob suspeita até serem removidas e encaminhadas para análise patológica (exame que avalia qual tipo de tumor).

O tratamento de todos os tipos de lesões é cirúrgico, onde o oftalmologista remove a lesão, de preferência inteira ou apenas parte dela para obter o diagnóstico antes de sua remoção por completo. “As lesões malignas são ressecadas com margem de segurança, por isso hoje utilizamos um exame realizado durante o ato cirúrgico chamado de biópsia de congelação. Este procedimento é feito quando solicitado previamente pelo cirurgião e avalia se a lesão foi removida por completo, garantindo que não há fragmentos do tumor maligno nas margens do tecido retirado”, diz Borba.

O tumor retirado para biópsia de congelação é enviado para avaliação do médico patologista durante a cirurgia, que determina o tipo de tumor e se foi removido completamente antes do médico oftalmologista especialista em plástica ocular reconstruir a área removida e terminar a cirurgia. “Por isso é fundamental consultar um médico especialista em cirurgia da pálpebra para que o resultado não comprometa de nenhuma forma a saúde e a estética dos olhos”, finaliza.



Doenças no cérebro também causam “Labirintite”!


Sim, você não ouviu errado. Diversas doenças neurológicas geram Vertigem, sintoma  apelidado de “Labirintite”. 


Vertigem é a sensação das coisas girando ou balançando, uma percepção anormal de movimento. Usualmente, essa sensação quando ocorre, acaba ganhando o título de “Labirintite” Mas olha só, até 25 % das causas de Vertigem e Tontura podem estar no cérebro e não no Labirinto. Por isso, nesse Dia Internacional do Cérebro – 22 de julho, nada mais justo que conversarmos um pouco sobre Tontura.

“Existem áreas do cérebro que controlam o equilíbrio e a coordenação, a principal é chamada de Cerebelo. Doenças que atingem essas áreas do cérebro, casando machucados ou até mesmo desajustes químicos, podem levar a Tontura. AVC, Esclerose múltipla, tumores cerebrais ou meningites, quando atingem essa área geram a vertigem de origem central, por exemplo”, explica Dr. Saulo Nader, neurologista do Albert Einstein e da USP.

Agora, se os neurotransmissores cerebrais (as substâncias químicas que produzidas pelo cérebro como serotonina) estão desalinhados, podemos ter grandes doenças químicas cerebrais levando a “Labirintite”.

São elas: Cinetose (enjôo dentro de veículos), a Tontura Perceptual (ou Vertigem Fóbica), a Migrânea Vestibular (uma enxaqueca que gera vertigem), Vertigem Visual e a Desorientação Vestibular do Motorista.

São várias doenças que você talvez nunca ouviu falar e que podem gerar Tontura. E essas doenças são muito, muito incômodas, atrapalham a qualidade de vida e são pouco reconhecidas (muita gente sofre delas e não descobre). E o melhor: SIM, elas têm tratamento, segundo o especialista que é apelidado pelo pacientes como Doutor Tontura.

“A principal chamada é cuidar do seu cérebro. E um alerta: sua “labirintite” pode não estar melhorando por algum probleminha ocorrendo dentro da sua cabeça e não nos labirintos.  Procure um médico especializado”, finaliza Nader.



Médicos são os profissionais em quem os brasileiros mais confiam e depositam credibilidade



Qual o profissional em quem você mais confia e acredita? Com essa pergunta em mãos, o Instituto Datafolha foi às ruas o para saber o grau de confiabilidade da população brasileira em diferentes categorias de trabalhadores. O resultado confirmou os médicos, com 35% de aprovação, como aqueles que são depositários de maior grau de confiança e credibilidade por parte da população. Na segunda posição, aparecem os professores, com 21%, e os bombeiros, com 11%.
O mesmo levantamento indica que a situação provocada pela Covid-19, em que informações desencontradas têm deixado a população insegura, contribuiu para o aumento do percentual de confiabilidade dos médicos. Na pesquisa anterior, realizada em 2018, também pelo Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), os médicos tinham um índice 24%, que agora cresceu nove pontos percentuais.
Atrás de médicos, professores e bombeiros, aparecem policiais (5%), militares e juízes (cada categoria com 4%) e advogados, jornalistas e engenheiros (3%, cada). Na sequência, surgem os procuradores de Justiça (com 1%) e os políticos (com 0,5%). A pesquisa ouviu 1.511 pessoas, com 16 anos ou mais, em entrevistas estruturadas por telefone, de todas as regiões do país. A amostra contemplou a distribuição da população segundo sexo, classes sociais e níveis de escolaridade.

