Estudo
global realizado em 11 países com 6,5 mil profissionais indica que no Brasil as
habilidades e competências mais desejadas pelo setor são em tecnologia, IA e
machine learning
Estudo sobre as
tendências de contratações e as principais habilidades requeridas pela
indústria automotiva brasileira, realizado pela Gi Group Holding,
multinacional italiana reconhecida como uma das líderes globais em soluções
dedicadas ao desenvolvimento do mercado de trabalho, mostra demanda crescente
por trabalhadores com conhecimentos em engenharia de software, ciência de dados
e tecnologias inovadoras.
A indústria no
Brasil cobiça profissionais especializados com habilidades e competências em
tecnologia de veículos elétricos (53%), inteligência artificial (IA) e machine
learning (40%), e tecnologia de veículos autônomos (40%). Realizada em parceria
com a maior universidade de tecnologia da Itália, a Politecnico di Milano, e a
empresa de inteligência de dados INTWIG Data Management em 11 países (Brasil,
Estados Unidos, China, Reino Unido, Alemanha, França, Hungria, Itália, Japão,
Espanha e Polônia), a pesquisa envolveu entrevistas com 6,5 mil profissionais.
Os entrevistados puderam indicar mais de uma opção de repsosta para cada tema.
Os índices
brasileiros são superiores à média global. No ranking mundial, as habilidades e
competências mais requeridas são tecnologia para veículos elétricos, com 35,1%,
IA e machine learning (33,6%), tecnologias sustentáveis (31,5%), tecnologia
para veículos autônomos (29,7%), e manufatura e robótica avançadas (28,5%).
O plano das
companhias é atender também às linhas de produção de veículos elétricos a
bateria (BEV), veículos elétricos híbridos plug-in (PHEV) e veículos autônomos,
mesmo que a fabricação destes modelos ainda esteja apenas no âmbito do
planejamento de algumas montadoras no País.
“A pressão
crescente da sociedade em âmbito mundial pela redução das emissões de carbono e
priorização da energia limpa a fim de combater as mudanças climáticas tem sido
um desafio para o setor e as empresas estão transformando cada vez mais suas
linhas de produção para oferecer veículos que impactem menos o meio ambiente”,
diz Djansen Alexandre Dias, gerente da Divisão de Indústria na Gi Group
Holding.
Segundo o gerente,
as estimativas do setor reforçam essa tendência. “A previsão é que 40 milhões
de veículos elétricos sejam vendidos anualmente nos próximos sete anos,
eliminando a necessidade de 5 milhões de barris de petróleo por dia.”
Contratações
nos próximos 5 anos
Já as tendências
de contratações indicam que, nos próximos cinco anos, haverá maior demanda no
mercado automotivo brasileiro por especialistas em tecnologia da informação e
engenheiros automotivos, ambos empatados com 47%; seguidos por designers
automotivos (34%).
A previsão de contratações,
nos próximos cinco anos, na média dos países pesquisados, aponta para
especialistas em engenharia automotiva (36%), experts em tecnologia da
informação (35,1%) e analistas de dados direcionados à indústria automotiva
(28,7%).
Djansen observa,
entretanto, que 33% das empresas indicaram que enfrentam a concorrência de
outros setores para contratar profissionais com as qualificações desejadas,
como revela o estudo.
Participação
crescente no mercado
Os veículos
elétricos já são os mais populares na Noruega, com 79% de participação no
mercado. Japão, com 34,7%, vem em seguida e Alemanha, com 31,5%, ocupa a
terceira posição no ranking mundial de vendas de veículos elétricos, embora a
China comercialize o maior volume, tendo atingido 8 milhões de unidades em
2022, 27% do total. No Brasil, são apenas 2,5% das vendas.
Conforme a
pesquisa, os veículos conectados autônomos (Connected Autonomous Vehicles —
CAVs) têm potencial de entregar um alto valor para a indústria automotiva,
podendo gerar bilhões de dólares em receita nas próximas décadas. “Essa
evolução demanda profissionais com conhecimento em áreas como engenharia
de veículos autônomos, ciência de dados e cibersegurança, ao passo que reduz a
necessidade de profissionais menos especializados”, ressalta o gerente da Gi
Group Holding.
O estudo aponta
também que 82% dos consumidores entrevistados consideram contratar serviços por
assinatura para a aquisição de futuros veículos novos. “O setor de assinatura
no ramo automotivo, que já movimentava US$ 3,6 bilhões em 2019, deve crescer
para US$ 12 bilhões até 2027.”
Gi Group Holding
www.gigroupholding.com.br
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