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domingo, 15 de setembro de 2024

Remédio da alma: musicoterapia passa a fazer parte de "prescrição" médica em hospitais e piano ganha espaço nos corredores

Pacientes que experimentam sinergia entre música e saúde relatam 48% menos dores, aponta estudo da UFPR; impacto positivo é observado em pacientes, profissionais e voluntários


A relação entre música e saúde não é uma novidade. Desde a Grécia Antiga, o filósofo Pitágoras já destacava os efeitos da música como um instrumento capaz de harmonizar ou desarmonizar o estado psicológico das pessoas. Acreditava-se que a música não era apenas arte, mas uma ciência com o poder de promover saúde e bem-estar, equilibrando corpo e alma.

Hoje, a ciência comprova os pensamentos antigos. Um estudo conduzido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com pacientes em tratamento oncológico revelou que o uso da musicoterapia foi capaz de reduzir mais de 78% das náuseas e cerca de 48% das dores relatadas pelos participantes. Além disso, ao longo do último ano, as chamadas práticas integrativas, que englobam técnicas como meditação, reiki e musicoterapia, foram incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) como terapias complementares, beneficiando mais de sete milhões de brasileiros em 83% dos municípios do país. 


Quem canta, os males espantam

A música estimula a liberação de hormônios como dopamina e endorfina, proporcionando sensações de alegria e tranquilidade, além de auxiliar no alívio da dor. Esses benefícios vão além do tratamento dos pacientes hospitalizados, alcançando também os profissionais envolvidos com a musicoterapia. É o caso da pianista voluntária dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Josiani Aparecida Cruz, que acredita que a música nos corredores dos hospitais é mais que um som: é uma ponte de conexão, capaz de gerar conforto em um ambiente frequentemente marcado pela tensão e incerteza. “Poder levar emoções para outras pessoas é emocionante para nós também. É uma troca maravilhosa, e  acredito que ganhamos muito mais do que doamos. É fantástico”, afirma Josiani. 

Em muitas ocasiões, o alívio que as melodias proporcionam torna-se um aliado em situações de estresse, especialmente para aqueles que lidam diariamente com a responsabilidade de salvar vidas. Para o cardiologista Fernando Luchina Alves, a música sempre foi uma companhia constante. Ele começou a aprender piano aos seis anos e, embora inicialmente não unisse o talento musical com sua profissão, com o tempo percebeu o impacto positivo que a música exercia sobre seu temperamento. A partir disso, passou a tocar piano também no Hospital São Marcelino Champagnat, onde trabalha. "A música me ajuda a ter mais tranquilidade, especialmente em momentos de emergência, que enfrentamos com frequência na profissão. Existe, sim, uma sinergia entre ouvir boas músicas e a saúde; temos sorte pela existência da ciência da musicoterapia", pontua.

Para pacientes que enfrentam problemas psicológicos, como ansiedade e depressão, a utilização da música no ambiente hospitalar pode atuar como um remédio para aliviar os sintomas. “Em pacientes com condições psicológicas, a música reduz a ansiedade e melhora a qualidade do sono, propiciando um maior autocontrole para lidar com situações de medo e incertezas, como uma internação”, relata o cardiologista. 


Música como tratamento estratégico

Mais do que apenas despertar alegria nos pacientes, a presença da música nos hospitais vai além de um simples entretenimento. Ela se estabelece como um instrumento terapêutico que impacta diretamente a saúde dos pacientes. A musicoterapeuta dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, da frente de saúde do Grupo Marista, Telma Rodrigues, explica que a música é inserida no tratamento de acordo com um planejamento personalizado de  práticas integrativas para cada caso. “Realizamos uma investigação chamada anamnese socioemocional e espiritual, na qual traçamos um plano terapêutico que inclui abordagens de práticas integrativas. Nessas ações, a música quase sempre faz parte do tratamento”, explica. 

Pode parecer um método simples, mas a musicoterapia precisa ser aplicada de forma estratégica para garantir resultados benéficos aos pacientes. “Em situações de medo extremo, a escolha de melodias com tons menores, por exemplo, pode acalmar, trazendo uma sensação de afeto e confiança”, descreve a musicoterapeuta. Além disso, a letra e o ritmo da música desempenham um papel crucial na criação de um ambiente de conforto. A combinação de melodia, letra e o cuidado envolvido na prática da musicoterapia auxilia o paciente a enfrentar a internação com mais serenidade e esperança.


Um som, múltiplos benefícios 

A música pode ser utilizada para promover o bem-estar em diversas áreas da medicina, desde a saúde mental e sintomas físicos até os cuidados paliativos. Um dos aspectos mais importantes da musicoterapia é o fato de a memória musical ser a última a se perder em casos de demência e outras condições neurodegenerativas. As memórias associadas à música estão armazenadas em áreas profundas do cérebro, ligadas às emoções e à identidade. Por isso, uma simples melodia pode ativar memórias e conexões afetivas, mesmo em pacientes com estágios avançados de comprometimento cognitivo. “A musicoterapia é uma ferramenta valiosa, não apenas para reabilitação, mas também para proporcionar conforto e qualidade de vida àqueles que enfrentam as mais diversas e desafiadoras doenças. Além disso, é parte essencial de um suporte multidisciplinar que torna o tratamento mais humanizado e empático”, finaliza Telma.

 

Hospital Universitário Cajuru


sábado, 14 de setembro de 2024

SEM TELAS: SETE BRINCADEIRAS PARA ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO DO SEU FILHO

Especialista sugere sete brincadeiras que estimulam o desenvolvimento infantil. Entenda a importância de cada uma e aprenda como aplicá-las em casa

 

A primeira infância é uma fase importante para o desenvolvimento infantil, caracterizada por rápido crescimento e intensa atividade cerebral. Nessa etapa, o cérebro das crianças está altamente receptivo a estímulos, o que ajuda a moldar habilidades importantes para o futuro. Cada experiência vivida nos primeiros anos – desde o carinho e apoio emocional até brincadeiras e oportunidades de aprendizado – tem um papel fundamental nesse processo. 