Boa imagem - O alto nível de confiança e credibilidade depositado nos médicos de deve, principalmente, à percepção das mulheres (42%), da população com ensino fundamental (42%) e com idade a partir de 45 anos (37%). A boa imagem da categoria também é maior entre os que ganham até dois salários mínimos (41%) ou mais de 10 salários mínimos (33%). Do ponto de vista da distribuição geográfica, os percentuais são muito próximos, com ligeiro destaque para os estados do Nordeste (37%) e Sul (38%).
Os dados coletados pelo Datafolha ainda permitiram captar qual a percepção dos brasileiros com respeito à atuação dos médicos brasileiros no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Na opinião de 77%, o trabalho desses profissionais é considerado ótimo ou bom. Outros 17% consideram essa performance como regular e apenas 6% como ruim ou péssimo.
As mulheres (78%), a população com idades de 45 a 59 anos (82%), os com nível superior (81%) e com rendimento maior do que dez salários mínimos (78%) são os segmentos que se destacam no que se refere à imagem positiva dos médicos. Geograficamente, o bom conceito não apresenta grandes variações por região, ficando, em média, em 76%.

Pandemia - Essa avaliação do trabalho dos médicos durante a pandemia vem amparada em percepções específicas. Por exemplo, 79% dos brasileiros avaliam como ótimo ou bom o empenho dos profissionais para atender os pacientes e 73% classificam da mesma forma a qualidade da assistência oferecida. Para 64%, o nível de confiança depositada no trabalho realizado durante a pandemia é alto.
Por outro lado, 49% dos brasileiros acreditam que o trabalho do médico não tem recebido a valorização merecida, considerando-a como regular, ruim ou péssimo. Já 65% avaliam com esses mesmos conceitos as condições de trabalho oferecidas aos médicos, ou seja, entendem que o trabalho desses profissionais tem sido prejudicado por falta de infraestrutura.
De forma geral, independentemente do período da pandemia, os brasileiros mantêm o entendimento de que os médicos são vítimas de problemas de gestão. Para 99% dos entrevistados, esses profissionais carecem de condições adequadas para o pleno exercício de suas atividades. Já na percepção de 95%, eles merecem ser alvos de medidas de valorização, como maior remuneração e plano de carreira.




Conselho Federal de Medicina

Julho Laranja conscientiza população sobre má oclusão em crianças


A ortodontia preventiva pode evitar muitos problemas na fase adulta

Consciente da necessidade de alertar toda a população sobre a importância da avaliação precoce do desenvolvimento dentário e facial das crianças, iniciou-se neste mês a campanha Julho Laranja, que conta com o apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
A introdução da criança ao cirurgião-dentista deve acontecer desde o seu nascimento pois, mesmo que não haja o desenvolvimento visível dos dentes, a postura de amamentação e os hábitos de sucção e alimentação do bebê podem causar problemas no desenvolvimento dentário da criança, resultando na má oclusão.
Dentre os principais problemas causadores da má oclusão em crianças estão: forma errada de engolir (deglutição atípica), chupar o dedo e chupeta, defeitos na formação dos dentes (hipoplasia), perdas dentárias precoce, retenção prolongada, respiração bucal, falta de espaço para a erupção normal dos dentes, cárie, freio labial e lingual mal posicionados, entre outros.

