Frequentemente associado a infecções
respiratórias em bebês, o VSR também é preocupante em adultos mais velhos,
principalmente em pessoas com condições crônicas de saúde 4,5
Nessa época do ano, durante o inverno,
há um aumento de circulação de vários vírus, como o VSR, e também de bactérias
que tem transmissão respiratória. Dados epidemiológicos nacionais mostram que
mais de 50% das infecções respiratórias das últimas semanas foram causadas pelo
VSR. 1-3,6
Sociedades médicas recomendam a
vacinação contra o VSR em pessoas com 60 anos ou mais, principalmente os que
estão em grupo de risco como uma das formas de prevenção contra o VSR, devido a
possibilidade de complicações graves.8
O inverno é uma época de temperaturas mais baixas e, devido ao
frio, as pessoas tendem a ficar em locais fechados, sem ventilação adequada e
muitas vezes em aglomerações, favorecendo, assim, o aumento da circulação de
vírus e bactérias. Porém, um vírus que merece atenção devido a alta incidência
nessa estação e é pouco falado, principalmente entre a população adulta e
idosa, é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).1,2
Muito conhecido por pais de crianças pequenas por ser
um dos principais vírus associados à bronquiolite, o VSR também pode ser grave
para a população acima de 60 anos, principalmente naqueles que possuem
condições crônicas de saúde, também chamadas de comorbidades, e que podem
apresentar quadros mais graves da doença, como pneumonia e até o óbito.4,5
De acordo com o site InfoGripe, que monitora dados de
notificação de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, tendo como fonte
dados do sistema Sivep-gripe da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério
da Saúde, desde o início do ano até a semana 24 (encerrada em 15/06/2024 -
momento que antecede o inverno), 44,9% dos casos reportados de SRAG em 2024
foram VSR. O relatório trouxe também dados das semanas 21 a 24, período de
maior circulação do vírus neste ano, chegando a 51,0% dos casos de SRAG terem
como agente identificado o VSR. 7*
7* N
(Número de testes positivos para algum vírus respiratório) = 38.361
Segundo a Dra. Lessandra Michelin (CRM 23494-RS),
infectologista e líder médica de vacinas da GSK, esses dados mostram que o VSR
co-circula com diversos outros vírus respiratórios, mas pode impactar mais do
que Influenza e SARS-COV-2, por isso, é importante ter cuidado nessa época do
ano. “A população conhece o VSR por causa da bronquiolite em bebês, mas os
adultos raramente são testados e, como os sintomas podem ser confundidos com um
resfriado, como coriza, tosse, febre e mal-estar, o VSR acaba sendo pouco
conhecido e é subdiagnosticado. No entanto, a letalidade em idosos no Brasil,
segundo dados de vigilância epidemiológica, é maior do que em crianças,
chegando a ser até 20 vezes maior em adultos com 60 anos ou mais”, explica
e complementa:
“Com o passar dos anos, conforme vamos
envelhecendo, o nosso sistema imunológico normalmente vai enfraquecendo e, com
isso, temos mais dificuldades em combater infecções. E, em indivíduos adultos e
idosos que possuem comorbidades, esse risco é ainda maior, podendo levar até a
morte. Pesquisas mostram que mais de 78% dos adultos mais velhos possuem alguma
condição crônica de saúde”, afirma a
infectologista.
As condições crônicas de saúde que levam ao maior
risco de hospitalização podem incluir diabetes, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC), asma e Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). 4,8,9 Para
dar a dimensão da gravidade, estudos mostram que os que possuem Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica (DPOC) podem ter até 13 vezes mais probabilidade de serem
hospitalizados devido a complicações do VSR. Portadores de asma podem ter até
3,6 vezes mais possibilidade de hospitalizações; e diabetes podem ter até 6,4
vezes mais. Já com os portadores de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), há
a possibilidade de até 7,6 vezes mais riscos de serem hospitalizados.8
Nos Estados Unidos, anualmente, segundo dados do
Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o VSR leva a aproximadamente
de 60 a 160 mil hospitalizações e de 6 a 10 mil óbitos, em adultos com 65 anos
ou mais. 4 No Brasil, entre 2020 e 2022 foram notificados mais de 30
mil casos da doença, com uma taxa de letalidade de 20,77% em 2022 em adultos de
60 anos ou mais.10
Formas de transmissão
Assim como a gripe e a COVID-19, o Vírus Sincicial
Respiratório pode ser facilmente transmitido através de gotículas expelidas ao
tossir, espirrar, contatos próximos, como beijo, ou por superfícies
contaminadas. Pessoas infectadas geralmente transmitem o vírus por até oito
dias e, além disso, podem propagá-lo um ou dois dias antes de começarem a
apresentar os primeiros sinais da doença. No entanto, alguns indivíduos,
especialmente aqueles com sistema imunológico enfraquecido, podem continuar
disseminando o vírus mesmo depois de cessarem os sintomas, por até quatro
semanas. 11,12
“Vale alertar ainda que crianças pequenas são
frequentemente expostas e infectadas pelo VSR, principalmente em ambientes como
creches, escolas, parquinhos e festinhas, e poderão transmitir o vírus aos
adultos mais velhos, como os avós”, conta
Dra. Lessandra.
Prevenção
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e
a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a vacinação é uma
das formas de prevenção contra o VSR.7 Além disso, algumas outras
medidas podem ajudar a prevenir o contágio e transmissão, como lavar as mãos
frequentemente; evitar tocar no rosto, nos olhos, nariz e boca com as mãos não
lavadas; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; evitar contato próximo
com pessoas doentes; limpar e desinfetar superfícies que são tocadas com frequência;
e evitar sair de casa quando estiver doente.11
“Mesmo após a recuperação da infecção, o VSR pode
trazer impactos a longo prazo em alguns idosos, como diminuição da
independência, das atividades sociais, da produtividade, alteração do sono. Além
disso, ações como respirar, comer, tomar banho e caminhar podem se tornar
desafiadoras. Por isso, é muito importante que as pessoas, principalmente os
idosos, conheçam mais sobre a doença, seus riscos, formas de prevenção e
procure um médico caso tenham sintomas respiratórios”, finaliza Dra. Lessandra.
Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.
GSK
www.gsk.com.br
Referências:
PREFEITURA DE SÃO PAULO. Doenças típicas de inverno. Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Alerta para doenças respiratórias no outono. Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
FIOCRUZ. InfoGripe: crescem internações e óbitos por influenza e VSR. Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vírus sincicial respiratório (VSR). Disponível em: <Link>. Acesso em: 18 de junho de 2024.
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