No entanto, em mundo cada vez mais dominado por telas e dispositivos eletrônicos, os estímulos para o desenvolvimento infantil muitas vezes se perdem, como alerta o Dr. André Ceballos, neurocirurgião. “Brincar diariamente é essencial para o desenvolvimento físico, mental, social e emocional das crianças. Embora algumas ainda encarem as brincadeiras como simples diversão, elas são, na verdade, ferramentas indispensáveis ​​para o aprendizado e a aquisição de habilidades importantes.” 

Segundo o especialista, é através do brincar que as crianças exploram o mundo, experimentam novas habilidades e aprendem a interagir com os outros. Além disso, ele ressalta que as crianças que se envolvem em atividades lúdicas desde cedo aprimoram suas habilidades sociais e intelectuais de forma mais eficaz, adquirindo competências como empatia, atenção, comunicação e tolerância. 

Para auxiliar os pais, o Dr. Ceballos sugere algumas atividades práticas que estimulam o desenvolvimento infantil:
 

1: Caixa de tesouros sensorial: Transforme uma caixa em um “tesouro sensorial” , encha a caixa com objetos de diferentes texturas, como esponjas, bolas de borracha e colheres de metal. Deixe a criança explorar esses itens e incentive-a a descrever as sensações que experimenta e sente. “Essa atividade ajuda no desenvolvimento tátil e a habilidade de se expressar de forma descritiva, habilidades essenciais para a comunicação e percepção sensorial”, explica Dr. André.
 

2: Caminho texturizado: Crie um “caminho texturizado” com superfícies variadas como tapete, toalha e papelão, e deixe que a criança ande descalça sobre cada textura. Segundo o médico, esse exercício fortalece a percepção sensorial e a coordenação motora, ajudando a criança a desenvolver equilíbrio e criar uma consciência corporal.
 

3: Pintura com os dedos: Para realizar essa tarefa será necessário utilizar tintas atóxicas para que a criança crie arte com os dedos. Essa atividade pode estimular a criatividade, mas também a coordenação ”olho-mão”. “Pintar com os dedos é uma forma de expressão artística que ajuda a criança a entender melhor sobre as cores e formas, além de melhorar a coordenação motora e ajudar a manter a capacidade de foco”, pontua o especialista.
 

4: Exploração de sons: Para trabalhar a audição e a diferenciação de sons, coloque diferentes objetos em recipientes, como arroz, feijões e papel, e deixe a criança agitar e ouvir sons distintos. Dr. André enfatiza que essa atividade auxilia na capacidade auditiva e na compreensão auditiva. “Reconhecer e diferenciar os sons é importante para a aprendizagem da linguagem e o desenvolvimento de aprendizado”, explica.
 

5: Jogo de cheiros: Com pequenos potes contendo aromas variados, como laranja, café e canela, peça para a criança adivinhar os cheiros. Conforme explica o médico, este jogo estimula o olfato e a memória olfativa, ajudando a criança a melhorar suas habilidades de associação e lembrança”, comenta o Dr. André.
 

6: Degustação cega: Ofereça alimentos variados enquanto a criança está de olhos vendados e peça para identificar os sabores. “A degustação cega auxilia a desenvolver o paladar e aumenta a confiança nos outros sentidos, permitindo que a criança se concentre em pistas sensoriais além da visão”, diz o Dr. André. Esta atividade é uma maneira divertida de introduzir novas experiências alimentares e pode acabar ajudando as crianças a se tornarem mais abertas para diferentes sabores e texturas.
 

7: Por fim, massinha caseira: Preparar massinha de modelar caseira ajuda a incentivar a criança a criar formas e figuras. Ela é uma excelente forma de estimular a criatividade e a coordenação motora fina. “Manipular a massinha ajuda a melhorar a destreza manual e a experimentar diferentes texturas, favorecendo a auto expressão e a imaginação”, explica o especialista.

"Essas atividades durante a semana ajudam a criar uma base sólida para o desenvolvimento das crianças, promovendo habilidades que vão além da infância e influenciam toda a vida adulta. E é fundamental que os pais e responsáveis se envolvam mais nesse processo, para que crianças tenham oportunidades ricas e variadas para explorar o mundo ao seu redor de forma saudável e divertida”, finaliza Ceballos.

 

Dr. André Ceballos - Médico neurocirurgião, Ceballos atua como Diretor técnico do Hospital São Francisco, referência no diagnóstico e tratamento de crianças com transtornos do desenvolvimento. O médico tem como missão identificar precocemente condições que possam comprometer o pleno desenvolvimento das crianças, oferecendo intervenções terapêuticas baseadas nas melhores evidências científicas. A atuação do Dr. Ceballos vai além do atendimento clínico e da gestão hospitalar e reconhecendo a importância da informação e da educação para a saúde pública, se dedica a projetos de divulgação e conscientização sobre os marcos do desenvolvimento infantil, com o objetivo de influenciar políticas públicas que beneficiem especialmente as populações mais vulneráveis. Saiba mais em: Link


72% dos pais e responsáveis afirmaram já terem percebido nos filhos algum comportamento que causasse preocupação, revela pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria

Dados mostram que a saúde mental é um tema conversado nos lares brasileiros

 

Para entender como é o diálogo de mães, pais e responsáveis com as crianças e adolescentes, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) realizou a pesquisa "Conversas sobre saúde mental: Pesquisa com pais de crianças e adolescentes até 21 anos" com este público. Além de levantar dados, o objetivo da pesquisa é elaborar medidas preventivas eficazes, por meio de diretrizes da Campanha Setembro Amarelo® e de cartilhas informativas.

Em 2013, Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP, deu notoriedade e colocou no calendário nacional a campanha internacional Setembro Amarelo®. E, desde 2014, a ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) trabalham incansavelmente para promover ações de prevenção ao suicídio.

Ouvimos pais e responsáveis de crianças e adolescentes de todo o país. Participaram da pesquisa pessoas de 25 estados brasileiros, contemplando todas as regiões do Brasil. A pesquisa foi divulgada nos canais de comunicação da ABP e organicamente pela população em geral, sem a participação da imprensa ou órgãos e instituições públicas.

O público que participou da pesquisa tinha entre 21 e 70 anos de idade, e incluiu profissionais das mais diversas áreas, desde aqueles que se dedicam às atividades do lar, até vendedores, professores, administradores, advogados, servidores públicos, entre outros.

