Neurocientista Fabiano de Abreu Agrela explica que o diagnóstico é uma chave para uma vida melhor
Boa parte das pessoas convive diariamente com transtornos
psiquiátricos ou doenças, e muitas buscam uma vida mais plena e saudável, mas
como alcançá-la? O pós PHD em neurociência Fabiano de Abreu Agrela destaca um
ponto crucial nessa jornada: o diagnóstico correto. A importância de
compreender as condições que afetam nossa saúde mental e emocional como ponto
de partida para desbloquear nosso potencial e buscar melhorias significativas.
De acordo com Fabiano, a neurociência revela que a tomada de decisões e o
processamento cognitivo estão intrinsecamente ligados às regiões frontais do
cérebro, incluindo o córtex pré-frontal orbital, "Essas áreas desempenham
um papel fundamental na avaliação de riscos, planejamento e busca de objetivos
de longo prazo. Quando somos conscientes de uma condição, como ansiedade, TDAH
ou a superdotação, podemos aprimorar a ativação dessas áreas cerebrais por meio
de treinamento cognitivo e terapia específica", afirma o especialista.
Abreu enfatiza que após o diagnóstico preciso de uma condição, o paciente toma
consciência de possíveis impactos e tratamentos, trabalhando na ativação da
região frontal do cérebro relacionada à tomada de decisões. Essa região desempenha
um papel essencial na busca por melhores tratamentos e na promoção de uma vida mais
equilibrada. "Quando você está ciente do que está acontecendo em seu corpo
e mente, essa conscientização o capacita a aceitar a situação e buscar
melhorias. Quando compreendidos e gerenciados adequadamente, esses transtornos
podem levar a melhorias notáveis na vida pessoal e profissional",
acrescenta o profissional.
Ele destaca que os avanços na neurociência também revelam que a plasticidade
cerebral, a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar ao longo do tempo,
permite a melhoria das funções executivas, como a tomada de decisões, mesmo em
idades adultas. Isso significa que, com intervenções apropriadas após o
diagnóstico, e treinamento cognitivo direcionado, as pessoas podem aprimorar
sua capacidade de tomar decisões informadas, independentemente da idade.
Fabiano enfatiza que o acompanhamento profissional, como o de um psicólogo ou
neurologista, desempenha um papel fundamental nesse processo, "O processo
de conscientização e diagnóstico não se limita a condições específicas.
Precisamos compreender nossas próprias características e necessidades, e isso é
um passo valioso para todos, independentemente de possuírem ou não um
diagnóstico médico. A verdade é que todos nós precisamos conhecer nossas
limitações", finaliza o neurocientista.
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