Nesse período de pandemia muitas situações
estão fora da normalidade, independente da circunstância. Conforme o tempo vai
passando, novas nomenclaturas estão surgindo na psiquiatria e na psicologia,
apresentando aspectos ainda mais negativos em relação a esse período pandêmico
que enfrentamos.
As situações de incertezas, inseguranças,
dúvidas e desconforto são cada vez mais comuns, sensações que são provocadas
pela pandemia e desenvolve em muitos indivíduos a ação de comer
compulsivamente.
Entretanto, quando nós falamos em ‘binge eating’ (comer compulsivamente), é uma nomenclatura que já existia, porém, motivada por outras razões psicológicas e não à condição pandêmica.
“Como consequência da Covid-19, o transtorno de compulsão alimentar também chamado de ‘Covid Binge Eating Disorder’ acarreta uma extensa ambiguidade sintomatológica, desenvolvida pela associação da ansiedade especificamente pandêmica e do estresse pandêmico”, esclarece o psicólogo Alexander Bez. “Quando o indivíduo tem o transtorno de ‘binge eating’, ele passa a comer algum alimento da sua preferência de forma compulsiva, até o momento que ele se sinta saturado”, complementa o especialista.
“A conduta comportamental é isolada nesses casos, e não é classificada com um Transtorno de estresse pós-traumático (TSPT), na vertente alimentar”, ressalta Alexander.
A COVID-19 já apresenta mais de quatro variantes e cada uma delas com sintomas diferentes, o vírus também se manifesta de forma distinta no organismo da pessoa infectada, e a perda de paladar e olfato (que em alguns casos pode demorar até seis meses ou mais para voltar) pode ser um gatilho para a “compulsão alimentar isolada”, que acontece em casos atípicos e se torna crônica, migrando para a uma compulsão alimentar mais severa, alerta o especialista.
A ‘binge eating’ é uma sensação de extravasão psicológica não crônica, mas ocasional, momentânea e intencional, planejada. A compulsão alimentar provoca a sensação de culpa, vergonha e a falta de controle pessoal, em alguns casos isolados essa ação está ligada também a pessoas sozinhas.
A ‘Covid Binge Eating Disorder’ por ser mais
prolongada e ser repetida com frequência, pode desencadear consequências
físicas e psicológicas como:
—
Pressão Arterial
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Aumento dos marcadores sanguíneos (colesterol, glicemia, triglicérides)
—
Sobrepeso
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Elevação do risco cardiovascular
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Artrite óssea
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Apneia
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Preocupação constante
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Perda do controle
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Diminuição da autoestima
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Perca do foco
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Desatenção
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Debilitação psicológica
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Diminuição da produtividade profissional
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