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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Cuidados na hora de presentear os filhos neste Natal



50% dos brasileiros afirmam em pesquisa que as crianças influenciam na decisão de compra; e 8% deixam de pagar alguma conta para presentear os filhos


Com o Natal próximo, cresce ainda mais a movimentação de compras de presentes para este fim de ano. Segundo pesquisa da realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), crianças e adolescentes têm um papel cada vez mais importante na decisão daquilo que ganharão, uma vez que 50% dos filhos participam da escolha do presente.

Outro dado destacado pela pesquisa revela que 8% dos pais deixam de pagar alguma conta para presentear o filho. Para a educadora parental Luiza Mendonça, que também é fundadora do AppGuardian - app de controle parental que conecta pais e filhos - é importante a participação do filho na hora da compra do presente, mas alerta que as contas da família precisam ser prioridade e a decisão final tem que ser sempre dos adultos. 

“Quem tem filhos sabe que aguentar o famoso ‘compra para mim, pai’ e ‘compra para mim, mãe’ é normal. Mas é fundamental que os pais fiquem atentos aos exageros, pois faz parte do amadurecimento da criança também ouvir ‘não’ para entender de forma clara quais são as regras e limites praticados dentro de casa e da família, ensinando-as dessa forma a lidarem com as suas frustrações ”, destaca Luiza.

A especialista listou algumas dicas na hora de presentear os filhos com itens comprados neste Natal:


Saber direcionar o dinheiro para as prioridades

Mesmo com os preços mais baixos, uma dica importante é: não comprar só por comprar. A família, quando está com algum tipo de crise financeira, precisa entender muito bem para onde o dinheiro deve ir prioritariamente, do contrário, a chance de começar o ano novo no vermelho é grande. 

Dizer não aos filhos
É essencial que as crianças aprendam a lidar com frustrações e os pais podem ajudá-las nisso ao posicionarem o "não" com firmeza e respeito. Caso a criança não entenda ou não concorde, diálogo é sempre a melhor opção: dizer para ela que entende que ela gostaria de comprar determinada coisa e não pode por causa de determinados motivos. E, claro, o mais importante, sustentar esse "não". Somente dessa forma elas estarão mais preparadas para lidar com expectativas com as quais irão se deparar na fase adulta.

Limitar acesso da criança às propagandas na TV e internet
Quanto mais as crianças ficam conectadas na internet ou TV, mais suscetíveis ficarão às propagandas que aumentam as vontades da criança para o consumo. É fundamental que os pais fiquem alertas ao conteúdo consumido pelo seus filhos na internet e ao tempo de tela que ficam expostos diariamente, estimulando atividades fora de casa e criando regras claras e limites diários de uso. Aplicativos de controle parental são uma boa opção de ferramenta para ajudar pais nessa rotina digital.

Estimular que a criança doe os brinquedos antigos 
Mesmo com o limite de acesso às propagandas, as crianças estão cada vez mais ligadas com lançamento de novos brinquedos e equipamentos tecnológicos, como celulares, tablets, videogames, etc. Para evitar que se acumule produtos sem uso dentro de casa, vale incentivar dentro de casa ações de solidariedade, como doação dos brinquedos mais antigos. Pode ser para crianças menos favorecidas, para instituições ou bazares. O mais importante é praticar o desapego e abrir espaço para o novo, afinal, muitos itens estarão com descontos atrativos durante o dia mais esperado do ano no varejo.

O MUNDO SEGUNDO GRETA


       Confesso-me impressionado com o poder da máquina publicitária montada em torno do ambientalismo. De repente, como se tivessem recebido uma revelação espiritual, pessoas de quem se espera discernimento reverenciam uma adolescente de 16 anos que fala sobre um apocalíptico fim do mundo. Com frêmitos de ira, chicoteia supostos vendilhões do planeta expulsando do templo da mãe terra qualquer um que ouse acender um lampião de querosene.  

        Ela mesma, para dar exemplo, perdeu 21 dias de aula viajando de Lisboa a Nova Iorque a bordo de um veleiro. Verdadeira multidão de repórteres a aguardava. Parecia uma tribo de selvagens de i-phone recebendo a visita de uma navegadora vinda do passado. Com Greta, chegava a redenção daquela turma motorizada. Com ela, retomavam-se as Grandes Navegações e os sete mares se fariam coloridos pelos velames da nova versão pop da marinha mercante. Milhões de toneladas de alimentos embarcadas em tonéis. Uma nova logística para a humanidade.  Alelulia!

        "How dare you!".  Essa expressão - "Como vocês se atrevem!" - saída da boca de uma adolescente, impressionou o mundo mesmo que não esteja muito claro de onde lhe vêm as credenciais se não do discurso decorado. O mundo é muito impressionável. Greta tem uma autoridade autorreferida, produto de um pânico implantado, endossado por uma mídia pronta para abraçar qualquer tese que sirva aos grandes negócios da agenda ambientalista e/ou aos interesses políticos da esquerda. A inimizade dessa imprensa com o progresso, com o desenvolvimento econômico e com a geração de empregos é mais do que declarada. Contudo, na ausência da trinca - progresso, desenvolvimento e empregos -, sobrevêm miséria e fome. 