A má oclusão dentária é um desalinhamento ou um mau encaixe entre as arcadas e pode levar à alteração de uma ou todas estas funções orais, além de apresentar reflexos variados tanto nas diversas funções do aparelho estomatognático quanto na aparência e autoestima dos indivíduos afetados. “Quando se perde a oportunidade de tratar desde a infância este problema, pode-se apresentar elevada complexidade terapêutica e instabilidade. Por isso, é importante que os pais redobrem os cuidados odontológicos durante o crescimento e principalmente a troca de dentes, quando se devem iniciar as consultas ao ortodontista”, alerta a presidente da Câmara Técnica de Ortodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Luciana Iwamoto. As consultas devem acontecer semestralmente, porém cada paciente deve ser acompanhado individualmente, dependendo do grau de complexidade de cada caso.
Outros sintomas comuns da má oclusão são dores de cabeça ou pescoço, limitação de abertura bucal, mau hálito, sono agitado, baba excessiva, ronco durante o sono, déficit de atenção, postura corporal incorreta, dificuldades na mastigação e na fala, que pode ser percebido ainda na infância e tratado com uso de aparelhos. “Quando se tem um bom posicionamento tanto da mandíbula como da maxila os fonemas podem ser reproduzidos com facilidade, se houver mal posicionamento torna-se muito difícil a normalização fonética”, conta a especialista.
É importante lembrar que o sucesso dos tratamentos odontológicos na infância exige um trabalho constante e conjunto entre o cirurgião-dentista, a criança e os pais, que devem manter a criança motivada, orientando e acompanhando diariamente os cuidados da saúde bucal fora do consultório.


Portaria torna obrigatória notificação de resultados de testes da Covid-19



Obrigatoriedade vale para todos os laboratórios da rede pública, rede privada, universitários e quaisquer outros, em todo território nacional


O Ministério da Saúde publicou, nesta terça-feira (21/7), a Portaria Nº 1.792, que torna obrigatória a notificação à pasta de todos os resultados de testes diagnóstico para detecção da Covid-19. A obrigatoriedade vale para todos os laboratórios da rede pública, rede privada, universitários e quaisquer outros, em todo território nacional. A notificação deverá ser realizada no prazo de até 24 horas a partir do resultado do teste, mediante registro e transmissão de informações na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
De acordo com a publicação, deverão ser notificados ao Ministério da Saúde todos os resultados de testes diagnóstico realizados, sejam positivos, negativos, inconclusivos e correlatos, em qualquer que seja a metodologia de testagem utilizada. Os resultados de exames laboratoriais feitos pelos laboratórios privados devem ser disponibilizados para os gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS) para atualização e conclusão da investigação. A notificação ficará a cargo dos gestores e responsáveis dos respectivos laboratórios e será fiscalizada pelo gestor de saúde local.
Para os laboratórios públicos que fazem parte da Rede Nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) e que utilizam o sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), a rotina não muda, pois o Sistema GAL já está conectado com a RNDS. Já para os laboratórios públicos e privados que não utilizam o GAL, estes terão até o dia 4 de agosto, 15 dias após a publicação da portaria, para realizarem as adequações necessárias relativas ao uso da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Estes laboratórios deverão solicitar o uso da RNDS por meio do portal de serviços do Ministério da Saúde, disponível no endereço eletrônico: https://servicos-datasus.saude.gov.br. Serão disponibilizados aos laboratórios toda a documentação técnica e suporte para eventuais dúvidas no endereço eletrônicO: https://rnds.saude.gov.br .
Para o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, a portaria disciplina a notificação pelos laboratórios. “A partir da Rede Nacional de Dados em Saúde será possível o compartilhamento de resultados de exame da Covid-19 realizados em qualquer lugar do país, permitindo que os três níveis de gestão do SUS tenham informações fidedignas sobre a notificação de casos”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde.
Além disso, a expectativa é de que, por meio do aplicativo Conecte SUS, todos os cidadãos que realizarem exames laboratoriais da Covid-19, terão acesso aos seus resultados. A portaria alerta ainda que o não cumprimento da notificação ao Ministério da Saúde poderá configurar infração sanitária, cuja prática poderá acarretar a aplicação de penalidades, como advertência, multa ou interdição do estabelecimento, sem prejuízo de outras sanções de natureza administrativa, civil ou penal cabíveis.
REDE NACIONAL DE DADOS EM SAÚDE
A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), plataforma nacional de integração de dados em saúde, é um projeto estruturante do Conecte SUS, programa do Governo Federal para a transformação digital da saúde no Brasil. Ela foi criada com base nas diretrizes da Estratégia da Saúde Digital, construída a partir da Política Nacional de Informática e Informações em Saúde (PNIIS) e no documento Estratégia e-Saúde para o Brasil.
Ao longo do seu desenvolvimento, a RNDS irá se constituir na desejada infovia de saúde: uma plataforma informacional de alta disponibilidade, segura e flexível, que favorecerá o uso ético aos dados de saúde, permitindo, assim, o surgimento de novos serviços, inovação, pesquisa e desenvolvimento que resultem em benefícios para a população e para o Brasil.
TESTES REALIZADOS PARA COVID-19
Até o dia 21 de julho, foram realizados 2.536.552 milhões de exames de RT-PCR para Covid-19, sendo que 1.406.132 na rede nacional de laboratórios de saúde pública e 1.130.420 nos principais laboratórios privados do país. Sobre os testes sorológicos, segundo dados do sistema e-SUS Notifica, foram realizados no país um total de 3.562.745 exames, sendo 3.286.382 testes rápido - anticorpo, 242.013 teste rápido – antígeno, 15.414 Elisa e 18.936 Eclia.
TESTES DISTRIBUÍDOS
Foram distribuídos 12,4 milhões de testes para Covid-19 aos estados de todo o país. Destes, 4,8 milhões são RT-PCR (biologia molecular) e 7,5 milhões testes rápidos (sorológico).





