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segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Poupança cognitiva: o que você pode fazer agora para ter mais desempenho no futuro

A ciência já sabe que os hábitos adquiridos ao longo da vida são determinantes para o processo de envelhecimento, entre os principais, a dupla infalível: atividade física + alimentação balanceada. Outros fatores como ausência de tabagismo e o não consumo de álcool também são, comprovadamente, fatores de longevidade.

Para o nosso cérebro, no entanto, todas essas variantes podem não ser o suficiente, sobretudo quando consideramos nossa reserva cognitiva.

 

 

O que é reserva cognitiva?

 

Podemos pensar nossa reserva cognitiva como uma espécie de poupança. Sim. Para criar conexões e se fortalecer, o cérebro precisa de estímulos que envolvam novidade, variedade e grau de desafio crescente.

 

Isso significa dizer que, embora nosso cérebro se modifique de acordo com o ambiente em que vivemos, não são todos os estímulos que proporcionam a ele o desenvolvimento adequado para o seu fortalecimento e criação de reserva cognitiva.

 

“Um exemplo é o nosso hábito diário de receber todos os estímulos que os algoritmos nos dão através das redes sociais. A maioria deles não nos faz pensar. Apenas absorvermos e pulamos para o próximo conteúdo sem questionar muito o que acabamos de absorver. Esse tipo de estímulo não coloca o cérebro em rota de desenvolvimento porque não o desafia”, alertou a neurocientista do Supera – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci que completou "O mesmo exemplo pode ser usado para uma pessoa que, ao absorver um conteúdo na rede social, questiona, procura saber quem produziu, confronta com outras informações a respeito, escreve um texto dando sua opinião sobre isso. Veja quantos estímulos cerebrais este segundo exemplo deu ao seu cérebro a partir de uma informação que recebeu. Tudo isso ajuda na construção de reserva cognitiva e, consecutivamente, de um cérebro mais fortalecido”, detalhou.

 

Poupando o cérebro... será mesmo? 

Quando falamos de cérebro, o que muda do conceito de poupança, como conhecemos hoje relacionado principalmente ao dinheiro, é que, diferentemente do dinheiro, no caso do cérebro, quanto mais usamos o órgão da forma correta, mais teremos para usufruir dele quando envelhecermos. Essa lógica vale para todas as fases da vida.

 

“Quanto mais exigimos do nosso cérebro ao longo da vida, melhor ele responderá a qualquer situação. Não se trata exatamente de poupar ou evitar o esforço. Quando o assunto é o cérebro, é justamente o contrário. Não podemos ver os estímulos ao cérebro como algo ruim. O primeiro passo é admitir suas limitações e se colocar em rota de desenvolvimento de forma que isso se adapte a nossa rotina”, explicou.


 

Ganhos para os idosos 

Estímulos que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente – próprios da ginástica cerebral, podem ser aplicados em todas as idades e tem ganho especial entre o público 60+.  “Os idosos obtém ganhos em sua reserva cognitiva, aumentando as conexões cerebrais e criando uma capacidade maior de responder aos declínios cognitivos que são próprios do envelhecimento, por este motivo, mesmo para aquelas pessoas que não estimularam seu cérebro devidamente ao longo da vida, a ginástica cerebral é uma excelente alternativa para alcançar um cérebro mais ativo e, consequentemente, uma poupança cerebral”, concluiu Livia Ciacci, neurocientista do Supera - Ginástica para o cérebro.


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