O Março Lilás é uma campanha nacional de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de colo do útero. O objetivo da campanha é alertar as mulheres sobre a importância do exame preventivo (Papanicolau) e da vacinação contra o HPV (vírus do papiloma humano), que são medidas eficazes na prevenção da doença.
O câncer de colo do útero é o
terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e uma das
principais causas de morte por câncer entre elas. No entanto, é uma doença que
pode ser prevenida e tratada com sucesso, principalmente quando diagnosticada
precocemente.
Durante o Março Lilás, diversas
instituições de saúde, governamentais e não-governamentais, realizam ações de
conscientização e orientação sobre o câncer de colo do útero, como palestras,
campanhas publicitárias e mutirões de saúde para a realização de exames
preventivos e vacinação.
É importante destacar que a
prevenção do câncer de colo do útero depende da adoção de hábitos saudáveis,
como a prática de sexo seguro, a vacinação contra o HPV e a realização
periódica do exame preventivo. O diagnóstico precoce é fundamental para
aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade pela doença.
A médica e diretora da clínica de vacinas Salus Imunizações Dra. Marcela Rodrigues comenta que a campanha nacional de conscientização, denominada Março Lilás, alerta as mulheres sobre a importância da vacinação contra o HPV (vírus do papiloma humano) como uma medida eficaz na prevenção do câncer de colo do útero. A vacinação é a medida mais importante que deve ser adotada para prevenir o câncer de colo do útero e reduzir a mortalidade pela doença.
Principais vacinas contra HPV: tetravalente e nonavalente. A vacina tetravalente contra o HPV é projetada para proteger contra quatro tipos de HPV, incluindo os tipos 6, 11, 16 e 18. Os tipos 6 e 11 são responsáveis por cerca de 90% dos casos de verrugas genitais, enquanto os tipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer cervical. A vacina nonavalente é projetada para proteger contra nove tipos de HPV, incluindo os tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Os tipos adicionais protegidos pela vacina nonavalente são responsáveis por cerca de 15% dos casos de câncer cervical e outros tipos de câncer relacionados ao HPV.
A vacinação contra o HPV é recomendada para meninas a partir dos 9 anos de idade e meninos a partir dos 11 anos de idade. O ideal é que a vacinação seja feita antes do início da vida sexual, pois é nessa fase que a pessoa pode se infectar com o vírus.
“Embora a vacinação seja mais eficaz
se realizada antes do início da vida sexual, a vacina ainda pode ser benéfica
em mulheres adultas que não foram vacinadas anteriormente e que podem estar
expostas ao vírus. Além disso, a vacinação pode ajudar a proteger contra as
cepas do vírus que não foram encontradas anteriormente.” ressalta a Dra.
Marcela Rodrigues.
No entanto, é importante notar
que a eficácia da vacina pode ser reduzida em mulheres que já foram expostas ao
vírus ou que têm lesões pré-cancerosas ou câncer relacionados ao HPV. Portanto,
é importante que mulheres adultas conversem com seus médicos sobre a vacinação
e se esta é apropriada para elas, com base em sua idade, histórico médico e
exposição ao vírus.
A vacinação é feita em duas ou
três doses, dependendo da idade em que a pessoa recebe a primeira dose.
“É importante ressaltar que a
vacinação contra o HPV não substitui o exame preventivo (papanicolau) para
detecção precoce do câncer de colo do útero e outras doenças associadas ao vírus.
O exame preventivo deve ser feito regularmente a partir dos 25 anos de idade,
mesmo em pessoas que foram vacinadas.” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues.
Marcela Rodrigues - Diretora da Salus Imunizações. Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade ciências médicas de Santos, atuando há 25 anos na área da saúde. Membro sociedade brasileira de dermatologia. Membro sociedade brasileira de imunização. Membro da associação brasileira de melanoma.
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