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terça-feira, 4 de maio de 2021

Maio é o mês de combate a cefaleia e a cannabis medicinal pode ajudar no tratamento de dores de cabeça e enxaqueca


O Dia Nacional de Combate à Cefaleia é comemorado em 19 de maio, sendo uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE). A data tem o intuito de chamar a atenção da população para os diferentes tipos de dores de cabeça. Estima-se que a enxaqueca afeta 15% da população mundial em algum momento da vida e outros 2% sofrem com enxaqueca crônica, uma doença incapacitante, que pode interferir na qualidade de vida do indivíduo. No Brasil, mais de 30 milhões de pessoas sofrem com essa enfermidade.

"A cannabis tem efeito anti-inflamatório, neuroprotetor e relaxante porque existem receptores endocanabinoides em todos os locais do corpo", diz a médica Maria Teresa Jacob, especialista em dor crônica e em cannabis medicinal, membro das Sociedades Internacional e Brasileira para o Estudo da Dor e da International Association for Cannabinoid Medicines (IACM).

"O tratamento é seguro e eficaz quando o medicamento é produzido de acordo com as regras rígidas da Anvisa", completa a médica. Para adquirir esses remédios, é preciso ter prescrição médica, entrar no site da Anvisa no setor de importação de produtos à base de canabidiol (há 140 autorizados) e pedir aprovação, emitida no intervalo de 7 a 10 dias. Depois, efetuar a compra pelo site do fabricante.

Além disso, um total de 60 milhões de pessoas no Brasil relatam sentir dor crônica, de acordo com estudo feito pela SBED (Sociedade Brasileira do Estudo da Dor), incluindo a enxaqueca. Um outro estudo feito pela The Health Effects of Cannabis and Cannabinoides, nos Estados Unidos, mostrou que o alívio da dor crônica é a condição mais comum citada pelos pacientes para o uso da cannabis dessa lista de doenças que causam dores crônicas

O uso de plantas para o tratamento de doenças é milenar. Os primeiros registros de uso da cannabis de forma medicinal são datados antes de Cristo, mas o fato de ainda ser ilícita dificulta os avanços e estudos científicos da planta. No Brasil, a cannabis medicinal já era liberada em alguns casos, porém, somente em 2019 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa regulamentou a fabricação de produtos à base da planta.

 

Alguns números sobre a cannabis, fonte: Prohibition Partners

• 40 países autorizam a Cannabis medicinal

• US 62,7 bilhões é o tamanho do mercado medicinal

• 4 milhões de brasileiros podem se beneficiar dos remédios com canabinoides

• Apenas 0,2% dos médicos brasileiros prescrevem Cannabis

• Desinformação e preconceito - os principais entraves ao desenvolvimento do setor canábico

 

Perguntas 

- Como a cannabis ajuda para o tratamento das dores de cabeça crônicas?

- São vários tipos de tratamento?

- E essa melhora da dor crônica com o uso contínuo de medicamentos com cannabis é mesmo significativa? Em quanto tempo?

- Como é dado o diagnóstico para a prescrição dos medicamentos?

- Qualquer pessoa pode usar esses medicamentos à base de cannabis?

- Existem testes mais específicos para liberar o uso?

- Por que se gera tanta polêmica acerca desse tema se os medicamentos são importados e a importação autorizada pela ANVISA?


 

Fonte - Dra. Maria Teresa Jacob - Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide para diversas patologias em sua clínica localizada em Campinas. Dra. Maria Teresa Jacob é formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, turma de 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Pós-graduanda em Endocanabinologia, Cannabis e Cannabinoides pela Universidade de Rosário, Argentina. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Acupuntura e Dor. Além de especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, na França, em 1992; especialização em Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado e Cannabis Medicinal, no Uruguai. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM).


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