A Fiocruz (Fundação Oswaldo
Cruz) divulgou um novo Boletim InfoGripe que indica um aumento nas
hospitalizações por casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e
influenza A em todo o estado de São Paulo. Na capital paulista, o aumento já
atingiu o nível de alerta.
O
Brasil vive um aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG). Até agora, mais de 197 mil casos de SRAG foram
notificados em todo o Brasil.
O
médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros comenta que os
dados reforçam a importância da vacinação contra a gripe, especialmente em
crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades. “Em
caso de febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar ou sinais de
agravamento, a recomendação é procurar uma unidade de saúde imediatamente”, afirma
Dr. Bruno.
Para
ajudar a identificar as principais doenças comuns do inverno, o médico deixa
alguns detalhes:
GRIPE
Quando
a gripe se instala é sinal de que o quadro afetou o pulmão.
Sintomas:
tosse, cansaço para respirar com sensação ofegante e nariz congestionado.
Dentre
os desdobramentos da gripe, ela pode ser ainda o tipo Influenza A e B, sendo o
grupo A o mais agressivo que pode levar a internação e com a necessidade da
medicação antiviral que deve ser usada nas primeiras 48h para combater a infecção.
INLUENZA
Sintomas
mais fortes do que os de um resfriado comum.
A
influenza é causada por vírus da família Orthomyxoviridae, especialmente
os tipos A e B, e pode evoluir para quadros graves como a Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG), especialmente em grupos de risco.
Sintomas:
Febre alta (geralmente acima de 38°C), calafrios, dor de cabeça intensa, dores
no corpo e nas articulações, cansaço extremo, tosse seca, dor de garganta,
cooriza ou nariz entupido, sensação de mal-estar geral e olhos vermelhos ou
lacrimejantes.
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG)
Pode
evoluir rapidamente para insuficiência respiratória.
Pode
ser causada por diversos agentes infecciosos, como vírus (como o da gripe,
Covid-19, VSR) ou bactérias.
Sintomas:
Febre (mesmo que referida) — geralmente acima de 38°C, tosse, dor de garganta,
dificuldade de respirar, saturação de oxigênio abaixo de 95% e os mais graves:
Cianose (coloração azulada da pele, principalmente lábios e ponta dos dedos),
alteração do nível de consciência (confusão, sonolência excessiva), hipotensão
(pressão arterial baixa), diminuição da diurese (urina) e queda da saturação
mesmo com suporte de oxigênio.
SARS-CoV-2
Nem todos os infectados apresentam sintomas (assintomáticos), mas ainda assim podem transmitir o vírus. Pessoas idosas e com comorbidades (como diabetes, hipertensão, obesidade e doenças respiratórias) têm maior risco de complicações graves.
Sintomas
mais comuns: Febre (acima de 37,8°C), tosse seca, cansaço (fadiga), dor de
garganta, perda de olfato e/ou paladar, congestão nasal, dores no corpo ou dor
muscular, dor de cabeça e calafrios.
VSR
Os principais sintomas do VSR (Vírus Sincicial Respiratório) variam de acordo com a idade e a condição clínica do paciente. Ele é uma das principais causas de infecções respiratórias em bebês, crianças pequenas e idosos, podendo causar bronquiolite e pneumonia.
Sintomas
mais comuns do VSR:
- Coriza (nariz escorrendo)
- Tosse persistente
- Febre
- Espirom (chiado no peito)
- Dificuldade para respirar (respiração rápida ou ofegante)
- Perda de apetite
- Irritabilidade ou cansaço excessivo
- Letargia (sono em excesso ou apatia)
Em
pessoas idosas ou com doenças pulmonares/cardiovasculares, o VSR pode causar
quadros mais graves como: Piora de doenças crônicas (como DPOC ou insuficiência
cardíaca), pneumonia e falta de ar intensa
Atenção:
Em
bebês com menos de 6 meses, o VSR pode causar apneia (paradas na respiração),
exigindo hospitalização. O vírus é altamente contagioso e se espalha por
gotículas respiratórias e superfícies contaminadas.
DIAGNÓSTICO EXATO:
Para saber se se trata de uma ou de outra doença, somente o exame físico médico que vai identificar o quadro exato. Por isso, a qualquer sinal, é importante não se automedicar e buscar ajuda.
A melhor maneira de prevenir qualquer uma das situações tão comuns na época mais fria do ano, é não deixar as vacinas de lado e manter a imunidade em alta.
Não existe fórmula mágica pra aumentar a imunidade ou para evitar qualquer gripe, resfriado, influenza ou Covid, é preciso manter a saúde em dia se alimentando corretamente, praticando atividade física e dormindo bem.
FONTE:
Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico otorrinolaringologista pela UNIFES. Pós-graduação pela UNIFESP. Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.
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