Segundo ele, mesmo que possam existir alguns benefícios desta prática, não compensam o risco enorme à saúde financeira
Sites de apostas esportivas estão crescendo cada
vez mais no Brasil, sempre com a promessa de ganhos para o apostador.
Atualmente, vários times de futebol das séries A e B do campeonato brasileiro
são patrocinados por esses sites, que estimulam os torcedores a apostarem. Um
levantamento realizado pela Hand, assessoria especializada em gestão de
empresas, aponta que o número de sites brasileiros conhecidos como ‘bets’
aumentou 160% nos últimos dois anos.
Segundo o especialista em finanças pessoais, João Victorino,
apostas online têm ganhado grande popularidade por várias razões, dentre as
quais se destacam: investimentos em campanhas publicitárias, com participação
de atletas famosos e influenciadores; impressão de que as chances de vitória
conseguem sim superar as de perda; ambientes virtuais com designs amigáveis,
gerando conforto em apostar e diminuindo a desagradável ‘dor da perda’.
João explica que há inúmeras formas que as empresas
usam para incentivar alguém a apostar. “Existe uma exploração dos vieses comportamentais
dos usuários, o que faz com que acreditem na possibilidade de enriquecimento
fácil e rápido, ou seja, a aposta é tratada como uma forma de renda extra
garantida. Além disso, é mais difícil para pessoas próximas perceberem quando
um ente querido está viciado em apostas online, pois não é algo tão evidente”,
diz.
Apesar do sucesso do segmento, não há uma
regulamentação da atividade no Brasil (ainda que esteja na iminência de ser
aprovada no Senado), o que pode acarretar em insegurança jurídica para os
clientes, caso sintam-se lesados e queiram pedir ajuda da justiça. Afinal,
existem promoções consideradas extremamente atrativas para os novos clientes,
porém, com letras miúdas e asteriscos nos contratos, que podem passar
despercebidos e gerar consequências futuras.
Diante deste cenário, o especialista acredita que
mesmo que algumas pessoas possam achar que existem benefícios desta prática,
não compensam em nada o risco enorme à saúde financeira, mental e física de
seus participantes e familiares. A única vantagem seria se a aposta fosse
apenas um entretenimento, no entanto, muitas pessoas não agem com esse
propósito, o que causa eventuais problemas.
Para João, as desvantagens e perigos superam o
potencial de ganhos com apostas. “Existem altas chances de perda, porque a
maioria dos jogos e apostas envolvem risco financeiro, e muitas pessoas perdem
mais dinheiro do que ganham. Também geram impactos na saúde mental e nas
relações sociais e familiares, que podem ser prejudicadas. Sem falar do tempo perdido,
que poderia ser usado de maneira mais produtiva e saudável” afirma.
O especialista destaca a importância de buscar
ajuda se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando problemas com
jogos ou apostas. Existem organizações e profissionais de saúde que podem
oferecer suporte e tratamento para o vício. Por essa razão, João Victorino
faz um alerta para 5 situações que são sinais de que é a hora de parar:
- Se
você sente que não consegue mais controlar seu envolvimento com jogos ou
apostas;
- Se o
jogo está causando problemas financeiros ou interferindo em sua vida
diária;
- Se
você está sentindo um aumento do estresse, ansiedade ou depressão
relacionados ao jogo;
- Se
sua saúde física e mental está sendo afetada negativamente;
- Se
as pessoas ao seu redor expressam preocupação com seu comportamento de
jogo.
João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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