O estudo “Safer Nicotine Works”, realizado pela Tholos
Foundation – centro de referência em pesquisa de políticas públicas – examina
os resultados no combate ao tabagismo do Japão e da Suécia, dois países com
abordagens distintas para reduzir o número de fumantes. A análise demonstra que
a disponibilidade de produtos alternativos de nicotina, como os vaporizadores,
tabaco aquecido e os sachês de nicotina, pode desempenhar um papel
significativo na redução das taxas de tabagismo.
O Japão é um país que, por décadas, apresentou números de fumantes bastante
elevados e as iniciativas de saúde pública surtiram pouco efeito na população.
No entanto, desde que os produtos alternativos de nicotina foram introduzidos
em 2016, observou-se uma diminuição de 32% nas vendas de cigarros convencionais.
Na Suécia, os resultados são ainda mais interessantes,
pois o país está prestes a eliminar completamente o tabagismo. A porcentagem de
fumantes caiu de 15% para 5,6% da população em 15 anos, colocando o país no
caminho para alcançar o status de livre do tabagismo 17 anos antes da meta
estipulada pela União Europeia para 2040. Isto realça o papel crucial dos
produtos alternativos de nicotina que têm contribuído para a redução de danos à
saúde.
Na Suécia, constatou-se também a incidência mais baixa de
câncer em toda a Europa, o que demonstra os benefícios dos produtos
alternativos à nicotina em uma abordagem de redução dos danos à saúde.
Estima-se que, se outros países europeus garantirem a disponibilidade para uma
gama de produtos alternativos à nicotina, na próxima década, mais de 3,5
milhões de mortes prematuras poderão ser evitadas.
Os tomadores de decisão de todo o mundo podem aprender
com as experiências do Japão e da Suécia que a chave para ajudar os fumantes a
permanecerem longe dos cigarros convencionais é oferecer-lhes produtos
alternativos de nicotina regulamentados, o que potencialmente trará progressos
significativos na redução das taxas de tabagismo.
“Apenas com dados de fontes confiáveis e amplificação das
informações corretas, com base na experiência de regulamentação de outros
países, será possível que a sociedade entenda que há uma opção menos
prejudicial destinada aos adultos fumantes como parte de uma estratégia de
redução de riscos à saúde”, reflete Renato Veras, médico e consultor da BAT
Brasil.
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