Médica explica que procedimento deve
ser realizado 18 meses após a redução de estômago, quando perda de peso começa
a se estabilizar
Segundo o IBGE, a obesidade atinge 41 milhões de brasileiros o que compromete a saúde e o bem-estar dessas pessoas e torna o aumento de peso uma pandemia que precisa ser controlada por conta das doenças associadas e risco de morte. O tratamento da obesidade dever ser sempre multidisciplinar e a cirurgia bariátrica é uma possibilidade que não deve ser descartada. O ponto-chave é que este procedimento demanda outros, reparadores, para devolver a autoestima e até a funcionalidade do paciente.
A médica cirurgiã plástica pela USP Dra. Tatiana Moura, conta que o excesso de pele costuma ser uma das principais consequências da perda maciça de peso pós bariátrica: “há pacientes que perdem mais de 40% do peso que tinham antes da cirurgia. Por isso, é preciso estabilizar o peso -- o que leva cerca de 18 meses -- para poder fazer as cirurgias plásticas reparadoras no paciente”, explica.
A remoção do excesso de pele pode ser feita em diferentes partes
do corpo, como rosto, braços, tórax, mama, dorso, abdômen, púbis e coxas.
Também é possível associar a cirurgia a outros procedimentos, mas isso é bem
raro de acontecer, dependendo do tempo de operação e condição de saúde do
paciente.
Dentre os procedimentos mais usuais, Dra. Tatiana lista:
- Abdominoplastia: remoção do excesso de pele do abdômen. Pode ser
clássica, com cicatriz horizontal na região da cesárea, estendida para a
lateral, ou em âncora, quando a pele é removida nos dois sentidos.
- Braquioplastia: para dar jeito na flacidez dos braços. A
cicatriz pode ser no sulco do bíceps ou um pouco mais posterior.
- Gluteoplastia: para corrigir a flacidez no bumbum. O
procedimento pode vir com inserção de prótese de silicone ou não.
- Lifting Crural: é a retirada da pele flácida das coxas. “Segue o
mesmo raciocínio do abdômen: a pele pode ser removida nos dois sentidos,
gerando cicatriz na virilha ou em T ao longo da face interna do membro.”
- Mamoplastia: a cirurgia redutora que remove excesso de pele e
glândulas. “Também pode ser de aumento, quando a aréola está bem posicionada”,
diz.
- Mastopexia: remoção do excesso de pele nas mamas, com ou sem a
inserção de prótese de silicone.
- Ritdoplastia: a correção na face, que pode ser associada a um procedimento para remover o excesso de flacidez também nas pálpebras.
“A indicação da técnica mais adequada a ser usada no procedimento é do cirurgião. O paciente deve entender que precisa escolher o formato da sua cicatriz. O ajuste da pele excedente sempre vai deixar cicatrizes proporcionais, mas também vai facilitar sua vida e devolver a autoestima”, conclui a cirurgiã plástica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário