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domingo, 23 de agosto de 2015

O que os aposentados devem fazer se receberem a primeira parcela do 13º salário?





Depois de ter ameaçado não pagar adiantado a primeira parcela do 13º  salário dos aposentados e pensionistas no meio deste ano, o Governo Federal voltou na decisão e, ao que tudo indica, fará o pagamento desses valores. Mesmo com essa recuada do Governo, só o fato de ter falado que não pagaria mostrou o despreparo de muitos aposentados e pensionistas em lidarem com o dinheiro, já que ficaram desesperados com a falta que esse valor faria.
Ocorre que esses aposentados já comprometeram parte ou a totalidade desse dinheiro para gastos no período, ou pior, tinham atrelado a pagamento de dívidas. Assim, é importante reforçar que, independentemente da situação financeira, dinheiro extra não deve ser utilizado para quitar dívidas, mas sim ser poupado, destinando-o para a realização de sonhos. O correto é conseguir pagar as contas com o próprio orçamento e não depender de valores extras.
A data e a forma como se dará o adiantamento serão definidos nos próximos dias pelo Governo Federal, mas já é importante que os aposentados se antecipem a esse dinheiro, planejando o que fazer. O primeiro é saber se o aposentado ou pensionista é investidor, equilibrado ou inadimplente, assim, é mais fácil descobrir o que fazer com o 13º.
O primeiro perfil é aquele que já pode ser qualificado como investidor, mesmo que pequeno. A opção mais indicada para utilizar o 13º é continuar investindo. Cinquenta por cento do valor deve ser aplicado onde a pessoa já tem investimento. Para o valor restante, é uma boa oportunidade começar a poupar para novos sonhos. Sempre alerto que o dinheiro tem que ter objetivos, podendo ser uma reserva de emergência, uma viagem dos sonhos ou muitos outros, já que nunca é tarde para sonhar.
A segunda opção de utilização do 13º é destinada aos consumidores equilibrados financeiramente, isto é, não possuem dívidas, mas que também não poupam. Essa situação de falsa estabilidade é muito preocupante, pois o aposentado acredita poder utilizar o dinheiro para compras, e é aí que mora o perigo; qualquer imprevisto financeiro fará com que se torne endividado. Uma boa opção é a de iniciar uma reserva. Assim, o aposentado deve destinar ao menos uma parcela do dinheiro recebido para este fim. O mais importante para este público, contudo, é criar o hábito de poupar.
A situação mais preocupante é do inadimplente, isto é, pessoa que possui dívidas e não consegue honrar com as mesmas. Lembrando que não é um problema possuir dividas, como parcelamentos, o problema começa quando não se consegue arcar com esses compromissos.
Nesse caso, não se deve gastar imediatamente o dinheiro para o pagamento dos credores, pois isso não solucionará o problema com o dinheiro, apenas postergará. Como este último caso é o mais grave, veja mais algumas orientações que preparei, para sair desta situação: 
  1. Antes de sair negociando, é preciso ter pleno domínio do seu dinheiro, fazer um diagnóstico financeiro, registrando o que se ganha, o que se gasta e conhecer seu verdadeiro eu financeiro;
  2. Muitas vezes, é importante dizer “devo, não nego, pago, como e quando puder”. Nunca se deve procurar um credor antes de ter domínio completo de seu dinheiro;
  3. Estabeleça uma estratégia para sair do endividamento, conhecendo detalhadamente os credores, valores e taxas de juros;
  4. A portabilidade é uma das ferramentas para reduzir o endividamento, procure por linhas de créditos mais baixa, mas é importante frisar que isso não resolve a causa do problema;
  5. No planejamento para pagar as dívidas, priorize as que têm os juros mais altos, geralmente as de cartão de crédito e cheque especial;
  6. Na hora de negociar, se for parcelar as dívidas, tenha certeza de que as mesmas cabem em seu orçamento;
  7. Saiba que, para pagar as dívidas atrasadas, terá que repensar seu padrão de vida, pois, se já se endividou com o que ganha, será ainda mais difícil nos próximos meses com as parcelas;
  8. Dois fatores levam ao endividamento, são eles: o crédito fácil conjugado com a competente propaganda. Por isso, cuidado para não comprar o que não sonhava, com o dinheiro que você não tem, para impressionar, muitas vezes, até mesmo quem você não conhece;
  9. Principalmente para os aposentados, é importante não “emprestar” seu nome para que parentes e amigos façam dívidas. Se eles não podem usar o próprio nome, é porque provavelmente já estão com problemas de endividamento;
  10. Procure guardar dinheiro para comprar à vista e com algum desconto. O sonho da independência financeira passa por respeito ao dinheiro, entender que ele é meio e não fim.


