Dispositivo registra impactos sofridos por componentes
elétricos durante o transporte, apontando possíveis danos antes que cheguem ao
local afetado por falta de energia
Interrupções do fornecimento de energia deixam
consumidores sem serviços essenciais (Freepik)
A primavera mais
quente já registrada no Brasil tem elevado o risco de quedas de energia, seja
pelas fortes chuvas e ventos ou pelo excesso de consumo elétrico. No Rio de
Janeiro, a sensação térmica chegou a 60 graus por três dias seguidos neste mês.
Na busca por compensar o calor, o país registrou, pela primeira vez, um consumo
de energia superior a 100.000 MW em um dia (13/11).
Segundo serviços
de meteorologia, o verão deve ser ainda mais quente, aumentando também o risco
de interrupções de energia e de perdas para consumidores e empresas. No último
grande apagão em São Paulo, no início deste mês, somente o setor de turismo e
alimentação sofreu prejuízos de R$ 500 milhões, de acordo com a Federação de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo.
Em situações
como essas, para recompor a energia em regiões com um grande número de
consumidores afetados, as distribuidoras de energia recorrem a subestações móveis. São grandes carretas equipadas com
transformadores elétricos para atender a necessidades emergenciais ou de
manutenção da rede elétrica.
No entanto, para
atender a população com agilidade, esses equipamentos precisam enfrentar um
desafio: o transporte entre uma região e outra sem danificar componentes
sensíveis - caso contrário, o tempo para o restabelecimento da energia será
ainda maior.
Para garantir
que as subestações móveis cheguem aos seus destinos funcionando plenamente,
algumas distribuidoras têm feito um monitoramento em tempo real das condições
de transporte desses equipamentos. Elas têm recorrido a um dispositivo
denominado Shocklog, que registra qualquer impacto ou trepidação
sofrida pelo equipamento durante o trajeto e que possa causar algum dano aos
componentes elétricos.
Caso ocorra um
impacto acima do limite tolerado pelo fabricante, a distribuidora recebe um
alerta ainda durante o deslocamento da subestação móvel e já pode se preparar
para o conserto ou troca do componente, com mais agilidade.
“O registrador de impactos emite relatórios via satélite, durante o transporte da subestação. Portanto, se houver qualquer anomalia no trajeto, ações corretivas já podem ser planejadas com antecedência e executadas assim que o equipamento chegar ao seu destino. Isso evita a perda de mais tempo na religação de energia, em caso de apagões – o que reduz também as perdas financeiras para todos”, explica Afonso Moreira, CEO da AHM Solution, empresa especializada em gestão de segurança e produtividade em operações logísticas.
Mais informações em https://www.ahmsolution.com.br/
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