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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Conheça as 5 técnicas mais utilizadas na reprodução assistida

Médico ginecologista da clínica Origen BH fala dos métodos mais adotados na medicina reprodutiva e dos avanços 


Com o avanço da tecnologia aplicada à medicina, algumas dificuldades enfrentadas por um casal ou uma pessoa que buscava o sonho de ter filhos foram superadas de forma segura, eficaz e com tratamentos de excelência. É o caso de quem não conseguia engravidar, por infertilidade, esterilidade ou doenças hereditárias dominantes, o que, consequentemente, acabava por impedir que o processo ocorresse de forma natural ou o tornava mais difícil de ser concretizado.

“Com o processo de desenvolvimento e melhorias de técnicas associadas à reprodução assistida, hoje é possível auxiliar os pacientes a realizarem o sonho da maternidade e da paternidade. Na prática, a reprodução assistida funciona pela manipulação de, ao menos, um dos gametas (espermatozoides e/ou óvulos) e dos meios de fecundação, preparando as condições ideais para que o processo ocorra da maneira planejada”, explica o médico ginecologista e diretor da clínica Origen BH, Marcos Sampaio.

Segundo ele, o procedimento pode ser realizado de diversas formas, pois, ao longo dos anos, foram desenvolvidas novas técnicas que se mostraram mais propícias para facilitar a fecundação. Conheça as mais adotadas por especialistas em medicina reprodutiva:

  1. Relação Sexual Programada – Coito Programado

Nesse método, a mulher faz um tratamento com hormônios para estimular o desenvolvimento do(s) folículo(s), que contêm um óvulo cada em seu interior. Quando ele atinge o tamanho ideal, a mulher utiliza outro hormônio para induzir a liberação do óvulo (ovulação). O tratamento é acompanhado por ultrassonografia para controle do crescimento. Após a indução da ovulação, o casal deve manter relações sexuais próximas ao momento da ovulação, isto é, 36 horas após a injeção.

  1. Inseminação Intrauterina (IIU) Artificial

A inseminação intrauterina é um dos métodos mais comuns devido à sua baixa complexidade, pois apenas um dos gametas é manipulado: o espermatozoide. Para ser realizado, é importante que os espermatozoides, depois de coletados, sejam devidamente capacitados. A capacitação é um processo determinante, pois permite a separação dos espermatozoides mais ativos e aptos a fertilizar o óvulo. “Tendo a quantidade desejável de gametas masculinos, o médico, então, deposita-os na cavidade uterina para que ocorra a fecundação in vivo nas trompas uterinas. Esse método tem cerca de 15% de sucesso e é recomendado para homens que apresentem o espermograma (teste que avalia a qualidade dos espermatozoides) leve ou moderadamente alterado”, explica o médico. Nesse tratamento, a mulher recebe a mesma estimulação ovariana realizada na relação sexual programada.

  1. FIV (Fertilização in vitro)

Para os casais que não obtiveram sucesso após três ciclos de tratamento com a relação sexual programada ou com a inseminação artificial, ambas consideradas técnicas de baixa complexidade, é recomendado que se submetam à fertilização in vitro (FIV). Essa técnica é também indicada como primeira opção para diversas situações – cada casal ou indivíduo é único e, portanto, cada procedimento será recomendado pelo médico da Origen, de acordo com o perfil das pessoas.

Na FIV, inicialmente realiza-se a estimulação ovariana na mulher, com a administração de hormônios, para aumentar o número de óvulos disponíveis para a fertilização. O controle do desenvolvimento folicular é acompanhado por meio de exames de ultrassom e de sangue para dosagem hormonal. Segundo o ginecologista Marcos Sampaio, quando os folículos atingem o tamanho adequado, é feita a coleta dos óvulos e do sêmen. “Aproximadamente 40 mil espermatozoides serão colocados juntos a cada óvulo para que ocorra a fertilização, no laboratório. Os embriões formados e selecionados serão transferidos para o útero, para que a gestação tenha seu prosseguimento de forma natural”, explica. As taxas de sucesso ficam entre 5% e 55% por tentativa, dependendo de cada caso e, principalmente, da idade da mulher. 

 

  1. Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)

Semelhante à fertilização in vitro, a injeção intracitoplasmática difere-se apenas na etapa final, já que, neste caso, a inseminação (colocação do espermatozoide junto do óvulo) é feita por injeção diretamente dentro do óvulo, com o auxílio de micromanipuladores.

  1. Doação de Óvulos

Essa técnica é indicada para mulheres que não tenham mais óvulos ou apresentem quantidade muito reduzida associada à baixa qualidade. Isso ocorre em idade avançada, menopausa precoce ou problemas relacionados à produção de óvulos. A doação é feita por uma mulher desconhecida, que também está em tratamento e compartilha óvulos excedentes. A receptora faz uso de medicamentos que preparam seu útero para receber o embrião e a fecundação ocorre in vitro com os espermatozoides do marido. A taxa de sucesso é semelhante à obtida com a FIV/ICSI.

Ainda de acordo com o médico Marcos Sampaio, com os avanços tecnológicos, a reprodução assistida consegue reunir diferentes técnicas que possibilitam o auxílio daqueles que têm dificuldade de engravidar naturalmente. Segundo ele, a cada ano, surgem novas técnicas ou o aprimoramento das já existentes. “Isso se deve à grande eficácia dos procedimentos, pois, são inovadores e seguros. Além da técnica em si, ao longo dos anos, a medicina reprodutiva avançou muito no quesito humano e no acolhimento das pessoas que têm dificuldades para engravidar. Com isso, estamos sempre em busca de aprimorar os variados processos que envolvem o atendimento aos pacientes que nos procuram, oferecendo cada vez mais segurança na escolha deles por qualquer um dos procedimentos”, acrescenta.

 

 

Clínica Origen de Medicina Reprodutiva

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