A pesquisa revelou que o tema da saúde mental já estão presente nos lares brasileiros. 80,3% dos pais e responsáveis responderam já ter falado sobre o assunto em casa. 63% disseram já ter sido abordados pelos filhos para falar sobre saúde mental. As campanhas de conscientização sobre saúde mental no Brasil têm gerado impacto positivo, promovendo um diálogo mais aberto entre pais e filhos. 62% dos entrevistados disseram ter informações satisfatórias sobre saúde mental para conversar com os filhos.

Com base nos resultados da pesquisa, a Associação Brasileira de Psiquiatria produziu a cartilha "Como falar sobre saúde mental com crianças e adolescentes", como parte das ações da Campanha Setembro Amarelo®. O material tem como intuito orientar os pais e responsáveis no momento da conversa e para fortalecer mensagens importantes sobre o cuidado com a saúde mental para essa faixa etária.

Embora tenhamos feito avanços, ainda há muito trabalho a ser feito para reduzir os números alarmantes de suicídio no Brasil. A ABP segue firme em seu compromisso com a causa, e contamos com o apoio de toda a sociedade para continuar dando visibilidade a essa causa tão importante.

"O papel da imprensa é muito importante na disseminação de informações corretas que possam ajudar a prevenir o suicídio e contamos com o apoio de todos vocês para ampliar o alcance da campanha", destaca Antônio Geraldo, Presidente da ABP e coordenador nacional da Campanha Setembro Amarelo®.

 

Para ter acesso ao conteúdo completo da pesquisa consulte os dados em: www.setembroamarelo.com


Veja como as redes sociais afetam a sua felicidade

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A busca por felicidade nas redes e como escapar das armadilhas digitais


Em um mundo cada vez mais conectado, as redes sociais possuem um papel fundamental no cotidiano de milhões de pessoas. Plataformas como Instagram, Facebook, TikTok e outras oferecem um espaço para compartilhar experiências, opiniões e momentos, criando uma sensação de proximidade entre os usuários. No entanto, o uso excessivo dessas plataformas pode gerar efeitos adversos à percepção de felicidade e saúde mental. 

Segundo pesquisa da H2R Insights & Trends, mais de 80% dos brasileiros consideram que as redes sociais impactam negativamente a saúde mental, alimentando sensações de ansiedade e depressão. A constante comparação nas redes sociais tem efeitos profundos na autoestima dos usuários. Estudos apontam que, ao visualizar perfis que exibem momentos de sucesso e felicidade, muitas pessoas tendem a se sentir desanimadas em relação às suas próprias vidas. 

Esse consumo frequente pode gerar sentimentos de inadequação, ansiedade e insatisfação pessoal, levando à falsa percepção de que a felicidade dos outros é sempre maior. O fenômeno F.oMO (fear of missing out), relatado por muitos usuários, intensifica a sensação de estar perdendo experiências importantes, aumentando a pressão para viver uma vida "perfeita" conforme os padrões digitais. A busca incessante por validação online acaba criando uma dependência de aprovação por meio de curtidas, comentários e compartilhamentos. 

Essa dinâmica alimenta a necessidade de aceitação social, interferindo na percepção do que é verdadeiramente importante para a felicidade. Segundo Igor Téuri, psicólogo do Núcleo de Apoio Psicopedagógico do Centro Universitário Newton Paiva, isso gera uma pressão constante, criando uma desconexão entre a realidade e a imagem idealizada compartilhada nas redes. "O problema não está no uso da rede social, mas sim na forma como ela é usada. Quando nos comparamos constantemente com o que vemos nas redes, muitas vezes ignoramos que o que está sendo mostrado é apenas um recorte da vida das pessoas", explica. 

Sinais de que o uso das redes sociais está afetando negativamente a saúde mental incluem isolamento social, baixa autoestima e ansiedade. Seu uso excessivo está contribuindo para o aumento de casos de depressão, uma vez que a necessidade de aceitação, quando não atendida, pode levar à frustração, baixa autoestima e sentimentos de rejeição. Além disso, o feedback negativo ou a falta de engajamento nas postagens pode intensificar o sentimento de desvalorização. 

Apesar dos potenciais malefícios, nem todo uso das redes sociais é prejudicial. Quando utilizado de forma consciente e equilibrada, pode ser uma ferramenta poderosa para fortalecer conexões e manter relações significativas com amigos e familiares. O relatório global de 2024 destaca que o tempo médio de uso das redes sociais continua crescendo, e o Brasil está entre os países com maior tempo diário online, ressaltando a importância de refletir sobre o impacto desse comportamento.

Para um uso mais saudável das redes, é essencial observar o tempo e o contexto de uso, refletindo sobre os objetivos de estar presente nessas plataformas. Ter clareza sobre as intenções ao usar as redes, seja para se comunicar, compartilhar ou se conectar, é fundamental para evitar a armadilha da comparação social. O autoconhecimento e a reflexão constante sobre como a tecnologia afeta a vida pessoal são práticas recomendadas pelos especialistas.

"O uso consciente das redes sociais é fundamental para evitar impactos negativos na saúde mental. É importante refletir sobre como utilizamos essas ferramentas e garantir que elas estejam a nosso favor, não nos trazendo sofrimento ou comparações desnecessárias", finaliza Igor.

 

Centro Universitário Newton Paiva


Você sabia que sua posição para dormir influencia no sono? Faça o teste e descubra o travesseiro ideal para seu perfil

 

Conhecer as diferenças entre os modelos pode te garantir uma noite melhor


Todo mundo sabe que dormir bem faz toda a diferença para o nosso bem-estar e qualidade de vida, certo? E o travesseiro é mais do que só um apoio confortável, ele é essencial para uma boa noite de sono, que reflete diretamente na nossa saúde e humor. “Pensando nisso, quando for escolher o modelo para comprar, tenha em mente a posição principal que você dorme, além de saber suas condições como, por exemplo, se tem refluxo. Saber as diferenças entre os diversos tipos encontrados no mercado hoje pode influenciar em toda sua noite. Eu sempre digo que ele é mais do que um simples acessório; esse item ajuda a evitar dores nas costas e proporciona o descanso necessário para recarregar as energias”, explica João Souza, especialista em colchões da Prohouse Colchões. 

