Diferentemente do imaginário popular, a
doença não é prevalente entre idosos, costuma ocorrer com mais frequência em
pessoas jovens, dos 20 aos 45 anos, e majoritariamente em mulheres.
Neurologista do Hospital Santa Catarina - Paulista explica os principais mitos
e verdades sobre a enfermidade.
A
esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, progressiva e autoimune, que faz
com que as células de defesa do corpo ataquem o próprio sistema nervoso
central, cérebro e medula espinhal, destruindo o tecido protetor (mielina) que
envolve as fibras nervosas, impedindo ou alterando a transmissão das mensagens
do cérebro para as diversas partes do corpo.
De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que hoje entre 2 e
2,5 milhões de pessoas em todo o mundo têm EM. No Brasil, conforme o Ministério
da Saúde, a prevalência é de 8,69 casos para cada 100 mil habitantes. Em média,
40 mil brasileiros têm a doença. A seguir, o Dr. Maurício Hoshino, neurologista
do Hospital Santa Catarina - Paulista esclarece os principais mitos e verdades
referentes à esclerose múltipla: (EM):
Esclerose
múltipla é mais comum em idosos - MITO
A
maioria dos casos diagnosticados ocorre em pessoas jovens, dos 20 aos 45 anos,
e majoritariamente em mulheres, ou seja, não é uma doença exclusiva dos idosos.
“Muitas pessoas confundem o avanço da idade com o surgimento da EM o que não
procede”, explica o especialista.
Mulheres
têm mais tendência de ter esclerose múltipla - VERDADE
Sim, e
por razão não completamente compreendida. Estudos apontam que a proporção é de
duas mulheres para cada homem diagnosticado com a doença. “Acredita-se que
fatores hormonais e genéticos desempenham um papel importante para que esse
quadro ocorra”, conta Dr. Hoshino.
Quem
tem esclerose múltipla vai morrer em pouco tempo - MITO
A
esclerose múltipla não é considerada uma doença fatal. Com os avanços no
tratamento e no manejo da doença, muitas pessoas vivem uma vida relativamente
normal e têm uma expectativa de vida próxima à média da população sem a doença.
O
tratamento da esclerose múltipla não é impeditivo para gravidez - VERDADE
Sim,
mulheres com esclerose múltipla podem engravidar, caso desejem. “A paciente
deve informar ao seu neurologista, pois alguns tratamentos para EM podem causar
danos ao feto e precisam ser ajustados. Também é necessário acompanhamento
especial no período do puerpério, quando a EM pode ficar mais ativa”, explica o
neurologista.
Pessoas
que não tomam sol têm mais chance de ter EM – VERDADE
Há
fortes evidências de que baixos níveis desta vitamina aumentam a incidência da
doença. “Ficar mais exposto ao sol, especificamente aos raios UV-B, pode ajudar
na prevenção da doença. A vitamina D tem papel no sistema imunológico, sua
deficiência pode contribuir para a predisposição à EM”, relata o neurologista
do Hospital Santa Catarina – Paulista.
Apesar
de não ser uma doença hereditária, filhos de pacientes têm mais chances de
desenvolver a doença - VERDADE
A esclerose múltipla não é diretamente hereditária,
mas há um componente genético na susceptibilidade à doença, ou seja, filhos de
pacientes com EM têm um risco aumentado em comparação com a população geral:
“Estima-se um aumento de risco da ordem de 2,5% a mais de chance,
principalmente em parentes de primeiro grau e que a mãe seja a acometida pela
doença”, conta Dr. Maurício Hoshino.
É
possível prevenir a esclerose múltipla - VERDADE
Manter
níveis adequados de vitamina D, evitar tabagismo e estilo de vida saudável
podem reduzir o risco de desenvolver a doença ou sua gravidade.
Hospital Santa Catarina - Paulista
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