Capacitação de lideranças, Comunicação, Saúde Mental, Diversidade
e Inclusão, Trabalho Híbrido e Vaga e falta de profissionais são temas de
destaque
- 42,6% dos respondentes afirmam que o
desenvolvimento/capacitação de lideranças é o principal foco para garantir
a construção de ambientes de trabalho emocionalmente saudáveis e o alcance
de resultados estratégicos e 94,3% pretendem investir na preparação dos
líderes
- 49,2% apontam a comunicação interna como um
dos principais temas a serem trabalhados em 2022
- 97,2% consideram a saúde mental um ponto
relevante
- Somente 12,2% declaram que a empresa em que
atuam tem maturidade no tema e contribui, de fato, para uma equidade de
gênero, racial, geracional, do público LGBTQI+Q e outras minorias, apesar
de ser uma pauta estratégica nas organizações
O que mudou no mercado de trabalho em função da pandemia? Uma coisa é certa: os desafios decorrentes destes dois anos de convivência com a Covid-19 ainda não chegaram ao fim. Isso é o que mostram os resultados da 4ª edição do Relatório de Tendências de Gestão de Pessoas em 2022, elaborado pelo Great Place To Work, consultoria global que apoia organizações a obter melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação. A pesquisa foi feita com mais de 2600 respondentes, dentre os quais líderes e gestores de RH de todo o Brasil.
Foram
muitas as mudanças neste período: surgiram novas tecnologias; novos formatos de
trabalho estão sendo testados e aprovados pelas organizações e seus
colaboradores; as pessoas foram obrigadas a repensar suas carreiras e
trajetórias profissionais e o consumidor passou a valorizar ainda mais práticas
empresariais voltadas à sustentabilidade e à inovação.
Segundo
a análise da pesquisa a pandemia deixou quatro importantes legados para a
Gestão de Pessoas: a qualificação das lideranças, que assume o protagonismo nas
prioridades das empresas; redesenho das organizações, com a adesão de novos
formatos ou jornadas de trabalhos, que provocaram mudanças na concessão de
benefícios aos funcionários; foco na saúde mental, não somente em ambientes
corporativos, mas como um todo; e a valorização da comunicação interna das
organizações.
TRANSFORMAÇÕES
Se
em 2021 as empresas foram obrigadas a definir formatos para além da pandemia,
tendo em vista um cenário de maior estabilidade, retomada das atividades e
intensa digitalização decorrente das transformações no mercado de trabalho e na
sociedade, o ano de 2022 vem sendo encarado como uma possibilidade de respiro.
“Mesmo diante do aparecimento de novas variantes do vírus e outros eventos
negativos, já podemos falar de uma situação menos incerta com relação ao
mercado e sobre as tendências que devem moldar as relações daqui para a
frente”, acredita Ruy Shiozawa. E, mesmo em um período tão desafiador e cheio
de incertezas, o otimismo prevalece na maioria das empresas (80%), assim como
nos anos anteriores (76% em 2020; 79% em 2021)”, complementa.
PRIORIDADES
EM GESTÃO PARA 2022
Desenvolvimento/capacitação
de lideranças: A transformação digital, que era
uma das principais preocupações das empresas, ocupando de 1º a 4º lugar nos
estudos anteriores, passou para a 9ª posição em 2022, com somente 16,5% das
respostas. Já o desenvolvimento/capacitação de lideranças com preparo técnico e
emocional foi apontado por 42,6% das respostas como o principal foco para
garantir a construção de ambientes de trabalho emocionalmente saudáveis e para
o alcance de resultados estratégicos.
Em
2022 as organizações deverão investir fortemente na capacitação de líderes:
94,3% das pessoas responderam que suas empresas pretendem investir nesta
preparação, sendo que 59,9% delas indicaram que essas ações devem acontecer no
formato híbrido. Entre as características mais valorizadas nas lideranças
aparecem “resiliência”, “alinhamento com a estratégia” e “empatia e gestão
humanizada’’.
Quando
questionadas sobre o principal empecilho para a inovação nas empresas, a
maioria das pessoas (37,1%) respondeu “mentalidade da liderança”, assim como no
ano anterior, quando 32% das pessoas apontaram o mesmo obstáculo. Ou seja, pelo
que tudo indica, ainda há uma discrepância entre a liderança necessária para
2022 e a liderança existente.