Pensando nisso, João elaborou teste para descobrir qual o tipo de travesseiro mais indicado para cada pessoa, confira:


Quiz: Como você dorme?

(A) De lado

(B) De barriga para cima 

(C) De bruços

(D) Inclinado


Letra A

Se você respondeu que dorme de lado esse é o seu modelo é o Bodypillow. “Facilmente encontrado hoje em dia na cama ou sofá para tornar o ambiente mais “estiloso”, esse modelo vai além de uma decoração, pois ajuda a manter a coluna alinhada e apoiar os braços e queixo. Além disso, evita o atrito entre os joelhos e os tornozelos, previne a flexão do pescoço e impede que o corpo vire de bruços ou costas”, explica o especialista.


Letra D

Se escolheu a resposta D, o de altura regulável pode ser o ideal para você, porque auxilia nos movimentos durante o sono, alivia pontos de pressão e possuem alta resistência, além disso, por sua capacidade de adaptação conforme a altura do ombro do usuário, garante que a postura fique correta enquanto dorme. Para mais, esse produto também pode ajudar a combater os sintomas de refluxo devido a sua posição mais elevada.

“Esse travesseiro foi pensando no desejo dos usuários que querem ajustar o apoio da cabeça à sua maneira, podendo regular e acertar a sua altura exatamente ao seu gosto e necessidade”, complementa Souza.


Letra B

Já se apostou na B, o Ergo Cervical é para você, já que ele possui um alto suporte, alivia as tensões na região cervica e combate inflamações na região pela má postura.

"Quando pensam na sensação de descanso no dia seguinte, procuram por esse modelo, porque ele ajuda a manter a sustentação da cabeça e evitar dores nas costas, assim garantindo uma noite de sono tranquila", revela João. 

Sentiu falta da letra C? Se sim, saiba que dormir nessa posição não é indicado e por isso, o especialista traz duas curiosidades sobre o tema, confira:


Você sabe qual é a posição menos indicada?

Se você tem o hábito de dormir com a barriga para cima, é recomendável travesseiros baixos e que preencham o espaço entre a cervical e a nuca, além de minimizar a flexão do pescoço. Mas se gosta da posição de lado, o aconselhável é um que se encaixe entre a distância do ombro e pescoço. Já de barriga para baixo, ou popularmente chamada "de bruços", não é recomendada.


Você sabia que o travesseiro tem data de validade?

Muitos não sabem, mas esse acessório também precisa ser trocado de tempo em tempo, principalmente por pessoas alérgicas, afinal, ácaros adoram fazer morada neles. O recomendado é trocar a cada dois anos, pois seus uso contínuo acumula substâncias como suor, saliva etc. Além de tudo, com o passar do tempo, o acessórios vai se desgastando, podendo causar deformações que resultam em problemas para a coluna e as articulações.

 

Prohouse


Ansiedade pré-Enem: como superar a 'testofobia' e se sair bem no exame

 Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto lista dicas para candidatos superarem o temor de avaliações e conseguirem a performance desejada no Enem 2024, em novembro


Com o Enem se aproximando, milhares de estudantes de todo o Brasil enfrentam um desafio que vai além dos estudos das disciplinas cobradas na prova: a ansiedade. Muitos alunos sofrem da chamada ‘testofobia’ - ou seja, o medo excessivo de avaliação-, e isso pode comprometer o desempenho dos candidatos, inclusive dos que estudaram bastante para o exame. 

Para superar este obstáculo adicional, a preparação deve ir além de revisar os conteúdos, é preciso adotar estratégias que minimizem a ansiedade. “É importante criar planos que ajudem a superar o medo. Algumas estratégias podem preparar o aluno para fazer os vestibulares com mais calma, sem deixar a ‘testofobia’ tomar o controle”, diz Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto. 

Pensando em ajudar os alunos, o docente traz dicas para ajudar os alunos no controle emocional na fase que antecede as avaliações:
 

1- Planeje seus estudos

Uma das formas mais eficazes de reduzir a ansiedade é através de um planejamento de estudo bem estruturado. O estudante de Medicina Raimundo Neto (@_raimundo_neto_), 20, que conseguiu ingressar em quatro faculdades de Medicina do Ceará: UFC, UECE, UNIFOR e UNICHRISTUS, construiu um planejamento baseado em sua rotina e que ajudasse a fixar melhor o conteúdo. 

“Meu cronograma de estudos era baseado no que eu tinha dificuldade, e em estratégias para fixar melhor os conteúdos. Desta forma, todas as semanas separava uma hora do meu domingo para planejar tudo o que precisava estudar durante a semana seguinte, por exemplo: sequências de conteúdos, simulados, correções e, claro, manter um equilíbrio com a vida pessoal”, conta o estudante.
 

2- Reserve momentos para o lazer

Evite a sobrecarga. Estude de forma moderada, fazendo revisões diárias e estipulando períodos de estudos. Conhecer as provas anteriores do Enem pode ajudar a entender melhor o formato e as expectativas do exame. “Além disso, praticar esportes pode ser uma excelente maneira de aliviar a tensão, além de dormir bem e se alimentar de maneira correta. Colocar pausas regulares e garantir momentos de lazer em meio à rotina de estudos pode ajudar a manter a mente renovada e motivada para absorver os conteúdos revisados”, aconselha Arthaud.
 

3- Use a internet a seu favor

A internet hoje oferece um ‘mar’ quase infinito de conhecimentos, técnicas de estudo e materiais de apoio como gráficos, exercícios e simulados. Mas é preciso ter cuidado para não se perder em meio a tantas informações. “O estudante precisa saber pesquisar e filtrar os conteúdos que encontra no ambiente virtual, pois não é viável querer estudar tudo o que se vê. O estudante deve avaliar quais disciplinas e tópicos ele precisa reforçar mais, e que tipo de material é mais eficiente para seu aprendizado”, recomenda o professor. 

Além de manter o foco, é indicado evitar comparações com outros candidatos, que podem acentuar a ansiedade e não agregam em nada na preparação. “Continuar firme nos estudos e alimentar os pensamentos positivos, buscando ver o progresso alcançado e não somente as dificuldades, ajuda a construir uma mentalidade mais confiante e preparada para o exame”, avalia o docente de Química.

