Durante a 30ª Hospitalar, o médico
fisiatra Donaldo Jorge
Filho explicou como o uso de calçados acima de 5cm pode causar desde dores
lombares até deformidades como os dedos em garra.
O fascínio estético dos saltos altos acompanha gerações, mas poucos percebem o preço biomecânico que o corpo paga pelo uso excessivo. Basta uma análise de exames de podobarometria — que medem a distribuição de pressão no pé — para descobrir que, à medida que a altura do salto aumenta, o peso do corpo se desloca cada vez mais para a parte frontal do pé, trazendo uma série de problemas.
A mulher não consegue estender bem o joelho, então
ela anda com ele meio em flexão. Logo, ela joga um pouco mais de pressão na
frente e a coluna vai ter que ser jogada para trás, para manter o equilíbrio.
Isso aumenta a lordose, pode causar artrose, uma série de problemas”, explicou hoje (22) o médico fisiatra Donaldo Jorge
Filho,no Congresso de Reabilitação da 30a Hospitalar. Ele trabalha integra o
quadro de profissionais do Instituto de Medicina Física e Reabilitação (IMREA)
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(FMUSP), que integra a Rede de Reabilitação Lucy Montoro.
Muito além da estética
Durante sua palestra na 30ª Hospitalar, o médico fisiatra Donaldo Jorge Filho mostrou imagens de podobarometria e diferentes modelos de salto, permitindo que o público visualize como cada centímetro a mais impacta a saúde dos pés e do corpo. Segundo ele, os saltos acima de 5 cm já começam a impactar negativamente o equilíbrio entre calcanhar e antepé, causando calos, joanetes e até deformidades, como dedos em garra.
Os dedos vão ficando em "garra" ou em
"martelo", e no início da fase de balanço da marcha não ajudam na
impulsão do membro à frente, o que leva a sobrecargas dos flexores do Halux e
até a sobrecarga no quadríceps, explica Donaldo Jorge Filho.
Por isso, os efeitos prolongados do uso desses calçados incluem
alterações na bacia, tensões excessivas no quadríceps e encurtamento da
musculatura posterior das pernas. “O quadríceps tem que fazer muita força,
porque os dedos estão em garra e não ajudam – eles não tocam o chão para ajudar
o pé a descolar e dar o passo à frente. Com isso, ele puxa a bacia um pouco
para frente e altera a biomecânica da coluna lombar”, alerta o médico fisiatra.
Mesmo que os modelos mais baixos — entre 2 cm e 4 cm — sejam
considerados ideais para evitar tais problemas, o uso prolongado de saltos
altos merece um alerta: os calçados vão muito além da estética.
Para tornar essa mensagem ainda mais palpável, o especialista
mostrou todos esses efeitos na prática durante sua palestra, com imagens de
podobarometria e diferentes modelos de salto, permitindo a todos visualizar
como cada centímetro a mais impacta a saúde dos pés e do corpo.
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