Com efeito, miséria e fome são males que frequentam o fim da estrada para as dezenas de experiências esquerdistas ao longo de um século inteiro. E eu não vejo como não esperar por ambos num cenário econômico movido a vento, onde os aeroportos (1), politicamente incorretos, todos, precisam esvaziar-se. O aplaudido antagonismo com a livre iniciativa deveria disparar, isto sim, um sinal de alerta, em direção inversa, a toda a humanidade. O ser humano não é ecológico. Nem os índios o são plenamente. Ao contrário da exclamação de Greta, nós é que deveríamos interpelar seus apoiadores: "How dare you!". Não a utilizem para tais fins!

Muito mais realista do que o discurso que lhe ensinaram, longe do qual, sem a prévia redação ela já deu sinal de ficar sem conteúdo, é saber que os próprios navios da ONG Greenpeace se movem a óleo diesel e que, portanto, essa histeria contra combustíveis fósseis tem boa dose de hipocrisia. Faz o que eu digo, não faz o que eu faço.

{c(1) Há, na Suécia, um movimento com o intuito de criar constrangimento ético a quem viaja de avião. Chama-se "Vergonha de voar" (em sueco flygskam)...




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Cresce em 45% número de ciclistas atropelados no Brasil, apontam médicos de tráfego.


Quase dez mil internações hospitalares causadas por atropelamento de ciclistas foram registradas no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2012. Segundo dados oficiais analisados pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), mais de R$ 115 milhões foram gastos para tratar ciclista traumatizados em colisão com motocicletas, automóveis, ônibus, caminhões e outros veículos de transporte. Além disso, na última década 8.550 ciclistas morreram no trânsito após se envolverem em algum acidente desse tipo.

“Infelizmente, esses dados comprovam que não houve avanços em relação à década passada quando o número de acidentes com ciclistas começou a chamar a atenção”, pontuou o diretor científico da Abramet, Ricardo Hegele. “Temos acompanhado esse tema e alertado para a necessidade de políticas públicas e ações que melhorem as condições de uso da bicicleta e conscientizem seus usuários sobre questões de segurança no trânsito”, acrescenta.

De acordo com a Abramet, os dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), ambos do Ministério da Saúde, mostram a urgência de ações que levem ao uso seguro desse meio de transporte. No período analisado, o número de atendimentos hospitalares desse tipo de acidente aumentou 45%, passando de 1.064, em 2012, para 1.545, em 2018. Só neste ano, até outubro, pelo menos 1.356 internações foram registradas no SUS.

Segundo o levantamento, 84% dos ciclistas internados eram do sexo masculino e metade dos ciclistas internados tinham entre 20 e 49 anos de idade. Houve aumento acentuado no número de internações nos estados de Rondônia (1.400%), Sergipe e Mato Grosso, ambos com alta de 1.200% entre 2012 e 2018. Apenas cinco unidades da federação apresentaram queda no período: Piauí (-86%), Pará (-28%), Alagoas (-9%), Bahia (-4%) e Paraná (-2%).




 

FATALIDADE – Para a Abramet, a falta de infraestrutura adequada nas cidades, combinada à falta de campanhas educativas e de prevenção voltadas ao ciclista são o principal motivo do crescimento dos indicadores de vítimas fatais. “É preciso reconhecer que ao longo dos últimos anos houve melhorias na estrutura de algumas cidades, sobretudo em grandes capitais como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. No entanto, essas mudanças não acompanharam a crescente demanda de pessoas que utilizam as bicicletas como meio de transporte, esporte ou lazer”, complementa o Antônio Meira Júnior, diretor de Relações com Federadas.

Para ele, são necessários espaços físicos diferenciados, mais sinalização e ações educativas que alertem para o fato de que todos fazem parte do trânsito e devem ser respeitados. “Sem isso, esses indicadores continuarão subindo. É preciso uma mobilização do poder público, com o apoio das entidades médicas, para criar ações conjuntas e efetivas para combater este cenário”, acrescenta, frisando que a Abramet pode colaborar nesse esforço.

Os dados mapeados pela entidade indicam que, em média, 855 ciclistas morrem todos os anos por envolvimento em acidente de trânsito. Cerca de 60% das mortes foram registradas nas regiões Sul e Sudeste.

 CENÁRIO ECONÔMICO – Segundo avaliam os especialistas da medicina de tráfego, o uso de bicicletas no Brasil, antes associado ao lazer e à prática de exercícios, passou a ser adotado para atividades profissionais, especialmente serviços de entrega, aumentando a população de ciclistas no trânsito. Diversos fatores estimularam essa migração, como o excesso de congestionamento nos grandes centros, o preço do combustível e o custo módico do veículo. Por isso, a bicicleta, assim como a motocicleta, tornou-se opção competitiva de transporte.
O Brasil já é o quarto maior mercado de bicicletas no mundo e tem registrado expansão continuada a cada ano. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares (Abraciclo) projeta crescimento próximo de 11% na produção de bicicletas em 2019. A entidade contabiliza 70 milhões de ciclistas pedalando pelo país, o equivalente a um terço da população do país.


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