Luísa Schneiders
Agência Saúde


A crise no boicote ao Facebook



Há quem pense que os discursos de ódio racial são "potencializados" pelo Facebook, em suas redes sociais (Facebook, Instagram e WhatsApp), que não toma as devidas providências para que essa ação tenha fim. É o caso de grandes empresas, antes anunciantes do Facebook, que resolveram fazer um boicote ao império de Mark Zuckerberg.

Incentivadas pela organização não governamental Stop Hate for Profit, importantes marcas passaram a redirecionar suas verbas de anúncio para outras mídias digitais, como o Google.

O problema disso é que a única forma de monetização do Facebook é com anúncios. Funciona assim: os usuários podem usar a rede social gratuitamente, mas em troca disso permitem ter seus interesses analisados pela rede social. As empresas podem anunciar um produto para as pessoas de acordo com seus interesses, hábitos e preferências (por isso eu costumo dizer que na internet, o que é gratuito, a mercadoria é você). Isso não é negativo, pois os dados são usados apenas para o direcionamento de anúncios mais segmentados para o melhor público.

E é aí que o Facebook sai perdendo: se os grandes anunciantes saem, as possibilidades de monetização ficam menores. Por enquanto, marcas brasileiras seguem apenas analisando a situação, enquanto marcas globais suspenderam o direcionamento de verba publicitária para o Facebook, como: Coca-Cola, Heineken, Microsoft, Volkswagen, Nívea, Starbucks e outras mais de 400 marcas.

Este protesto fala muito sobre a sociedade, e sobre como o Facebook lida com os discursos de ódio racial disseminados na rede social, e também com as famosas fake news. 

Além de deixar de lucrar com estes anunciantes, a decisão ainda deixa a empresa com um gigante prejuízo: as ações caíram mais de 8%, o que resulta em mais de R$ 300 bilhões do seu valor de mercado.

O Facebook conta com a ajuda da inteligência artificial para banir a disseminação deste tipo de conteúdo falso e promovendo o ódio racial, o que, de acordo com a empresa, consegue filtrar 90% disso tudo. Algoritmos são programados para que nenhum conteúdo como estes, bem como os de nudez ou propagando informações de armas e drogas, sejam mostrados.





Maria Carolina Avis - professora do curso de Marketing Digital do Centro Universitário Internacional Uninter


Com crescimento do e-commerce, Indra Minsait usa visão artificial para clientes experimentarem itens comprados pela internet


Intitulada Retail Phygital Experience, solução usa inteligência em circuito de câmeras dos estabelecimentos físicos para fornecer imagens de diferentes produtos em tempo real. Além disso, solução permite agendar o horário de compra em diferentes estabelecimentos, contando sempre com o atendimento personalizado de um vendedor


O e-commerce brasileiro avança a passos largos: só no mês de maio (do dia 1º ao dia 24), o faturamento do setor atingiu a cifra de R$ 9,4 bilhões, aumento de mais de 100% em relação ao mesmo período do ano passado. É possível comprar de tudo pela internet, entretanto, consumir produtos que necessitam de atendimento personalizado ou dependem muito da escolha baseada na visão – como bolsas, jóias ou alimentos frescos, por exemplo – ainda é um desafio. Pensando em resolvê-lo sem tirar os consumidores de dentro de casa, a Minsait, uma empresa Indra, desenvolveu recentemente a ferramenta Retail Phygital Experience.