 

4- Faça simulados para ‘vivenciar’ a prova

Pensando em ajudar os alunos de todo o país a lidarem com a expectativa para o Enem, a Plataforma Professor Ferretto abriu as inscrições para a 5ª edição do maior simulado do Brasil, com premiação para os 50 melhores colocados. A prova será nos mesmos moldes do Enem, com tempo predeterminado, além da correção do método TRI, o mesmo usado na correção oficial do Enem. Para participar do Simuladão Enem 2024 basta se inscrever pelo link.

 

5- Busque ajuda profissional caso necessário

Se a ansiedade estiver muito intensa e aparentar estar dificultando a rotina, é importante procurar auxílio psicológico. A época pré-vestibular é uma fase de muita cobrança e expectativa, e um profissional pode ajudar a lidar melhor com essa pressão. “Buscar apoio especializado pode ser um passo importante para manter a saúde mental e garantir que esteja emocionalmente preparado para o exame”, diz.
 

 Plataforma Professor Ferretto


7 formas de construir memórias afetivas com seu filho

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Criar vínculos duradouros pode ser mais fácil do que imagina e é essencial para o desenvolvimento infantil

 

Do cheirinho de café recém passado ao cafuné da mamãe antes de dormir. Experiências positivas e ricas em afeto na infância marcam a vida para sempre e são capazes de despertar emoções boas quando se entra em contato com um toque, cheiro, sabor ou com algum tipo de brincadeira.

Brincar com seu filho é o momento ideal para trocar carinho, aprender e construir essas memórias. Para facilitar na hora da diversão, separamos sete atividades acessíveis presentes no livro O guia Montessori para crianças de 3 a 6 anos, escrito pela especialista em pedagogia Montessori, Maria Stampfer. 

  1. Visita ao museu: a partir dos três anos, leve a criança a programas culturais para explorar novos mundos. Espaços interativos, onde ela pode participar ativamente, são ideais. A experiência desperta a curiosidade sobre a natureza, biologia, física e tecnologia de maneira lúdica e educativa.
  1. Lavar objetos: a maioria das crianças adora brincar com água. Convide-a para limpar algo ao ar livre, como a bicicleta ou patinete. Essa atividade, além de divertida, promove um senso de realização e autoconfiança, especialmente ao ver o resultado do esforço.
  1. Espremer laranjas: é uma atividade simples e satisfatória, que exige precisão e coordenação. Além disso, o resultado é uma recompensa deliciosa, fortalecendo a conexão entre esforço e resultado.
  1. Recorte de folhas: durante um passeio, colete-as com a criança. De volta para casa, ofereça uma tesoura infantil e incentive ela a recortar o material encontrado de forma criativa. Esse exercício não apenas desenvolve habilidades motoras, mas também pode se transformar em projetos artesanais divertidos.
  2. Fazer pulseiras trançadas: ensine a criança a trançar lã e criar pulseiras coloridas. A atividade manual requer paciência e coordenação, e o resultado pode ser um presente significativo que ela pode dar a alguém especial.
  1. Cuidar de plantas: ter uma planta no quarto da criança é uma excelente maneira de ensiná-la sobre responsabilidade e cuidado com o meio ambiente. Motive o pequeno a regar a planta e participar do replantio, se necessário, criando um ambiente harmonioso e educativo.
  1. Yoga Infantil: a prática de yoga pode começar aos quatro anos. Exercícios simples ajudam a criança a desenvolver consciência corporal, concentração e reduzir a agitação, o que promove a sensação de calma e bem-estar.

Outras ações que estimulam o desenvolvimento infantil estão presentes no livro O Guia Montessori para Crianças de 3 a 6 Anos, lançamento do selo Caminho Suave. A obra reúne mais de 150 atividades para pais e educadores promoverem a independência e a autoconfiança dos pequenos.

Divulgação | Caminho Suave

Ficha técnica

Título: O guia Montessori para crianças de 3 a 6 anos
Autora: Maria Stampfer
Editora: Caminho Suave
ISBN: 9786586742404
Formato: 27,5 x 20,5
Páginas: 128
Preço: R$ 67,90
Onde encontrar:
Amazon

Sobre a autora: Maria Stampfer se interessou pelo campo da educação desde a juventude. Durante sua formação, tomou contato com a pedagogia Montessori e, desde então, tem explorado seus fundamentos teóricos. Após se tornar mãe, pode incorporar seu sólido conhecimento e estudos no dia a dia. Agora pode combinar a paixão pela escrita e o entusiasmo pela pedagogia Montessori com milhares de pais ao redor do mundo.

Grupo Editorial Edipro

Instagram: @editoracaminhosuave e @editoraedipro


Imposição sexual: por que a vítima se cala?

No anteprojeto do novo Código Penal, podemos fazer uma distinção entre Assédio e Molestamento Sexual: O Assédio é uma investida sexual, repetida ou não, onde alguém faz insinuações, convites e tentativas de aproximação afetiva e sexual com alguém que não dá abertura e pede, repetidamente, que aquele comportamento seja interrompido. É uma tentativa de aproximação que causa desconforto a quem recebe, mas não tem uma imposição física no ato.

Já o Molestamento Sexual se caracteriza quando alguém comete o que o código chama de “ato libidinoso”, como tocar, apalpar e tentar forçar um contato sexual sem a reciprocidade da outra pessoa. Recentemente houve um caso rumoroso em prédio comercial de alto padrão, em Fortaleza, com a imagem filmada do homem tocando as mãos e depois os seios de uma moça no elevador. Ela chorando copiosamente. Ele saiu indiferente ao efeito do seu ato. A imprensa chamou isso de Assédio. Está errada. Isso foi um Molestamento, uma Agressão Sexual. Os advogados do homem alegaram que ele apenas tentou “alertá-la aos riscos do tabagismo”. Como é que é, cara pálida? Dá para repetir?

O presidente Lula demitiu seu ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania) no começo de Setembro por suposto comportamento de assédio sexual, documentado e vazado por uma ONG, Me Too, que o ministro defenestrado promete processar. Mas rumores sobre seu comportamento circulam há meses pelos cantos de Brasília. A Imprensa noticiou que sua colega e ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) também sofreu os tais “atos libidinosos”, perpetrados pelo colega, com contatos e atos físicos não consentidos. Mais impressionante foi o relato de uma professora, que relatou ter sido bolinada “com vontade” debaixo de uma mesa em evento onde Silvio Almeida sentou-se a seu lado, em 2019. Isso não foi Assédio. Se comprovado, é bem pior que um assédio.

