Pessoas com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 35 e com diagnóstico de diabetes tipo 2, doença cardiovascular grave, doença renal crônica precoce, apneia do sono grave, doença gordurosa hepática e refluxo gastroesofágico agora são elegíveis para realizar a cirurgia bariátrica.
As novas normas foram anunciadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) contemplando pessoas nas condições acima, incluindo adolescentes a partir dos 14 anos de idade, desde que os pais autorizem e que tenham obesidade com IMC acima de 40.
Para a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato, a ampliação dos critérios para realização de cirurgia bariátrica é muito positiva. “A obesidade é uma doença crônica de difícil controle, que tem sua prevalência aumentando ano após ano. A cirurgia bariátrica é um tratamento conhecido, seguro e eficaz”, comenta a especialista.
A obesidade é uma condição complexa e multifacetada, influenciada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais, psicológicos e sociais. Estudo realizado pelo Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fiocruz Brasília aponta que quase metade dos adultos brasileiros (48%) terá obesidade até 2044, e mais 27% terão sobrepeso – assim, dentro de 20 anos, três quartos dos adultos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso. Hoje, 56% dos adultos brasileiros têm obesidade ou sobrepeso hoje (34% com obesidade e 22% com sobrepeso).
Para as mulheres,
de acordo com o mesmo estudo, a estimativa de obesidade para 2030 é de 30,2% e
sobrepeso de 37,7%, enquanto para os homens a estimativa de obesidade é de
28,8% e sobrepeso de 39,7%.
A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica
que a obesidade está associada a várias complicações de saúde, que incluem
doenças cardiovasculares, risco aumentado para hipertensão, diabetes Tipo 2,
apneia do sono. “A obesidade também é um fator de risco para câncer de mama,
cólon e endométrio”, conta Dra. Lorena.
Abordar a obesidade requer compreensão e apoio em lugar de julgamento. Intervenções eficazes. “Como educação alimentar, políticas públicas que promovam a disponibilidade de alimentos saudáveis e a prática de atividade física são ações fundamentais no tratamento da obesidade, conta a endocrinologista.
Dra. Lorena Lima Amato - especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
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