Reinaldo Domingos - educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP, autor do best-seller Terapia Financeira, dos lançamentos Papo Empreendedor e Sabedoria Financeira, entre outras obras.


Grávidas devem ter atenção redobrada à bula, mesmo após indicação de uso de medicamento




Produtos podem ser nocivos ao bebê e a mulher deve ter cautela; medicação de tratamento contínuo pode ser mantida, mas precisa de orientação médica direcionada

Mulheres grávidas devem ter atenção redobrada na leitura da bula de qualquer medicamento, pois, mesmo aqueles que parecem inofensivos, podem apresentar efeitos colaterais graves e prejudicar a saúde do bebê. As consequências do uso destes produtos dependem de uma série de fatores, tais como dose, período de gestação, tempo de uso e interação com outras substâncias. Quando a paciente já faz um tratamento contínuo, com medicamentos controlados, a situação pede cuidados especiais.
“Tomar um remédio contraindicado pode causar malformações ao feto, dificuldades na saúde da gestante e, até mesmo, abortos”, explica a Dra. Patrícia de Rossi, ginecologista e obstetra do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, em São Paulo.  Pacientes com asma, epilepsia, pressão arterial elevada ou depressão, por exemplo, podem não suspender a medicação durante a gravidez, para que a doença se mantenha controlada, mas tudo sempre com um aval médico. Outras vezes, o profissional pode optar por um medicamento diferente para controlar a doença durante a gravidez.
Suspender o uso de um medicamento pode ser mais arriscado do que continuar a usá-lo, mesmo com comprovados efeitos negativos à gravidez. Alguns casos pedem, até mesmo, a obrigatoriedade de métodos de precaução eficazes, além da assinatura de um termo especial. Em resumo, a gestante não deve interromper ou iniciar o uso de qualquer remédio sem ler a bula e sem falar primeiro com um profissional de saúde, que pode ajudar a garantir o que é seguro e o que é necessário.
No caso daqueles terminantemente proibidos, existem dois exemplos clássicos e bastante conhecidos. O primeiro é a talidomida, que tem ação antiinflamatória para tratamento de lúpus eritematoso sistêmico, HIV e hanseníase, e o segundo é a isotretinoína, que é utilizada para o tratamento de acne grave. “Existem ainda vários outros produtos nesta lista. Por isso que, mesmo com indicação, é preciso que a paciente leia as orientações que vêm descritas no produto”, salienta a médica.
A Dra. Patrícia de Rossi preparou uma série de dicas para evitar o uso de medicamentos nocivos na gravidez:
  • Informe seu médico sobre remédios e outras substâncias que estiver tomando ou pretenda tomar;
  • Não se automedique;
  • Caso tenha feito uso de medicamentos quando já estava grávida, mas ainda não sabia, alerte seu médico;
  • Veja se o medicamento tem um histórico comprovado de segurança na gravidez humana;
  • Leia a bula de todos os medicamentos, para verificar orientações sobre gestantes;
  • Evite iniciar terapia durante o primeiro trimestre;
  • Dê preferência ao uso de apenas um medicamento, para evitar associação de substâncias;
  • Use a menor dose que tenha eficácia;
  • Evite o uso de medicamentos de uso livre (sem prescrição), especialmente os que podem interagir com outros já em uso.
Uma solução pode ser a mudança do medicamento ou a aplicação de uma nova dosagem menor, menos arricada à gravidez. “Riscos e benefícios devem ser medidos sempre. Os tratamentos controlados devem ser respeitados, mas as pacientes gestantes requerem atenção especial. Para a saúde do feto e da mulher não serem afetadas, a conversa e avaliação de um médico é a única opção”, conclui a especialista.
Fonte: Zambon do Brasil

