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quarta-feira, 8 de março de 2023

Cirurgia plástica pós-bariátrica devolve autoestima a ex-obesos

Médica explica que procedimento deve ser realizado 18 meses após a redução de estômago, quando perda de peso começa a se estabilizar

 

Segundo o IBGE, a obesidade atinge 41 milhões de brasileiros o que compromete a saúde e o bem-estar dessas pessoas e torna o aumento de peso uma pandemia que precisa ser controlada por conta das doenças associadas e risco de morte. O tratamento da obesidade dever ser sempre multidisciplinar e a cirurgia bariátrica é uma possibilidade que não deve ser descartada. O ponto-chave é que este procedimento demanda outros, reparadores, para devolver a autoestima e até a funcionalidade do paciente. 

A médica cirurgiã plástica pela USP Dra. Tatiana Moura, conta que o excesso de pele costuma ser uma das principais consequências da perda maciça de peso pós bariátrica: “há pacientes que perdem mais de 40% do peso que tinham antes da cirurgia. Por isso, é preciso estabilizar o peso -- o que leva cerca de 18 meses -- para poder fazer as cirurgias plásticas reparadoras no paciente”, explica. 

A remoção do excesso de pele pode ser feita em diferentes partes do corpo, como rosto, braços, tórax, mama, dorso, abdômen, púbis e coxas. Também é possível associar a cirurgia a outros procedimentos, mas isso é bem raro de acontecer, dependendo do tempo de operação e condição de saúde do paciente.

 

Dentre os procedimentos mais usuais, Dra. Tatiana lista: 

- Abdominoplastia: remoção do excesso de pele do abdômen. Pode ser clássica, com cicatriz horizontal na região da cesárea, estendida para a lateral, ou em âncora, quando a pele é removida nos dois sentidos.

- Braquioplastia: para dar jeito na flacidez dos braços. A cicatriz pode ser no sulco do bíceps ou um pouco mais posterior.

- Gluteoplastia: para corrigir a flacidez no bumbum. O procedimento pode vir com inserção de prótese de silicone ou não.

- Lifting Crural: é a retirada da pele flácida das coxas. “Segue o mesmo raciocínio do abdômen: a pele pode ser removida nos dois sentidos, gerando cicatriz na virilha ou em T ao longo da face interna do membro.”

- Mamoplastia: a cirurgia redutora que remove excesso de pele e glândulas. “Também pode ser de aumento, quando a aréola está bem posicionada”, diz.

- Mastopexia: remoção do excesso de pele nas mamas, com ou sem a inserção de prótese de silicone.

- Ritdoplastia: a correção na face, que pode ser associada a um procedimento para remover o excesso de flacidez também nas pálpebras. 

“A indicação da técnica mais adequada a ser usada no procedimento é do cirurgião. O paciente deve entender que precisa escolher o formato da sua cicatriz. O ajuste da pele excedente sempre vai deixar cicatrizes proporcionais, mas também vai facilitar sua vida e devolver a autoestima”, conclui a cirurgiã plástica.

 

Dra. Tatiana Moura - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Título de Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP. Residência Médica em Cirurgia Plástica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina USP. Mestrado em Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina USP. Médica Colaboradora voluntária na equipe de Cirurgia Plástica Infantil no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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