Antes de mais nada, é muito importante esclarecermos os conceitos. Republicanos e Democratas são os maiores partidos americanos e possuem focos até completamente diferentes, e em muitos aspectos. Com a ajuda de um artigo super interessante da Professora de História Juliana Bezerra, vamos definir:
Republicanos são conservadores, de direita.
Defendem que os salários devem ser estabelecidos pelo mercado e que os impostos
precisam ser iguais independentemente da arrecadação, ou seja, defendem uma
mesma taxa de imposto para todos. Geralmente, se apõem ao aumento de impostos para
os mais ricos. Os ideais sociais são baseados nos direitos individuais e na
justiça. Acreditam que a regulamentação impede o capitalismo de mercado livre e
o crescimento do emprego. Sobre a política de saúde, acreditam que as empresas
privadas podem fornecer serviços com mais eficiência do que programas
administrados pelo governo.
Entre os assuntos polêmicos, está a postura contra
a legalidade do casamento gay e a oposição na questão do aborto, sendo os
estados de maior votação o Texas, Oklahoma e Kansas. Seus presidentes mais
notáveis são Abraham Lincoln, Teddy Roosevelt, Ronald Reagan, George Bush e
Richard Nixon.
Já os democratas, são liberais e de esquerda.
Defendem a existência de um salário mínimo e que os impostos sejam maiores para
quem tem renda mais alta, ou seja, um posicionamento progressivo sobre os
impostos em que quanto maior o rendimento maior a tributação. Os ideais sociais
são baseados na responsabilidade comunitária e social. Defendem que a
regulamentação do mercado é necessária para proteger os consumidores. Sobre a
política de saúde, apoiam o envolvimento do governo nos cuidados de saúde,
garantindo uma saúde universal. São a favor do casamento gay e do aborto. Os
estados de maior votação são Nova York, Califórnia e Massachusetts. Presidentes
que merecem destaque, Franklin Roosevelt (FDR), John F. Kennedy, Bill Clinton,
Woodrow Wilson, Jimmy Carter e Barack Obama.
Talvez eu nem precisaria escrever mais sobre isso,
mas isso são aspectos históricos e algumas vezes não representam a sua totalidade
dentro do mesmo partido. Além disso, vamos alinhar essas informações com os
aspectos econômicos de cada partido. Como podemos ver, o principal diferencial
entre os partidos se define ao papel do governo, seja na sociedade ou na
economia. Entender sobre esses impactos é fundamental.
O republicano parte do princípio que é preciso dar
mais liberdade ao mercado, e ao indivíduo, assim como seus direitos e
responsabilidades. Sua interferência no mercado ocorre somente em grande
necessidade, mas seguem a linha de deixar o mercado crescente, fluir, política
de empregos e regulamentação menos travada. Porém, extremamente em alguns
aspectos, protecionista no sentido de dar força à economia do seu país e moeda,
o que podemos enxergar na política do Trump. Tendencioso a deixar a moeda cada
vez mais forte em relação as demais e atraindo investidores do mundo todo com
baixas taxas de juros e menos volatilidade da sua moeda (a moeda de segurança
do mundo todo).
Já os democratas tendem a ter mais gastos públicos
devido as suas políticas sociais, o que pode impactar diretamente em relação ao
aumento de taxas de juros em busca da equidade, resultando em volatilidade do
mercado americano. Daí, temos um aumento de impostos para os ricos e uma grande
conta pública para pagar no final. Mas como sabemos, é os Estados Unidos.
Isso ocorreu nos anos eleitorais de Obama. O
sistema de saúde “Obama Care” foi um dos ralos do dinheiro público americano.
Mas aí que está a questão, em seguida veio o uma nova política para incentivar
o consumo, tapar esse grande gargalo financeiro e seguir em frente,
fortalecendo cada vez mais o país.
No fundo, acho que para nós, caso a política
economia brasileira ajude em questão de definições, estabilidade etc, podemos
dizer que os democratas ajudariam o Brasil como um todo, atraindo investidores
internacionais para países emergentes como o nosso, sendo que não veriam essa
estabilidade por lá. Mas repito, é Estados Unidos, e ao longo desse ciclo, se nós
não melhorarmos, independentemente da política, tendo aspectos bons e ruins
para investidores nacionais e estrangeiros, estaremos abertos ao
enfraquecimento da nossa moeda de qualquer forma.
Como disse alguma vezes, o que mais pesa no Brasil
é a nossa instabilidade. A cereja do bolo que vem da América do Norte!
Bruna
Allemann - Atuou dez anos no mercado de crédito e
investimentos para clientes de alta renda, auxiliando os médios e grandes
empresários principalmente dos setores de agronegócio e comércio exterior.
Atualmente auxilia brasileiros a internacionalizar e dolarização de patrimônio,
imigração através de investimentos e gestão de recursos offshore como Diretora
de Investimentos e Capital Markets de uma grande empresa americana. Para saber
mais, acesse o perfil @bruallemann ou conecte-se no LinkedIn.
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