Comunicação:
49,2% das pessoas apontam a comunicação interna como um dos principais temas a
serem trabalhados em 2022. A adoção dos formatos híbrido, remoto e flexível
continua sendo um grande desafio para as empresas, que precisam encontrar as
tecnologias adequadas para manter o fluxo de informações e encontrar os
processos ideais para que todas as pessoas da equipe se sintam igualmente
contempladas na troca de informações organizacionais.
Dessa
forma podem garantir o alinhamento, o senso de pertencimento e a manutenção da
cultura organizacional entre todos.
Saúde
Mental: 97,2% pessoas que responderam à
pesquisa afirmaram que consideram a saúde mental um ponto relevante para a
Gestão de Pessoas na empresa. Apesar dos avanços no tema causados pela
pandemia, muitas mudanças ainda são necessárias para que as empresas se tornem,
de fato, ambientes emocionalmente saudáveis. Um exemplo disso é que, em
pesquisa realizada em 2021 em parceria do GPTW, Youleader, Jungle e Youclub,
64% das pessoas informaram que as empresas em que trabalham não oferecem
benefícios de saúde mental para colaboradores.
Diversidade
e Inclusão: Embora a maioria afirme que esta é
uma pauta estratégica na sua organização, somente 12,2% responde que a empresa
em que atuam tem maturidade no tema e contribui, de fato, para uma equidade de
gênero, racial, geracional, do público LGBTQI+Q e outras minorias.
Segundo a pesquisa, o grupo que recebe menos atenção é o de pessoas 50 +. Esse
dado fica ainda mais evidente com somado a avaliação dos dados da pesquisa do
GPTW que dá origem ao ranking das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil:
apesar de 93% das empresas contar com alguém responsável por combater a
discriminação e promover a diversidade, o menor avanço do tema está no
geracional: apenas 3% a 4 % da força de trabalho está no 55 + e
12% entre 45 a 55 anos.
Vagas
e falta de profissionais: A falta de profissionais
qualificados também merece destaque. Apesar de 59,5% dos respondentes afirmarem
que em 2022 as empresas pretendem aumentar o número de pessoas, 68,3%
informaram que as organizações sentem dificuldade para preencher as vagas
abertas e 84,7% apontam a falta de profissionais com qualificação para
preencher as vagas em aberto. Elas também mencionam: falta de comprometimento
dos candidatos nos processos seletivos, demora no processo de recrutamento e
seleção, indecisão ou definição por parte da gestão e dificuldade para definir
o perfil ideal do/a candidato/a.
Trabalho
Híbrido: Mesmo sendo uma questão que ainda
gera muitas dúvidas, a definição da forma de trabalhar não será a prioridade
número 1 das empresas em 2022. Muitas ainda não definiram uma nova política de
trabalho, entretanto, entre as 1.104 que já decidiram, 66,2% adotaram o modelo
híbrido.
“Podemos
dizer que o ano passado foi de reestruturação para a maioria das empresas, que
precisaram entender como poderiam se adaptar aos novos cenários e adequar seus
processos para cuidar do mais importante: as pessoas. O desafio agora é manter
todos os colaboradores focados na missão e nos valores de cada empresa em
ambientes diversos, com múltiplos pontos de contato e, muitas vezes, tendo que
recorrer à comunicação assíncrona. O mundo corporativo está se empenhando em
responder essas questões, após experimentações desafiadoras, mas
transformadoras e essenciais para o futuro do trabalho”, conclui Ruy, CEO do
GPTW.
A
PESQUISA
A
4a edição da Pesquisa de Tendências de Gestão de Pessoas para 2022 foi
realizada entre 15 de dezembro de 2021 e 7 de janeiro de 2022.
- Foram coletadas 2.654 respostas, sendo 65,8%
de profissionais da área de Recursos Humanos e 68,12% detentores de cargos
de liderança.
- A maioria dos respondentes (21,5%) são de
empresas de Tecnologia; 14,7% da Indústria e 13,3% de Serviços.
- A pesquisa contou também com a participação de
representantes do Varejo, Saúde, Finanças, Educação e Treinamento,
Consultoria, Agronegócio e outros setores de atuação.
- Entre todos os respondentes, 45,4% trabalham
em empresas clientes do GPTW, que já reconhecem a importância de construir
e manter excelentes ambientes de trabalho por meio das pessoas.
Informações
detalhadas sobre a pesquisa podem ser acessadas por: https://conteudo.gptw.com.br/tendencias-de-gestao-de-pessoas-2022
Great
Place to Work
LinkedIn: @great-place-to-work-brasil / Instagram: @gptwbrasil /
Youtube: GreatPlaceToWorkBrasilOficial
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