Solução permite personalizar ofertas de produtos relacionados a seguros, previdência e capitalização; implementação foi adiada e gera dúvidas
O
Open Insurance, também conhecido como um ecossistema aberto de seguros, chegou
com o objetivo de trazer inovação, promover a concorrência e melhorar a oferta
de produtos e serviços relacionados a seguros, previdência complementar aberta
e capitalização no Brasil. Ele nasceu inspirado no modelo de Open Banking,
oferecendo autonomia para os usuários decidirem o que fazer com seus dados. No
entanto, ao contrário do compartilhamento de informações bancárias, ainda
gera várias dúvidas sobre os benefícios que oferece.
Sua implementação
permitirá personalizar produtos, dará mais liberdade e competitividade, além de
deixar que empresas de diferentes setores possam ofertar novos serviços em
parceria com seguradoras. De acordo com a Superintendência de Seguros Privados
(Susep), a data final da implementação do compartilhamento de dados é 29 de
novembro de 2024.
Mesmo assim, quase
40% dos brasileiros estão abertos a compartilhar os seus dados de transação de
seguros, de acordo com o estudo “Perspectivas do Open Insurance”, realizado
pela consultoria Oliver Wyman. Outros 40% considerariam compartilhar suas
informações com outras empresas, caso isso resulte em melhores ofertas de
serviços. Os números mostram que, apesar dos percalços, a experiência do Open
Banking pode ter contribuído para que os brasileiros se disponham a se engajar
também no modelo do Open Insurance.
Apesar do
adiamento, o mercado está começando a se preparar, mas a passos lentos. “São
muitos desafios encontrados para a implantação da solução, alguns atribuídos à
falta de preparação das empresas. Grande parte delas ainda não concluiu os
testes em suas APIs, ferramenta essencial nessa troca”, afirma Roberto Monfort,
diretor da vertical de Mercado Financeiro da multinacional brasileira FCamara,
ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.
Monfort destaca
que têm sido realizados muitos debates sobre o tema para que a população tenha
segurança na hora de compartilhar seus dados. Pensando nisso, o executivo
esclareceu algumas das principais dúvidas a seguir. Confira:
O Open
Insurance é seguro?
Sim, o sistema
será fiscalizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que já
estabeleceu diretrizes para regular e monitorar todos os serviços oferecidos.
Além disso, a solução dará aos usuários mais controle e segurança sobre seus
dados, porque eles serão capazes de decidir se querem ou não compartilhar suas
informações, e quais delas.
Quais
são as principais vantagens para a população?
Os usuários que
escolherem usar o Open Insurance terão mais opções para decidir o que desejam
contratar de acordo com seu perfil. As empresas poderão fazer ofertas de acordo
com a realidade de cada cliente, com base nas informações compartilhadas por
eles mesmos. Como todos os processos automatizados, haverá mais agilidade
e menos burocracia.
Com
quem eu vou poder compartilhar meus dados?
O compartilhamento
poderá ser feito com o sandbox — painel de dados regulamentado pelo Governo
Federal —, as seguradoras e organizações autorizadas pela Susep.
Quando
eu não quiser mais autorizar o compartilhamento, vou poder cancelar?
Sim, o
cancelamento poderá ser realizado tanto na seguradora para a qual o usuário deu
o consentimento como na seguradora que transmitirá a ela esses dados. Elas irão
indicar a melhor maneira para revogar o consentimento.
www.fcamara.com
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