A evolução do
adestramento de cãesArquivo pessoal
Ao longo dos anos, o adestramento de cães tem
passado por uma evolução significativa. Antigamente, a abordagem tradicional
dominava o cenário. Essa técnica era amplamente utilizada, baseada em métodos
rígidos e punições, buscando a obediência canina através do medo e da
repetição. No entanto, a ciência comportamental e o entendimento da etologia
canina trouxeram uma nova luz sobre como os cães aprendem e interagem com os
humanos.
A transição para métodos mais modernos e
compassivos começou a ganhar força à medida que estudos sobre comportamento
animal e psicologia avançaram. Essas pesquisas revelaram que a confiança, o
respeito e a compreensão são fundamentais para uma relação saudável entre cães
e humanos. Treinadores começaram a incorporar técnicas baseadas em reforço
positivo, recompensando comportamentos desejados em vez de punir os
indesejados.
Um dos métodos contemporâneos que exemplificam essa
evolução é o método BFA, desenvolvido por Beatriz França Adestradora. A
profissional, que possui mais de 30 cursos de formação em seu currículo, criou
o método a partir de uma vasta experiência em seminários, workshops e
palestras, tanto nacionais quanto internacionais, refletindo a síntese de
diversos conhecimentos que ela acumulou ao longo dos anos.
Ele diferencia-se por integrar princípios do
adestramento tradicional com avanços científicos modernos. “Apesar de ter
raízes na abordagem tradicional, adaptei técnicas incorporando novos estudos e
conhecimentos sobre comportamento canino. Por exemplo, a antiga proibição de
permitir que cães dormissem na cama foi revisada. Estudos modernos mostram que,
embora esse hábito não seja necessariamente prejudicial, pode criar dependência
e ansiedade de separação nos cães, além de comportamentos de posse e proteção
exacerbados, por esse motivo a consultoria de um profissional é vital para
ponderar os prós e os contras para que as decisões tomadas sejam benéficas para
todos”, explica.
Beatriz França destaca que o método BFA foca na
compreensão da mente canina e na etologia, aplicando esse conhecimento de forma
prática na vida cotidiana dos tutores. "É como um casamento. Quando
entendemos mais sobre o outro, conseguimos ter uma relação melhor. Conhecer a
linguagem e os limites do cão é fundamental para uma convivência harmoniosa".
Essa abordagem promove uma relação mais
transparente e respeitosa entre humanos e cães. Beatriz enfatiza que muitos
tutores, apesar de amarem seus animais, acabam não respeitando os limites
naturais dos cães. "Quando tomamos ciência dos limites, conseguimos respeitá-los
e isso melhora a relação entre ambos", conclui a profissional.
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