Quando uma pessoa faz uma denúncia de Assédio ou qualquer crime sexual, vai se deparar com diversos tipos de agressão e descrédito, tentando negar e minimizar a alegação feita. Talvez o efeito mais cruel seja a própria pessoa que sofreu a agressão duvidar se aquilo ocorreu ou foi “um exagero” de sua parte. Como no caso do agressor de Fortaleza, a reação é de Negação: “Estava só ajudando a moça”, junto com a minimização - ela que interpretou mal a preocupação do homem com a sua saúde. Finalmente, a manobra antiga de culpar a vítima: “ela que estava com vestido curto”; “ela que provocou” e assim por diante.

Quem já leu meus textos sabe da minha implicância com a cultura Woke de vitimização e cancelamentos de pessoas e biografias por suposto comportamento inadequado, ou de “direita”. Esse texto fala do assunto pelo ângulo de quem sofre a violência. O ângulo da vítima, que ainda ouve que deve “parar de mimimi”. Um ataque que a própria ministra recebeu é a divulgação de troca de mensagens com Sílvio, de Agosto para cá, mostrando que eram amigos. A insinuação é clara: se eu estava fazendo isso, por que ela é simpática nas mensagens? Aí eu resolvi meter a minha colher nesse assunto.

As pessoas que sofrem abusos graves relatam com estranheza uma culpa, por não ter reagido, não ter gritado, não ter esmurrado o agressor, o assediador. Como a moça no elevador, que podia ter dado um chute bem colocado no homem que apalpava seus seios. Ela apenas congelou e chorou desconsolada. Mas botou a boca no trombone depois, ao contrário de muita gente que prefere apenas seguir em frente e esquecer aquilo. Até para não passar pela cascata de Negação e Culpabilização que, com certeza, virá. Mas, alguém pode perguntar: Por que a professora demorou quase cinco anos para falar sobre o assunto? Por que outras denúncias demoram anos ou décadas para vir à tona?

São vários os mecanismos, mas vou destacar dois muito importantes: o Congelamento e a Dissociação.

Diante de uma situação de ataque ou violência, nosso Cérebro pode entrar em modo de Luta ou Fuga, o que pode fazer uma pessoa correr ou partir para cima de um agressor segurando uma arma. A resposta de Congelamento, ou Freezing, é a da moça no elevador, ou da professora de Santo André: não consegue mexer um músculo, só congelar. Depois de um tempo, pode se perguntar: por que não revidei? Porque seu Cérebro, as áreas que processam o medo, não deixaram. Bloquearam qualquer reação.

Outro mecanismo é a Dissociação. Diante de uma situação de risco, que não tem como fugir, ou reagir, a mente pode cindir a experiência, para não ter contato com o estresse extremo: é como se a vivência fosse colocada numa gaveta, para ser vivida em outra ocasião. Essa é a Dissociação. Algumas vezes, a experiência nem é lembrada. Já tive casos onde a verdade veio à tona algumas décadas depois do ocorrido. A Memória é repelida e isolada, como um corpo estranho, nas profundezas de nossas redes neurais. No futuro, essas memórias encapsuladas podem dar origem a transtornos psiquiátricos severos, como depressões graves, alcoolismo e abuso de drogas.

Esse é o mecanismo que isola a memória do abuso. Quando o abusador é denunciado, temos uma enxurrada de novas denúncias, seja porque a pessoa se sente amparada pelas outras vítimas, seja porque a memória retorna com uma intensidade devastadora e não pode mais ser suprimida. Por isso as vozes que se levantam todas em uníssono. A memória dissociada volta berrando.

O trabalho com o Trauma é uma das vertentes mais potentes na pesquisa Psiquiátrica e Psicológica. Entrevistas padronizadas sobre experiências adversas e traumáticas na infância ou em qualquer período da vida estão sendo espalhadas para profissionais de saúde, e não apenas da área Psi, como Psiquiatras e Psicólogos. Espero que, com o tempo, seja da grade de formação das faculdades.

É uma questão importantíssima de saúde pública, e que bom que está sendo cada vez mais endereçada. Fatos como esse dão uma visibilidade dolorosa ao assunto.

Agora, fica uma última e impertinente pergunta: não fosse o grito de um Ministra de Estado, a reação teria sido assim rápida?



Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”.



Popularização das bets: riscos dos jogos de azar para a saúde mental

Vício em jogos de aposta é considerado uma patologia grave, afirma psiquiatra do CEUB


Inúmeras propagandas prometem formas de obter renda extra, muitas delas por meio de jogos online. O desejo de melhorar a situação financeira pode, rapidamente, se transformar em adrenalina e, em seguida, evoluir para um vício. Com a popularização das apostas esportivas, o vício em jogos de azar tem devastado lares e levado pessoas a situações extremas. Lucas Benevides, psiquiatra e professor de Medicina do CEUB, afirma que o vício em sites e aplicativos de apostas esportivas e cassinos, pode, de fato, ser considerado uma patologia.  

De acordo com o psiquiatra, este vício é categorizado especificamente como um transtorno de jogo, reconhecido por organizações de saúde mental, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). “Esse transtorno é caracterizado por um padrão persistente e recorrente de comportamento de jogo que prejudica a vida pessoal, familiar ou vocacional do indivíduo.” 

Entre os comportamentos que podem indicar vício em jogos de aposta, estão: a necessidade de apostar quantidades crescentes de dinheiro para alcançar a excitação desejada, irritabilidade ou inquietação quando tenta reduzir ou parar de jogar, mentiras para ocultar o grau de envolvimento com o jogo, perda de controle manifestada pela incapacidade de limitar o dinheiro ou tempo gasto em jogos. “A pessoa pode até colocar em risco ou perder relacionamentos significativos, emprego, oportunidades educacionais e de carreira”, alerta o professor. 

Além da patologia grave, o docente do CEUB ressalta que os jogos de aposta pela internet podem definitivamente levar a problemas financeiros graves. Com isso, os indivíduos enfrentam dívidas crescentes, utilização inadequada de suas economias, venda de bens pessoais e, até mesmo, empréstimos ou fraudes para financiar o vício. “Essa situação pode resultar em sérias repercussões financeiras e legais, impactando significativamente a qualidade de vida do indivíduo e de sua família.”

