60%
dos consumidores preferem experiências fluidas de compra e os varejistas devem
adequar os negócios às novas tendências Freepik
Com o avanço da
tecnologia e a crescente demanda por conveniência, os consumidores esperam uma
experiência de compra perfeita, onde possam transitar de forma fluida entre as
lojas físicas e as plataformas online. Nesse cenário, o varejo tem se
reinventado, criando soluções que unem o melhor dos dois mundos. Um estudo
recente conduzido pela MindTree revelou uma tendência clara: 60% dos
consumidores preferem a combinação da compra online com a física. O relatório
"O Amanhecer do Consumidor Phygital" destaca a importância da
integração do varejo para impulsionar as vendas e atender às expectativas dos
consumidores modernos.
“No nosso mercado atual, é fundamental conhecer o comportamento e as necessidades dos consumidores para entregar soluções mais personalizadas aos clientes do futuro. O novo perfil de consumo é pautado na praticidade, agilidade, conveniência e fluidez na transição entre experiências físicas e online. O varejo precisa estar atento e preparado para isso e precisa entender que, mais do que nunca, o consumidor é o centro da jornada”, afirma Andrei Dias, Head de vendas da Nexaas, Retail Tech especialista em inovação para o varejo.
O executivo
destaca três tendências do varejo voltadas ao phygital e à omni experience que
devem seguir em alta no mercado. Vale lembrar que a omnicalidade se refere à
disponibilidade de diferentes canais de atendimento e vendas, e o phygital vai
além, incorporando tecnologias a experiências presenciais e promovendo uma
verdadeira união entre físico e digital para proporcionar experiências de
consumo diferenciadas. Confira as dicas:
1.
Facilite jornadas híbridas
Cerca de 75% dos consumidores estão dispostos a gastar mais com empresas que ofereçam uma boa experiência e opções para consumirem no formato que desejarem, segundo o Relatório Zendesk da Experiência do Cliente. Na omni experience, o consumidor escolhe a trilha da sua própria jornada, optando por canais físicos ou digitais, conforme sua conveniência e preferência.
“Lojistas podem facilitar essa liberdade de escolha, possibilitando que consumidores realizem compras em lojas físicas, mas recebam suas sacolas de compra em casa ou, no processo inverso, comprem no ambiente virtual e retirem seus produtos em um ponto físico, se essa for a vontade do cliente”, comenta Dias.
Essa prática já é
comum, mas, para que funcione pra valer, é fundamental planejar a logística.
“Os estoques precisam ser integrados e os colaboradores devem ser treinados para
que o atendimento funcione dentro dessa mentalidade sem barreiras entre o
físico e o digital, garantindo agilidade e praticidade em qualquer formato de
venda”, acrescenta o especialista.
2.
Acompanhe as novidades em pagamentos digitais
Os pagamentos digitais são um requisito indispensável na era phygital. Uso de QR Code, Pix e cartão virtual, por exemplo, despontam na preferência dos consumidores.
“As transferências
bancárias de TED e DOC e até o uso do dinheiro físico estão perdendo espaço. É
importante que varejistas invistam em meios de pagamento digital instantâneo,
para oferecer essa conveniência e ter mais chances de fidelização”, sugere
Dias.
3.
Proporcione experiências diferenciadas
O consumidor está
mais exigente e não quer apenas comprar o que precisa ou deseja. Ele quer
vivenciar uma experiência de consumo agradável e única. E para ser phygital,
você não precisa necessariamente investir em realidade aumentada, inteligência
artificial ou outras tecnologias mais robustas.
Muitas vezes,
ações simples e de custo menor já trazem um diferencial competitivo enorme ao
negócio. É o caso dos totens de autoatendimento dentro das lojas físicas, que
dão mais autonomia para o consumidor e agilidade, ao dispensar o uso dos caixas
para finalizar a compra ou executar outras operações.
Outro exemplo são
as marcas que disponibilizam QRCodes nas etiquetas das roupas expostas nas
lojas físicas, para que o cliente saiba quais tamanhos e cores estão disponíveis
no estoque e tenha acesso a avaliação de outros consumidores sobre esses
produtos.
“A forma como o
varejista vai tornar o phygital uma realidade em seu negócio depende muito do
público que ele atende e dos objetivos que pretende alcançar. As estratégias
partem desse conhecimento dos hábitos, preferências e necessidades do
consumidor e devem colocar sua experiência em primeiro lugar”, finaliza o
executivo.
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