Dr. André Borba realizando procedimento cirúrgico Clínica Dr. André Borba |
Existe uma série de tumores que pode afetar a
região das pálpebras. Segundo André Borba, oftalmologista e especialista em
cirurgia ocular pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, as lesões palpebrais
incluem uma variedade de patologias que na maioria dos casos traz preocupação
estética, mas quando graves podem ser localmente destrutivas e altamente
perigosas. “As pálpebras são consideradas a região mais comum para ocorrência
de tumores na região dos olhos. As causas são inúmeras, mas o fator genético e
a radiação solar ao longo da vida são os principais fatores de risco”, afirma o
especialista.
Os tumores palpebrais podem ser diagnosticados
precocemente e são divididos em benignos e malignos. As lesões benignas mais
comuns são conhecidas como papilomas, tumores vasculares, queratose seborreica,
nevus e cistos. “Geralmente elas afetam pacientes jovens atingindo mais as
pálpebras superiores e não interferem no crescimento natural dos cílios”, explica
Borba.
Já os tumores palpebrais malignos geralmente
acometem pacientes com mais de 40 anos de idade, a maioria com pele clara e com
história de exposição solar ao longo da vida. “Infelizmente a frequência de
tumores malignos vem aumentando. Eles atingem as pálpebras inferiores e o canto
medial. Os tipos mais comuns são o carcinoma basocelular, seguido pelo
carcinoma escamoso e posteriormente pelo melanoma, carcinoma sebáceo e o
linfoma”, complementa.
Os tumores palpebrais malignos podem, algumas
vezes, aparecer clinicamente como benignos. Portanto, todas as lesões
palpebrais ficam sob suspeita até serem removidas e encaminhadas para análise
patológica (exame que avalia qual tipo de tumor).
O tratamento de todos os tipos de lesões é
cirúrgico, onde o oftalmologista remove a lesão, de preferência inteira ou
apenas parte dela para obter o diagnóstico antes de sua remoção por completo.
“As lesões malignas são ressecadas com margem de segurança, por isso hoje
utilizamos um exame realizado durante o ato cirúrgico chamado de biópsia de
congelação. Este procedimento é feito quando solicitado previamente pelo
cirurgião e avalia se a lesão foi removida por completo, garantindo que não há
fragmentos do tumor maligno nas margens do tecido retirado”, diz Borba.
O tumor retirado para biópsia de congelação é
enviado para avaliação do médico patologista durante a cirurgia, que determina
o tipo de tumor e se foi removido completamente antes do médico oftalmologista
especialista em plástica ocular reconstruir a área removida e terminar a
cirurgia. “Por isso é fundamental consultar um médico especialista em cirurgia
da pálpebra para que o resultado não comprometa de nenhuma forma a saúde e a
estética dos olhos”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário