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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Atriz criada por IA causa preocupação em Hollywood; conheça o caso semelhante que já aconteceu no Brasil

Foto: À esquerda, atriz virtual criada por inteligência artificial em Hollywood;
 à direita, Mia Hikari, primeira modelo digital lançada no Brasil pela revista
masculina Bella da Semana.


Assim como nos EUA, no Brasil modelos também criticaram uma revista masculina após a publicação de imagens feitas com inteligência artificial.

 

A estreia de uma atriz criada inteiramente por inteligência artificial como nova promessa de Hollywood levantou alerta entre sindicatos e profissionais da indústria. A personagem digital foi apresentada como capaz de protagonizar produções sem as limitações de atrizes reais, o que reforçou o temor de substituição do trabalho humano por criações tecnológicas. Representantes do sindicato dos atores chegaram a classificar a iniciativa como “uma ameaça real ao futuro da profissão”.

No Brasil, um episódio parecido já havia causado repercussão. Em 2023, a revista masculina Bella da Semana lançou a primeira modelo de IA do país, batizada de Mia Hikari. O ensaio, com 92 imagens digitais, foi divulgado como inovação, mas também provocou forte reação. Modelos reais criticaram publicamente o projeto, afirmando que a iniciativa diminuía o espaço das profissionais de carne e osso, enquanto leitores questionavam nas redes sociais se a beleza artificial não acabava reforçando padrões inalcançáveis.

Na época, o CEO da publicação, Alexandre Peccin, defendeu a proposta. “Mia Hikari foi pensada para ser mais do que um rosto bonito: queríamos construir uma personalidade digital, com história e autenticidade próprias”, explicou. Mesmo assim, ele reconheceu o impacto imediato: “Recebemos mensagens de modelos dizendo que não queriam mais ser associadas à marca, enquanto outros leitores aplaudiram a ousadia. Ficou claro que a IA desperta fascínio e medo ao mesmo tempo.”

Mais do que uma tendência tecnológica, os casos revelam que a chegada de atrizes e modelos digitais já provoca mudanças concretas. A discussão mexe com autoestima, com o mercado de trabalho e com a percepção de autenticidade no entretenimento. Entre o fascínio e a resistência, a inteligência artificial deixou de ser uma curiosidade e se tornou um divisor de águas para a cultura pop.


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