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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Mais de 30 milhões de brasileiros têm pressão alta


Se não for tratado corretamente, o problema pode trazer consequências graves


Dia 26 de abril é marcado pela celebração do Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão. Dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 30 milhões de brasileiros sofrem com o problema. Conhecida popularmente como “pressão alta”, a doença crônica é determinada pelos níveis elevados da pressão sanguínea no corpo, igual ou maior que 12 por 8.

De acordo com o Prof. Dr. Elia Ascer, cardiologista do aplicativo Docway, a pressão do corpo pode elevar por inúmeros motivos, mas o principal deles é a contração dos vasos por onde o sangue circula. “Vamos pensar no coração e os vasos como uma torneira ligada a várias mangueiras circulando o sangue. Se fecharmos a ponta dessas mangueiras a pressão dentro delas vai aumentar. Acontece a mesma coisa quando o coração vai bombear o sangue para o corpo e as veias estão estreitas. A pressão aumenta”.

Ainda segundo o médico, se não tratada a hipertensão pode ter consequências graves como insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica, AVC isquêmico e hemorrágico, dentre outras. “Essa pressão elevada acaba atacando os vasos, coração, rins e cérebro, que são recobertos por uma camada muito fina e delicada, que acaba sendo machucada. Com o tempo, esses vasos vão ficando endurecidos e ainda mais estreitos e podem entupir e romper”, complementa.

Por esses motivos, o médico lembra que a hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada e suas consequências mais graves evitadas. “Se você é hipertenso, é importante reduzir o consumo de sal no dia a dia, assim como eliminar o consumo de álcool e cigarro. É fundamental, também, controlar a gordura no sangue mantendo uma alimentação saudável. Para completar, a prática de atividades físicas é importantíssima”, completa Prof. Dr. Ascer.


Hipertensão mata uma pessoa a cada dois minutos


Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão é lembrado anualmente em 26 de abril para alertar gravidade do problema

De acordo com o Ministério da Saúde, um em cada quatro brasileiros é hipertenso. A doença mata 300 mil brasileiros anualmente, o que representa 820 mortes por dia, 30 por hora ou uma a cada dois minutos. Apesar do hipertenso não ter um perfil exato, sabe-se que atinge mais pessoas com idade avançada. 

Há uma estimativa de que 25% da população brasileira adulta conviva com esse mal, chegando a mais de 50% na faixa etária acima dos 60 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Não é possível saber a sua causa, mas na maioria das vezes influenciam fatores como hereditariedade (predisposição familiar), obesidade, tabagismo, estresse, sedentarismo, colesterol alto e grande consumo de sal. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome, em média, doze gramas de sódio todos os dias. É quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é menos de cinco gramas por dia.

A cardiologista Carmen Weigert, do Hospital Cardiológico Costantini, lembra que a doença não tem cura para a maioria dos pacientes, mas pode ser controlada com cuidados específicos. Em poucos pacientes, um entupimento de uma artéria do rim ou alguma doença sistêmica pode ocasionar a hipertensão e o tratamento pode normalizar a pressão elevada.

"O médico determinará o melhor método para cada paciente. Se não tratada, a pressão alta pode causar derrames cerebrais, doenças do coração (como infarto e insuficiência cardíaca), angina (dor no peito), insuficiência renal (paralisação dos rins) ou alterações visuais que podem levar à cegueira", explica a médica.
Carmen afirma ainda que a maioria dos hipertensos são assintomáticos. "Mas quando um indivíduo apresenta uma hipertensão grave, prolongada ou não controlada pode apresentar dores de cabeça, dispneia (falta de ar), agitação, náuseas e vômitos e visão turva", esclarece.

A cardiologista recomenda uma monitorização regular dos níveis de pressão arterial, que deve ser mantida abaixo de 140/90 mmHg - 14 por 9. Além disso, tanto para tratamento pós-diagnóstico como para prevenir a doença, é importante mudanças de hábitos e estilo de vida. 

"É imprescindível ter alimentação saudável, evitar açúcares e doces, carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras, temperos prontos, alimentos industrializados e processados, como embutidos, enlatados, conservas e defumados. Preferir alimentos cozidos ou assados e evitar frituras. Usar temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola e dar preferência a produtos lácteos desnatados. Além disso, é importante diminuir a quantidade de sal da comida, usar no máximo uma colher de chá de sal para toda a alimentação do dia", recomenda Carmen,
Além disso, a cardiologista aconselha a redução no consumo de bebidas alcoólicas, assim como a suspensão do tabagismo. Por fim, é recomendável a prática de atividade física, com acompanhamento profissional, no mínimo cinco vezes na semana.

Hipertensão arterial atinge um em cada quatro brasileiros, mas apenas metade sabe que tem a doença


Chamada de “assassina silenciosa”, a doença não tem cura e pode causar infarto, perda renal e derrame


A hipertensão arterial atinge 25,7% da população brasileira, segundo dados de pesquisa do Ministério da Saúde realizada em todas as capitais do país em 2017. Desse grupo de milhões de pessoas, só a metade sabe que tem a doença. E dos que têm ciência de seu quadro, apenas cerca de 50% efetivamente se tratam. Para chamar a atenção para a importância do diagnóstico e do tratamento da doença, foi criado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26 de abril).

“A hipertensão é chamada de ‘assassina silenciosa’ porque, na maioria dos casos, não apresenta sintomas. E muita gente começa o tratamento, acha que é como uma gripe e, após um período, o abandona, o que é um erro grave. A questão é que a hipertensão arterial não tem cura. Ela pode ser controlada e, para isso, é necessário seguir o tratamento indicado por um médico”, destaca Andréa Brandão, cardiologista do Hospital Pró-Cardíaco.

Habitualmente associada a danos no coração, a hipertensão pode impactar duramente outros órgãos, como rins, cérebro e vasos sanguíneos. “No coração, pode causar um infarto ou insuficiência cardíaca. Mas também pode levar à perda da função dos rins ou a um acidente vascular cerebral (também conhecido como derrame ou AVC). Pode ainda alterar a visão, se atingir os vasos da retina, por exemplo”, ressalta a médica.

Há fatores genéticos e ambientais que levam à hipertensão arterial. Pessoas com familiares hipertensos têm maiores chances. Da mesma forma, quem está acima do peso, consome sal ou álcool em excesso, vive de maneira sedentária ou está submetido a estresse constante tem mais chances de desenvolver a doença.

“Praticar atividade física e manter uma dieta saudável são as duas principais orientações para evitar a doença. Esses hábitos melhoram a pressão arterial e diminuem o colesterol e o peso. E todos, já a partir dos três anos de idade, devem ter sua pressão medida ao menos uma vez por ano”, aconselha a especialista.


Como diminuir os fatores de risco:

  • Praticar atividades físicas pelo menos 30 minutos por dia. O ideal é que seja de maneira contínua, mas pode ser dividida em turnos: um período pela manhã e outro à noite;
  • Manter uma alimentação rica em fibras e carnes brancas e pobre em gorduras;
  • Realizar atividades que aliviem o estresse;
  • Evitar o consumo de álcool.


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