A condição climática, somada às
queimadas que têm ocorrido em diversas regiões de São Paulo, exige cuidados
especiais para prevenir sérias complicações
Depois de liderar o ranking das cidades com a pior qualidade do ar no mundo por cinco dias consecutivos, São Paulo pode respirar um pouco melhor com a chegada da chuva. No entanto, a previsão para a próxima semana já acende um novo sinal de alerta. Segundo os meteorologistas, a capital deve enfrentar dias quentes e secos, que farão com que a umidade do ar varie de 19 a 100%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a faixa ideal é de 50 a 60%.
Essas oscilações de temperatura e umidade do ar podem afetar também pessoas saudáveis, mas aquelas que já possuem alguma enfermidade, principalmente respiratória ou cardíaca, podem sofrer danos mais graves. “A secura do tempo ataca mais as mucosas das vias respiratórias e pode causar rinite e piorar problemas de asma, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), entre outros”, explica o Dr. Rafael Futoshi, pneumologista do Hcor.
Além disso, a irritação no pulmão provocada pelo tempo seco e pela poluição faz com que os brônquios fiquem mais fechados, levando a uma contração dos vasos sanguíneos da região e exigindo um esforço maior do coração para irrigar o local. “Com isso, há um risco maior de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), arritmia cardíaca e elevação da pressão arterial”, completa o médico.
Para diminuir os problemas de saúde causados pela falta de chuva,
primeiramente, é preciso investir em hidratação. “Também é recomendado evitar
exercícios a céu aberto, deixar as janelas de casa fechadas para que a poluição
da rua não entre e umidificar o ambiente. Pode-se pendurar toalhas úmidas ou
colocar um balde com água nos cômodos. Se for utilizar o umidificador, é
preciso ter cuidado com a manutenção para evitar que acumule mofo, poeiras e
outras coisas ou fará mais mal do que bem”, alerta.
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