O dia a dia de uma mulher é normalmente recheado de afazeres: atividades profissionais, família, filhos, e o que mais for possível encaixar em 24h. Com tantos compromissos, o autocuidado acaba ficando para depois, e muitas vezes esquecido em meio às tarefas diárias. Por conta dessa jornada dupla de trabalho, o público feminino tem sofrido para manter a saúde mental em dia.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela
Universidade de Oxford, as mulheres têm 40% de chances a mais de desenvolver
transtornos mentais do que homens e ainda 60% a mais para ansiedade. Essa
tendência, segundo o estudo, deve-se à excessiva autocobrança e à
impossibilidade de concluir as inúmeras tarefas sem estar no modo exaustão, o
que gera frustração e abala a autoestima. Porém, antes que a sobrecarga leve a
exaustão emocional e mental nosso corpo nos dá alguns sinais.
O primeiro sinal é a irritabilidade com as demandas simples dos filhos, com a
rotina familiar e no trabalho. A constante irritação acaba levando a uma fadiga
e a uma hipersensibilidade com um sentimento de incapacidade e por fim o desejo
de se isolar do mundo que expressa um estado de exaustão profunda. Nesse
momento parece que a vida foge do corpo, a respiração está curta, a mente lenta
e inquieta e o corpo tenso e rígido.
É importante perceber e sentir os sinais do corpo, para com atenção ir
retornando ao equilíbrio. E esse retorno deve ser feito com uma rotina de cuidados
diários como um momento de respiração consciente, tomar um banho energizante ao
final do dia, fazer uma massagem relaxante nas mãos e pés com um óleo aromático
ou mesmo dar uma boa gargalhada com a família. Esses são pequenos e simples
cuidados de todos os dias que vão ativar a energia e recuperar o ânimo.
Para as mulheres que estão em um momento de muita atividade e que falta tempo
para cuidar de si mesma, para se ouvir, para refletir ou relaxar, o indicado é
começar a incluir na rotina uma ‘Pausa Consciente” um breve momento de alguns
minutos, que pode ser feito até mesmo sentado na cadeira de trabalho, para
respirar e se observar. Esses pequenos e constantes ‘olhar para si’, acabam
resultando em uma prática de escuta dos sinais do corpo, da mente e nos ajudam
a ter mais consciência do que precisamos fazer para que o modo exaustão não
tome conta.
Outro ponto importante que aprendemos com a pausa consciente é o de respeitar
nosso limite. E isso não está ligado diretamente (e necessariamente) a quantidade
de tarefas que fazemos, mas sim o quanto nos deixamos invadir por demandas em
que nossas necessidades e limites não estão incluídos, abalando nossa
integralidade nos levando a agir apenas como um cumpridor de tarefas, sem
qualidade e presença.
Da exigência excessiva para “dar conta de tudo” sem respeitar o próprio limite
perdemos a capacidade de discernir o quanto de energia devemos colocar em cada
ação ou tarefa e por quanto tempo. É preciso aprender a balancear os momentos
de atividade mental/física com pausas de relaxamento, descanso e respiração
consciente para regular o funcionamento da mente e do corpo, evitando,
primeiramente, chegar a um grau de irritabilidade que se torne constante.
Se dar breves e várias pausas diárias com consciência e presença é fundamental
para manter o equilíbrio, o bem estar emocional e a saúde mental, que irá
refletir na qualidade de nossa entrega/presença e, também em nossos
relacionamentos para fluir com mais flexibilidade e disposição.
Cuide-se com carinho.
Laura Mariani - chefe da Curadoria e Qualidade
Naomm, startup incubada pela Natura Startups, que reúne terapeutas qualificados
e licenciados em PICs - Práticas Integrativas e Complementares. Formada em
Pedagogia pela Universidade da Cidade do Rio de Janeiro Brasil, com
especialização em Terapia Corporal pela Escola Angel Vianna RJ Brasil, em
Técinica Alexander de reeducação psicofísica pela Fellside Alexander School UK,
em Florais pelo Institute Bach UK, em Aromaterapia pelo Instituto Samya Maluf
Aromaterapia SP Brasil, em Meditação pela Siddha Yoga Foundation NY e BR.
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