 

Enfrentando o vício

De acordo com o psiquiatra, o tratamento para o vício em jogos de aposta pode incluir uma combinação de terapias psicológicas, suporte de grupos de ajuda e, em alguns casos, medicação. Para estes casos, o profissional indica a terapia cognitivo-comportamental, comumente usada para ajudar o indivíduo a modificar pensamentos e comportamentos relacionados ao jogo, aprender a gerenciar impulsos, e lidar com problemas associados ao vício.  

Benevides destaca a importância de grupos de apoio, como os Jogadores Anônimos, que também proporcionam um ambiente de suporte para indivíduos buscando se recuperar. “Em casos específicos, medicamentos podem ser prescritos para tratar problemas subjacentes que podem contribuir para o vício, como depressão ou transtornos do espectro bipolar. É fundamental procurar ajuda médica nesses casos”, completa o professor do CEUB.


Efeitos do excesso de pornografia na mente e no corpo

Tratar o tema da pornografia sempre é muito delicado, pois ainda é cercado de muitos mitos e mal entendidos. Embora o consumo de pornografia seja comum, isso não significa que seja inofensivo. 

O impacto varia de pessoa para pessoa e o uso compulsivo pode se tornar problemático, afetando áreas importantes da vida. Porém, precisamos desmistificar algumas das ideias mais comuns sobre o assunto e trazer um olhar mais realista, embasado na saúde mental e comportamental. 

A pornografia em excesso é um estímulo ao pensamento a se comportar e ejacular daquela forma, através desse hábito repetitivo, ritualístico e viciado de se ter prazer. O consumo excessivo pode criar expectativas irreais sobre o sexo e a intimidade, impactando negativamente os relacionamentos reais. 

Estudos mostram inclusive que, isso pode levar à uma insatisfação com o parceiro e até a problemas mais íntimos, já que quem se masturba muito ou vive pela pornografia, tem a tendência a conhecer-se bem, em detrimento de zero conhecimento ou proximidade com o corpo do (a) parceiro (a). O contato com o outro fica prejudicado, pois mexe com a autoestima, já que o estímulo não se dá pelo corpo ou pela boca do outro, mas sim pelo visual, pelo que se ouve ou vê nos materiais pornográficos.   

Temos que entender que, em demasia, a pornografia deixa de ser somente um entretenimento, sem nenhum efeito na saúde mental e passa a ter sim, um impacto significativo no equilíbrio emocional, especialmente quando consumida em excesso. 

Pode aumentar a ansiedade, a depressão, a baixa autoestima, a diminuição da ocitocina e o aumento na produção da dopamina, levando até ao isolamento social. Além disso, esse hábito raramente mostra uma visão realista e saudável do sexo e pode distorcer a compreensão sobre consentimento, respeito e conexão emocional, especialmente para os mais jovens que ainda estão formando suas ideias sobre sexualidade.  

Quando tratamos de assuntos relacionados ao sexo, as pessoas, muitas vezes, evitam falar para não se expor. Isso é muito compreensível por vivermos em uma sociedade que entende a masturbação, por exemplo, como algo errado. E não é. Ela é saudável e ajuda na descoberta e intimidade do corpo. 

A grande questão é que, quando hábitos sexuais ou de relaxamento e prazer, são excessivos e substituem outros cuidados do indivíduo, a coisa se torna desregulada. Como é o caso da pornografia que, em muitos casos, tem um pano de fundo traumático. 

Por isso é tão importante entender cada caso e auxiliar o dependente pornográfico a buscar a cura, através da revisitação de seu passado, objetivando o olhar para feridas que precisam ser tratadas e curadas, quebrando ciclos disfuncionais, buscando novas formas de enfrentamento e maneiras de se relacionar.       

Portanto, o maior mito em relação a pornografia é acreditar que não tem como amenizar o excesso, por já ter se constituído um hábito. Não é uma verdade. É possível reduzir ou até parar o consumo de pornografia, especialmente com o apoio do profissional adequado. Através da terapia contínua e da utilização de ferramentas e estratégias de autocontrole pode-se restabelecer um uso adequado ou evitar completamente a busca pelo prazer através do excesso de materiais pornográficos. Instituindo o contato corporal afetuoso. 

Ou seja, reconhecer que se tem um problema e buscar o tratamento é fundamental para se estabelecer uma forma mais saudável, a longo prazo, de desenvolver saúde emocional para consigo e com suas relações, sem adoecimentos.

 



Dra. Andréa Ladislau - Psicanalista


Florescimento pessoal: uma luz para superar as armadilhas dos jogos online.


Dados preocupantes mostram que 11% da população está deixando de pagar contas básicas, como água, luz e gás, para investir em jogos de azar, enquanto 63% veem sua renda ser afetada pelas apostas. Esses números apresentados pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) revelam uma perda significativa na capacidade de distinguir entre o essencial e o supérfluo por parte da população. 

De acordo com um relatório da XP Investimentos, as apostas já movimentam 1% do PIB e comprometem 20% do orçamento disponível das famílias mais pobres. Dados do Instituto Locomotiva mostram que parte do dinheiro das classes C, D e E, antes destinado à poupança (52%), bares, restaurantes e delivery (48%), e à compra de roupas, acessórios, além de cinema, teatro e shows (41%), agora é redirecionado para apostas. 

Essa mudança nas prioridades de consumo pode estar relacionada ao viés psicológico conhecido como "véu da descrença". Nesse estado mental, as pessoas se deixam seduzir pela promessa de soluções rápidas e menos exigentes para suas dificuldades, acreditando que apostar em jogos online pode oferecer uma saída mágica para seus problemas cotidianos. No entanto, essa crença em atalhos não só altera padrões de consumo, mas também enfraquece o florescimento pessoal ao deslocar a atenção de escolhas que promovem bem-estar duradouro e desenvolvimento sustentável para fora de si. 