Trata-se de um sistema criado para que marcas possam fornecer toda a assistência possível aos clientes na hora de comprar online, permitindo a eles ver os produtos em tempo real e escolher exatamente quais deles serão entregues. Além da tecnologia empregada para tornar a visualização possível, os consumidores também contam com experiência de compra personalizada, prestada pelos próprios vendedores do local.

Em detalhes, a solução é composta por dois módulos: um que gerencia o agendamento de compras, permitindo que o cliente possa ser redirecionado ao atendimento imediato, caso assim queira, ou – caso esteja sem pressa – agendar uma data e horário para comprar naquele estabelecimento; e outro módulo, que facilita o contato remoto do consumidor com o vendedor que realizará o atendimento.

Este segundo módulo, baseado na tecnologia de visão artificial, aplica algoritmos a câmeras estrategicamente localizadas na loja e monitora automaticamente o vendedor. Com isso, as câmeras executam automaticamente toda a função de monitoramento, como focar nos produtos desejados pelo cliente e até mesmo de dar zoom caso seja necessário observar algum item com maior cuidado. Tudo para que o cliente “viva” a experiência de estar na loja e, também, para que o vendedor consiga desempenhar sua atividade da maneira mais natural possível.

“Estamos bastante satisfeitos com os benefícios que a solução pode trazer aos varejistas online, especialmente neste momento de pandemia, em que o crescimento exponencial das vendas realizadas por e-commerce tem demandado cada vez mais tecnologias para aproximar os clientes deste canal. Acreditamos que a Retail Phygital Experience já representa uma evolução do conceito de vendas pela internet, tornando possível aos clientes viver a experiência da compra física no meio digital, apoiando, sobretudo, as vendas em segmentos que têm seu consumo apoiado em detalhes, como moda, acessórios, e até mesmo produtos frescos”, afirma Marcelo Bernardino, head de Indústria e Consumo da Minsait no Brasil.





Minsait


Saiba o que deve mudar nos hábitos de consumo dos brasileiros



Estamos todos em casa há bastante tempo. A pandemia causada pelo Coronavírus nos obrigou a mudar muitos de nossos hábitos e também a criar outros. O Brasil está entre os países cujo povo mais se preocupa com a pandemia. Uma pesquisa feita pela consultoria global Kantar mostrou que, em abril, éramos a segunda nação com maior preocupação em relação à crise sanitária, perdendo apenas para a China.

Por conta disso, boa parte dos brasileiros de fato ficaram em casa para evitar que o novo Coronavírus se espalhasse ainda mais. Assim, as compras online passaram a fazer parte da rotina do dia a dia.

Preocupados com a saúde, a venda de itens relacionados a esse segmento da economia cresceu. De acordo com a pesquisa Termômetro do Consumo, da Kantar, 78% dos brasileiros estão procurando sair de casa somente para o necessário, além de estarem mais preocupados com a saúde.

Só nos dois primeiros meses do ano, em comparação com mesmo período em 2019, 748 mil lares a mais compraram analgésicos, 330 mil passaram a comprar vitaminas (a C, principalmente) e 224 mil foram em busca de antigripais, informa a Meio e Mensagem.

E quando a pandemia estiver sob controle?

Muito se tem falado sobre como será o mundo quando a pandemia estiver sob controle ou tiver sido debelada - só quando uma vacina chegar ao mercado. Muitos especialistas têm se debruçado sobre esse assunto para pensar o que deverá mudar com base nos novos comportamentos que temos adotado na quarentena. Uma coisa é certa: as relações de consumo não deverão ser mais as mesmas. Isso é o que o presidente da Locomotiva, Renato Meirelles, tem refletido.

