O câncer colorretal — também conhecido como câncer de intestino —
tem se tornado cada vez mais comum, especialmente entre pessoas com estilo de
vida sedentário, hábitos alimentares inadequados e história familiar. A boa
notícia é que, quando diagnosticado precocemente, tem até 90% de chance de
cura. O alerta é da Dra. Fernanda Rech, docente do curso de Medicina do Centro
Universitário da Serra Gaúcha – FSG e especialista em coloproctologia, que
destaca a importância da atenção aos primeiros sinais da doença e à realização
de exames preventivos.
Segundo a médica, o câncer colorretal costuma ser silencioso nos
estágios iniciais, o que reforça a necessidade de observar qualquer mudança no
funcionamento do corpo. “Alterações no hábito intestinal — como diarreia ou
constipação —, presença de sangue nas fezes, dor abdominal, cólicas e perda de
peso inexplicada são sinais de alerta que exigem avaliação médica. Quanto mais
cedo o diagnóstico é feito, maiores são as chances de tratamento bem-sucedido”,
orienta a especialista.
O exame mais importante para o rastreio da doença é a
colonoscopia, indicada para todas as pessoas a partir dos 45 anos. “Nos casos
em que há histórico familiar, o rastreamento deve começar antes — geralmente 10
anos antes da idade em que o familiar foi diagnosticado”, explica a médica.
Entre os fatores de risco, estão o sedentarismo, a alimentação
pobre em fibras e rica em carnes vermelhas ou processadas, o tabagismo, o
consumo excessivo de álcool e a obesidade. Além disso, fatores genéticos e
doenças inflamatórias intestinais, como Doença de Crohn e Retocolite
Ulcerativa, também aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer
colorretal.
A especialista reforça que a prevenção e o diagnóstico precoce são
os caminhos mais eficazes para salvar vidas. “Quando o câncer é detectado em
estágios iniciais, o tratamento é menos agressivo, com maior chance de cura e
melhor qualidade de vida para o paciente”, conclui Fernanda Rech.
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha
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