Como a metodologia FIB (Felicidade Interna Bruta) e todos os Relatórios publicados pela ONU em mais de 10 anos, vemos que felicidade é sobre estratégia: de gestão de pessoas, de marcas, de empresas e do setor público e todas as variáveis que impactam no bem-estar do cidadão. Felicidade é sobre humanização, pertencimento, sobre ter condições para prosperar e oferecer a si e aos seus, condições para que o indivíduo viva dignamente. 

Para superar as explosões das plataformas online de apostas, é crucial romper com esse ciclo de dependência e redirecionar o foco para práticas que gerem consciência, otimismo realista e autocontrole.

Vivemos em uma era de crescente pessimismo e falta de perspectiva, especialmente entre os jovens, que estão mais suscetíveis ao impacto das redes sociais. Estudos realizados por organizações como a Revista Lancet, IPSOS, Gallup e DataFolha indicam que a saúde mental dessa população está se deteriorando e sendo corroída por sentimentos de desesperança e incerteza quanto ao futuro. 

Nesse cenário de desilusão, muitos recorrem aos jogos de azar online como uma solução rápida e uma rota de fuga para anestesiar suas dores e frustações. Atraídos por promessas de ganhos fáceis e rápidos, as pessoas apostam suas esperanças em frases como "hoje é o meu dia de sorte" ou "aposte na sua sorte", acreditando numa guinada de 180º no seu destino. O que quase nunca acontece! 

Esse pensamento mágico, frequentemente reforçado por crenças transcendentais, cria a ilusão de que dificuldades financeiras e emocionais podem ser superadas com um simples "toque do divino", deslocando para algo externo a responsabilidade pelos acontecimentos de sua vida. 

Essa busca por soluções mágicas torna-se ainda mais evidente em grupos que, muitas vezes, possuem uma autocrítica pouco desenvolvida e se consideram “escolhidos por uma força superior”, seja qual for o nome atribuído a essa divindade. Acreditando que o sucesso nas apostas é apenas uma questão de tempo e persistência, entram numa "escalada dopaminérgica" ou num ciclo de tentativa e erro, onde cada pequena vitória pode ser interpretada como um “sinal” de que devem continuar. 

No entanto, esse padrão de pensamento ignora elementos essenciais como esforço (trabalho) e reflexão (pensamento crítico e racional). Ao desprezar esses fatores, as pessoas mantêm viva a ilusão de que uma solução rápida e fácil pode resolver seus problemas. Esse ciclo vicioso se perpetua com a crença de que "eu mereço, vou apostar; eu mereço, vou ganhar", alimentando uma busca incessante por conquistas e validação externa. No final, essa busca muitas vezes resulta em mais frustração do que satisfação. 

Além disso, o vício em jogos de azar contrasta fortemente com princípios fundamentais de virtude, como moderação, coragem, sabedoria e justiça, valores essenciais para uma vida equilibrada e um verdadeiro florescimento pessoal. 

Na sociedade contemporânea, estamos cada vez mais distantes desses princípios, que são necessários para encontrar o caminho do “meio”, a excelência e o desenvolvimento pessoal. Sem esses princípios, o caminho para uma vida equilibrada e gratificante torna-se cada vez mais distante. 

Diante de tantas desordens sociais e da desinformação disseminada no mundo online, vale a pena aprender com a sabedoria popular: "Não gaste sua sorte nas práticas que semeiam azar." A realidade é que muitos estão investindo suas poucas reservas de sorte e recursos em apostas que os afastam cada vez mais de soluções reais para seus problemas. 

Essa busca por sorte e atalhos revela uma sociedade que precisa urgentemente reavaliar sua relação com realização, sucesso e propósito de vida. Enquanto olham apenas para as telas dos computadores, muitas pessoas competentes, honradas e esforçadas deixam de perceber e agarrar grandes oportunidades que estão bem diante de seus olhos. 

Sem um retorno consciente aos princípios virtuosos e uma reflexão crítica sobre nossos comportamentos e escolhas, os vícios continuarão a ser uma solução ilusória para um problema mais profundo relacionado ao significado e à perspectiva de vida. 

É fundamental cultivar o otimismo realista e a busca por conexão com o essencial da vida, especialmente entre os mais jovens, que se perdem nas ilusões das apostas e precisam se reconectar com suas potências na jornada contínua de movimento, aprimoramento e conquistas diárias, chamada florescimento pessoal.
 

Práticas Florescer e evitar cair nas armadilhas online:
 

Consciência

  • Prática de Atenção Plena (Mindfulness): Medite ou pratique a respiração consciente, diariamente, para reconhecer e conquistar maior controle sobre seus impulsos.
     
  • Exercício de Auto-Monitoramento: Registre num caderno, usando lápis ou caneta, os impulsos de jogar ou gastar compulsivamente para identificar gatilhos e criar estratégias de resistência, isso ajuda no processo de autoconhecimento, fundamental para encontrar mais bem-estar e saúde mental.
     

Senso de Presença

  • Construção de Conexões Significativas: Engaje-se em atividades e conversas que cultivem conexões de afetos reais, que reduzam o isolamento e a necessidade de jogar ou se prender no mundo virtual.
     
  • Prática de Gratidão e Senso de Significado: Anote diariamente três coisas pelas quais é grato para reforçar o foco em conexões e experiências reais, valorizando de fato o que é importante na sua vida.
     

Autocontrole

  • Criação de Barreiras para a Tentação: Use bloqueadores de sites e estabeleça limites de tempo de tela para evitar comportamentos compulsivos.
     
  • Intervenções de Autocontrole Baseadas em Valores: Reconheça e celebre pequenos momentos de autocontrole para fortalecer a resistência a impulsos.
     

Perspectiva

  • Revisão e Otimismo Realista: Reformule pensamentos negativos sobre perdas para enxergá-las como oportunidades de aprendizado e redirecionamento.
     
  • Prática de Visualização e Planejamento Futuro: Visualize um futuro positivo e planeje ações concretas para alcançar objetivos significativos.
     

Humildade

  • Reconhecer Limitações e Pedir Ajuda: Reconheça limites e busque apoio quando necessário, com amigos ou com profissionais da saúde, para ajudar a controlar as compulsões e os impulsos para jogar.


Reflexão sobre o Legado Pessoal: Reflita sobre como deseja ser lembrado para alinhar suas ações a um propósito maior e significativo.

 

Rodrigo de Aquino - especialista em felicidade e bem-estar.



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