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segunda-feira, 10 de maio de 2021

Maio Amarelo: especialista alerta para riscos de lesões permanentes por acidentes de trânsito

Em meio à pandemia, número de vítimas fatais no trânsito aumentou 40% em São Paulo; motociclistas representam a maior parte


Apesar da redução da circulação de veículos nas ruas, em decorrência da pandemia de Covid-19, os acidentes no trânsito continuam ocorrendo em grande número no país. Levantamento realizado pelo Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo Respeito à Vida e Detran, indica que a capital paulista registrou aumento de 40% no número de mortes no trânsito em fevereiro deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2020.

A pesquisa revela ainda que a maior parte das vítimas fatais é motociclista, seguido por pedestre. Segundo o Dr. Leandro Gregorut, ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, os acidentes envolvendo este público ainda são os que apresentam maior risco de lesões graves.

“Devido à exposição do motociclista no trânsito, um acidente pode comprometer seriamente coluna, quadril e membros inferiores, por exemplo, afetando sua mobilidade, por vezes, de forma permanente”, destaca.

De acordo com o médico, as principais lesões que afetam os motociclistas em acidentes de trânsito são as lacerações, lesões na pele com cortes, queimaduras pelo atrito com o asfalto e, até mesmo, perda de pele ou musculatura. Também são comuns as fraturas fechadas, especialmente nos membros inferiores, como perna, tornozelo e pé.

Além disso, podem ocorrer fraturas expostas em acidentes de maior energia, que ocorrem em qualquer osso do corpo, com maior incidência na coxa, perna, antebraço, pé e tornozelo. “Na maioria desses casos, o tratamento envolve múltiplas cirurgias e uma longa rotina de fisioterapia para retorno às atividades normais de vida”, ressalta.

O especialista destaca ainda que, muitas vezes, nos casos mais graves, os pacientes evoluem com infecção óssea, chamada osteomielite. “Além de várias cirurgias para tratar o problema, optamos também pelo uso dos fixadores externos (aquelas gaiolas com pinos que ficam para fora da pele)”, explica.

Segundo ele, normalmente, os pacientes precisam aguardar entre 6 meses e 2 anos para poder fazer a cirurgia definitiva, a fim de retornar à rotina normal.

No intuito de ampliar o debate e conscientizar a população sobre os cuidados no trânsito, o Hospital São Camilo SP adere à campanha Maio Amarelo, iluminando as fachadas de suas unidades durante todo o mês. A prevenção de acidentes também será tema nas redes sociais da instituição, que trará postagens e dicas de cuidados no Facebook, Instagram, LinkedIn e Twitter.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

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