Médico ginecologista da clínica Origen BH fala dos métodos mais adotados na medicina reprodutiva e dos avanços
Com o avanço da tecnologia aplicada à medicina,
algumas dificuldades enfrentadas por um casal ou uma pessoa que buscava o sonho
de ter filhos foram superadas de forma segura, eficaz e com tratamentos de
excelência. É o caso de quem não conseguia engravidar, por infertilidade,
esterilidade ou doenças hereditárias dominantes, o que, consequentemente,
acabava por impedir que o processo ocorresse de forma natural ou o tornava
mais difícil de ser concretizado.
“Com o processo de desenvolvimento e melhorias de
técnicas associadas à reprodução assistida, hoje é possível auxiliar os
pacientes a realizarem o sonho da maternidade e da paternidade. Na prática, a
reprodução assistida funciona pela manipulação de, ao menos, um dos
gametas (espermatozoides e/ou óvulos) e dos meios de fecundação,
preparando as condições ideais para que o processo ocorra da maneira planejada”,
explica o médico ginecologista e diretor da clínica Origen BH, Marcos Sampaio.
Segundo ele, o procedimento pode ser realizado de
diversas formas, pois, ao longo dos anos, foram desenvolvidas novas técnicas
que se mostraram mais propícias para facilitar a fecundação. Conheça as mais
adotadas por especialistas em medicina reprodutiva:
- Relação
Sexual Programada – Coito Programado
Nesse método, a mulher faz um tratamento com
hormônios para estimular o desenvolvimento do(s) folículo(s), que contêm um
óvulo cada em seu interior. Quando ele atinge o tamanho ideal, a mulher
utiliza outro hormônio para induzir a liberação do óvulo (ovulação). O
tratamento é acompanhado por ultrassonografia para controle do crescimento.
Após a indução da ovulação, o casal deve manter relações sexuais próximas ao
momento da ovulação, isto é, 36 horas após a injeção.
- Inseminação
Intrauterina (IIU) Artificial
A inseminação intrauterina é um dos métodos mais
comuns devido à sua baixa complexidade, pois apenas um dos gametas é
manipulado: o espermatozoide. Para ser realizado, é importante que os
espermatozoides, depois de coletados, sejam devidamente capacitados. A
capacitação é um processo determinante, pois permite a separação dos
espermatozoides mais ativos e aptos a fertilizar o óvulo. “Tendo a quantidade
desejável de gametas masculinos, o médico, então, deposita-os na cavidade
uterina para que ocorra a fecundação in vivo nas trompas uterinas.
Esse método tem cerca de 15% de sucesso e é recomendado para homens que
apresentem o espermograma (teste que avalia a qualidade dos
espermatozoides) leve ou moderadamente alterado”, explica o médico. Nesse
tratamento, a mulher recebe a mesma estimulação ovariana realizada na
relação sexual programada.
- FIV
(Fertilização in vitro)
Para os casais que não obtiveram sucesso após
três ciclos de tratamento com a relação sexual programada ou com a
inseminação artificial, ambas consideradas técnicas de baixa complexidade, é
recomendado que se submetam à fertilização in vitro (FIV). Essa técnica é também
indicada como primeira opção para diversas situações – cada casal ou indivíduo
é único e, portanto, cada procedimento será recomendado pelo médico da Origen,
de acordo com o perfil das pessoas.
Na FIV, inicialmente realiza-se a estimulação
ovariana na mulher, com a administração de hormônios, para aumentar o número de
óvulos disponíveis para a fertilização. O controle do desenvolvimento folicular
é acompanhado por meio de exames de ultrassom e de sangue para dosagem
hormonal. Segundo o ginecologista Marcos Sampaio, quando os folículos atingem o
tamanho adequado, é feita a coleta dos óvulos e do sêmen. “Aproximadamente 40
mil espermatozoides serão colocados juntos a cada óvulo para que ocorra a
fertilização, no laboratório. Os embriões formados e selecionados serão transferidos
para o útero, para que a gestação tenha seu prosseguimento de forma natural”,
explica. As taxas de sucesso ficam entre 5% e 55% por tentativa, dependendo de
cada caso e, principalmente, da idade da mulher.
- Injeção
Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
Semelhante à fertilização in vitro, a injeção
intracitoplasmática difere-se apenas na etapa final, já que, neste caso, a
inseminação (colocação do espermatozoide junto do óvulo) é feita por injeção
diretamente dentro do óvulo, com o auxílio de micromanipuladores.
- Doação
de Óvulos
Essa técnica é indicada para mulheres que não
tenham mais óvulos ou apresentem quantidade muito reduzida associada à baixa
qualidade. Isso ocorre em idade avançada, menopausa precoce ou problemas
relacionados à produção de óvulos. A doação é feita por uma mulher
desconhecida, que também está em tratamento e compartilha óvulos excedentes. A
receptora faz uso de medicamentos que preparam seu útero para receber o embrião
e a fecundação ocorre in vitro com os espermatozoides do marido. A
taxa de sucesso é semelhante à obtida com a FIV/ICSI.
Ainda de acordo com o médico Marcos Sampaio, com os
avanços tecnológicos, a reprodução assistida consegue reunir diferentes
técnicas que possibilitam o auxílio daqueles que têm dificuldade de
engravidar naturalmente. Segundo ele, a cada ano, surgem novas técnicas ou
o aprimoramento das já existentes. “Isso se deve à grande eficácia dos
procedimentos, pois, são inovadores e seguros. Além da técnica em si, ao longo
dos anos, a medicina reprodutiva avançou muito no quesito humano e no
acolhimento das pessoas que têm dificuldades para engravidar. Com isso, estamos
sempre em busca de aprimorar os variados processos que envolvem o atendimento
aos pacientes que nos procuram, oferecendo cada vez mais segurança na escolha
deles por qualquer um dos procedimentos”, acrescenta.
Clínica Origen de Medicina Reprodutiva
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