E se, ao invés de focar na venda de seus produtos ou serviços, sua empresa priorizasse as relações humanas como centro de suas estratégias? Essa é a proposta do marketing human to human (H2H), uma abordagem que contribui para a construção de conexões genuínas e duradouras entre as partes. Por mais que o conceito já esteja presente no mercado há anos, foi apenas em 2024 que começou, de fato, a ganhar espaço no mundo corporativo, o qual merece maior atenção considerando os benefícios que pode trazer para o fortalecimento da marca em seu segmento.
Este conceito vem recebendo destaque diante da
conscientização sobre a importância de se criar experiências individualizadas e
memoráveis aos clientes, se comunicando com eles de forma mais transparente,
autêntica e humana, criando, com isso, relações de maior confiança que os
retenham à marca e, ainda contribuam para sua recomendação orgânica.
Não à toa, há alguns anos, pudemos notar uma maior
preocupação das empresas em mudar seu tom de voz e posicionamento no mercado,
diante de tamanhas mudanças referentes ao comportamento do consumidor e suas
exigências – as quais, em sua maioria, se destinavam a aproximar sua relação
com o público-alvo. Então, o que temos aqui não é algo inovador, mas um
aprofundamento nas questões que têm relação com esse tipo de estratégia.
Esse cuidado pode ser claramente visto em empresas
dos mais diversos portes e segmentos, mesmo aquelas “mais famosas” e
referências no mercado, como ocorre nos empreendimentos de luxo, como exemplo.
Algumas das ações que mais costumam ser adotadas por esses negócios, nesse
sentido, são vinculadas a causas sociais, criação do senso de comunidade e uma
abordagem mais ética e ligada ao mundo de hoje. Afinal, segundo um relatório
especial do Edelman Trust Barometer, 70% da geração Z se diz estar envolvida em
causas sociais e políticas, tidos como alguns dos fatores que pesam nesse
público ao considerarem os produtos que compram e usam, optando por escolher
marcas ecológicas que se posicionam sobre essas questões sociais.
Em outro exemplo prático, o H2H beneficia,
significativamente, o setor de infoprodutos e cursos digitais, os quais
sofreram um boom gigantesco durante e após a pandemia. Isso porque, com o
crescimento dessa esfera, uma movimentação que também a acompanhou foi o
marketing de autoridade. Nesse sentido, cursos de gestão de tráfego pago, por
exemplo, deixaram de ter o foco no campo de estudo em si e começaram a ser
vendidos, principalmente, com ênfase em seus criadores, que acabaram por se
tornar grandes influencers no atual mercado do marketing digital. E o que é
possível notar na maior parte desses criadores? O foco em um tom de voz
humanizado e próximo dos “clientes”. Além, é claro, da copy feita de modo a
colocar seus instrutores em um pedestal.
Por mais que, a um primeiro momento, essa nomenclatura possa sugerir algo extremamente recente no mercado e pouco difundido no mundo do marketing digital, na realidade, já estamos em contato com o H2H há muito mais tempo do que imaginamos. Cada vez mais, a partir de agora, veremos esse tipo de comunicação se tornando algo essencial para todo tipo de marca que nasce e busca um contato com novas gerações em seus relatórios de faturamento mensais, e ficar de fora dessa tendência, certamente, será fatal para a prosperidade do seu negócio.
Renan Cardarello - CEO da iOBEE, Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia.
iOBEE
https://iobee.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário