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sábado, 1 de junho de 2024

É possível manter o peso perdido?

  Endocrinologista comenta

As estatísticas ditam contra: 80% das pessoas que perdem peso, recuperam em menos de um ano. Endocrinologista monta o manual de dicas batizado de M.A.N.T.E.R., sobre como driblar esse caminho quase inevitável


A endocrinologista e metabologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Dra. Tassiane Alvarenga, assegura o que ninguém costuma acreditar: "Com as ferramentas certas e remédios, quando necessário, é possível manter a perda de peso". 

Nos estágios iniciais da perda de peso, manter a motivação não é muito difícil porque o emagrecimento em si já é a própria recompensa. O difícil é se manter com a mesma inspiração para construir a "simples" manutenção desse novo peso alcançado. Ou seja, não vai haver um novo visual, um novo número na balança que dê um ânimo extra para continuar a rotina de exercícios ou a dieta. "É preciso entender que há uma relação de cabo de guerra entre o corpo e o cérebro", conta a médica, ao anunciar: "É provável que o maior desafio comece a partir da meta de peso atingida". 

Para motivar quem está chegando a este ponto, a Dra. Tassiane começa seu manual de dicas, que tem um nome para não esquecer: M.A.N.T.E.R.

 

M | Monitorização/ Motivação 

Estudos mostram que se você se pesar sempre, a chance de manter o peso perdido é bem maior. 

Na fase de manutenção de peso, é importante se pesar duas vezes por semana. Tente às terças e sextas, mas nunca na segunda, pois a possível escapada da rotina do final de semana pode ser desmotivadora para este momento. A fase pré-menstrual, o consumo de sal, de bebida alcoólica, excesso de sono, viagens mais longas são fatores que podem interferir na balança.

 

A | Autoconhecimento 

Se a fome não é o problema, comer não será a solução 

Conheça os fenótipos da obesidade para entender seu padrão alimentar:


  • Cérebro faminto: consumo de calorias excessivo para terminar a refeição    ‍
     
  • Fome emocional: caracterizada por estado de humor negativo, comer emocional, cravings (fissura alimentar) e busca de recompensa
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  • Intestino faminto: Menor tempo de saciedade, quantificada objetivamente por rápido esvaziamento gástrico, que pode ser até 31% mais rápido que o normal
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  • Queima lenta: Baixo gasto energético em repouso, baixa atividade física reportada, massa muscular reduzida). O gasto energético em repouso pode ser até 12% inferior.

 

N | Nutrição 

O sucesso de uma intervenção dietética depende de uma adesão a longo prazo.  

O plano é cortar calorias de uma maneira saudável e viável para a saúde. Cada paciente deve ser estimulado a encontrar o seu caminho possível e sustentável.

 

T | Tecnologias 

Mulheres na menopausa tendem a ganhar peso. Aplicativos para monitorar o sono e o número de passos podem ajudar muito.

 

E | Exercícios 

Ser fisicamente ativo é um dos principais fatores preditivos de manutenção de peso e 90% das pessoas que conseguem manter o peso perdido são fisicamente ativas.

 

R | Remédio 

É para todo mundo? 

Não existe efeito rebote. Existem medicações seguras, que devem ser sempre recomendadas e acompanhadas por profissionais da área.


Dra. Tassiane Alvarenga – ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA. Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU; Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; Residência Médica em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM USP); Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia- SBEM; Membro da Endocrine Society, SBEM e ABESO; Faz parte do Corpo Clínico da Santa Casa de Misericórdia de Passos. Sobrepeso e Obesidade. Compulsão Alimentar e Ansiedade; Obesidade Infantil; Diabetes Mellitus e Pré Diabetes: Controle da glicemia e prevenção de complicações como Retinopatia , Neuropatia , Nefropatia , Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC); Dislipidemias ( Colesterol); Doenças da tireoide ( Hipo e Hipertireoidismo, Nódulos na Tireóide); Osteopenia e Osteoporose; Seguimento pré e pós operatórios de cirurgia bariátrica; Check-up e Avaliação de rotina; Baixa Estatura; Distúrbios da Menstruação, Distúrbios da Puberdade, Crescimento e Desenvolvimento sexual; Síndrome dos Ovários Policísticos; Reposição hormonal.


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