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sexta-feira, 14 de junho de 2024

Dia Nacional da Conscientização da Cardiopatia Congênita

 


Todos os anos, cerca de 130 milhões de crianças no mundo nascem com algum tipo de cardiopatia congênita; no Brasil, ao menos 21 mil bebês precisam de intervenção cirúrgica para sobreviver

 

Com o intuito de alertar a população, a data 12 de junho foi escolhida para celebrar o “Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita”, de modo a ressaltar a importância do diagnóstico. Os maiores fatores de risco para o desenvolvimento da doença são combinações entre fatores genéticos e ambientais, idade materna avançada, patologia materna, como a diabetes gestacional, além de síndromes fetais associadas com Down, Edwars e Noonan. 

De acordo com dados recentes, divulgados pelo Ministério da Saúde, a condição afeta cerca de 30 mil crianças por ano no Brasil, sendo classificadas como leves, moderadas ou graves. Cardiologista pediátrica do São Cristóvão Saúde, Dra. Fabíola Müller de Oliveira ressalta que essa malformação no coração acontece entre a 4ª e a 8ª semana gestacional, período em que o coração se desenvolve. “O ultrassom obstétrico morfológico é uma triagem inicial para detectar a malformação cardíaca, no entanto, a partir da 24ª semana de gestão é indicado a todas às gestantes a realização do ecocardiograma fetal, que é o exame indicado para a detecção precoce de cardiopatias e este exame é realizado por um médico cardiologista pediátrico especializado”. 

“A Cardiopatia Congênita engloba qualquer anormalidade na formação do coração do bebê. Sabemos que 1 a cada 100 nascidos vivos será portador de cardiopatia congênita e o diagnóstico precoce é fundamental para um adequado planejamento”, explica Dr. Fernando Barreto, cardiologista e diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde. Ainda de acordo com o especialista, a doença é responsável por um número considerável de óbitos na infância. “Por esse motivo, fazer o pré-natal completo é a melhor maneira de mitigar os riscos de desfechos desfavoráveis”, reforça Dr. Fernando. 

Dra. Fabíola ressalta que “as condições podem ser diversas, desde pacientes que, já no nascimento, precisam ser direcionados a centros especializados, com necessidade de cirurgia precoce por vezes nos primeiros dias de vida, como pacientes que podem nascer em serviços terciários, manter um segmento com cardiologista pediátrico, com cirurgia no futuro, a depender da idade e da cardiopatia encontrada”. Contudo, a médica salienta que lesões menos complexas podem ter resolução espontânea, mas, de todo modo, demandam acompanhamento clínico.
 

Sintomas e Tratamento

A cardiologista pediátrica do São Cristóvão Saúde explica que as manifestações são varáveis, dependendo da cardiopatia encontrada. “Nem todo paciente com cardiopatia congênita apresentará sopro ao exame físico. As manifestações são diversas, que podem variar desde cansaço para respirar, aumento da frequência cardíaca, dificuldade de ganho de peso, pacientes que suam muito, cianose (lábios e pele arroxeados), além de alteração nos níveis de pressão arterial”. 

O tratamento pode ser cirúrgico, e em alguns acontece a resolução espontânea. “No caso dos pacientes que a cirurgia é realizada mais tardiamente, há necessidade de acompanhamento clínico, com uso de medicações específicas, de acordo com a cardiopatia”. 

Com isso, são necessárias algumas restrições, esclarecidas por Dra. Fabíola: “Algumas crianças possuem restrição de atividades físicas, outras por exemplo com o consumo de líquidos, alimentos com sal. Desse modo, algumas dietas são aplicadas, a depender do caso de cada paciente”, finaliza a médica.
 

Grupo São Cristóvão Saúde

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