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terça-feira, 13 de julho de 2021

EM QUANTO TEMPO UM PROFISSIONAL DEVE SE TORNAR LÍDER?

Levantamento realizado pelo Nube revela percepção dos jovens sobre curva de aprendizado nas organizações


Qual é o tempo esperado para se conquistar uma posição de gerência em uma companhia? Se antes o desenvolvimento e os planos de carreira eram mais longos, hoje, com a rapidez das novas gerações, a realidade mudou. Para entender melhor sobre isso, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa com jovens entre 15 e 29 anos e perguntou: “você se considera apto a exercer um cargo de liderança em quanto tempo depois de ser contratado por uma  empresa?”. O estudo ficou no ar entre 17 e 28 de maio e contou com a participação de 26.551 respondentes. 

Para 10.446, ou 39,3% dos participantes, em até um ano essa promoção já é bem vinda. Para Thatiane Rogai, analista de treinamentos do Nube, isso é possível. “Se a postura do colaborador estiver ajustada com a sua expectativa, ou seja, com o desejo de se tornar um líder rapidamente, é necessário estar engajado com a sua meta. O esforço deverá iniciar desde o seu primeiro dia de trabalho, mostrando toda a sua responsabilidade, competência e iniciativa para a credibilidade ser construída a todo momento”, explica. Ainda de acordo com a especialista, é importante manter-se alinhado com os valores e expectativas da corporação. “Dessa forma, será notado e lembrado pelos atuais gestores ao surgir oportunidades”. 

Entretanto, a paciência também deve se fazer presente em toda a jornada de um indivíduo no contexto empresarial. “Aproveitar cada etapa do desenvolvimento poderá contribuir na jornada, pois é necessário vivenciar situações diferentes para se adquirir experiências e saber como agir em distintas situações. De modo geral, todos aqueles promovidos, seja para cargos de comando ou não, recebem esse reconhecimento não apenas porque possuem o perfil para a vaga futura, mas também porque desempenham muito bem as suas funções atuais”, complementa. 

Outros 28,4% (7.541) imaginam um período ideal entre um e três anos. Nesse intervalo, a dedicação deve ser o foco. “Conhecer a organização, a política interna, os serviços e a cultura é crucial para se manter alinhado com o almejado. É importante cuidar dos detalhes, ser comprometido com as atividades assumidas, os horários, se mostrar proativo e disposto a contribuir. A ética deve estar presente em todos os momentos, na relação com o supervisor e os colegas. Portanto, ser transparente sobre dúvidas, dificuldades e expectativas é indispensável. Dessa forma, é possível obter ajuda sobre como traçar um planejamento associado ao tempo, com competências a se desenvolver para chegar nesse cargo”. 

Já 16,4% (4.352) estimam passar por diversas fases e experiências, algo possível entre três e cinco anos de atuação em um quadro. Além das dicas já citadas pela especialista, Thatiane destaca como aproveitar o trabalho em equipe pode ser essencial. “Pedir ajuda quando necessário não faz alguém ser visto como inadequado ou incapaz. Pelo contrário, quem solicita auxílio demonstra interesse e percepção de como determinada tarefa é importante e exige responsabilidade. Portanto, contar com o outro poderá ajudar nesse processo. Oferecer a mão quando estiver disponível também é uma atitude de destaque, pois demonstra iniciativa”, defende.  

Cerca de 8,9% (2.372) disseram: para conhecer bem um departamento e as atividades, leva tempo e maturidade e isso só se consegue depois de cinco anos. “Apesar de importante, o tempo é relativo para cada um. Alguns podem levar mais, outros menos. Para quem encara as etapas de desenvolvimento como chances para aprender, adquirir novos conhecimentos e habilidades e colocar em prática os aprendizados, a chefia poderá chegar mais rápido. Além desse quesito, é a forma como a pessoa se comporta e o interesse demonstrado no seu dia a dia, independentemente de sua função”.  

Por fim, apenas 6,9% (1.840) dos participantes afirmaram não ter interesse em uma posição de coordenação, tendo preferência por gerenciar apenas suas próprias tarefas. Segundo Thatiane, nem sempre o êxito na carreira está atrelado a se tornar um gestor. “O sucesso é subjetivo e frente a interpretação de cada um, os objetivos são estabelecidos. É importante estar sempre em busca do crescimento, se mantendo atualizado e estudando para atingir seus escopos, podendo ou não se tornar líder. Isso dependerá do perfil de cada um e de suas aspirações”, explica.  

Assim, a analista orienta quem tem o desejo de crescer na trajetória pelo mercado de trabalho e conquistar as metas estabelecidas. “Aproveite desde o início da sua carreira para conhecer, aprender, se desenvolver e amadurecer profissionalmente. O autoconhecimento é muito importante para saber onde você quer chegar e quais aspectos valoriza, os quais podem ser diferentes da maioria. Busque se destacar seja qual for sua atividade atual, assim poderá construir sua credibilidade por meio das responsabilidades e da segurança transmitidas. Seja gentil, encante o seu cliente, peça feedback para o seu coordenador, estude e se mantenha atualizado. Um colaborador assim será lembrado quando uma oportunidade aparecer”, finaliza Thatiane.

 


Fonte: Thatiane Reis Rogai, analista de treinamentos do Nube

www.nube.com.br


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