Visão de jovens corre risco, diz pesquisa




Falta de informação faz jovens com ceratocone, doença degenerativa na córnea,  cometerem  graves erros no tratamento. 
Metade dos jovens que sofrem com ceratocone, maior causa de transplante de córnea no país, só tem o diagnóstico aos 20 anos de idade ou mais. É o que mostra uma pesquisa inédita que acaba de ser realizada com 315 portadores da doença pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto. O ceratocone, afirma,  geralmente aparece aos 16 anos e torna a visão desfocada porque afina e deforma a córnea, lente frontal do olho.
Para o médico, os portadores vivem uma superação a cada dia. Têm de suportar visão embaçada, coceira, vista cansada, dor de cabeça, fotofobia, dificuldade para enxergar à noite, trocas sucessivas  de óculos e dificuldade de adaptação às lentes de contato. No Brasil são 100 mil jovens segundo estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia).
O diagnóstico anos depois do acometimento pode acelerar ou inviabilizar a aplicação de crosslink e o implante de anel intracorneano, dois procedimentos que evitam o transplante. Isso porque, explica, a progressão da doença varia muito e a córnea deve ter a espessura mínima de 400 micras para receber estas terapias.
Outro risco apontado pela pesquisa é o fato de um quarto dos participantes só consultarem o oftalmologista quando sentem algum desconforto ou alteração no grau. Queiroz Neto afirma que o ceratocone é uma doença degenerativa que não dói. Por isso, o acompanhamento médico periódico a cada 6 meses ou 1 ano conforme a gravidade da doença é essencial para manter a saúde ocular.
Mau uso de lente de contato
A pesquisa também mostra que 61% usam lente de contato para corrigir a visão. A rígida é o tipo mais usado, mas para 41% é desconfortável. O especialista diz que para resolver o problema  só existem duas alternativas: o implante de anel intracorneano  e a adaptação de lente escleral. Em córneas muito deformadas, só o implante pode melhorar o conforto, mas precisam ter condições fisiológicas para receber o dispositivo.
Outro problema entre jovens com ceratocone é o fato de só 3 em cada 10 ter um par de óculos para descansar os olhos da lente em casos de alergia  ou outra doença na superfície ocular. "Mesmo que os óculos não ofereçam boa correção visual, toda pessoa que usa lente de contato precisa ter um par de óculos para algumas situações de emergência", afirma. Insistir no uso da lente pode ferir a córnea e provocar outras complicações.
As falhas mais comuns no uso de lentes são:
ü  18% as vezes dormem com lente prejudicando a oxigenação da córnea.
ü  12% contaminam a lente por não lavarem as mãos antes de manipular.
ü  36% desconhecem que as mãos devem ser lavadas com água e sabão.
ü  80% não trocam o estojo a cada 4 meses.
ü  54%  guardam a lente no banheiro e expõem a córnea a contaminação.
ü  68% antecipam a validade da lente instilando colírio sobre ela.
As principais recomendações do médico para evitar complicações com lentes são:
Lavar cuidadosamente as mãos com água e sabão antes de manipular as lentes.
Utilizar soluções tanto na limpeza quanto no enxágüe das lentes e estojo.
Friccionar as lentes para eliminar completamente os depósitos
Não usar soro fisiológico ou água na higienização
Retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no cabelo
Colocar as lentes sempre antes da maquiagem
Guardar o estojo fora do banheiro  em ambiente seco e limpo
Trocar o estojo a cada quatro meses
Respeitar o prazo de validade das lentes
Jamais dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno.
Interromper o uso a qualquer desconforto ocular e procurar o oftalmologista
Retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas
Não entrar no mar ou piscina usando lentes.
Crosslink é desconhecido por 47%
Dos participantes desta pesquisa, 47% afirmam desconhecer o crosslink. Queiroz Neto explica que a terapia interrompe a progressão do ceratocone, aumentando a resistência da córnea em até 3 vezes,  através da  aplicação de vitamina B2 (riboflavina), associada à radiação ultravioleta. O levantamento mostra que 88% dos pacientes conquistaram a estabilização da doença e 45% tiveram melhora da visão. Segundo o oftalmologista quanto antes o crosslink for aplicado maiores são as chances de obter bons resultados. "Temos vários casos de pacientes no início da adolescência que conquistaram regressão do grau", afirma.
Outros procedimentos
O médico conta que o levantamento também comprova  que a visão melhorou para 74% dos que implantaram anel intracorneano, além de melhorar a adaptação às lentes de contato. Já dos que passaram por transplante 82% tiveram melhora da visão, sendo que metade tiveram um grande ganho visual. Mas para o especialista que já realizou  milhares de transplantes o ideal é manter a integridade dos olhos.

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