Tela azul. Foi com essa cena que muitos profissionais se depararam em seus aparelhos Microsoft na manhã desta sexta (19) após falhas nos sistemas de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike, a qual provê serviços de proteção de dados relacionados à computação em nuvem para essa e muitas outras organizações mundiais. Problemas deste tipo podem, infelizmente, acometer negócios dos mais diversos portes e segmentos, o que ressalta a importância de investir em soluções seguras que cuidem dos dados corporativos e minimizem os riscos que possam decorrer dessas falhas ou invasões hackers.
Segundo a dona do Windows, uma das empresas mais
afetadas por esse apagão tecnológico, o problema aconteceu em seu software
cloud Azure, o qual usa a ferramenta da norte-americana conhecida como Falcon.
Com a falha, seus serviços foram interrompidos, afetando, diretamente, grandes
informações que estavam hospedadas neste sistema em nuvem, os quais podem
incluir dados referentes a seus clientes, por exemplo. Apesar de ser sido
resolvido em poucas horas, certos resquícios residuais permanecerem em alguns
servidores, o que evidencia os dois lados da moeda do sistema cloud para o
mercado.
Diante da intensa e constante digitalização
corporativa, o mercado cloud vem crescendo a níveis positivos em prol da maior
segurança e otimização da gestão de informações. Em dados da McKinsey, como
prova dessa importância, a computação em nuvem pode gerar até US$ 3 trilhões
com a redução e otimização de custos e contribuir com a geração de novos
modelos de negócios até 2030.
Fatores como agilidade, eficiência, melhor
custo-benefício e, principalmente, a segurança, tem feito com que, cada vez
mais, as organizações compreendam a importância de estabelecer a gestão em
cloud. Não é à toa, temos grandes players de mercados consolidados nessa
modalidade, que exploram cada vez mais suas funcionalidades na prestação de
serviços.
Por outro lado, mesmo com uma ampla conscientização
no mercado, é fundamental acender o alerta da importância de considerar uma série
de aspectos antes de escolher o provedor, a fim de evitar uma contratação
equivocada. Afinal, não são poucos os casos de empresas deste serviço tentando
convencer seus clientes de que possuem a melhor oferta quando, na verdade, não
têm qualquer tipo de especialização e conhecimento necessários para isso.
Essa realidade tem feito com que, infelizmente,
muitos usuários se enganem e tenham uma experiência catastrófica na utilização
do serviço, potencializando a maiores chances de riscos para o negócio. Sendo
assim, mais do que olhar o preço, na hora de escolher o provedor em cloud, é
importante se atentar para alguns aspectos. Veja sete deles:
#1 Propriedade e controle: é comum que, para “fisgar” o cliente, algumas empresas ofereçam o total
manuseio das operações. Mas, é importante questionar: isso é realmente
vantajoso ou oportunista? Afinal, a ideia de contratar um servidor em nuvem é
ter o apoio no gerenciamento e manutenção da nuvem, otimizando o tempo da
equipe e garantindo a segurança.
#2 Gerenciamento e backup: complementando o tópico anterior, é necessário avaliar se a provedora
possui um time direcionado na gestão da nuvem, garantindo a continuidade das
operações diariamente. Além disso, é crucial averiguar qual a frequência em que
é feito o backup, a fim de garantir a segurança e proteção dos dados.
#3 Escalabilidade e
flexibilidade: esse é um aspecto que precisa de muita atenção,
afinal, a utilização da nuvem se torna atrativa para muitos, pois existe a
opção de pagar apenas pelo aquilo que usa. No entanto, na eventual necessidade
de aumento de capacidade, a empresa consegue garantir? É essencial checar se o
serviço prestado não se trata de um Data Center, que exige um ponto físico e
demanda um alto custo para expansão.
#4 Preço: este tópico é algo sensível nas corporações, que estão sempre na busca
pelo melhor custo-benefício. Entretanto, é importante avaliar se o valor
envolvido leva em conta todas as conformidades regulatórias, bem como ponderar
no caso de uma nuvem estrangeira, se a precificação não está de acordo com a
moeda da sua matriz, de forma que, quando convertida para o Brasil, possua
algum tipo de diferenciação.
#5 Localização geográfica: qual a origem da nuvem? Por ser uma tecnologia que independe de um
ponto físico, ela pode operar a partir de diversos lugares. Por isso, é
importante solicitar a demonstração do seu desempenho, para conferir questões
como a velocidade, latência e transição.
#6 Integração e
compatibilidade: cada empresa possui o seu
software. Deste modo, é preciso garantir que a nuvem tenha capacidade de
integração com a ferramenta, bem como, em uma eventual troca de sistemas, tenha
a capacidade de se adequar e exportar os dados com alta efetividade.
#7 Histórico e reputação: pesquise sobre a marca. É essencial verificar se a provedora tem, de
fato, experiência na prestação de serviço, qual a sua avaliação no mercado e
referências de projetos anteriores de sucesso.
Atualmente, vivemos o chamado “canibalismo
empresarial”, que é quando um grupo de empresas concorrentes começam a adotar
práticas não éticas e, nessa competição, vale tudo, inclusive, a promessa da
oferta de serviços abaixo do preço, o que, para o cliente, parece ser algo
vantajoso, e faz com que deixe de olhar os aspectos técnicos extremamente
importantes no ato de contratação.
Esse descuido no ato da escolha da nuvem pode ser
revertido na maior exposição à riscos de segurança como, por exemplo,
ciberataques, exposição de dados, interrupção das operações, entre tantos
outros que podem comprometer o desempenho do negócio. Sendo assim, todo cuidado
é essencial e, mais do que escolher uma opção atrativa, é preciso se atentar em
comprovar se aquilo que é prometido será, de fato, cumprido.
As nuvens mostram que, para a tecnologia, o céu não
é o limite. Entretanto, é essencial tomar cuidado com as tempestades que podem
surgir quando o provedor não tem domínios do clima e passam uma previsão do
tempo equivocada.
G2
https://g2tecnologia.com.br/
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