Sociedade Brasileira de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva (SBE) esclarece sobre doença que atinge 200 milhões de mulheres em todo o mundo
No
Brasil, mesmo que muitas ainda não tenham recebido o diagnóstico, cerca de 10%
das mulheres em idade reprodutiva convivem com a endometriose – doença
caracterizada pelo crescimento do endométrio fora da parede interna do útero,
podendo causar diversos prejuízos para a qualidade de vida.
Por
isso, a Sociedade Brasileira de Endometriose e Cirurgia Minimamente Invasiva
(SBE) promove anualmente o Março Amarelo, campanha que sensibiliza sobre a importância
do diagnóstico precoce e dos cuidados após o diagnóstico.
Nos
dias 10 e 11 de março, a SBE realiza o “SBE e ELAS” – evento gratuito, que pode
ser visitado de forma presencial ou online, no qual as pacientes poderão tirar
dúvidas com especialistas (inscrições: https://materiais.sbendometriose.com.br/sbe-e-elas-marco-amarelo).
A
presidente SBE, médica Dra. Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro, aproveita
a data para desvendar os principais mitos e verdades sobre endometriose.
- Não
se sabe a causa da endometriose.
Verdade.
Não existe uma só causa para a doença, mas fatores genéticos, hormonais
imunológicos ou ambientais podem influenciar no surgimento da endometriose.
- É
possível ter endometriose e não apresentar sintomas
Verdade.
A maioria das pacientes sente cólicas muito fortes; inchaço abdominal; dores
durante as relações sexuais; dor ao urinar e evacuar; e/ou fadiga. Mas existe
um grupo menor de pacientes assintomáticas. Elas podem, por exemplo, não ter
dor e só descobrir a doença quando pesquisam a infertilidade.
- A
doença é rapidamente diagnosticada.
Mito.
Existem levantamentos que mostram que algumas mulheres levam até dez anos após
os primeiros sintomas até serem diagnosticadas. Por isso é importante buscar um
médico especializado. Ele fará o diagnóstico a partir do histórico da paciente
e do exame físico ginecológico. Também pode pedir exames complementares, como
ultrassonografia e ressonância magnética de pelve.
- A
endometriose pode ser grave
Verdade.
A endometriose é uma doença benigna. Entretanto, em alguns casos, pode ser
potencialmente grave dependendo dos sintomas e dos tecidos e órgãos afetados.
- Endometriose
tem cura
Mito.
Não existe cura para a endometriose, mas com acompanhamento médico e o
tratamento adequado aliviam significativamente os sintomas e podem preservar o
futuro reprodutivo da paciente.
- 6. A
endometriose é uma doença de mulheres mais velhas.
Mitos.
A média de idade das mulheres diagnosticadas com a doença é de 27 anos, mas a
doença também ocorre em adolescentes já nos primeiros ciclos. É importante que
a paciente sempre busque ajuda quando apresentar os primeiros sintomas para
iniciar o tratamento o mais breve possível.
- O
tratamento sempre inclui cirurgia.
O
tratamento é personalizado, de acordo com cada situação. Na maioria dos casos,
a indicação está no uso de medicamentos, como hormônios, analgésicos e
anti-inflamatórios) e na mudança do estilo de vida (alimentação, sono, exercícios
físicos, meditação). Apenas em situações específicas e mais graves, pode haver necessidade
de cirurgia.
- 8. A
endometriose engorda.
Mito.
Algumas pacientes podem apresentar inchaço abdominal, mas a doença em si não
engorda. O ganho de peso pode ser um efeito colateral resultante do tratamento
hormonal. Se isso ocorrer, é importante conversar com o médico.
- Endometriose
é sinônimo de infertilidade.
Mito.
Apesar de 40% das mulheres portadoras da doença apresentarem alguma dificuldade
para engravidar, a endometriose não deve ser encarada como sinônimo de
infertilidade. Para as pacientes inférteis devido à endometriose, existem as
possibilidades do tratamento clínico e cirúrgico associado às técnicas de
reprodução assistida para uma possível gravidez.
- Mulheres
portadoras de endometriose que conseguem engravidar podem ter gestações de
risco.
Verdade.
A condição do endométrio impacta no desenvolvimento da placenta, aumentando as
chances de parto prematuro e a placenta prévia.
- 11. A
dieta pode influenciar nos sintomas e no tratamento da doença.
Verdade.
A nutrição é uma grande aliada no controle dos sintomas da endometriose.
Recomendamos uma dieta anti-inflamatória, rica em gorduras de boa qualidade
(óleo de peixe e ômega-3); frutas, ricas em vitaminas C e E e vitamina D.
Carnes vermelhas, embutidos e alimentos industrializados ultraprocessados devem
ser evitados, pois acarretam estresse oxidativo e aumento de hormônios como
testosterona e estradiol, influenciando no agravamento da inflamação e da dor.
- É
possível ter uma vida normal com endometriose.
Verdade. Cada vez mais os cuidados multidisciplinares, que envolvem as diversas especialidades da medicina, bem como as áreas de nutrição, fisioterapia, psicologia e terapias complementares são capazes de oferecer apoio às pacientes portadoras de endometriose. Com o acompanhamento de profissionais de saúde capacitados, a mulher consegue ter uma boa qualidade de vida.
Março Amarelo: SBE e Elas
Data:
10 e 11/3
Local:
São Paulo, Baixada Santista, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Manaus e
Aparecida de Goiânia
Inscrição:
https://materiais.sbendometriose.com.br/sbe-e-elas-marco-amarelo
Valor:
Gratuito
Dra. Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro - Médica ginecologista com 30 anos de experiência em Ginecologia, Dra. Helizabet assumiu a presidência da SBE para a gestão que vai de 2023 até 2025. Possui mestrado e doutorado pela Santa Casa de São Paulo, é professora, membro da comissão científica e médica atuante na Santa Casa de São Paulo. Também coordena projetos direcionados para o diagnóstico e o tratamento da endometriose, além do ensino sobre a doença para profissionais de saúde.
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