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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

17 de outubro é o Dia Mundial de Combate à Dor

Sintoma de diversas doenças reumáticas como a fibromialgia, doença que afeta mais mulheres, a data foi criada para conscientizar a sociedade e mobilizar esforços para combater os impactos da dor crônica

 

Neste 17 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate à Dor. O mês já é bastante conhecido como de conscientização sobre osteoporose e artrite reumatoide, mas também traz essa importante data criada para conscientizar a sociedade e mobilizar esforços para combater os impactos da dor crônica, um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 42% da população do planeta sofre com algum tipo de dor e até 92% vai ter o problema ao menos uma vez na vida. A dor pode impactar significativamente a qualidade de vida das pessoas, causando dificuldade de vários tipos, desde um simples desconforto, até dificuldades para dormir, trabalhar, estudar e socializar, podendo chegar à depressão, ansiedade e isolamento social.  O reumatologista José Eduardo Martinez, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), alerta que a dor crônica é um dos principais desafios enfrentados por pacientes reumáticos. "Nossa missão é promover o diagnóstico precoce e oferecer o acesso ao tratamento adequado, pois a dor não tratada pode comprometer seriamente a qualidade de vida das pessoas", afirma ele.

A dor pode ser classificada como aguda ou crônica. Sendo a aguda caracterizada por curta duração, geralmente causada por uma doença ou lesão, sem continuidade ou regularidade. Já a dor crônica é aquela que pode durar por mais de três meses, causando alterações na função e estrutura do sistema nervoso central, o que deixa o indivíduo mais sensível a estímulos dolorosos.

Entre as doenças reumáticas que causam dor, a fibromialgia talvez seja a mais emblemática. Síndrome que se caracteriza por dores generalizadas, principalmente na musculatura, apresenta vários sintomas como fadiga, distúrbios no sono, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. “A fibromialgia resulta de uma alteração do sistema nervos que faz com que ele passe a ter uma percepção de dor amplificada. Associa-se também a estresse crônico”, explica Martinez.

A doença é bastante comum e está presente em pelo menos 5% dos pacientes que procuram assistência médica e entre 10 e 15% dos pacientes que vão ao consultório de um reumatologista.  Afeta mais as mulheres, entre 30 e 60 anos, porém existem casos em pessoas mais velhas e até em crianças e adolescentes.

As doenças reumáticas em geral provocam muitas dores e são uma das maiores causas de afastamento do trabalho e de aposentadorias por invalidez e afetam mais de 15 milhões de brasileiros. Entre as principais doenças reumáticas estão Artrite Reumatoide, Osteoartrite/Artrose, Espondiloartrites, Lombalgia, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Fibromialgia, Osteoporose, Gota, Febre Reumática, Vasculites, Doença de Sjögren, Doença de Behçet e Esclerose Sistêmica (ES). “Conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre essa realidade é essencial para que possamos avançar na oferta de cuidado integral aos pacientes”, completa o especialista. 

 

Sociedade Brasileira de Reumatologia - SBR


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