Em meio à
pandemia, número de vítimas fatais no trânsito aumentou 40% em São Paulo;
motociclistas representam a maior parte
Apesar da redução da circulação de veículos nas
ruas, em decorrência da pandemia de Covid-19, os acidentes no trânsito
continuam ocorrendo em grande número no país. Levantamento realizado pelo
Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo Respeito à Vida e
Detran, indica que a capital paulista registrou aumento de 40% no número de
mortes no trânsito em fevereiro deste ano, quando comparado ao mesmo período de
2020.
A pesquisa revela ainda que a maior parte das vítimas fatais é motociclista,
seguido por pedestre. Segundo o Dr. Leandro Gregorut, ortopedista da Rede de
Hospitais São Camilo de São Paulo, os acidentes envolvendo este público ainda
são os que apresentam maior risco de lesões graves.
“Devido à exposição do motociclista no trânsito, um acidente pode comprometer
seriamente coluna, quadril e membros inferiores, por exemplo, afetando sua
mobilidade, por vezes, de forma permanente”, destaca.
De acordo com o médico, as principais lesões que afetam os motociclistas em
acidentes de trânsito são as lacerações, lesões na pele com cortes, queimaduras
pelo atrito com o asfalto e, até mesmo, perda de pele ou musculatura. Também
são comuns as fraturas fechadas, especialmente nos membros inferiores, como
perna, tornozelo e pé.
Além disso, podem ocorrer fraturas expostas em acidentes de maior energia, que
ocorrem em qualquer osso do corpo, com maior incidência na coxa, perna,
antebraço, pé e tornozelo. “Na maioria desses casos, o tratamento envolve múltiplas
cirurgias e uma longa rotina de fisioterapia para retorno às atividades
normais de vida”, ressalta.
O especialista destaca ainda que, muitas vezes, nos casos mais graves, os
pacientes evoluem com infecção óssea, chamada osteomielite. “Além de várias
cirurgias para tratar o problema, optamos também pelo uso dos fixadores
externos (aquelas gaiolas com pinos que ficam para fora da pele)”, explica.
Segundo ele, normalmente, os pacientes precisam aguardar entre 6 meses e 2 anos
para poder fazer a cirurgia definitiva, a fim de retornar à rotina normal.
No intuito de ampliar o debate e conscientizar a população sobre os cuidados no
trânsito, o Hospital São Camilo SP adere à campanha Maio Amarelo, iluminando as
fachadas de suas unidades durante todo o mês. A prevenção de acidentes também
será tema nas redes sociais da instituição, que trará postagens e dicas de
cuidados no Facebook, Instagram, LinkedIn e Twitter.
Hospital São Camilo
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