Nos últimos tempos muito tem-se falado
com veemência sobre as taxas dos maiores aplicativos de delivery do mercado e
como isso pode ser nocivo para o negócio. Porém, mais do que isso, a solução
apresentada, em muitos casos, é a criação de um app de delivery próprio.
Verdade seja dita, esse caminho não é nem de longe o mais fácil.
Criar um aplicativo próprio significa
custear a operação do zero, incluindo a construção de base de usuários (parte
mais cara do processo), a gestão e manutenção do aplicativo, afinal é
previsível que ele apresente falhas, que precisarão de correção e
consequentemente, a buscar alternativas logísticas para compor a cadeia e
garantir a entrega no last mile (outra parte fundamental e cara do processo). O
contexto da decisão em criar um aplicativo próprio teve contemplar estas
variáveis. Seguir sozinho significa arcar com custos altos e a decisão deve ser
muito bem ponderada.
A diversidade de caminhos nesse modelo
são inúmeras, por exemplo, trabalhar com uma solução de mercado que te ofereça
a possibilidade de criar um aplicativo próprio, como a Delivery Direto ou a
Neemo. São caminhos válidos e boa parte das necessidades tecnológicas do
processo estarão sanadas com essas alternativas. Ter um aplicativo próprio faz
o restaurante ganhar algumas jardas e sair na frente. Mas ainda é de responsabilidade
do estabelecimento a construção dessa base de usuários e a logística de
entrega. Vale ressaltar que apenas uma parte do tripé estará resolvida.
Em relação a construção de base de
usuários, temos que olhar com o viés da audiência. A regra de ouro para ter
sucesso é: você deve estar onde o seu público-alvo está! O princípio vale para
o empreendimento que se propõe ao investimento de ter um app próprio, seja ele
inteiramente desenvolvido pelo restaurante ou utilizando uma solução de
mercado. As duas formas levam à renunciar a uma boa parcela de audiência que
hoje já está presente nos demais aplicativos de delivery.
Entre alguns nomes, enumero: iFood, a
Rappi, Aiqfome e 99 Food, para citar apenas alguns, possuem sua audiência
cativa, clientes que buscam por variedade. Eles estão nesses apps com muito
mais afinco, e, nesse contexto, trabalhar apenas com um aplicativo próprio pode
significar redução de taxas, mas acompanhada de uma significativa redução de
vendas.
Por isso que na LET’S defendemos a adoção
de diversas plataformas -- incluindo um aplicativo próprio -- para aproveitar o
melhor de todos os mundos e ter base de insumos para negociar melhor as taxas
de cada um dos aplicativos. Há uma regra a ser considerada, posicionar-se em
múltiplas plataformas garante maior audiência e consequentemente mais vendas, é
uma questão matemática. Ao se ter mais plataformas que trabalham em sintonia
pode fazer as taxas médias caírem, além de proporcionar uma diluição de custos
decorrente de taxas menores combinadas com vendas maiores.
Por isso, antes de transformar em vilão
um aplicativo específico e acreditar que a solução virá de um aplicativo
próprio, vale pôr na balança todos os aspectos, bons e ruins de cada um dos
modelos e, posso garantir que o melhor dos mundos estará no meio do caminho.
Ter um mix completo de alternativas é a solução mais eficiente -- garante uma
taxa média menor e um volume de vendas maior.
Enfim, antes de tomar qualquer decisão
a LET's Delivery pode apresentar sugestão é ponderar melhor os custos de
oportunidade envolvidos em cada um dos cenários. Lidar com a logística de
maneira individual é bastante complexo, assim como lidar com a construção de
uma base fiel para o aplicativo próprio. Escolha bem seus caminhos, levando em
conta a regra de ouro: estar onde a audiência está.
Sandra Mortari - Formada em Direito, empreendedora há
mais de 20 anos, liderando empresas em diversos setores, a CCO & COO da
Let’s Delivery, Sandra é a responsável pela gestão comercial, posicionamento no
mercado e pela gestão da consultoria. Atuando há mais de seis anos no setor,
Sandra possui experiências diversas, estando à frente de operações de delivery,
Ela é reconhecidamente como uma das figuras mais influentes no segmento,
convidada para ministrar o curso sobre o tema pela EGG - Escola de Negócios da
Gastronomia. Sandra foi chamada para palestrar no iFood, Rappi e na Unilever e
passou a ser requerida como consultora para diversos restaurantes. Conforme
evoluía o trabalho da consultoria, novos clientes chegavam e aquilo que era
pontual passou a ser recorrente.
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