Primeiro: a quarentena estimulou os consumidores a refletirem mais sobre o que compram e até a alterar os produtos que compram, priorizando determinados itens em detrimento de outros. Mais do que isso: os consumidores têm se mostrado mais pacientes com a entrega. Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), cujo título é Novos Hábitos Digitais em Tempos de Covid-19, mostrou que, devido ao aumento da demanda no comércio eletrônico, os prazos para entrega aumentaram.

Apesar disso, 57% dos consumidores vêm considerando esse aumento aceitável. Nesta quarentena, as compras de muitas categorias passaram a ser mais planejadas e, com isso, um prazo de entrega mais alongado se tornou aceitável, segundo Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Assim como itens relacionados ao lazer (e-books, streaming de música e vídeo), os relacionados à saúde tiveram um crescimento expressivo. Só para que se tenha uma ideia, a busca por máscaras cresceu 412%, de acordo com a pesquisa O Legado da Quarentena para o Consumo, feita em maio de 2020, na Suprevida o pico de crescimento de valor transacionado entre março e maio deste ano foi de 200%.


Tendências para o consumo pós-pandemia

Especialistas afirmam que leva em torno de 66 dias para uma pessoa adquirir um novo hábito e seguir com ele quando não obrigado. O tempo em que boa parte do mundo permaneceu em casa - três ou mais meses em praticamente todas as cidades que adotaram o isolamento - seria suficiente, em tese, para a incorporação de novos hábitos.

À pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Instituto FSB Pesquisa investigou a forma como o brasileiro pretende se comportar após o fim das medidas de isolamento social. Os dados mostram que a maioria da população pretende mudar seu comportamento num mundo pós-COVID. Pouco mais de 2/3 dos brasileiros pretendem mudar seu dia a dia e 26 % falam em adotar uma rotina totalmente diferente.

Acredita-se que presenciaremos algumas mudanças importantes. Veja só:


1. Marcas que foram devidamente testadas deverão ganhar destaque

Antes da COVID, a maioria de nós, consumidores, gostava de novidades. Uma parcela significativa de nós buscava em marcas ou produtos coisas que eram diferentes, inovadoras, modernas. A experiência do confinamento fez que com os consumidores passassem a dar mais atenção ao que foi devidamente testado e comprovado. Afinal, muitas marcas prometem e não entregam, não é mesmo?

Isso significa, segundo analistas de pesquisa da Evercore, que será mais difícil o lançamento de novas marcas nesse cenário e mais fácil que os consumidores permaneçam leais às marcas/empresas que eles testaram e aprovaram. Não estamos abertos a coisas novas — passamos de uma mentalidade de ganho para uma mentalidade de manutenção, o que é importante para muitas marcas perceberem, segundo Simon Moore, CEO da Innovation Bubble, empresa de ciência comportamental, ao Meio e Mensagem.

Essa será uma oportunidade importantíssima para as empresas melhorarem ainda mais a sua relação com o consumidor e oferecer a ele uma experiência de compra que fará com que ele volte mais e mais vezes. Está havendo uma mudança real de comportamento e empresas que conseguirem se relacionar bem com os clientes neste momento terão uma grande vantagem no pós-crise, segundo avaliação do presidente da SBVC à Agência Brasil.


2. Conforto da oferta digital

Não tem jeito. A aquisição de produtos pela internet tenderá a se fortalecer e a crescer ainda mais no pós-pandemia. Um dado interessante veio do estudo da SmartCommerce, plataforma de comércio eletrônico para marcas de produtos embalados.

Embora tivéssemos a impressão de que o e-commerce era algo já bem estabelecido no Brasil, o que os dados mostram é que quase 40% dos atuais compradores online fizeram sua primeira compra em março. Ou seja, são marinheiros de primeira viagem. Os dados mostram também que consumidores mais velhos podem ter ficado desconfortáveis com a compra de mantimentos ou outros produtos online, mas o Coronavírus os forçou a ficar confortáveis. As pessoas são forçadas a fazer coisas novas e isso vai acelerar a transformação digital, segundo a análise de Paul Marsden, psicólogo de consumo da Universidade de Artes de Londres, ao Meio e Mensagem.


