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quinta-feira, 13 de junho de 2024

Mês de Conscientização da Infertilidade: dificuldade para engravidar pode ser tratada

 

Flávio Tavares

A infertilidade afeta uma em cada seis pessoas no mundo, representando cerca de 15 a 17,5% de todos os casais. Para conscientizar a população sobre o tema e destacar a importância das medidas de prevenção e tratamento, junho é marcado como o Mês de Conscientização da Infertilidade. Essa iniciativa visa sensibilizar a sociedade sobre os desafios enfrentados por muitos casais e promover o acesso a informações e tratamentos que possam ajudar a realizar o sonho de ter filhos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define infertilidade como a incapacidade de um casal heterossexual de atingir uma gravidez dentro de 12 meses de relações sexuais regulares. De acordo com médica da Clínica Origen BH e especialista em reprodução assistida, Ester Zagury, entre mulheres acima dos 35 anos a investigação da infertilidade começa mais cedo, após seis meses de tentativas, devido à diminuição da fertilidade com a idade. “Se há um histórico clínico que sugere infertilidade, a investigação deve ser iniciada imediatamente, independentemente do tempo de tentativas”, ressalta.

Segundo ela, cerca de 30 a 35% das causas de infertilidade são atribuídas a fatores femininos, um percentual similar é devido a fatores masculinos, e aproximadamente 30% são causados por fatores combinados. Já em cerca de 10% dos casos, a infertilidade é inexplicável, sem causas identificáveis, sendo chamada de infertilidade sem causa aparente. Além das causas biológicas, fatores como tabagismo, consumo de álcool, uso de drogas, obesidade e até histórico familiar podem influenciar a fertilidade. Contudo, a maioria das causas de infertilidade não é geneticamente determinada. “Quando há uma doença genética associada à infertilidade na família, o especialista deve investigá-la no casal”, esclarece.

A investigação básica da infertilidade envolve vários exames. Para a mulher, são realizados inicialmente exames hormonais, ultrassonografia para avaliação do útero e ovários, além de histerossalpingografia, principalmente para o estudo da permeabilidade das trompas. No homem, o espermograma é fundamental para avaliar a qualidade seminal. “Com base nesses exames e na história clínica do casal, é possível delinear um plano de tratamento que pode variar desde a indução da ovulação e orientação de coito programado até procedimentos mais complexos, como a fertilização in vitro”, explica.

De acordo com esse diagnóstico, a médica esclarece que será escolhido o melhor tratamento para o casal. “Pode ser desde uma indução de ovulação, nos casos de anovulação, com orientação de coito, que é a relação sexual programada, até a fertilização in vitro, que é o procedimento de maior complexidade”, diz. A conscientização e a informação são os primeiros passos.



Clínica Origen de Medicina Reprodutiva


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