Com a proximidade do Dia Mundial da Obesidade, a nutróloga Dra. Esthela Oliveira explica relação entre estado emocional e ganho de peso, além de fazer alerta sobre uso indiscriminado de medicamentos para emagrecimento
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 1 bilhão de pessoas já sofrem com o sobrepeso em todo o globo, número que se intensificou durante a pandemia do Covid-19. Estima-se que até 2025, ao menos 20% da população brasileira adulta esteja obesa. Segunda a nutróloga, Dra. Esthela Oliveira este cenário se dá especialmente pelos altos níveis de estresse a que fomos submetidos após o surto de COVID-19.
“Desde que a pandemia começou diversos estudos
mostraram o aumento de casos de depressão, ansiedade e burnout, condições
totalmente relacionadas ao estresse excessivo. A questão é que junto com elas
vem as mudanças no estilo de vida e na alimentação, induzindo a um maior
consumo calórico e compulsão alimentar que favorecem o sobrepeso e ao
sedentarismo, que dificulta a perda de peso”, analisa a nutróloga, Dra. Esthela
Oliveira.
Em paralelo a esse cenário, estamos vendo um
verdadeiro boom de medicamentos como o Ozempic e o Wegovy, as famosas “canetas
para emagrecer”, tão populares entre celebridades internacionais, quanto entre
mulheres comuns, determinadas a buscar o peso ideal. Mas, ainda há muita
polêmica em torno dos prós e contras do chamado “emagrecimento químico”.
Em um Brasil onde 96 milhões de adultos estão em
condições de sobrepeso, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, assim como, cerca
de 6,4 milhões de crianças, segundo dados do Ministério da Saúde de 2021, a
liberação para comercialização do remédio nas farmácias nacionais, chega como
uma forma segura e eficaz de combater essa comorbidade, a partir dos 12 anos de
idade, claro, desde que prescrita e acompanhada por um médico especialista,
unida a um plano alimentar adequado, exercícios físicos regulares e uma mudança
no estilo de vida, que também engloba aspectos emocionais.
A nutróloga e especialista em medicina integrativa,
Dra. Esthela Oliveira, alerta sobre o uso indiscriminado da medicação sem
prescrição adequada. “Esses medicamentos com semaglutida, indicados para
tratamento da Diabetes tipo 2 costumam ser prescritos off label para tratamento
da obesidade e sobrepeso, o Wegov, por isso não precisam de receita médica
controlada para a comercialização. Esse fácil acesso pode levar ao uso
inadequado e banalizado do medicamento, visto que também há um aumento nos
distúrbios alimentares e de autoimagem nos últimos anos”, alerta.
Para falar mais sobre este novo medicamento, seus
benefícios e indicações à saúde, a diferença entre o Ozempic e o Wegovy, além
das consequências da sua liberação numa sociedade em busca de um padrão de
beleza inalcançável, a Dra. Esthela Oliveira está super disponível para
entrevistas.
Dra. Esthela Oliveira |@sideclinic | @draesthelaoliveira - Médica do esporte (RQE 76855), pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Albert Einstein, conexão mente-corpo (Harvard). CEO and Founder da Side Clinic, espaço que busca trazer uma visão mais ampla no cuidado com os pacientes, acompanhando-os em todas as etapas da vida e em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas, como ferramenta para complementar a medicina tradicional.
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