3. Itens de primeira necessidade e não essenciais

O que a quarentena mostrou é que o foco dos consumidores se dirigiu aos itens de primeira necessidade, como alimentos e produtos relacionados à saúde. Produtos não essenciais, como artigos de luxo, calçados etc. tiveram uma redução nas vendas.

Acredita-se que essa tendência deverá ser mantida, até porque uma parcela significativa da população teve queda em seus rendimentos, o que se reflete na preferência pela compra de itens essenciais.


4. A telemedicina deverá vir para ficar

Médicos e outros prestadores de serviços médicos têm oferecido seus serviços online. Especialistas estimam que a telemedicina vá continuar como uma tendência no cenário do pós-pandemia, especialmente porque os relatos dos usuários é de que essa forma de prestação de serviços funciona - ao menos para situações não emergenciais.

A nova postura traz ganhos, porém, também apresenta riscos. Estar inserido em um ambiente digital não significa renunciar à segurança e cautela com o fornecedor. O cuidado com as pessoas é, e sempre será, o ponto principal a ser levado em consideração. A gestão de produtos é uma das grandes responsáveis por garantir a integridade dos pacientes.

Mais do que nunca, a mudança de comportamento no segmento da saúde é visível e necessária, mas mesmo com a inserção cada vez maior da inovação nessa área, é importante que sejam utilizados canais que se mostrem confiáveis e que atendam os critérios de conformidade, validação e rastreabilidade como oferecem as plataformas e os ecossistemas de fornecimento dedicados à saúde.





Rodrigo Correia da Silva - CEO da Suprevida

Desafio da reabertura em SP é convencer consumidor a gastar


Apesar de acertada, decisão de reabrir economia esbarra no receio do consumidor com o futuro, segundo o advogado e economista Alessandro Azzoni


Após mais de dois meses com as portas fechadas, o comércio de São Paulo vem retomando suas atividades, de forma gradual, desde o dia 1 º de junho. Com diversas restrições e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Plano São Paulo foi divido em cinco níveis de abertura econômica. Cada região retoma as atividades em determinados setores, de acordo com a fase em que se encontra. Para a liberação, há alguns índices a serem levados em conta: média da taxa de ocupação de leitos de UTI; número de novas internações no mesmo período; número de óbitos.

Além da questão de segurança, os comerciantes enfrentam outro obstáculo nesse novo cenário: o de fazer com que o consumo retome. Segundo o advogado e economista Alessandro Azzoni, o país vive atualmente um superávit da caderneta de poupança, com registro de R$ 30 bilhões em abril e R$ 37 bilhões em maio, acumulando 67 bilhões (entre saques e depósitos). “Isso é um indicativo de que a população está poupando mais e com medo de gastar”, avalia.

Ainda de acordo com ele, a economia tende a um estado de estagnação muito grande, com um cenário muito difícil até o fim do ano:

Até dezembro teremos uma perda de PIB, empregos, retomada de atividades em oscilação. É um ano de sobrevivência para que se pague os custos de produção, para que em 2021 o crescimento e a estabilização econômica comecem a tomar forma”.

Azzoni defende o modelo de reabertura heterogênea do Plano São Paulo, que é a forma mais prática de ter um parâmetro sobre o que é viável ou não nessa nova realidade, em sua visão. Admite que os pequenos podem enfrentar problemas para se adequar às normas de segurança e higiene, mas que devem estar atentos a isso para garantir o bem-estar de funcionários e clientes. Além disso, precisam se adequar às necessidades do consumidor, buscando novos nichos, reativando contatos e visando a fidelização.






Alessandro Azzoni - advogado e economista, especialista em direito ambiental, com atuação nas áreas do Civil, Trabalhista e Tributário. É mestre em Direito da Universidade Nove de Julho, especializado em Direito Ambiental Empresarial pela Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU). Graduado em direito pela FMU. Bacharel em Ciências Econômicas pela FMU.  Professor de Direito na Universidade Nove de Julho (Uninove). É Conselheiro Deliberativo da ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Coordenador do NESA –Núcleo de Estudos Socioambientais – ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Conselheiro membro do conselho de Política Urbana - ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Membro da Comissão de Direito Ambiental OAB/SP.



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